segunda-feira, 31 de maio de 2010

Traçando meu perfil...


[Devido a transtornos na minha vida vou reciclar um texto meu de outro blog, desculpa.]

Sabe, tenho assistido Criminal Minds demais.

Quando eu assistia Supernatural demais, parecia que algum demônio ía aparecer em casa qualquer hora. Mas acho que estava errada, ontem até acordei às 3 da manhã e nada do cheiro de enxofre ou coisas supernaturais. Se bem que eu tomei um choque na máquina de lavar. Me diz se não é coisa do capeta resolver lavar roupa às 3 da manhã?

Vou jogar sal ao redor da máquina de lavar da próxima vez.

Bom, voltando ao Criminal Minds.

É incrível como cada vez que eu assisto um episódio, chego a mesma conclusão: eu tenho diversos traços de um serial killer. Sério!

Basicamente, o que falta para mim é o fator de estresse que ative essa sede de morte.

Se bem que, as pessoas da equipe da BAU também poderiam se tornar serial killers, o mudou foram as decisões que esses fatores de estresse causaram. Uma coisa meio Dumbledore sabe? O que faz de nós quem somos, são as escolhas que fazemos.

Mas eu não tenho vocação para combater o crime, muito menos para chegar ao FBI! E agora? Se bem que também acho que não tenho vocação para serial killer, eu seria uma ‘unsub’ muito desorganizada e seria capturada no maááááximo na minha segunda vítima.

O que me resta? Vou acabar que nem o Dexter, trabalhando na polícia e matando pessoas.

Meu Deus, eu preciso parar de assistir esses seriados.

terça-feira, 25 de maio de 2010

E no fim de tudo...


Confesso que fiquei sem palavras ao final do último capítulo de Lost.
E sei que a Renatinha já falou (muito bem) sobre isso no post anterior, mas o que eu posso fazer, esse é um momento histórico!

Histórico, sim.
Lost não foi uma simples série de TV pelo simples motivo de que Lost nunca se LIMITOU à TV.

Lost não foi uma série de TV, foi uma experiência.

Uma experiência que envolvia vídeos escondidos, jogos, fóruns de discussões, dicas obscuras, conversas em mesas de bar, uma Wikipedia exclusiva e teorias diversas, das mais simples e ingênuas às mais complexas e malucas.
A série de TV apenas dava o combustivel para os verdadeiros responsáveis para o sucesso do programa: os fãs!
Lost mudou completamente tudo o que se entendia por televisão, expandindo sua existência para muito além de qualquer canal.
E seu mérito não eram seus mistérios. Lost nunca foi sobre mistérios.

Lost foi inteiramente sobre seus personagens!
Os flashbacks, os laços criados, as rivalidades...
A ilha e todos seus mistérios eram apenas pano de fundo. Não era uma série sobre pessoas perdidas numa ilha deserta onde coisas estranhas e inexplicáveis aconteciam. Era uma série sobre pessoas. Ponto.
E foi exatamente isso que seu último episódio provou.

O episódio final não se importou em dar respostas.
Ele se importou em dar um final satisfatório a cada personagem.
Em certo ponto eu mesmo não me importava em saber o que cada mistério significava, eu só queria saber o que aconteceria com aquelas pessoas que eu tinha conhecido 6 anos antes.
E não tinha como o final ser mais perfeito.
Não foi o final que todos queriam. Foi o final que deveria ser.

As questões em aberto servirão para ativar a imaginação de muita gente.
Afinal, se algumas perguntas ficaram sem resposta, então a resposta verdadeira será aquela que cada um quiser que seja.
Como sugere o diálogo final entre o Hurley e o Ben na ilha, as possibilidades são ilimitadas.
E pode ter certeza de que Lost ainda será discutido por muito, muito tempo.
A experiência Lost está londe de acabar.

Mas a série acabou, deixando muitas questões no ar.
Mas como disse perfeitamente minha parceira de blog:
"Acabou como as coisas acabam na vida real, nem tudo é respondido... a gente só tem que seguir em frente."

See you in another life, brotha...

domingo, 23 de maio de 2010

Dude, we're not lost anymore...


[Esse post pode contar spoilers]
Eu estou sem palavras.
Uma das minhas séries favoritas de todos os tempo acabou de transmitir seu último capítulo.

Lost sempre foi uma série complicada, cheia de mistérios e teorias. Todas as temporadas te deixavam com um "Mas hein?" na cabeça, tudo era feito para te confundir e não te clarear as coisas. Essa última temporada não foi diferente.

Estou lutando para tentar não dar spoilers do último episódio já que no Brasil ele só vai ao ar na terça, mas está difícil.

Eu roí a unha, tive dor de barriga e chorei. Eu fiquei com um "Mas hein?" estampado no rosto o episódio inteiro, mas no fim das contas concluí que entender tudo não era a questão.
Sinto dizer que se você só assistiu Lost para entender porque tinha um urso polar na ilha, perdeu seu tempo... Acho que no fim das contas a série é maior do que isso.

Lost nunca foi feito para dar respostas, só para criar perguntas.

Percebi pelo chat do stream que estava acompanhando que muitos se revoltaram, muitos não entenderam e muitos, como sempre, acharam defeitos em cada detalhe.

Posso estar louca ou ter captado o real sentido do último episódio, vai saber.


Uma história da qual eu fazia parte se acabou e vai deixar muita saudade.
Acabou como as coisas acabam na vida real, nem tudo é respondido... a gente só tem que seguir em frente.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sonhos, Planetas e Pipocas...


(Texto antigo, beeem antigo... mas que, de tão atual, eu resolvi postar por aqui. Espero que, quem não leu, goste e talvez até se identifique - o que eu, sinceramente, não recomendo muito.)

Anos atrás, quando eu era apenas uma pequena criança marota, lembro que meu sonho era ser pipoqueiro!
Eu via dia pós dia aquele moço, parado na porta da escola, vendendo pipocas doces e salgadas, com bacon ou torrões de açucar, as quais minha mãe nunca deixava eu comprar para não estragar meu apetite para o almoço. Sim, eu era uma criança frustrada por não poder comer pipoca ao final de uma cansativa manhã de aula, assumo isso sem medo. Alguns se frustram por não saberem assoviar, ou por irem mal em matemática. Apesar de eu não saber assoviar naquela época e ser péssimo em exatas, eu me frustrava por não poder comer milho estourado!
Foi quando eu jurei vingança à uma sociedade que não me compreendia me tornando... pipoqueiro!
Eu tinha a certeza de que um pipoqueiro levava uma vida boa, comendo quantas pipocas quisesse, e colocando a quantidade de bacon que bem entendesse dentro do saquinho!
Sim, esse era meu objetivo de vida...

Anos depois, eu decidi que queria ser astrônomo!
Comprava livros e livros sobre o universo, planetas, matéria escura...
Fui o primeiro da minha turma a decorar a ordem certa dos planetas no nosso sistema solar (o que talvez explique meu desespero ao saber que haviam excluido Plutão do grupo)...
Isso também criou uma enorme fixação pelo tema de vida alienígena e tornou-me fã assíduo de Arquivo X!!!
Até que alguém destruiu meus sonhos, dizendo que astrônomos precisam ser bons em física, matemática e outras coisas insuportáveis.
Provavelmente foram meus pais... eles adoram cortar o meu barato.

Anos mais tarde, eu decidi ser jornalista!
Claro, afinal, eu escrevia bem. Eu podia não ser muito bom em matérias realmente úteis, mas minhas redações temáticas "Minhas Férias na Vovó", "Meu Pai, Meu Herói" e "O Melhor Passeio Pelo Zoológico da Minha Vida" eram grandes sucessos literários na minha classe.
Por que não escolher uma profissão em que tudo o que eu precisasse saber seria ESCREVER?
Meu irmão já era jornalista nessa época e... bem, ele ganhava algum dinheiro, tinha um certo respeito, ia a festas badaladas, ganhava dezenas de CDs todo mês e vivia em um lugar onde só não é bem informado quem não quer.
Até que eu lí uma reportagem que ele precisou fazer em 10 minutos sobre um cara o qual provavelmente nem a própria mãe se interessava.
Será que eu realmente queria passar a vida escrevendo sobre pessoas que eu não dava a mínima? Será que eu quero entrar em um emprego que paga mal, não te dá fins de semana e ainda te obriga a escrever em 10 minutos um texto sobre um zé-ninguém que poderia cair morto sem ninguém chorar???

Algum tempo depois, eu decidi ser publicitário!
Ok, eu não decidi. Na verdade, sempre foi tradição enchermos a casa de mensagens escritas em papéis a cada aniversário de alguém por aqui. Colamos bem cedo, antes do aniversariante acordar, no armário, na porta da geladeira, no espelho do banheiro, na tampa da privada, na cadeira da cozinha. E enquanto minha mãe sempre prezou pelos básicos "Feliz Aniversário" e "Muitos Anos de Vida", eu preferia passar a madrugada pensando em alguma coisa que surpreendesse quem estivesse lendo. Mensagens engraçadas, ou que realmente significassem alguma coisa... algo que valesse a pena ser lido, e não parecesse a mesma mensagem do ano anterior... Calma, eu prometo que essa história tem a ver com o assunto...
Em um aniversário do meu pai, meu irmão não conseguiu parar de rir com alguma coisa que eu tinha escrito. Foi então que ele disse "poxa vida, Thiago... vc devia tentar ser publicitário." Provavelmente ele nunca vai se lembrar de ter dito isso, mas pra mim aquilo realmente significou alguma coisa. Eu era um garoto prestes a prestar o vestibular e não tinha a mínima idéia do que me interessava. Talvez esse fosse o caminho.
Prestei publicidade, entrei na faculade e... percebi que certamente NÃO era isso que me interessava! O que só foi comprovado durante o período do meu primeiro emprego em uma agência.
Não que eu fosse ruim, ou não soubesse fazer o meu trabalho.
Eu simplesmente percebi que não gostava daquilo!
Nem. Um. Pouco.

E foi então que eu resolvi ser músico!
Escrevi letras, escrevi musicas e arranjei mais alguns loucos que aceitassem me seguir em uma banda.
Até que eu percebí que talvez ser músico não seja uma decisão muito racional.
Para conseguir fazer algum sucesso não basta ser bom, não basta ter algum talento...
É preciso principalmente sorte!!!
Como alguém que colocou o nome da própria banda de Projeto Murphy pode querer ter a sorte de conseguir viver apenas fazendo música? Será que vale a pena apenas tentar algo que aparentemente já está fadado ao fracasso?

E daí eu resolvi ser escritor!
Digitei 63 áginas de texto no Word, mandei para alguns amigos e até recebi boas críticas!
Sim, talvez esse fosse o melhor caminhoa ser seguido...
Até que a única coisa que começou a passar pela minha cabeça foi: por que diabos alguém que não me conhece iria pegar um livro escrito por Thiago Brancatelli em uma Saraiva ou Cultura e gastaria nele seu precioso dinheiro, além do tempo de leitura?
Não consegui encontrar nenhuma resposta que não fosse "arma apontada na cabeça", "uma capa muito bacana" ou "único livro na prateleira".


Eu leio livros e percebo que eu nunca vou ser tão bom quanto meus autores favoritos.
Eu assisto a filmes e percebo que nunca vou escrever diálogos tão bons quanto aqueles.
Eu vejo anúncios em revistas ou comerciais de TV e percebo que nunca vou criar algo tão genial.
Eu leio reportagens e percebo que nunca vou ser capaz de escrever aquilo de uma maneira melhor.

Será que vale a pena tentar?

Eu não tenho pretenção de ser rico, ou mesmo famoso.
Eu não tenho pretenção de amar o meu emprego, ou mesmo de me orgulhar dele.
Eu não tenho pretenção de ser o melhor no que eu faço, ou mesmo de ter o cargo mais alto.

Eu só queria me interessar por alguma coisa que me sustentasse!

Decidi não decidir mais nada até ter algum sinal de que isso realmente vale a pena.
Pode ser por preguiça, pode ser por frustração.
Eu só preciso saber se existe alguma coisa que vale a pena.

A maioria dos meus amigos sabe em que eles são bons, e até gostam do que fazem.
Eu não faço nem idéia do que fazer com o meu futuro.

Hei, quanto será que custa um carrinho de pipoca...?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Modern Family


Um senhor de idade casado com uma colombiana que tem um filho na quinta série, mas tem atitude de um homem de 30 anos.
Um casal com três filhos. Ela, tentando manter a ordem de tudo. Ele, tentando ser o amigão dos filhos. Uma filha patricinha, outra cdf e um filho, bem... estúpido.
Um casal gay que adota uma bebê vietnaminta.
O que esses três núcleos tem em comum? Eles formam uma família.
No caso, uma Modern Family.

Modern Family é uma série que estreou nos EUA no final do ano passado e já começou a ser exibida no Brasil.
É uma série com cara de documentário que retrata uma família americana, mas não uma simples família.
Câmeras e plots que lembram muito uma das minhas séries favoritas, Arrested Development.

Os personagens são impagáveis. O patriarca da família é interpretado Ed O'Neil, o eterno Al Bundy de Married With Children. Sem contar outros atores não tão famosos, mas igualmente geniais (destaque para o pai que tenta ser amigão, com certeza!).

Se você se interessou, liga na Fox hoje às 22hrs e pode começar a assistir. Caso, você prefira pegar a trama desde o começo, pode baixar. Mas lembre-se, caso você seja preso... Eu não sei de nada.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu Juro!


Outro dia, uma garota me parou na rua e disse que eu era muito feio! Me deu um tapa e foi embora!
Sério mesmo!

Daí surgiu uma nuvem preta no céu e eu senti uma uva sem caroço cair na minha cabeça! Era água pra todo lado, e em mim só chovia uvas sem caroço!
Aconteceu mesmo!
Te juro!

Encontrei um olho boiando no meu cappuccino! Ele olhou pra mim, deu uma piscadela, pulou pra fora do copo e foi embora, sem nem deixar o telefone!
Juro que é verdade!

Um primo meu fez uma careta tão feia na frente do espelho que o rosto dele ficou daquele jeito pra sempre! Agora todo mundo confunde ele com o Gilbert Gottfried!
Contando assim ninguém acredita!
To te falando!

Que nem quando um amigo meu contou que um vizinho dele tinha uma colega de classe que ouviu dizer que um mendigo contou que leu numa carta de uma tia dele que vive na França que dizia ter informações de que o grande problema do mundo é a comunicação!
Sem brincadeira!

Teve uma vez que os lactobacilos vivos do meu Yakult pularam pra fora da garrafinha e aprontaram várias confusões pelo meu quarto!
É sério mesmo!
Eu juro!

Meu irmão cultiva desde os 11 anos uma espinha na testa, com adubo e groselha! Ela se chama Cássia, e hoje em dia já tem até cabelo, unhas e músico de jazz preferido! Esperamos que, até o ano que vem, ela já tenha suas próprias espinhas!
Eu juro que é verdade!

Minha mãe me contou que ela tinha uma irmã que vivia no porão da casa dela! Ai teve um dia que esqueceram de alimentar a garota com balas Juquinha e ela virou um ornitorrinco!
Aconteceu mesmo!

Um amigo meu disse que a vó dele tinha uma quadra de gamão em casa!
Te juro que é verdade!
Se não fosse eu não contava!

Tava andando na rua outro dia e vi um cara ser acertado no olho pela asa de um avião! Daí resolvi ajuda-lo a procurar suas lentes de contato!
100% real!

Li um poema que rimava "coração" com "Aracy Balabanian"!
Aconteceu mesmo!
Sério!

Vi num programa do Discovery que cientistas e astrônomos afirmam que o mundo já acabou faz tempo, só que esqueceram de nos avisar!
Juro que não é mentira!
Te garanto!

Um cara que estudava comigo bebeu tanto leite numa só noite que o peito esquerdo dele quase explodiu de tanto que cresceu! Agora ele trabalha num orfanato! Disse que se tivesse misturado o leite com café, poderia trabalhar no Starbucks!
É verdade mesmo, cara!
Ta até provado!

Encontrei uma barata viva dentro do meu Kinder Ovo, comendo todo o chocolate branco! Liguei pro fabricante e ele disse que não se pode escolher a surpresa! Daí agora eu comprei outro Kinder Ovo e, quando eu abri, la dentro tinha um quebra-cabeça!
Prefiro a barata!

É sério...!

Eu juro!

domingo, 9 de maio de 2010

Chororô


Eu choro em filmes.

Ok, você vai dizer que também chorou quando o pai do Simba morreu, mas é mais do que isso. Um filme, seriado, um livro, novela, comercial, qualquer coisa... ele não precisa ser tão dramático quanto a famosa cena de Rei Leão para me fazer cair aos prantos. Cenas alegres e tristes, até momentos que muitas pessoas não veriam nada demais, eu choro.
Sou uma chorona por natureza,mas essas coisas tem um poder especial sobre mim.
E eu acho isso incrível!
Não só na parte triste, mas na alegre também.
Como os criadores de filmes e séries são capazes de nos fazer ficar tão envolvidos, que acabamos perdendo a noção de que nada daquilo é real.

Quando o Dobby morre no último livro (se você considerou isso um spoiler, não tenho pena de de você. Tome vergonha na cara e leia os livros!), meu coração se partiu. Foram 6 anos tendo a presença daquele personagem na minha vida. Eu chorei como se tivesse perdido um amigo e o mais bizarro é que até hoje, relembrar essa história, me deixa chateada.

No Billy Elliot, quando ele é aceito na escola de dança, é como se eu tivesse conquistado algo importante na minha vida. Meu coração se enche de emoção.

É impossível de explicar essa conexão, é impossível de evitar... Quando um filme não toca seus espectadores, o seu criador pode saber que ele fez algo errado.

A beleza de filmes, livros, séries, etc. está exatamente nisso: Chorar derrotas e comemorar as vitórias alheias.
Um texto meio sem pé e nem cabeça, mas só porqe me peguei chorando enquanto a J.J. contava que sua irmã se suicidou (Criminal Minds).

PS: Eu nem gosto de Dawson's Creek, mas a cara do Dawson tá IMPAGÁVEL!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Homem de Ferro 2


Pergunte a qualquer fã de quadrinhos qual é a verdadeira graça das HQs do Homem de Ferro.
Aposto que eles não responderão que é O Homem de Ferro.
Também não responderão que são as tramas, ou as sequências de ação.
E eles certamente não responderão que são os vilões ou as armaduras tecnológicas.

A verdadeira graça das HQs do Homem de Ferro tem nome, sobrenome e bigodinho:

Tony Stark!

O verdadeiro trunfo das histórias do Homem de Ferro é o homem fora da armadura, um cara narcisista ao extremo, alcoólatra, arrogante, mulherengo, vaidoso e até egoísta. Um cara que realmente acredita que todo o mundo gira ao seu redor. Um personagem tão odioso... que é simplesmente impossível odiá-lo.
As melhores sagas do personagem (que podem aliás ser contadas nos dedos de uma mão) tem o foco no lado mais humano do herói, como seus vícios, suas falhas, seus equívocos, suas decisões.
O Homem de Ferro, assim como a maioria dos heróis da editora Marvel, serve na maioria das vezes apenas como coadjuvante para a sua identidade secreta.

E, para a nossa sorte, a Marvel entende que a história nunca é sobre a máscara.
É sobre o rosto debaixo da máscara!

Por isso não é surpresa nenhuma que Homem de Ferro 2, terceiro filme produzido pela Marvel Estudios, pertença completamente a Tony Stark.
Afinal, o grande sucesso do primeiro filme se deve ao personagem e ao ator que o interpreta, o sempre brilhante Robert Downey Jr.! Portanto, nada mais lógico que dar ao público ainda mais daquilo que ele tanto adorou!!
E isso fica ainda mais óbvio quando o diretor Jon Favreau faz com que atores do porte de Mickey Rourke, Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, Scarlett Johansson, Sam Rockwell e Samuel L. Jackson façam apenas figuração para os momentos em que seu ator principal não está em cena.
Nick Fury? Máquina de Combate? Viúva Negra? Justin Hammer? Todos eles são sim muito legais, mas o filme pertence ao Tony Stark, e deixa isso bem claro em cada cena.
Sequências de ação? Sim, elas existem, e estão mais impressionantes que nunca! Mas estão longe de ser a graça do filme.
Afinal, este não é um filme de ação. É um filme baseado em uma HQ, o que é muito diferente.

E se o filme é inteiro do personagem, o personagem também está inteiro no filme.
Se no filme anterior ele já mostrava todas suas características negativas, neste ele as mostra com ainda mais dedicação.
Stark se mostra ainda mais arrogante, fazendo de uma audiência política seu show particular. Se mostra ainda mais festeiro, ficando perigosamente bêbado em sua festa de aniversário e se exibindo em sua armadura para os convidados. Se mostra ainda mais egoísta, presunçoso e auto-destrutivo. Ridiculariza publicamente seus rivais e deixa claro que, se a paz é uma possibilidade, o mundo deve tudo a ele. Mostra o que existe de pior do caráter humano.
E assim, nos presenteia com um personagem ainda mais interessante.

Mas sejamos sinceros, Tony Stark não seria nada sem o roteiro bem amarrado de Homem de Ferro 2. Ou sem seus coadjuvantes, que mesmo com o aumento significativo de personagens, ganham ainda mais destaque nessa sequência. Pepper Potts tem ainda mais importância na vida de Tony. James Rhodes finalmente mostra a que veio. Até mesmo Happy Hogan ganha mais relevância e sua própria cena de luta. E tanto Nick Fury quanto a Viúva Negra mostram que serão de extrema importância nos futuros filmes da Marvel.

Sim, porque a maior graça dos filmes da Marvel Estúdios é a impressão de estar lendo uma história em quadrinhos, principalmente por criar a sua própria cronologia.
Os eventos que acontecem em Homem de Ferro refletem no filme do Hulk, que reflete em Homem de Ferro 2, que refletirá em Thor, Capitão América e no futuro filme dos Vingadores!!
Aliás, nem pense em sair do cinema antes dos créditos!!!
Nem! Mesmo! Pense!

Se foi a editora DC quem criou o conceito de super-herói com o Superman, Batman, Flash e Lanterna Verde, então foi a Marvel quem ensinou que o que realmente importa não é o lado super, e sim o lado humano. E é isso que ela prova no cinema.
Tony Stark é o que existe de pior em um ser-humano... mas também é fragil, trágico. Se em um momento você o enxerga como um bêbado festeiro, em outro você acaba vendo um homem que simplesmente não se sente à vontade dentro de sua própria pele. Se numa hora você vê alguém arrogante, em outra você percebe que é exatamente isso que o mundo espera dele, e não há como fugir.
Por mais que você tente odiá-lo, você acaba se identificando com ele.

E, no final, enxerga a si mesmo.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Accio texto!


Ok, mais uma reciclagem de texto. Peço desculpas, mas não tive tempo de escrever nada bacana essa semana.
Prometo texto inédito da próxima vez.

Pior que esse texto já foi reciclado duas vezes. Eu o escrevi quando terminei de ler o sétimo livro do Harry Potter.

Espero que gostem...


Engraçado, quando eu disse que só voltaria a escrever quando tivesse algo realmente importante a dizer nunca achei que seria sobre isso que eu escreveria.

Há 7 anos (malditas coincidências), eu estava sentada na minha carteira na sala de aula e minha melhor amiga, entre milhares de assuntos que abordamos naquele dia ela resolveu me contar sobre um livro que ela tinha ganhado da avó e tinha adorado… Disse que eu precisava ler e me ofecereu o mesmo… e eu, sem imaginar onde estava me metendo, aceitei.
Eu li adorei me apaixonei viciei.
Livro após livro, a espera pelo próximo sempre me pareceu eterna… e minha vida parecia sem sentido sem saber o que viria após… engraçado esperar tanto por um livro que não duraria uma semana… 1 ano inteiro em uma semana, todos os tipos de sentimentos em 1 semana, amores e batalhas em 1 semana…
Eu nunca li aquele livro, eu vivi aquele livro… os medos, as dúvidas, as vitórias… eu estava lá. Não, a maldita coruja nunca trouxe a bendita carta, mas eu estava lá… você pode ter certeza.

E hoje, às 22 horas, depois de chamar a J.K. Rowling de todos os nomes possíveis (tantos os bons quanto os ruins), eu li a última página de todas… do livro e de toda aquela saga que por sete anos eu acompanhei.

Agora sinto uma sensação de dever cumprido, como se eu mesma tivesse acabado com o inimigo.

Mas um ao mesmo tempo um vazio me toma… uma sensação de ter pelo que esperar.

Post mais nerd (se bobear mais gay também) que eu já escrevi na vida.

Lembrem-se crianças, Draco Dormiens Nunquam Titillandus



PS: Quem disse que só o Brancatelli pode ser nerd?