terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Não faz mal, não faz mal, limpa com jornal...

Feliz natal e um 2009 cheio de diversão e música!!!

A todos que frequentam o blog.
São os votos de toda a equipe Two Cold Fingers.
(sabe... esses dois malucos sorridentes das fotos aqui do lado.)

A gente se vê ano que vem, com as nossas listas dos melhores de 2008.
Um bjo nas crianças...

=]


domingo, 21 de dezembro de 2008

Preciso pensar duas vezes antes de aceitar convites...

Eu até ía fazer uma análise do novo cd do FOB mas eu meio que acabei de escrever sobre eles né?!
Então resolvi analisar minha sexta-feira...
Eu acordei às 7 horas... tomei um Toddynho...


rerererere BRINKS! =D

Eu fui convidada há um tempo por um amiga de um amigo (q/) pra ver a banda dela tocar num concurso de bandas. Entre "vamos ou não vamos..." rumamos pra lá na noite de sexta.
O lugar é uma espelunca, fato. Eu já tinha ido lá e minha opinião, que já era ruim, só piorou.
Além do mais estava vazio (Entrada a 15 reais e cerveja a 4 reais foram fatores que, na minha opinião, influenciaram esse fato), um cara na porta quase nos implorou pra entrarmos logo, fazer volume sabe?
Já que estava vazio e tinhamos um amigo com o pé quebrado rumamos pras cadeiras do mezanino.
A música que tocava antes das bandas entrarem foi o prenúncio da catastrofe que viria a seguir...
Meu senhor... a banda era terrível... terrível, meu senhor... No repetório regado a Darvin e CPM22 (segundo eles "a banda de hardcore nacional, yeah"), quase me mataram...

A segunda banda já foi a da amiga, meu deus... foi uma luz na minha noite, a banda destoava do público que estava ali (aqueles que gritaram loucamente ao som de CPM...), teve The Clash, Raconteurs, Love Machine (piadinha que só fã de Arctic Monkeys entende...), The Fratellis...

Depois disso não me lembro bem a ordem das coisas, meio que paramos de prestar atenção em tudo...
Tiveram os posers pride.
A música não era ruim... tocaram Rolling Stones e tal...
Mas meu deus... caretinhas em solos de guitarra, tocar de óculos escuro e sentar tocando guitarra pagando de foda NÃO ROLA! Foram 50 minutos de vergonha alheia...
Teve a banda que tocou Fall Out Boy (MUITO MAL), mas eu tinha prometido ir lá pra frente cantar se alguma banda tocasse e a mesma banda MATOU "I bet that you look good on the dancefloor", aliás MATOU duas vezes, resolveram fazer um bis sabe? Só pra me torturar mais...
Pra começar... se você não sabe a letra de uma música, não a toque num show... sério...!
E outras bandas que nem me lembro...

Uma banda famosinha chamada Soulstripper fechou o evento, não tenho uma opinião muito formada sobre ela, mas até que gostei vai...

Eu comecei a noite me perguntando "Por que ainda vou nessas coisas?", mas no fim das contas é divertido ver essas bandas começando e tal... e até que dei sorte que tinha uma banda pra me fazer dançar Fratellis...

PS: Eu sei que a foto é do Fresno tocando na Tribe, mas no fim das contas 90% das bandas de ontem se pareciam com eles.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Breves Considerações Sobre A Semana Que Passou...

Post rápido de alguém que está morrendo de sono e deixou para escrever minutos antes de postar por aqui...
Então, apresento algumas considerações feitas durante a semana:

- O novo CD do Fall Out Boy é beeeeeeeeeem bom! Talvez falte dois ou três hits para se comparar ao album anterior, o Infinity on High... mas, como bem concluiu minha colega de blog, é engraçado perceber que a banda não faz um album igual ao outro, e esse novo não foge à regra. Ainda assim, que nem nos CDs anteriores, o destaque fica com as letras divertidas e com o vocal fodíssimo do Patrick Stump (também conhecido como "o gordim da Renatinha").

- Kevin Smith é Deus!!! Sei que não tem nada a ver com música, mas... bom, eu precisava expressar isso por aqui!

- To desde ontem escutando o Alone II: The Home Recordings of Rivers Cuomo , continuação direta do Alone: The Home Recordings of Rivers Cuomo (dãã), que conta com gravações caseiras, primeiras composições e até covers feitas pelo líder do Weezer! Não consigo ainda saber se esse segundo volume é melhor que o primeiro, mas tem sérias chances de ser (principalmente pq, enquanto o primeiro volume tem covers do Gregg Alexander, do Dion e do Ice Cube, esse tem uma cover de Don't Worry, Baby... o que praticamente já garante o CD!). As melodias grudam na sua cabeça, algumas até mesmo na primeira audição. Afinal... na essência, o Weezer É o Rivers Cuomo! Não dava pra esperar menos.

- Cara... eu finalmente me dei conta que no dia 22 de março eu estarei assistindo o Radiohead AO FUCKIN VIVO!!! Quer dizer, eu... Thiago Brancatelli... estarei vendo o Radiohead... Thom Fuckin York, Jonny Greenwood e companhia... ao vivo... na minha frente, pessoalmente, em carne e osso!!! Na época do show, podem esperar um artigo especial sobre a banda por aqui... e se eu sobreviver ao show, podem esperar um artigo depois, também! (sim, sou groupie meeeeesmo!!!)

- Correm boatos que o Los Hermanos voltará em 2009, segundo o que o próprio Rodrigo Amarante disse para um fã num show do Little Joy. Ao que parece, os 4 vão se reunir para uma apresentação especial e logo depois entrarão em estúdio para produzir o quinto disco da banda. Pergunte-me se eu estou ansioso...!

- E falando no barbudo, o Little Joy já confirmou que estará no Clash Club, aqui em São Paulo, no dia 28 de janeiro. Não sei quanto a vcs, mas eu já to lá...


Com tudo isso, ainda fica a pergunta...
Quem foi que se passou por aqui durante a semana, mesmo...?
Madonna-quem???

Ah, não devia ser importante...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

I've heard it all before...


O show da Madonna está chegando, todo mundo falando dela e desse show sem parar, pessoas na fila há 10 dias, todo mundo eufórico... bom... quase todo mundo.

Ficam dizendo que grande artista que é a Madonna e falando da sua grande capacidade de se reinventar e de se manter nas paradas, eu juro que se alguém falasse isso antes eu até daria uma concordada e faria de conta que estava ouvindo, porque na realidade eu só conheço a Madonna de Like a Virgin e Material Girl, e acredite... eu ADORO aquela Madonna!

Mas toda esse overdose de notícias sobre ela me fez parar pra pensar um pouco no assunto... e cheguei a conclusão que minha opinião sobre a Madonna é exatamente oposta, pra mim tudo que ela fez ao longo dos anos foi se "desinventar".
Pensa comigo... ela passou de algo único, cheio de personalidade, algo polêmico e divertido para... uma cantora de músiquinha de balada.
É claro que uma música ou outra se destaca nessa fase dela, eu mesma gosto muito de algumas... Mas há muito tempo que a Madonna não faz nada que possa ser considerado genial ou que realmente se destaque...

Madonna virou mais uma, pior que isso até... é uma senhora (ok, você vai dizer que ela tá conservada, mas a verdade é que todos sabemos que ela é uma senhora) fazendo musica de buatchy, ela não evoluiu ou amadureceu... é só perdeu o brilho, só faz mais do mesmo.
O que diferencia ela de Lasgo (música de balada que se você nem deve conhecer por nome mas já deve ter ouvido algo em algum lugar que foi, até coloquei um link pra ajudar a memória de vocês)?
O nome: Madonna.
Na essência pra mim dá quase na mesma.

Ok, serei apedrejada, xingada ou qualquer coisa assim... mas a senhora Madonna perdeu a maior parte de sua graça quando deixou de ser assim:



Além do mais, sempre gostei mais de Cindy Lauper...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Lembra...?

Eu lembro que era 1999.
Eu lembro que eu tinha uns 11 anos.
Eu lembro de estar assistindo o Programa Livre, no SBT.
Eu lembro do Serginho Groisman anunciando que seria um programa especial dos Raimundos, que eu lembro que era minha banda favorita desde o lançamento do Lavô Tá Novo, segundo album da banda, em 95 (que eu lembro ser talvez o primeiro CD que eu fui atrás e comprei).
Eu lembro da banda no palco, tocando.

E eu lembro da minha decepção ao ver a decadência da maior banda de rock nacional da época...!

Com uma visível má-vontade, a banda (e principalmente o vocal, Rodolfo) parecia estar apenas cumprindo agenda. Respondiam as perguntas de cara fechada e tocaram (mal) pelo menos umas 3 ou 4 vezes a música de trabalho da época, Mulher de Fases.
Mais que decepcionado, eu fiquei bravo.
Afinal, a graça dos Raimundos estava no bom humos das letras e na empolgação das músicas.
A banda estava no auge do sucesso, e tudo o que eles faziam agora era AQUILO??

Dois anos depois o Rodolfo anunciou que estava saindo da banda.
Pra mim era óbvio que perder o frontman, principal letrista e vocalista é o fim para uma banda, e pouco me importei quando o Digão assumiu os vocais e levou a banda pra frente.
Afinal, Raimundos sem Rodolfo pra mim não era Raimundos.
Era uma banda morta-viva, que apenas não admitia que a última pá de terra fosse colocada em cima de seu caixão.
E eu acabei, assim como boa parte do Brasil, esquecendo aquela banda...


Eu lembro que foi dia 5 de dezembro de 2008.
Eu lembro de estar no Outs, com uma garrafa de cerveja na mão.
Eu lembro de olhar para o Digão e o Canisso em cima do palco e sentir um certo arrepio na espinha, como uma dose de esperança que brotava em mim.
Eu lembro de ouvir a banda começar o show sem muito papo, como se ela nunca tivesse se afastado do seu público.

E tudo o que eu lembro depois é de estar gritando músicas como Tora Tora, Eu Quero Ver o Oco, Esporrei na Manivela, O Pão da Minha Prima e Puteiro em João Pessoa enquanto pulava em cima dos outros malucos que tavam por lá.
E ver a banda tocar ao vivo todas aquelas músicas que eu cantava quase 10 anos atrás não foi apenas ter a alma lavada...
Foi uma das coisas mais emocionantes que eu já vivi.


Engraçado perceber que as pessoas ainda se recusam a aceitar os Raimundos sem o Rodolfo.
Lembro de contar sobre o show para alguns amigos e todos olharam incrédulos pra mim.
Mas convenhamos... o Rodolfo nunca foi um Fred Mercury, ou um Renato Russo, ou um Kurt Cobain. Ele não era o Raimundos, e é isso que as pessoas têm tanta dificuldade de entender.
E os Raimundos sem o Rodolfo não soam como uma banda cover de si mesma... muito pelo contrário!
Como disse meu amigo que estava lá comigo, o Digão merece minha completa admiração por ter mantido até hoje a banda respirando, por mais arriscado que fosse.
A banda brasileira mais original dos anos 90 (discorda? escute o primeiro CD dos caras...) não merecia um fim como o que aconteceu.
Pq o show do Outs me provou que manter a banda viva valeu a pena.
E muito!

Aos poucos os Raimundos vão voltando ao cenário musical brasileiro, com esses pequenos shows. Como se fosse uma banda nova, mas com alguns dos maiores clássicos do rock brazuca.
Mostrando que não quer ficar apenas na lembrança da década passada, e sim no presente de uma nova geração.
E devo ainda dizer que não acredito que ela recupere o mesmo destaque dos anos 90...

Ainda bem.

domingo, 7 de dezembro de 2008

"My name is Adam, I'm your biggest fan"


Eu sempre via vários fãs de Strokes comentando sobre um tal de Adam Green, parecia que todo mundo que gostava de Strokes também ouvia ele. Aí eu sempre fiquei curiosa pra baixar, mas minha memória (pra variar) me sabotava.
Então veio Juno e junto com o filme descobri o Moldy Peaches.
Aí quando fui pesquisar sobre a banda... ora, ora, ora... não é que o rapazote da banda era o Adam Green?
Aí você pensa: "Daí você baixou Adam Green né?!"
E eu respondo: Não. =/

Eu fiquei toda feliz (como sempre fico quando descubro essas coisinhas), falei pra todo mundo que se interessaria pela informação (ou seja, o Brancatelli) e... esqueci de baixar.
Foi num scrapchat de madrugada com um amigo do Rio que o nome do Adam surgiu de novo, mas mais do que isso... junto do nome dele vieram links para baixar todos os cds! Daí não tinha erro né?!
Me joguei no Adam...


E adorei!
Ele tem 5 cds solo... o mais recente, Sixes & Sevens, foi lançado em 2008.

A voz dele é bem grave e as músicas, eu diria que são mais faladas do que cantadas... mas as melodias são muito cativantes. O que mais diferencia o Adam é que as letras seguem o estilo do Moldy, são engraçadinhas, de temas variados (até música pra Jessica Simpson tem e eles nem se conhecem) e várias vezes não fazem muito sentido.

As músicas do Adam são daquela que consigo ouvir por horas e horas.
Minha indicação pra conhecer melhor é Emily. (e vamo combinar, no clipe ele canta com um gato no colo... impossível não gostar!)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A Ignorância da Cabeça Fechada

"Não me peça que eu lhe faça
Uma canção como se deve
Correta, branca, suave
Muito limpa, muito leve
Sons, palavras, são navalhas
E eu não posso cantar como convém
Sem querer ferir ninguém..."


Certeza que boa parte do pessoal que acessa o Two Cold Fingers desistiu de ler esse post só de ver a foto acima.
"Ah, não... mais um post sobre velharias que eu não tenho a mínima vontade de ouvir!?"
Mas eu posso falar em alto e bom som, sem a mínima vergonha:

EU SOU FÃ DO BELCHIOR!!!

É engraçado pensar que o mesmo cara que escreveu hinos como A Palo Seco e Como Nossos Pais, hoje é visto muitas vezes como motivo de piada, seja pelo seu bigode cultivado por mais de 30 anos, seja pelo seu jeito incomum de cantar.
É difícil nossa geração gostar de Belchior. Eu mesmo confesso que minha primeira impressão ao ouvir uma música dele foi "meu Deus, esse cara se leva a sério cantando??". Hoje em dia, o seu jeito de cantar já não é mais um defeito para mim, e sim um charme a mais das suas músicas. É simplesmente impossível imaginar Apenas um Rapaz Latino-Americano na voz de qualquer outra pessoa (e olha que não são poucos os que interpretam sua músicas, que vão desde Elis Regina até Roberto Carlos, de Jair Rodrigues até Los Hermanos).

Mais que músicas fantásticas, Belchior insere seu tempo em suas composições.
James Dean, Jonh Lennon, censura, sua infância, Alain Delon, Bob Dylan, Deus e o Diabo, Dante, Jorge Ben Jor, Coca Cola, sua própria aparência, seu jeito de cantar e de compor, seus fãs, sexo, drogas... tudo era agarrado e colocado habilmente em suas letras.

Quem prefere não dar uma chance ao senhor bigodudo por o achar ultrapassado são os mesmo que nunca entenderão suas ironias, seu sarcasmo, suas histórias, sua melancolia, sua tristeza muitas vezes bem-humorada...
Suas músicas não são de fácil assimilação, e essa é a graça de tudo.
Belchior, ao invés de receber o mesmo respeito dos grandes medalhões da MPB, muitas vezes é relegado a segundo plano pelas novas gerações.
Suas músicas escreveram a história do mundo e da música brasileira como poucas outras composições fizeram, influenciando nomes velhos e novos.
Um artista que merecia ser descoberto e redescoberto.

Já disse isso por aqui mais de uma vez e repetirei, quantas vezes eu precisar...
O preconceito musical leva apenas à ignorância musical!

E, desse jeito, muita coisa boa permanece desconhecida àqueles que têm cabeça fechada.

domingo, 30 de novembro de 2008

Hunf.


Láááááá no meu primeiro texto falei de uma banda que estava sendo comentada em TODOS os lugares e prometendo bons frutos: The Last Shadow Puppets.

Na época eu estava bem empolgada com o projeto por ter participações de orquestras e tal.
Estava.
Veio o cd completo e eu corri para escutar as músicas e então...

Desanimei.
Pôxa... são músicas muito bem feitas, as vozes são boas, melodias bacanas... resumindo é uma banda muito boa.

Mas e aí? Porque eu não sinto a menor vontade de ouvir esse cd e a pasta dele aqui no computador é praticamente de enfeite?

Sabe quando uma música não te passa nada? Não te faz sentir nada? A música fica ali e não mexe com você.
É estranho... não é tipo Coldplay, que sei que é uma boa banda mas não escuto porque me passa uma sensação de tristeza... essa banda não me passa nada.

Tá , é inovadora... tá usar orquestra é bacana... tá Alex e Miles são bons... mas e aí!? Não me passa sentimento, são músicas frias demais pro meu gosto.
Nas entrevistas eles passam um clima super bacana quando estão juntos, descontraído, parecendo estarem se divertindo absurdos... mas eu simplesmente não consigo sentir isso na música.

Ainda gosto muito de The Age of The Understatement, primeira música lançada e até gosto de Standing Next to Me... mas... no geral...

Frustrei-me.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Arte de Mudar de Opinião

Sabe, é hora de engolir meu orgulho e fazer uma retratação pública...
(e também é hora de escrever o quinto artigo sobre o Weezer aqui do Two Cold Fingers!)

Muitos foram os adjetivos que eu já usei para falar sobre o quarto Cd do Weezer, o Maladroit.
Já chamei de porcaria, de péssimo, de droga, de lixo tóxico... boa parte disso eu escrevi aqui mesmo no blog, aliás.
Pra mim, era um CD chato, com músicas ruins, pesado demais, que nada mostrava da verdadeira cara do Weezer.
E é por isso que eu deixei o CD jogado na minha coleção desde 2002...

Mas nessa terça feira eu vi a luz!!!

Resolvi re-escutar o Maladroit, para tentar entender como é que tanta gente gosta desse album.
Sei lá, era o mesmo CD que eu já tinha escutado tanto mais de 6 anos atrás... mas tinha alguma coisa diferente.
Ele não era uma porcaria, ou lixo tóxico, nem nada disso...
Aliás, até que era bem bom, na realidade!
Músicas como Dope Nose, Keep Fishin' e Burndt Jamb e December poderiam figurar facilmente entre as melhores da banda.
Outras, como Possibilities e Love Explosion, pareciam uma evolução natural de algumas músicas do Blue Album, o primeiro do Weezer.

Mas então, por que tudo parecia tão ruim alguns anos atrás???

Matutando minha cabeça, eu meio que encontrei o motivo.
Sabe, eu comecei minha relação com Rivers Cuomo e cia com dois discos fantásticos. Logo na sequência, a banda lançou o Green Album, com músicas bobinhas e beem frustrante para quem esperava uma continuação da evolução que vinha sendo pintada nos dois primeiros albuns (eu, inclusive).
Foi então que chegou o Maladroit... não gostar do album seria como reconhecer que o Weezer era uma banda decadente, e eu não podia aceitar isso. Por isso, me obriguei tanto a gostar dele que acabou se tornando um pária na minha coleção. Quando caí em mim, percebi que ele não era aquela maravilha e preferí odiar e esquecê-lo.
Depois, com o Make Belive e o atual Red Album, a banda voltou a me provar que é sim tão boa quanto em seu início... mas aí o estrago em cima do Maladroit já estava feito.

É um album bem diferente, sim.
O Rivers, que começou sua carreira musical numa banda de heavy metal (com cabelo comprido e tudo mais), tentou leval a essência daqueles tempos à sua banda de sucesso.
O resultado são músicas mais pesadas, com solos e riffs de guitarra mais elaborados, músicas que não passam de fragmentos soltos amarrados... mas com a cara do Weezer.
Apesar de tudo, ainda era o rock-nerd-chiclete da banda.

É engraçado ver como nós mudamos com o tempo.
O mesmo CD que eu odiava há 6 anos atrás agora não deve sair do toca-cds do meu carro por um bom tempo.
Coloco agora o Maladroid no mesmo patamar que o Make Belive.
E estou prestes a considerá-lo até melhor!!

Será que em alguns anos o Brancatelli estará dançando axé?
Participando de micaretas?
Me tornarei um chicleteiro ou algo do tipo??

Não perca os próximos episódios...

domingo, 23 de novembro de 2008

Sugar, we're going down.


Há um tempo meu companheiro de blog assumiu seu amor por uma banda emo e acho que agora chegou minha vez.
O Vitinho Muita gente vai falar que sempre soube que eu era emo, mas...

Essa é uma banda que eu acho que recebe muito preconceito e que deveria ganhar uma chance...

O Fall Out Boy é uma banda de Chicago fundada pelo baixista Pete Wentz e pelo, na época baterista, Patrick Stump. Ela começou como um projeto paralelo. Nessa primeira fazer, ele eram um trio e não existe nenhum registro das músicas deles na época.

Na segunda fase, viraram 5... Patrick Stump largou a bateria para assumir os vocais e então lançaram o Fall Out Boy's Evening Out With Your Girlfriend, que foi um tremendo... FRACASSO.
O cd soa como as bandas amadoras dos festivais de rock que aconteciam em Itanhaém quando eu tinha uns 13 anos (Sim, em Itanhaém existiam festivais de bandas de rock!).
Um vocal imaturo (não no bom sentido), músicas com melodias muito parecidas com qualquer outra coisa e letras mais emo não chamam atenção. Tanto que o baterista e o guitarrista abandonam a banda.

A terceira fase começa com Take This To Your Grave e vem até hoje.
Eles viram um quarteto.
A voz de Patrick Stump amadurece e mais do que isso, vira um dos grandes trunfos da banda ( Coloca alguma música deles pra tocar e veja eu me acabando tentando imitar os agudos dele). Esse primeiro cd da terceira fase não foi um grande sucesso mundial, mas deu uma boa visibilidade pra banda nos Estados Unidos. O mundo conheceu mesmo a banda quando lançaram o From Under The Cork Tree e o single Sugar We're Going Down explodiu. Nessa fase o Fall Out Boy agrega melodias mais maduras que antes e bem mais divertidas.
Esse ano ainda a banda lança seu sexto cd, o Folie a Deux... eu acabei de ouvir uma das músicas e gostei!

O funcionamento da banda também não é dos mais comuns, já que no caso deles quem escreve a maioria das músicas é o baixista e quem faz as melodias é o vocalista.
Mas vendo uma apresentação da banda você logo nota que ali as coisas não são comuns, enquanto o vocalista tímido quase não fala, o baixista é a presença de palco em pesssoa. Normalmente vemos baixistas caladões e conentrados, Pete Wentz é o oposto disso... peripércias com seu baixo (sabe aquela coisa de girar o baixo em volta do pescoço?), pula, grita, anima, se joga no público...

Eu recomendo viu?! Apesar do rótulo emo (que se deve mais as primeiras fases da banda) é uma banda que me anima e me faz querer pular como poucas.
É um emo-simpático.

Dica: Começem com minha favorita "Take Over, The Break Is Over" ! (é link, pode clicar.)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O Fedor do Egoísmo

Certo... sei que já falei sobre sobre a questão de intimidade de um artista neste tópico aqui, mas me sinto na obrigação de comentar de novo...
Não entendo essa necessidade da mídia de invadir a vida privada de uma pessoa!

Foi só a Mallu Magalhães (se tudo correr bem, semana que vem vcs terão a crítica do album dela por aqui) dizer que está apaixonada por uma pessoa que a faz crescer musicalmente que já disseram que ela está namorando o Marcelo Camelo, 14 anos mais velho que a cantora.
Honestamente, não vou entrar no mérito do "eles estão ou não estão juntos" pq isso é o de menos nessa história toda...
O fato é: o que torna tão interessante a vida particular da Mallu Magalhães??

Eu não me importo se falam do divórcio da Suzana Vieira. Não ligo se falam dos namorados da Luana Piovani, e simplesmente estou cagando e andando se dizem que um ex-Big Brother foi pego com drogas!
Essas pessoas procuram a mídia, essas pessoas adoram aparecer numa capa da Caras, ou no programa da tia do Chorão Sônia Abrão, ou na Contigo.
Elas aceitaram fazer parte desse circo.
Elas aceitaram os riscos de serem expostas a qualquer passo errado.

Agora, não entendo qual o direito que as pessoas acham que têm de tentar entrar na vida de uma garota tímida de 16 anos e de um cantor que apenas se mostra pela sua música.
Se eles estiverem juntos, bom pra eles. Se não, ela está com algum outro cara que a faz feliz.

FODA-SE!!!

Para os dois casos, todo esse interesse inútil dos meios de comunicação apenas estraga o que poderia ser algo bonito.
E ainda por cima traumatiza uma garota sobre TODOS seus relacionamentos futuros!
Será que uma curiosidade fútil compensa uma invasão desse tipo?

As pessoas deveriam se colocar no papel do outro as vezes, ao invés de simplesmente querer vender umas revistas a mais.
Eu particularmente sei que, se estivesse no lugar de qualquer um dos dois, iria me sentir extremamente desconfortável e violado.
Mas parece que a curiosidade das pessoas é maior que qualquer ética.

Principalmente quando essa curiosidade é guiada por um fedor nojento e inconfundivel.
O nauseante fedor do egoísmo!

domingo, 16 de novembro de 2008

Na Na Na Na Naa


Eu preciso começar com uma breve introdução da minha relação com essa banda.
Ano passado eu passei sábados e mais sábados (e algumas sextas também) berrando as músicas deles com olhos fechados num lugar que eu costumava ir...
Eu esperava a noite toda para minha voz explodir com "Everyday I love You Less and Less".

Quando soube da vinda deles, quase caí da cadeira.

Mas aí algo aconteceu... Não estava esperando muito do show... Viriam amigos de muito longe pro festival e eu acabei focando neles ao invés de ficar aguardando o show. Sei lá... desanimei.
Quase deixei de ir, mas aí pensei no caso "The Killers" e não quis repetir o erro.

Fui lá... e por casos e acasos, lá estava eu... semi-bêbada, cansada e sozinha num dos cantos do palco. Nem muito longe e nem muito perto. No lugar ideal para não ser esmagada.

Meu deus...! O que é aquilo? Eu NUNCA imaginei que eles tivessem aquela presença de palco! NUNCA imaginei que o Rick tinha tanta energia! Já tinham me contado que ele se jogava na galera... mas sabe quando você pensa que é aquela coisa mêcanica pra parecer legalzão?
É, não era.
Fato que as estrelas da banda são Rick Wilson, vocalista e Nick Hodgson , baterista. O primeiro com uma energia contagiante que fez com que eu, sozinha, pulasse e cantesse sem nem ligar pra ninguém a minha volta. Sua tentativas de falar português foram uma piada, mas ninguém ria dele e sim com ele. Ninguém ali tava se divertido mais do que ele... E o baterista tinha um sorriso tão...tão... não sei explicar, sabe aquela pessoa que quando sorri, te faz sorrir junto?

Eu nem conhecia todas as músicas, mas me mijoguei viu!?

Me surpreendeu! E muito...! Não dava nada pra eles e calaram minha boca... ou melhor, arrancaram gritos desafinados dela.
Entraram no meu top de shows... (ok, eu não vi muitos shows) mas tão no nível Hives de show.

Ah, queria Planeta Terra e Kaiser Chiefs todo fim-de-semana.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Comida Boa... e Requentada. =/

Certo... preciso começar este post afirmando uma coisa:
Eu juro que gosto muito de Offspring!
Aliás, o Americana foi um dos primeiros CDs que eu comprei com meu próprio dinheiro.
A energia das músicas, as letras divertidas, o visual punk... tudo isso era muito legal em 1998, e até confesso que o som deles moldou de certa forma meu gosto musical por algum tempo.

No sábado passado, 10 anos depois de pirar escutando músicas como "Pretty Fly (for a White Guy)" e "Why Don't You Get a Job?", lá estavam eles na minha frente, no palco principal do Planeta Terra.
E tudo o que eu sentia era um frustrante gosto de comida requentada...

Calma, eu explico.
Não foi um show ruim. Longe disso.
Mas teria sido um show realmente kick ass se tivesse acontecido uns 6 anos atrás.
Agora imaginem ver o Chorão aos 50 e poucos anos de idade, ainda cantando coisas como "você é bonito e eu sou feio, sua mãe te ama mas eu te odeio", ou qualquer uma de suas "músicas" de hoje para entenderem como foi ver aqueles caras em cima do palco (me perdoe, Deus, por comparar o Offspring ao Charlie Brown Jr... foi apenas para ilustrar o pensamento).
Era um bando de tiozões tocando músicas que não representam mais nada do que eles são.
Como aquele seu tio que veste bermudão e fala "radical" para esquecer sua crise de meia idade.
Eu não me surpreenderia se visse o Dexter Holland andando pelo festival com um blusão laranja amarrado sobre os ombros, sorrindo para garotas com um terço da sua idade...
Era estranho, constrangedor.
Era falso.

Claro que uma ou outra música se salvava.
"The Kids Aren't All Right", por exemplo, até fazia esquecer por um minuto que, diferente de um Green Day da vida, o Offspring não se preocupou em evoluir musicalmente, se acomodando com seus fãs de uma década atrás. Pelo menos 80% das pessoas que estavam lá para ver o show eram fãs nostálgicos.
Foi um show correto, bem tocado, nostálgico...
O tipo de show para se assistir de olhos fechados... pois se você olhasse para o palco, veria a banda parada, como se tocasse todas aquelas músicas por pura obrigação, como uma banda zumbi que apenas não quer ser esquecida.

Repito: eu realmente gosto de Offspring!
Seja com o Smash, seja com o Americana, seja com Conspiracy of One ou com o Splinter, eles consegue fazer uma música com cara jovem... isso eu não posso negar.
Mas existe uma diferença entre escutar um CD e ver os caras tocarem essas músicas.
Se por um lado as músicas são ótimas, por outro você percebe que algo está errado com aqueles caras que se recusam a dar um passo adiante.
Como se os Beatles tivessem se aconchegado no estilo "I Wanna Hold Your Hand" de se fazer música e nunca tivessem criado algo como Revolver, ou Sgnt Pepper's Lonely Heart Club Band, ou o Abbey Road...

Se tivesse terminado algum tempo atrás, com certeza o Offspring entraria para a história como uma das grandes bandas do nosso tempo.
Do jeito que fizeram, serão apenas lembrados como uma banda que já não tem mais nada a dizer.

E eu continuarei ouvindo meu Americana como em 1998, imaginando uma banda jovem, com músicas agitadas, letras divertidas e todo aquele visual bacana.
Assim, talvez eu esqueça como eles são agora.


PS: SHOW DO RADIOHEAD EM MARÇO DE 2009!!!
Obrigado, Senhor... obrigado...

domingo, 9 de novembro de 2008

Planeta Terra - Spoon


Vamos falar sobre os show aleatóriamente e conforme a vontade de cada um...
Meu escolhido foi o Spoon.
"Uau... a Renata gostou mesmo hein?! O escolheu para abrir os textos sobre o festival..."

Engano seu, caro leitor.
Spoon é uma banda americana que toca indie rock e foi muito chata.

Eu poderia parar aí, já que essa frase sintetiza a idéia, mas vou me alongar um pouquinho...

Eu fiz um acordo com um amigo meu: ele ía comigo ver Foals e eu ía com ele ver Spoon.
No fim das contas... me dei mal.

Saí mais ou menos no meio do show do Offspring para ver 'qualéque' era a da banda...
Cheguei no Indie Stage e só ouvi barulho! Não me dignei a ficar o show inteiro... tive esperanças de voltar pro outro palco e conseguir ouvir "Pretty Fly for a White Guy" (falhei!)...

Eu e meu amigo paramos do lado do palco e 1 minuto depois nos olhamos com cara de "é... não tá rolando...". Claro que fiquei um pouco mais para poder ter certeza de que era ruim.
Eles estavam agitados e tudo... mas... Simplesmente não desceu... todas as músicas pareciam mal tocadas.

Inconformada fui até o youtube ver uns clipes... tá, no estúdio não é tão ruim quanto ao vivo... mas não adianta... Eles entraram na minha lista de "não recomendo".

E o show dentro do contexto do Terra foi o pior da noite...
Na minha humilde opinião, claro.

(perdoem o texto curto... estou correndo com afazeres do TCC)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Ensaio Sobre... Refúgios?

Sabe o que dizem...
Você só aprende a dar valor àquilo que você perde.

Eu passei cerca de dois meses sem poder escutar meus CDs no carro.

Deixa eu explicar... sei que a grande maioria das pessoas com um mínimo de cérebro hoje em dia baixam músicas nos seus computadores e as escutam em seus iPods, mas o que eu posso dizer?
Sou um garoto burro das antigas!
Prefiro muito mais ter o CD em mãos, e escutá-lo no meu disc-player ou no toca-cds do meu carro.
Aliás, devo ser uma das poucas pessoas a usar palavras como disc-player e toca-cds nos tempos atuais. Ou no século atual.

Mas meu toca-cds simplesmente pifou 2 meses atrás.
E passando o dia inteiro na faculdade discutindo trabalho com meu grupo de tcc, ficava impossível escutar um CD com atenção. Não sou mais daqueles que colocam seus fones e se esquecem do mundo ao seu redor (sim, eu já fui assim).
Agora eu prefiro interagir com as pessoas, conversar, rir, mesmo enquanto eu preciso corrigir 80 páginas de texto corrido ou escrever o texto perfeito para um tópico do trabalho.
Um trabalho no qual passamos um bom tempo perguntando às pessoas qual o nível de importância da música nas suas vidas...

Esquecer do mundo é algo que deve ser feito com moderação.
Afinal, o mundo ao seu redor é muito mais interessante que você imagina...

Meu toca-cds do carro era meu refúgio.
Ainda que eu não pudesse esquecer o mundo ao meu redor (sob pena de criar um outro amassado para a coleção do meu humilde e já deveras destruído Celta), aquele era um momento meu.
Era como se o inferno de um engarrafamento pudesse se transformar em uma benção, apenas pelo fato de eu poder escutar algum dos meus CDs no caminho para a faculdade.
Tire o refúgio de um homem e o que lhe sobra?
O que lhe sobra???

(muita coisa, mas me deixem ser dramático, por Deus do céu!)

O fato é que eu apenas quero compartilhar com vocês que meu refúgio está de volta!!
Agora eu conto as horas para entrar no meu carro, manter as janelas fechadas e passar algumas boas e doces horas em um trânsito infernal.
Esse é o nível de importância da música na minha vida.
Ainda que eu enfrente o inferno, se tiver música por lá eu o enfrentarei com um sorriso no rosto.

Sim, esse é um texto dramático, mas e daí?
Eu finalmente me sinto completo novamente, e é só isso que importa.

Eu tenho o meu refúgio.

domingo, 2 de novembro de 2008

Notícias sobre nada que não levam a lugar algum.


Hummm... Não estou com vontade de recomendar nenhuma banda. Não estou com vontade de falar mal de nenhuma banda. O que fazer?
Caçar alguma notícia batuta para comentar!!! (Esse é um artifício bastante usado por nós do TCF quando estamos meio sem idéia do que falar)

Vejamos...
Ahn... "Liam Gallagher fala que Kings Of Leon se vendeu". E quando que ele fala bem de alguém...? se bem que essa notícia é meio "morde-assopra", ele diz que a banda é boa e que eles podem fazer mais do que fizeram no último cd. Mas minha antipatia com os Gallagher é tão absurda que tô bem de boa de falar sobre.

"Kaiser Chiefs diz que Lilly é mais confiável que Amy". Oh really? Até minha vó cega, surda e manca diria algo assim se visse as duas. Alguém é capaz de achar o contrário?

"Katy Perry quer vir ao Brasil conhecer garotas brasileiras". *boceja* Acho a Katy Perry uma chata. Acho as músicas dela um saco. E essa história de 'farei fama dizendo que pego garotas' já foi usada antes pelo T.a.T.u. , então... get over it!!!

"Sai novo album do Jota Quest". Eu penso neles e a minha cabeça vem 'jacarépaguáélongepracaramba. jacarépaguásósefordecarro'... até hoje não consigo cantar isso direito!

"Jack White fará parceria com Thom Yorke". Isso sim que é notícia... Jack Withe é tipo assim... fodabagarai e o Thom... fodabagarai²! Mas prefiro esperar sair algo, já que fiquei super contente achando que a música do Jack para o 007 seria boa e no fim achei chata.

"Britney aparece na capa do novo cd com cara de menininha" Por mim tinha que ter até regravação de "Baby one more time"! Brit é a prova de que tudo é possível...

"FBI está investigando vazamento do novo cd do Guns 'N Roses" Cara, ninguém tá dando a MÍNIMA pra esse cd né!? É tipo aquela fábula que o garoto fica toda hora dizendo que apareceu um lobo e nunca é verdade, aí quando ele realmente vê ninguém acredita nele... Capaz do cd sair, fazerem turnê e ninguém nem notar!

"Saem todas as músicas do Little Joy". OPA! Essa é boa!!! Ah é... já escrevi sobre eles... Só pra constar: o cd tá LIN-DO! A Binki também canta, nossa... lindo,lindo!

Pois é, crianças... Viram como sofro pra achar algo pra trazer pra vocês?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

At The Apollo.

"Get on your dancing shoes..."

Eu estive lá no Tim Festival 2007, e vi eles apresentarem o melhor show da noite.
Calados, eles deixaram as músicas falarem por si mesmas.
E elas simplesmente GRITARAM!!!

Ontem de noite (na verdade, só umas horas atrás), eu estava sentado com um saco de pipoca e uma coca, com 2 amigos a tira-colo, junto a mais umas 10 pessoas espalhadas pelo cinema do shopping Market Place, um dos vários cinemas ao redor do mundo a passar o show "Arctic Monkeys at the Apollo", que será oficialmente lançado em DVD no dia 3 de novembro.
Mal o filme começou e já era impossível não voltar àquela noite de 2007.
Porque em ambas as noites, eu só conseguia pensar em uma coisa:

Simplesmente não existe nada igual ao Arctic Monkeys!!!

É engraçado perceber como esses caras de 20 e poucos anos têm a Inglaterra e todo o mundo da música aos seus pés!
Adorados pelo público e pela crítica, eles estão agora onde já estiveram bandas como o Libertines, o Oasis, o Clash, o Who e os Beatles!
Não é questão de sorte, ou de gostos duvidosos, ou de imagem... eles realmente são bons.
Eles não pulam, não gritam nem se jogam no público durante o show.
São de poucas palavras, poucas expressões.

E ainda assim, os caras sabem fazer um show!

Posso dizer que, como pretenso agressor de guitarra e rabiscador de músicas, é simplesmente DESANIMADOR assistir a um show desses e perceber que qualquer coisa que eu faça parece brincadeira de criança perto dos Arctic Monkeys!
E ao mesmo tempo, é uma experiencia inspiradora!

O DVD em si está fantástico.
Mesmo focando no Alex, o vídeo mostra a importância de toda a banda, provando que cada um está lá por um motivo (mesmo na participação especial do namorado clone amigão do Alex, Miles Kane).
Os momentos mais inpirados estão nas 3 músicas finais, seja por mostrar os bastidores e seja pelo final muito bem sacado.
A direção é do Richard Ayoade, que já dirigiu Fluorescent Adolescent, além de vídeos para o The Last Shadow Puppets e para o Vampire Weekend.

A banda nasceu na onda do novo brit-pop, lançou um single de sucesso, um primeiro album perfeito, outros singles de sucesso e, mesmo com as expectativas em alta, um elogiado e surpreendente segundo CD.
Mesmo dentre tantas bandas que surgem a cada ano na Inglaterra, eles conseguem se destacar.
Sem conversa, sem firulas, sem enrolação... apenas música e muito, muito talento.
Eles estão no topo, e parecem bem confortáveis com isso.

Afinal, eles merecem!

domingo, 26 de outubro de 2008

Péssimo.


Eu tinha algum texto para colocar aqui.
Alguma coisa sobre um tal Tim Festival, que na minha opinião não importa o quanto digam que é bom... se perdeu muito e acabou melhorando a organização, mas piorando de atrações e de preços.
Mas aí desencanei quando assisti um programa de tv hoje.

Eu estava desde as 14hrs fazendo TCC (NUM DOMINGO!!! E depois de um sábado fazendo TCC por mais de 12hrs), resolvemos ligar a televisão ver a quantas andava a eleição... acabamos deixando ligada... e foi lá pelas 20hrs que começou o tormento.

Gas Sound - Guaraná Antartica.
Eu já sabia que ele existia, é tipo um Ídolos... só que de bandas.

Você já sabe que não pode esperar muito de um programa quando ele é na Rede Tv. (Lembra que essa é a emissora que deu um programa diário para Luciana Gimenez)
Mas você não é nenhum chatão (ou não tem opção) e dá um chance pro negócio.
Começa... tem uma vinhetinha que toca Arctic Monkeys...hum bom sinal... aí entra o Toni Garrido.
FAIL.
O programa é na Rede Tv e é apresentado pelo Toni Garrido. Não achou ruim ainda?
Banca de jurados: saxofonista do Kid Abelha (que 9 entre 10 pessoas não devem saber o nome, inclusive eu), Supla, Japinha e Carioca do Pânico.
Tipo... WTF, né?!

Achou ruim? Mudaria de canal? É, eu não mudei.
Algo TÃO bizarro merecia mais atenção.

Começaram as bandas.
A primeira foi daquelas com um vocalista gritando loucamente e outro soltando algumas frases perdidas. Até tira uma letra na tela pra acompanhar... mas... nem rolava.

Só que chegou na hora dos jurados falarem... e eles elogiaram! =O
Tipo... que?
Foi terrível!

E simplesmente foi daí pra pior.
Uma banda pior que a outra e TODAS recebendo elogios.

Alguém me apresenta quem fez a pré-seleção desse negócio.
Foi o Rick Bonadio, só pode.
Foi alguma estratégia de marketing pra validar a declaração dele de que o mercado de bandas independentes brasileiras é ruim... só pode!

Eu sei que normalmente estou recomentando coisas por aqui, mas esse é um post NÃO recomendando esse programa e (posso estar sendo injusta, mas...) praticamente todas as bandas que ali tocaram.

Ufa. Me sinto mais leve agora.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Uma Chance Ao Desfile Emo...


"If life ain't just a joke
Then why are we laughing?"


Pois é, e lá vou eu bancar o advogado do diabo...

Sabe, é difícil começar um texto desses.
Porque se eu critico a MTV, eu sei que muitos se interessarão em ler. Se eu critico o Charlie Brown Jr eu sei que muitos se interessarão em ler. Se eu falo bem de um Arctic Monkeys, ou de um Fratellis, ou de um Libertines, eu sei que muitos se interessarão em ler.

Mas e se eu falar bem de algo tão maldito quanto uma banda emo?
Principalmente quando eu não faço idéia de como transformar em palavras tudo o que eu senti escutando tal banda.
Bom, então eu já preciso dizer o que eu acho logo no começo:

The Black Parade, terceiro álbum do My Chemical Romance, é sem dúvida uma das melhores coisas que eu já ouvi na vida!!!


. . .



Bom, se você continua por aqui, muito obrigado.
Sua audiência é muito importante para o Two Cold Fingers.

É engraçado ver que rotular um som é a mesma coisa que injetar um certo preconceito nas pessoas.
O fato é que é fácil discriminar uma banda sem ouvir, já tendo em mente que você não gosta do estilo dela.
Coisa diferente (e mais desafiadora) é dar uma chance à tal banda.
Coisa, aliás, que além de tudo ainda foi muito mais gratificante!

The Black Parade conta os últimos momentos da vida de um homem na fase terminal de um câncer. O disco passeia tanto pelas suas lembranças do passado quanto pelas suas conclusões do presente.
Mas ainda que deixe muitas vezes a melancolia tomar conta de suas músicas, o álbum trata de um assunto pesado e fúnebre com algo incomum, principalmente no selo “emo”:

Humor!

Apesar da tristeza sólida em músicas como “Cancer” ou “Famous Last Words”, Gerard Way e sua trupe destilam ironia e até mesmo alegria em boa parte das 14 faixas do álbum, como na dobradinha de abertura “The End” e “Dead!” (melhor faixa do album, na minha humilde opinião), ou na faixa bônus escondida “Blood”, por exemplo. Seja falando no Inferno, seja falando da guerra, seja falando da morte.
Além disso, a banda não se acomoda em seu som habitual. Apesar de manter uma certa fórmula em músicas como “I Don’t Love You”, The Black Parade mostra um My Chemical Romance corajoso, se arriscando e provando ter atingido um grau de maturidade do qual muita banda nunca provará.
As músicas trazem aquele amálgama perfeito entre letra e melodia. A carga poética do álbum é grande, tendo a morte retratada como a principal lembrança do moribundo... no caso, um desfile negro que assistiu quando era criança, ao lado do seu pai. Na turnê do álbum, o próprio My Chemical Romance se transformava nesse desfile, como um alter-ego. Uma espécie de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

A grandiosidade das músicas, baseada claramente na obra do Queen, não é apenas um capricho da banda.
A morte é, sem dúvida, o momento pelo qual todos nós vivemos. É quando finalmente somos as maiores estrelas da história, os verdadeiros protagonistas.
Nada mais justo que retrata-la em toda sua megalomania, seja pelo instrumental forte da banda, seja pela produção do Rob Cavallo (que já tinha "criado" o Green Day em Dookie e transformou-o em gente grande com o American Idiot), seja pelo vocal afetado e extremamente teatral do Gerard Way.

Como eu disse, quando se gosta tanto de algo, é difícil escrever sobre isso.

The Black Parade trata do fim de uma vida mostrando todo o medo, dúvidas, raiva, tristeza e alegria desse momento.
E por conseguir fazer algo tão complexo sem se levar tão a sério, o My Chemical Romance merece todo o meu respeito e admiração.

É emo.
É rock.
É música.

E é muito, muito bom!!!

.

domingo, 19 de outubro de 2008


Sabe o que é ter estado no show da banda que viria a ser uma das suas favoritas e não ter dado a mínima?

Pois é... Essa é minha história com The Killers.

Eu fui no Tim Festival do ano passado por um único motivo: Arctic Monkeys.
Eu até pensei "Ah, e também terá Killers...". Mas pra mim eles sempre foram a banda de Somebody Told Me e Mr. Brightside. Só. (Hunf... só...! Como se isso fosse "só"...)

Então aguentei tudo pra estar grande na hora do shows dos macacos e óbvio...assim que acabou eu PRECISAVA sair dali. Eu precisava sentar, respirar, descansar...

E foi sentada, respirando e descansando que eu "assisti" o show do Killers. Eu prestei atenção em tudo, menos na banda... O único momento me animei a curtir o show foi em... adivinha? Somebody Told Me.

E fui embora antes de acabar o show! ANTES DE ACABAR O SHOW!

Mas não deu uma semana...
Killers virou em pouquíssimo tempo uma das bandas de destaque no meu Top 5!

Imagina como me sinto?
É pior do que ter perdido o show do Strokes... porque nesse caso eu estava lá, só não liguei!

Eu ía escrever um texto sobre Killers... ponto. Mas além desse fato sempre me assombrar, eu não conseguiria colocar em palavras porque acho a banda tão boa...
Vocal perfeito, guitarras, baixo, bateria, uma pegada mais country aqui,uma pegada mais eletrônica ali...

Então escute Killers e descubra porque fico tão deprimida ao lembrar desse fato. E lembre-se do mandamento daquele texto do Brancatelli:
"Respeitarás também a voz de Brandon Flowers, pois nela está depositada a esperança de que o terceiro CD do Killers seja tão bom quanto o primeiro."

Ah, Brandon Flowers...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ensaio sobre a solidão (e músicas. e cappuccinos.)

Eu só tinha dormido uma hora durante aquela noite.
E quem tem problemas com sono sabe que dormir pouco é bem pior que não dormir nada.

Bom, o caso é que vários fatores me fizeram entrar no Starbucks, naquela quinta feira extremamente gelada, para matar o tempo antes de enfrentar a faculdade. Pedi educadamente um cappuccino (que, segundo o Wikipedia, se escreve assim mesmo, com dois “p”s), afanei um punhado de saquinhos de açúcar e fui me acomodar confortavelmente em uma das poltronas.
Uma coisa que eu sempre achei engraçado na solidão nesse tipo de lugar é o olhar de pena de cada pessoa acompanhada quando te percebe (tipo: “ohwnnn, pobrezinho... não deve ter nenhum amigo, coitado”) e o olhar de aceitação dos outros solitários (tipo: “é, cara... eu entendo o que você ta passando”). Enquanto alguns te vêem como um alienígena, outros te enxergam como uma alma-irmã, e você simplesmente não sabe qual olhar é o pior.
Portanto, me hospedei em uma poltrona entre um casal de meia idade e uma garota que provavelmente havia deixado para estudar toda a matéria de um ano alguns minutos antes da prova. Adocei meu cappuccino com uns 20 saches de açúcar e deixei meu corpo se jogar espalhafatosamente na poltrona, com o copo entre as duas mãos, me entretendo apenas com a música ambiente e meus próprios - e inúteis - pensamentos. Enquanto isso, o casal de meia idade conversava animadamente, a garota folheava uma gigantesca apostila e mais uma dúzia de pessoas viviam suas próprias vidas. Homens de negócio liam seus jornais, mulheres bem vestidas mexiam em seus laptops, senhores buscavam abrigo contra o frio e garotos riam alto de suas próprias piadas.

Eu mesmo já tava na metade do meu café da manhã quando uma música começou a tocar. Não me pergunte que música era porque eu não faço a menor idéia. Era simples, só uns 4 acordes no piano, mas era o crescente da música que importava. Sabe, eu sempre gostei do impacto que causa um crescente numa música. Uma melodia que começa calma, como quem não quer nada... começa a aumentar discretamente a intensidade, adicionando mais música, adicionando mais emoção... até que explode, deixando a ingenuidade do começo no passado.
Mas a parte técnica disso tudo é o que menos importa. O que importa é o que essa música te faz sentir, o que passa pela sua cabeça enquanto a sua emoção vai crescendo no mesmo compasso da a música. Porque naquele momento, sentado num Starbuks com pouco mais que uma dúzia de pessoas, tudo ao meu redor ficou em silêncio. Só me existia aquela música.
Não, não me entenda mal... o casal de meia idade continuava conversando. A garota continuava lendo sua imensa apostila. Os homens bem vestidos continuavam mexendo em seus laptops, as mulheres de negócio continuavam lendo seus jornais, os senhores ainda esfregavam as mãos contra o frio e os garotos ainda riam alto de suas piadas sem-graça. Mas todo som parecia mais baixo, como se eu tivesse diminuído o som na TV e aumentado o som do rádio. Como aquelas pessoas podiam continuar tão indiferentes àquela música? Como aquele momento podia estar sendo tão único apenas PARA MIM?
Quer dizer, tudo é tão imediatista, tão feito com a pressa de acabar. Nós comemos apenas por comer, nós bebemos apenas por beber. Lemos querendo chegar logo ao fim do livro, assistimos um filme apenas para saber o que acontece com o personagem principal. Nós começamos cada ação já salivando pelo seu final. Parecemos máquinas programadas apenas para a conclusão, o “durante” não importa mais. Ninguém mais aproveita o momento.

E foi aí que uma coisa me ocorreu. Cada pessoa sentada ao meu redor aproveitava o seu próprio momento, cada um à sua própria maneira. Enquanto a vida acontecia lá fora, para eles tudo o que existia eram seus cafés, suas conversas, seus jornais e seus laptops. E quer saber: quem poderia culpá-los?

Então a música acabou, assim como meu cappuccino.
Levantei, arrumei meu casaco amarrotado, caminhei até a porta e senti o vento gelado bater no meu rosto.
A música que acabara de tocar já fugia da minha memória, na certeza de que eu nunca mais a escutaria de novo, como aquela garota bonita que você vê no metrô e sabe que nunca mais encontrará.
E ainda assim eu sabia que não esqueceria aquela música tão cedo.

Enfiei as mãos no bolso, esqueci do frio, afastei o sono e continuei andando.
Afinal, eu tinha uma vida para viver...

sábado, 11 de outubro de 2008

Tales Of Girls, Boys And Marsupials


Quanto mais tempo eu demoro pra falar sobre essa banda aqui, mais culpada me sinto.

Se trata de uma banda cujo nome surgiu num sms perdido de madrugada e vindo do celular do meu amigo Brancatelli.

"escuta the wombats, acho q é isso"

Quando acordei, fui vasculhar... não foi fácil achar, eles não eram nada conhecidos quase.
Quando eu finalmente achei... MEU DEUS!
O que era aquilo?
Como podia ser tão divertido?
Como podia ser tão gostoso de ouvir?
Como pordia ser no mesmo estilo que várias bandas e ao mesmo tempo diferente?

Aquela era definitivamente uma das bandas que eu mais gostei de descobrir nos últimos ANOS!

Eu não sabia o que tinha de extraordinário ali, aliás...talvez até hoje eu não tenha muita certeza do que causou tal paixão.
Definitivamente, começar o cd com uma música a capella cantada pelos três integrantes da banda foi um ponto forte pra mim. Aliás, esses artificios vocais somados aos instrumentos, na minha opinião fazem toda diferença, afastando o Wombats de muita coisa parecida que tem por aí.

Além do mais, eles são divertidos... mesmo em letras tristes, mesmo falando de amor... todas as letras tem uma pitada de humor... que é outra marca forte da banda. Nada de atitude blasé, eles fazem show usando fantasias, postam videos no youtube em que fazem de conta que lutam até a morte uns com os outros pra decidir quantas músicas colocar no cd, bebem suas cervejas e distribuem sorrisos a quem passar!

O cd deles "A Guide to Love, Loss and Desperation" consegue ser daquele tipo em que eu não acho nenhuma música ruim, toda são fabulosas. Eles são o tipo de banda que merecia estar mais na mídia internacional, porque ele fazem algo bom e divertido.

Não sei muito como explicar o motivo de eu gostar tanto deles, é uma coisa de feeling mesmo... uma paixão que bateu e ficou!
Eles são coloridos, engraçados, tem um mascote fofinho...
São música para qualquer momento, especialmente para espantar momentos tristes e desanimados... Eles te ajudam a sacodir a poeira e apesar de tudo se divertir.
É essa a idéia que entoa o refrão da minha música favorita (agora sim!):

Let's Dance to Joy Division (sim! se você clicar aqui irá ser direcionado para o video no youtube)

"Let's dance to joy division,
and celebrate the irony.
Everything is going wrong,
but we're so happy!







[Não tem nada a ver, mas eu preciso comentar que neste dia 11 de outubro comemoramos o Centenário do Cartola! Sim, senhoras e senhores... o homem que mudou a cara do samba completaria 100 anos se cá estivesse ainda. Vamos comemorar e homenagear como pudermos o homem que foi um dos responsáveis pelo nascimento de uma das escolas de samba mais famosas do mundo, aquela que carrega o verde e rosa... a Mangueira.]

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Sublime e o Ridículo

Cara, durante a semana eu lí duas notícias bem diferentes entre sí, mas que me provaram que, ao mesmo tempo que a música ainda tem muito a oferecer, ela também serve de veículo pra muita gente idiota.
Enquanto que uma notícia mostrava genialidade, a outra apenas mostrava prepotência e arrogância.


A primeira fala que o Weezer (ok, vcs não devem mais aguentar ler sobre eles por aqui... mas vale a pena, fazer o que!?) deverá ser citado no próximo Guinness Book não por um recorde, não por dois recordes e nem por três recordes...
O Weezer provavelmente aparecerá com 5 RECORDES!!!
Todos eles completados em apenas um dia!!!
O responsável por isso é o clipe Troublemaker, do último album da banda (cuja crítica vc pode ler clicando bem aqui), que completou as seguintes marcas:

1) A maior partida de queimada - com dois times de 50 jogadores.
2) A maior guerra de tortas - com 120 malucos.
3) A maior concentração de pessoas fazendo air guitar - com 223 criaturas.
4) A maior maratona de Guitar Hero: World Tour - durante 10 horas, 12 minutos e 54 segundos.
5) A menor bateria do mundo, que foi tocada pelo batera da banda, Pat Wilson.

O Weezer, que sempre se mostrou criativo em seus clipes (como os clássicos Buddy Holly e Keep Fishing) tem se superado nos últimos meses. Vale lembrar do clipe de Pork and Beans, que foi feito inteiramente com base nos diversos virais da Internet (e sobre o qual vc pode ler clicando aqui).

Outra coisa bacana que a banda tem feito são shows fechados, onde o público pode levar seu próprio instrumento e literalmente TOCAR com a banda... o próprio Weezer ensina os acordes das músicas antes.
A estratégia da banda é insanamente boa, tanto para se aproximar dos fãs quanto para que quem nunca se interessou escute o som de Rivers Cuomo e companhia.

Afinal, ninguém mais espera um clipe passar na MTV para assiti-lo. A Internet se tornou a melhor ferramenta para a divulgação das bandas, e o Weezer está sabendo aproveitar isso muito bem, sendo procurado tanto pelos fãs quanto pelos não-fãs.
Afinal, quem não terá a curiosidade de dar uma espiada nesse novo clipe?
(pode clicar que isso aí é um link)

Mas ao mesmo tempo que vemos que ainda é possível sim inovar no campo musical, também percebemos que algumas pessoas simplesmente pararam no tempo.
Sabe, já teve um tempo em que eu realmente admirava a Madonna. Juro!
Ela fazia boa música pop, sabia ser polêmica, ser diferente, ser inovadora...
Mas é triste saber que essa mulher se perdeu em algum momento dos anos 90.

Só durante essa semana, a cantora deu duas bolas-fora.

Primeiro se sentiu no direito de criticar a Britney Spears.
Ok, a senhorita Spears não vem sendo nenhum modelo de comportamento nos últimos anos, mas ela não foi criticada por influenciar negativamente suas fãs, ou bater em jornalistas, ou arriscar a vida da filha, ou qualquer coisa de sua longa ficha criminal.
A Madonna apenas não perdoa que a pobre senhorita Spears tenha abandonado a Cabala.
Segundo uma fonte, a participação da Britney no show da Madonna foi cancelada pq, segundo a própria Madonna, elas não estão "no mesmo nível espiritual para cantarem juntas".
Poxa vida, quanto respeito pelas escolhas dos outros, né...
Um exemplo de tolerância, sem dúvida.

Não contente com isso, agora foi a vez dela dizer em um show que a candidata a vice-presidente, Sarah Palin, está proibida de assistir seu show.
Segundo suas palavras ao povo de Nova Jersey, "Sarah Palin não pode vir para minha festa. Não é nada pessoal, mas ela não poderá vir ao show".
Madonna sempre se disse adepta ao Partido Democrata americano, tendo inclusive alternado em vários shows imagens do candidato republicano John McCain e Adolf Hitler.

Sabe, eu adoro a liberdade de expressão (coisa que aliás eu uso bastante aqui no Two Cold Fingers)...
Mas liberdade de expressão é uma coisa.
Babaquice é outra.
Falar que não vai votar nos Republicanos é uma coisa...
Comparar um sobrevivente de guerra a um dos maiores assassinos que se tem notícia é outra.
E proibir alguém de ir ao seu show apenas por não ter as mesmas convicções políticas é simplesmente ridículo, assim como criticar alguém por não ter as mesmas convicções religiosas.

Exatamente como um certo alemão fazia...

domingo, 5 de outubro de 2008

Perda de tempo


Pois é...! Nessa semana que passou tivemos VMB.

Pois é...

Preciso dizer que achei uma droga?
Preciso explicar o motivo?

Precisar não precisa né?! Mas... não tô fazendo nada mesmo.

Vamos começar pela apresentação. Marcos Mion... eu juro que fico triste de ver que ele esqueceu como ser natural e com isso deixou de ser engraçado. Eu arrisco que no dia que o Mion descobriu que conseguia ser engraçado, ele deixou de ser. Ele tem toda uma pose de sou engraçadão que não emplaca. E olha que eu era fã de carteirinha dele na época dos Piores Clipes. (Mas não posso mentir, eu gostei da entrada dele.)

Nas categorias dava até tristeza sabe?! Desde que saiu a lista pra votação eu sabia que não vinha boa coisa... mas eu tive esperança... tinham categorias em que tinhamos Mallu, Vanguart e Cachorro Grande. E banda internacional tinhamos o MGMT e Radiohead. Parecia um suspiro de qualidade naquele mar de bizarrices...

Strike (uma mistura de Charlie Brown Jr. com NxZero) ganhou da Mallu e do Vanguart em Revelação. Fazer o que? Acho que estar na abertura da Malhação é sinônimo de qualidade. (NOT)

Show ao vivo... Pitty! Só Deus sabe o quanto eu não suporto essa mulher! Mas mesmo que não odiasse,... PELAMOR! Estavam concorrendo Titãs-Paralamas!!! Tinha até o Cachorro Grande, que era melhor que ela! (Eu diria que minha vó rouca canta melhor que a Pitty, mas aí é pura maldade minha).

Todas as outras categorias foram vencidas por uma banda emo ou coisa similar... Paramore ganhou de banda internacional... não preciso nem dizer que estou revoltada né?! Hello!! Tinha MGMT e Radiohead concorrendo!!!

Daí fica todo mundo criticando a MTV... Falando que ela fez uma premiação de bosta, que onde já se viu NxZero ganhar alguma coisa...
Mas peeeeeeeraí... os que entram nas categorias são escolhidos de acordo com o que o público tem pedido pra ver... ou seja, essas bandas. Quem vota nas categorias é o público, ou seja... quem ganha? Não tem o que discutir... O problema da música no Brasil não é o canal e sim o público!

Outra coisa que me irrita nessa premiações são aquelas piadinhas combinadas na hora de entregar os premios, juro...tenho vergonha alheia! Fica muito falso!

Falando em falso... e o Bloc Party hein!? Fizeram um playbackzinho safado, nem tentaram esconder... aliás, quiseram mesmo mostrar! Não entendi nada, ninguém entendeu nada... Todas as outas bandas foram ao vivo e o Bloc Party faz um bom show ao vivo... Taí... Só pode ter sido piada interna, mas que ficou feio ficou... saíram com vaias e tudo.

Mas feio mesmo é ter feito um show pior que o da galera do playback... A Nove Mil Anjo (WTF!?), banda do Júnior (ex-Sandy&Jr) e de mais uns negos que tavam desempregados, foi terrível!
TERRÍVEL!
Ficou no mesmo nível que a apresentação do Bonde do Rolê (que foi nojenta, deprimente,*insira aqui seu insulto*)! reflita.

Mas não é só de ódio que eu vivo né?! (ou é?!)
Achei MUITO boa a participação do Adnet! Aliás, por mim, ele que deveria ter apresentado! Teria sido muito melhor!

Gostei das novas regras do Banda dos Sonhos, finalmente o Japinha não seria mais escolhido o baterista. Nada contra, acho ótimo. Mas parece que só existe ele! Já a Pitty vocalista...hum... sabem minha opinião.
Mas tivemos Bi Ribeiro, João Baroni, D2 e... CHIMBINHA! hahahaha!
Tá, foi só pela piada...
Mas melhor que os outros!

Então, analisando o contexto geral, balanceando prós e contras...
Foi uma tremenda perda de tempo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Queda de Carl Barât

E o Dirty Pretty Things que acabou!?
Loucura, né...?
Oi?
Nunca ouviu falar?
Não tem idéia do que se trata?

O Two Cold Fingers explica bem rapidinho, então...


Em 2004, o Carl Barât expulsa seu companheiro/melhor amigo Pete Doherty da banda que os dois fundaram, o Libertines. Ele chama o guitarrista Anthony Rossomando para ocupar o espaço vaziu na banda.

Em 2005, depois de perceber que Libertines não era Libertines sem o Pete (e depois de um show beeem morno e broxante aqui no Brasil, no Tim Festival), Carl resolve por um fim na banda. Nisso o baixista Jonh Hassall resolveu montar sua própria banda, a extremamente sem graça Yeti.

Ainda em 2005, Carl anuncia sua "nova" banda, com Gary Powell (ex-Libertines) na bateria, Anthony Rossomando (ex-Libertines) na guitarra e Didz Hammond (ex-Cooper Temple Clause) no baixo. A essa banda, deu o nome de Libertines 2 Dirty Pretty Things.

Em 2006 o Dirty Pretty Things lança seu primeiro álbum, Waterloo to Anywhere, que pode ser visto como um "Libertines sem coração"... mas que inexplicavelmente acaba recebendo ótimas críticas.

- inexplicavelmente não... afinal, todos os críticos britânicos estavam loucos para verem o sucesso do "lado bonzinho" do Libertines e a queda do "lado negro". Afinal, Carl Barât não agredia fotógrafos, não jogava seu próprio sangue em jornalistas e não colecionava audiências em tribunais britânicos. A divisão de "heróis" e "vilões" feita pela crítica inglesa foi a maior responsável pelas boas notas dadas a um CD inexpressivo, de uma chatisse imensa, onde se salvam umas 3 músicas. Mesmo com uma recepção desempolgada pelo público.

Agora em 2008 o Dirty Pretty Things lançou seu segundo album, o Romance at Short Notice... e menos de 5 meses depois, anuncia à revista NME que está se separando.


Carl Barât tem uma grande maldição...
Ele sempre viverá à sombra de Pete Doherty!
Quer a prova? Procure "Carl Barât" no Google Imagens e vc verá "Pesquisas relacionadas: Pete Doherty".
Procure "Pete Doherty" no Google Imagens e não terá nem sinal de seu antigo parceiro.
Mesmo tendo criado uma das mais influentes bandas dos últimos anos, mesmo tendo composto ótimas músicas, mesmo tendo saído como o herói do Libertines... Carl sabe que, mesmo que sua banda ganhanhe ótimas críticas, Pete Doherty sempre será visto como o gênio da dupla.
Quando diz que o Dirty Pretty Things está se separando para que seus integrantes possam perseguir novos projetos musicais, o que ele realmente quer dizer é que quer tentar fazer algo que o torne tão reconhecido quanto era no início dos anos 2000.

Verdade seja dita, Carl Barât e Pete Doherty se completam.
Carl nunca será tão bom quanto pode ser sem o Pete ao seu lado, e Pete nunca será tão bom quanto pode ser sem o Carl ao seu lado.
Como toda parceria musical, desde Paul McCartney e John Lennon, individualmente os dois podem até ser bons... mas juntos eles são mágicos!
Ouça Death on the Stairs e comprove.
Pura mágica.

O fim do Dirty Pretty Things reacende nos fãs uma esperança que tinha sido afastada tempos atrás.
A parceria Doherty/Barât pode ainda ser refeita.
Os "bons velhos tempos" podem voltar.

Afinal, qualquer um está à distância de um simples telefonema.

domingo, 28 de setembro de 2008

Duffy




"You got me begging you for mercy, why won't you release me? You got me begging you for mercy, why won't you release me? I said release me"


E foi depois de dois dias inteiros com esse refrão na minha cabeça que eu resolvi comprar o cd da Duffy.

Foi uma compra arriscada, eu nunca tinha ouvido muito dela... tinha visto um video que há muuuuuuuuito tempo o Brancatelli me mostrou dizendo que achava que eu não ía gostar e conhecia a música do refrão que grudou em mim: Mercy.

O cd, chamado Rockeferry, foi lançado esse ano... e seu primeiro single (aquele do refrão ali de cima) atingiu a primeira posição em mais de 12 países. A Duffy ganhou uma rápida visibilidade e muitas comparações com Amy Winehouse, por serem britânicas e por canterem 'soul'. Como na época a Amy estava em declínio (drogada,louca,bêbada,etc.) , começaram a dizer que Duffy seria sua substituta.

A primeira coisa que você nota ao ouvir o cd é que uma não tem nada a ver com a outra, a Duffy segue um caminho completamente diferente da Amy nas músicas.
Depois você nota que não existe nenhuma música espetacular... não confunda, eu não estou dizendo que o cd é ruim... estou dizendo que não tem nada fora do comum, nada absurdo, como posso dizer... nada "uau!". Ao mesmo tempo é um cd que não tem nenhuma música que eu acho ruim ou que me faz querer passar para a próxima... Definitivamente é um cd que eu coloco pra repetir sem ter medo de ser feliz... aliás, acho que todas as vezes que coloquei ele no som, não fiquei satisfeita em ouvir só uma vez, queria ouvir mais e mais.

Mas eu tomei a decisão de que não sou eu quem deve convencer vocêr a ouvir Duffy, e sim a própria.
Eis o video que eu falei que o Brancatelli me mostrou . É uma gravação de uma das músicas do cd, é legal porque mostra que a voz é sem efeitos de computador e tal... e a música é bem gostosinha!



quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Os 10 Mandamentos (ou Breves Considerações Sobre Um Sábado à Noite)


Então falou o Senhor todas estas palavras, dizendo:


- Não sairás de uma pista de dança para assstir a um show do Ludov, principalmente se na pista estiver tocando coisas como Libertines, Smiths, Hives, B-52's, Kooks, Strokes e mais uma pá de coisa boa.

- Caso descumpra o mandamento anterior, não permanecerás por mais de 3 músicas no show, sob pena de passar um bom tempo ouvindo canções completamente descartáveis tocadas por uma banda sem o mínimo carisma com o público.

- Não tentará, em hipótese nenhuma, tentar comparar o show do Ludov com qualquer um dos últimos shows bons que você assistiu nos últimos meses (principalmente se os últimos shows tenham sido Móveis Coloniais de Acajú, MopTop, Ecos Falsos e Hives.), sob grave perigo de se frustrar pelo resto da noite.

- Não escolherás pagar 30 reais de consumação ao invés dos 15 reais de entrada, pois você provavelmente se sentirá na obrigação de realmente GASTAR esses 30 reais... ou até mais.

- Olharás para o lado antes de soltar a frase "Ludov é um porre", à procura de qualquer fã com mais de 2 metros que possa muito bem chutar o seu rabo. Caso aconteça, olharás para seus próprios sapatos, em sinal de humildade, e sairás sorrateiramente.

- Respeitarás a voz de Alex Turner, pois ela tem mais personalidade na unha do dedão pé do que qualquer Johnny Borrell da vida (isso, claro, caso uma voz pudesse ter dedão do pé).

- Respeitarás também a voz de Brandon Flowers, pois nela está depositada a esperança de que o terceiro CD do Killers seja tão bom quanto o primeiro.

- Dançarás sem culpa durante toda e qualquer música que você goste, por maior que seja a desempolgação apresentada pelas pessoas ao redor, mesmo que passes por ridículo e sem-noção... afinal, a única coisa que importa na noite é a SUA diversão.

- Não alimentarás a ilusão de que seu corpo pode se aguentar de pé a noite inteira. Ninguém está ficando mais jovem, e você provavelmente sentirá seus olhos fecharem no momento em que estiver dirigindo para casa e não estiver passando nada além de horário eleitoral na rádio.

- Afastarás todo e qualquer pensamento acerca de um show ruim e de todo o dinheiro gasto em uma só noite, agradecerás pela companhia dos amigos e tentarás ter uma boa noite de sono... ainda que as 6 da manhã.


Amém

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Little Joy


Se você é um fã de Strokes, ou de Los Hermanos... ou até simplesmente antenado em música (leia-se "leu o último post desse blog") , já está sabendo da banda que acaba de disponibilizar 4 músicas em seu myspace.

Uma 'pequena alegria' para esses fãs curiosos que aguardaram ansiosamente saber qual seria o resultado da mistura entre um 'stroke' e um 'hermano'... Little Joy foi o nome escolhido pelo trio que conta com a atual namorada de Fabrizio Moretti, Binki Shapiro. E cá entres nós esse nome combinou muito com o projeto.

Cada música tem uma 'pegada' diferente... uma você diria que tem mais dedo do Fab... outra você acha a cara do Amarante... Mas todas são muito agradáveis aos ouvidos e até divertidas de se ouvir... A voz do hermano cantando em inglês deixa as canções aconchegantes. E todas as músicas liberadas tem cara de coisa antiga...

No One's Better Sake tem uma pitada de reggae que, por incrivel que pareça, não me faz odiá-la!

Brand New Day (uma das minhas favoritas) tem uma cara feliz, 'agitadinha',... coloca um sorriso no rosto sabe?!

With Strangers traz uma sensação de fim de um dia quente, uma coisa meio pôr-do-sol... (não vai achando que é algo meio Jack Johnson não! Não tem nada a ver!) Um violãozinho gostoso, voz arrastada e um corinho de fundo.

E a mais recente Keep me in mind (que não tem no myspace, mas eu tenho-o-o!) conquistou meu coração de cara com uma batida divertidinha de bateria.

Ainda faltam 7 músicas, sendo uma delas em português... Eu já tenho uma versão que seria meio demo, que é só voz e violão... é bem bacana também.

O cd sai em 4 de novembro e promete!

Só não decidi o que me deixa mais orgulhosa... o Fabrizio não negando a terrinha e trabalhando com um brasileiro ou o Amarante conquistando o mercado exterior! :)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Sou...

"e lá vai Deus sem sequer saber de nós
saibamos pois estamos sós"


Poucos lançamentos nacionais foram tão aguardados em 2008 quanto o album Sou.
E desses poucos, raros foram os que valeram todo o hype.

Aliás, não apenas em 2008.
Desde que o Los Hermanos lançou o Bloco do Eu Sozinho e passou a ser um grupo respeitado no meio musical, o principal letrista da banda Marcelo Camelo já era celebrado como a grande revelação da MPB. Consagrado ao ser gravado pela Maria Rita (com Cara Valente, Santa Chuva e Veja Bem, Meu Bem no seu primeiro album, e com Casa Pré-Fabricada e Despedida no segundo), todos queriam ver até onde ia o talento do barbudo. Os albuns seguintes do Los Hermanos confirmou ou que já era claro: suas composições estavam cada vez mais calmas, saindo do rock e encontrando o banquinho e o violão.
Com a pausa dada pelo seu grupo, o cara não demorou para começar aquilo que todo ser com dois ouvidos funcionais estava esperando...
Seu vôo solo.

O album Sou (vire a capa do CD de ponta cabeça e - tadáááá - surge a palavra Nós) chegou às lojas no começo do mês.
E se ainda existia a pergunta "será que valeu a pena?" na cabeça de Marcelo Camelo, eu digo em alto e bom som, com todas as letras:

CLARO QUE VALEU!!!
E MUITO!!!

Com melodias poderosas e letras econômicas (como se seguisse o legado deixado por Dorival Caymmi), Camelo cria em 12 faixas (sem contar as duas "reprises" finais) a MPB perfeita.
Seja com o agito de Copacabana e Vida Doce, seja com a beleza leve de Janta (com a Mallu Magalhães).
Seja com o minimalismo de Saudade, seja com a sanfona de Liberdade (tocada pelo mestre Dominguinhos).
Seja com a simplicidade de Menina Bordada, seja com um certo experimentalismo de Téo e a Gaivota.
Seja cantando sobre a solidão, a menina bonita ou os velhinhos do Bairro do Peixoto.
O músico soube dosar bem a melancolia e a alegria, não deixando o disco cair na mesmisse e criando um repertório até bem diversificado. Janta é um folk guiado por dois violões, Mais Tarde mostra Camelo acompanhado pela banda Hurtmold e Copacabana é uma espécie de marchinha que já concorre desde já como melhor música do ano - pelo menos na minha lista.
É impossível não perceber o quanto o compositor se sente à vontade tocando essas canções, mostrando sua real face e mostrando o quão perfeita foi a escolha do nome do album.

Mas claro que o disco exibe falhas.
Sua versão de Santa Chuva, ainda que bela, não consegue se equiparar à versão criada por Maria Rita. Mesmo assim, é uma das melhores composições de Marcelo Camelo, obrigatória em seu vôo solo.
Doce Solidão, apesar de simpática, acaba ficando repetitiva e cansativa no decorrer de seus 4 minutos e meio.
Os "sons ambientes" colocados por Camelo entre algumas músicas não mostra nenhum propósito (a não ser o som do mar após Vida Doce, que consegue ser de uma beleza simples e singular).
Além disso, uma chatisse minha foi o fato de ter escutado primeiro as músicas disponibilizadas antes do lançamento do CD (e gravadas em um CD pela Renatinha, que me ajuda em assuntos tecnológicos)... desse jeito, ainda não consegui aceitar inteiramente a sequência musical do CD oficial. Copacabana, que eu julgava ser a úsica de abertura ideal, é a faixa 11. A sequência perfeita Janta e Liberdade não existe oficialmente, substituida por... bem, algo mais sem graça!
Como eu disse, pura chatisse minha.

Ainda assim, Sou consegue NÃO ser chato durante toda sua quase uma hora de duração.
Um disco que não é de difícil entendimento, mas que mesmo assim deve ser ouvido com cuidado, sem se deixar enganar pela sua aparente simplicidade.
Compare Anna Júlia com qualquer canção desse novo albúm e vc perceberá que "simplicidade" não é uma palavra que cabe no vocabulário de Marcelo Camelo.

Sorte a nossa...


PS: engraçado ver que, enquanto o Camelo vai se tornando um dos principais nomes da MPB, seu parceiro Rodrigo Amarante segue para o sucesso no exterior.
No MySpace da sua nova banda, Little Joy (que conta também com o batera do Strokes, Fab Moretti) já dá pra ouvir 3 músicas.
Dá uma conferida por lá - http://www.myspace.com/littlejoymusic
Ah, e só posso dizer que são eeeeextra fodas!!! =P

domingo, 14 de setembro de 2008

Falta do que fazer.


Existe um mal que assola a humanidade atualmente... se chama "falta do que fazer".
Minha sábia mãe sempre disse que uma mente vazia era oficina do diabo,... o post a seguir só me provou que ela tem razão.
Antes de começar quero deixar claro que a falta do que fazer não é minha, já que na minha falta do que fazer eu durmo ou jogo coisas bobas na internet...!

Existe um britânico que deve ter uma tremeeeeeeeeeeenda falta do que fazer e resolveu escrever livros, o nome dele é Philip Norman. Ele já escreveu biografias do Buddy Holly, do Elton John... mas sua mais recente (e polêmica) obra é a de John Lennon... (espero que não ter que explicar pra vocês quem é esse né?!)

Philip afirma em seu livro que durante suas pesquisas sobre Lennon ele descobriu duas coisas: John tinha atração sexual pela sua mãe e que ele foi apaixonado por Paul McCartney.

É, minha gente... Tipo..."QUE?"

A biografia é não-autorizada, e nós entramos até nos méritos daquele saudoso post do Brancatelli (que você pode conferir aqui) sobre o direito que esse cara teria de revelar tais informações... e eu acho que Yoko e Paul devem tomar uma atitude quanto essa história toda, mas esse não é o caso do meu texto...

O que eu penso de tudo isso é que essa hitória é tão absurda... que capaz deles nem darem bola. Tipo assim, que tipo de pesquisa foi essa que ele conseguiu essas informações... e tipos que ele não é o primeiro a pesquisar a vida de John, história dos Beatles e tal... como é que o Sr. Philip foi o ÚNICO que descobriu isso?
Ele chegou pra algum amigo... liberou uma grana ou fez cara de cão que caiu da mudança e o cara disse "Ah, beleza...te confesso...ele queria dar uns beijos no Paul".
Vamos combinar que pra alguém saber isso, já que essa história nunca apareceu antes, tinha que ser MUITO amigo do cara... e se a pessoa é MUITO amiga da outra, ela não vai contar isso pra ser publicado!

É triste pensar um cara faz esse tipo de coisa para alavancar as vendas do seus livros, o mais triste é pensar que vai ter gente que vai comprar o livro dele só por causa disso. Gente que nunca deu bola pra carreira do cara, vai comprar... porque tem um bobão dizendo esses absurdos.

É meio decepcionante pensar que na nossa sociedade onde a polêmica e os defeitos vendem mais que as qualidades e conquistas.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

T.H.E.H.I.V.E.S.


Aqui estou eu na difícil tarefa de transformar em palavras a experiência de ir a um show do Hives.


Preciso começar explicando que só lendo esse texto você não terá 1 milésimo da noção do que foi estar lá...


Quando os roadies do Hives começaram a arrumar o palco minha tensão começou.

Entrou a bateria do Chris, toda estilizada... Trouxeram os amplificadores que tinham estampados os nomes dos integrantes que os usavam. Dois microfones foram colocados, então eu e minhas amigas nos perguntamos qual seria o do Pelle... nossa pergunta foi respondida logo a seguir quando um roadie posicionou um pedestal com um microfone que devia ter mais ou menos uns mil metros de fio.

As luzes apagaram e o brasão com um ‘H’ preto e branco surgiu no telão. Meu coração batia quase tão rápido quanto na hora em que eu os havia encontrado na sessão de autógrafos.

“A stroll through hive manor corridors” começou a tocar e eu tive certeza que se não morri do coração naquela hora, não morria mais. Meu coração veio na boca. Era agora... era nesse momento que minha visão do que era um show mudaria.


Eles foram entrando, um a um... com aquele terninho e gravata listrada. Hollowin’ Pelle entrou no palco. "Hey little world” começou e esqueci que tinha um mundo a minha volta.

Sabe quando você diz “Ah, esse aí nasceu pra ser médico? Sempre preocupado e querendo cuidar de todos” ou “Essa nasceu para ser professora...adora ensinar.”, então... aqueles 5 nasceram para serem rockstars! Nasceram para estar num palco...!!! Todos estão absurdamente a vontade com o que fazem e mostram muita competência em suas determinadas áreas... mas não tem como não destacar 3 integrantes:


O baterista Chris Dangerous, com sua bateria um pouco elevada para aparecer melhor pro público, já que seria um baita desperdício ninguém conseguir ver seus malabarismos com as baquetas, os momentos em que fica quase de pé tocando com uma energia contagiante e carregando no canto da boca um cigarro pra fazer a imagem de cafajeste!


O guitarrista Nicholaus Arson, como diz uma amiga, parece que fugiu de um manicômio e resolveu fazer uma banda. Olhos arregalados, não parando quieto, andando pelo palco inteiro... parando na frente das pessoas e lambendo o dedos e encostando em si como quem diz “estou fervendo, baby”. Indo até a platéia, deixa as pessoas tocarem na sua guitarra com uma expressão de “estou te dando a honra de tocar nela”. Genial...!


E pro fim, seu irmão e “vocalista, vocalista” (ele repetia as palavras e apontava pra sim mesmo) Pelle Almqvist. A energia desse sueco, que em seus trejeitos mistura Iggy Pop com Mick Jagger criando um estilo Pelle de ser, não permite que você desanime nem por um minuto, eles transforma os intervalos das músicas um momento de intimidade entre ele e o público... ora elogiando a banda, ora dizendo ‘eu te amo’ (que eu fui uma das responsáveis pra ele saber como dizer) para quem estava ali. Antes de começar cada música ele fazia uma introdução divertida e brincava com o público. Com algumas simples palavras aprendidas em português, ele mostrou que é capaz de controlar qualquer platéia em qualquer parte do mundo... “grita aí”, “batam palmas”, “pára” e “tira o pé do tchão”... pronto... Pelle fazia com a gente o que ele queria... e isso foi provado no “experimento” que ele propôs... “Grita aí!... pára... Grita aí!... pára! Grita aí e bate palma... pára!” e sem nem pensar duas vezes nós gritávamos e parávamos... Durante as músicas ele não parava quieto, rodava o microfone, pulava, abaixava, encarava toda platéia nos olhos (e que olhos *___*)...


Entre “yeahs” e vozes mais graves, ele cantou um setlist mais do que aprovado por mim...

Juro que não senti falta de nenhuma música, e eu, que tinha desistido de ouvir minha amada “A.k.a. I-D-I-O-T”, já que eles não cantavam mais coisas do primeiro cd, fui surpreendida quando ele disse que por ser a primeira vez ia cantar algo antigo... uma música sobre ele...e bang!!! Lá estava eu me esgoelado ao som da minha favorita e tomando umas pancadas da rodinha de bate-cabeça ao meu lado. Durante todas as músicas ele mandava beijos e sorria... sorria muito! Se tinha alguém ali mais feliz que os fãs, era o Pelle... A platéia só não sabia cantar a música inédita que eles tocaram “A thousand answers”, de resto o coro era lindo...!


Depois de “Two timing touch and broke bones”, Pelle anunciou que a próxima música seria a última... e então tocaram “Return the favour” e foram embora... mas tava na caaaaaaaaaara que era brinks com a galere... depois de algum tempo e de alguns gritos “The Hives!The Hives!”, Chris volta ao palco (com sua cara de cafa e cigarro na boca)... começa a tocar... os outro integrantes voltam e começa “Bigger hole to fill”... Todo mundo vai à loucura... logo depois vem aquela que não poderia faltar, “Hate to say that I told you so”, onde o público e Pelle fizeram um dueto... e pra finalizar..."Tick Tick Bom”... o dueto foi repetido... nós ficamos com os ‘ticks’ e ele com o ‘bom’...

E eles foram embora de fato. Não sem antes se abraçarem na frente do palco e agradecerem à platéia.


A melhor noite da minha vida, melhor show da minha vida... Não tenho nem como expressar a saudade que estou daquele momento. Só sei que toda dor nas pernas, hematomas, suor e dor de garganta de tanto gritar valeram a pena.



PS1: O Brancatelli se apaixonou pelas francesas... e eu pelos suecos! *__*

PS2: Tipo assim, de boa... não gritem "olê, olê... hivês...hivês..." é muito feio!