quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

NÓS QUEREMOS VOCÊ!!! (ou, pelo menos, a sua opinião)


O Two Cold Fingers precisa de ajuda!!!

Depois de quase 2 anos de blog, tanto eu quanto a Renatinha achamos que o TCF precisa de algumas mudanças...
O problema é que não sabemos que mudanças são essas!

Então o que queremos é a opinião dos nossos queridos, prezados e sempre tão simpáticos leitores.
Queremos saber, com toda a sinceridade do mundo, o que vocês acham do nosso humilde blog, e o que vocês mudariam nele: acham que o layout deveria ser diferente? Acham que falta alguma coisa, ou que tem coisa demais, já? Acham que deviamos ter mais convidados, mais críticas, ou mais bandas novas, ou mais ensaios, ou mais listas? Acham que não devíamos nos limitar a falar de música, que seria legal ler sobre outros assuntos? Acham que nossas fotos bonitonas aí do lado tiram a atenção dos textos? Acham que eu devia deixar meu cabelo crescer? Fico bem de azul? Sei lá...

Não importa qual seja, nós queremos a sua opinião!!!

Podem falar aí nos comentários mesmo, ou por scrap no Orkut, ou mensagem de celular, e-mail, telegrama falado, vibrações telepáticas, BuddyPoke, qualquer jeito.
Porque o motivo de escrevermos por aqui é que existe gente que realmente lê as besteiras que escrevemos por aqui (quase) todas as segundas e quintas.
Vocês são os responsáveis pelo Two Cold Fingers existir, então nada mais justo que vocês ajudarem a decidir nossas mudanças!

Bom, a partir de hoje a gente vai fazer uma pausa nos posts por aqui.
Dia 7 de janeiro a gente volta!!!

Então feliz natal pra nossa meia dúzia de leitores, ótimo ano novo... hããã, boas festas... se beber, não dirija... sei lá, divirtam-se com moderação e tal.

E se tudo der certo, podemos até ter mais leitores no ano que vem.
Quem sabe, até uma dúzia INTEIRA!!
Quem viver, verá.

Vemos vocês em 2010, crianças...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Odeio música eletrônica.


Não é um assunto elaborado, nem está batucando na minha cabeça há séculos e tão pouco deve interessar vocês... a verdade é que nem sempre estamos com assuntos na ponta da língua aqui no TCF.
Daí tentei recorrer aos sites de notícias musicasis e bem... o mundo da música não andou muito agitado.

Daí o que a gente faz? Ri da cara da Miley porque a música dela que estava indicada ao Grammy foi desclassificada?
Respira alivida porque o Rivers Cuomo saiu do hospital?
Sente vergonha alheia porque a Ivete Sangalo vai abrir o show da Beyoncé?
Fica com um sorriso do tamanho do mundo porque o The Strokes já marcou datas de shows para o ano que vem?
Sente pena da Amy ter voltado pro Blaaaaaaaaake?
Nos sentimos orfãos pelo anúncio do fim da série do Flight of the Conchords?
Ficamos curiosos porém não muito animados com o filme do Blur?

Bom, posso sempre dividir experiências pessoais com vocês, não é!?
Pois é. Nesse fim de semana fiz muitas descobertas sobre a humanidade - e todas bem tristes - mas aqui me limitarei a descoberta musical: Eu ODEIO música eletrônica.

Dia da descoberta: sexta-feira
Local da descoberta: a filial do inferno, Vegas (se você duvida que lá é filial do inferno, experimenta passar 4 horas com aquelas luzes piscando na sua cara e pagando 7 reais por um FUCKING Skol)

Eu sei que existem pessoas que amam música eletrônica... houses, dubs ou o que quer que sejam... eu respeito vocês, mas ela acaba de entrar na minha lista de "tipos de músicas que prefiro me manter longe".
Aqueles tunts-tunts indo over and over and over and over... Pegar músicas boas como Mr. Brightside e fazer o Brando Flowers dizer "I-i-i-i-i-i-i-i-i'm Mr. Brighside" é maldade... com ele e comigo.
As pessoas odeim DJs de baladas que só colocam o cd para tocar, mas sério... melhor que transformar uma música boa em arma de tortura. A outra única vez que eu senti que uma música tinha sido assassinada foi na D-Edge quando o DJ fez um mash up de AC/DC com Snoopy Dog.
Mas sabe, quando era uma música decente até que meu coração ainda arrumava algum motivo para bater, mas quando aquele infeliz (que eu acho que toca no Hateen ou alguma dessas bandas aí) resolveu transformar um funk patético numa coisa hypada... FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!

Sim, poque 90% da população iria vaiá-lo se ele simplesmente tocasse "Ela quer chupar meu picolé...", ele seria apedrejado e chamado de brega... mas porque ele colocou batidinhas e fez a música virar "Ela qué-qué-qué-qué-qué-qué-qué-quer chupar meu pi-pi-pi-pi-pi-pi-colé..." todo mundo dança como se fosse a última balinha vindas das pistas da Europa!

*respira fundo*

Pronto, desabafei.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

One-Hit Wonders


Essa semana a Billboard fez uma lista dos melhores cantores/bandas que emplacaram apenas em sucesso nos anos 2000.

Não sei exatamente o que eles tentaram dizer com "melhores" e eu realmente espero que na maioria dos casos se refira ao fato do quanto essa música foi grudenta.

Vou admitir que não conheço mais da metade, já que se trata daqueles hip-hop/black musick/o que seja americano.

O primeiro eu lembro e gosto bastante, é Daniel Powter com Bad Day (todas as músicas comentadas serão links pros vídeos, champs!). Eu acho a música muito boa e o vídeo é muito bonitinho... mas tenho que admitir que nunca mais ouvi nada na voz nele. Tá, tenho que admitir outra coisa... quando lembro dessa música fico com a versão dos chipminks na cabeça.

Depois vem (pulando uma tiazinha estranha que eu NUNCA vi) a PORCARIA daquele Crazy Town com Butterfly... Absolutamente tudo é ruim: a música, o clipe, eles... Aliás, se você puder coloca no mute o vídeo senão vai passar o dia cantando a porcaria do "Come, come my lady... You're my butterfly... sugar... baby".

*pula*
*pula*

Ah, relaxa... Nosso próximo candidato vai tirar Crazy Town da sua cabeça... É o incrívelmente entediante James Blut com You're beautifil! Infelizmente não encontrei o clipe da música, só uma versão ao vivo... eu queria comentar a cara de sofrimento dele no vídeo, mas tudo bem. Cara, devia ser proíbido repetir a mesma frase na mesma música tantas vezes, principalmente quando você tem uma voz chata pra caralho.

Aí vem o Gnarls Barkley com Crazy. Êêê, finalmente uma música que eu acho boa! Eu até lembro vagamente de outra música dele, de um clipe que o cara arranca o coração e ele começa a cantar segurando um brocóli...oi? É isso mesmo, mas admito que eles pra mim são one-hit mesmo.

*pula 5 vezes*

Ah... o clássico das pistas de danca: Lou Bega e seu Mambo nº5! Quem nunca ouviu teve a vida mais sem graça do milêmio passado e tenho dito. O que dizer sobre o Lou? Um clássico. mas vem cá, que outras músicas dele você conhece?

Agora é um tal de Lil' Romeo, tem um monte de Lil' alguma coisa no EUA né? *pula*
*pula mas 4 vezes*

Ah, sabe o Linkin Park? Lembra quando eles deram uma pausa e o fofo do Mike Shinoda fez uma banda? Talvez lembre, talvez não. O fato é que eles malemale emplacaram um música, mas a escolhida foi essa aqui Where did you go. A música nem é ruim... mas...


Samantha Mumba, já ouvi esse nome... *pensa*
Ahhhhh, já ouvi! Mas poutz, acho que me marcou tão pouco que nem tem o que dizer. Olha aí se você lembra da Samanthinha também, a música é Gotta Tell You.

*pula*

Ouuuun, eu amo essa música! É I try da Macy Gray... Mas tá, eu não guardei o nome de nenhuma outra música dela. Nunca procurei ouvir os cds dela. Mas ela sim merece estar no melhores e SEM aspas.

The Calling! NOOOOOO! Odeio essa músicas! Iecat! Além de todo cantor de barzinho mequetrefe que não sabe cantar em inglês resolver nos embalar ao som de Alex Band e sua banda quando ainda eram uma banda. Wherever you will go, essa emplacou mesmo. Uma amiga até comprou o cd dessa porcaria dessa banda. Se tem um nêgo que eu odeio (junto de muitos outros) é esse Alex Band, humildade kd/
A música nem é tão ruim vai, é ele que me irrita mesmo.
(hihihi agora você já tá com essa na cabeça)

Outra que eu gosto e finalmente uma que eu conheço outras músicas além da que foi hit! \o/
Vanessa Carlton com A thousand miles. A Vanessa continua a não ser ninguém na noite, mas quem não conhece essa música? Mesmo que seja no filme As Branquelas.

*pula*

Ahhhhhhhhhhhhhhh! Perdi as contas de quanto eu já ouvi essa música e nunca era por vontade própria. Eifel 65 com Blue. É veio na sua cabeça uma música que o cara falava que tudo era azul né? Pois é, essa mesmo.

*pula 5 vezes*

Ei, essa tal de Sonique eu já ouvi em algum lugar... Alguma balada provavelmente. A música é It feels so good. Nossa na verdade,já ouvi e muito essa.

*pula 5 vezes*

NOSSASINHORA!
Mtv Latina e Muchmusic me fizeram ver muito isso! S Club 7! Mas a música escolhada foi Never had a dream come true, poxa... eu nunca ouvi essa. A mais famosa é S Club Party, gente.

Finalizou com chave de ouro (tem mais uma mas nem sei quem é na noite).

Acho que tem mais one-hit wonders por aí, mas de cabeça não penso em mais nada.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ensaio Sobre a Música


(Exclusivamente nesta semana, eu - o Brancatelli, prazer! - vou postar hoje, enquanto que a Renatinha vai postar na quinta-feira. Semana que vem tudo volta à programação normal...)


Engraçado, por eu escrever em um blog sobre música, vez ou outra algum maluco pergunta: "mas vem cá, Brancatelli, o que diabos a música é pra você, hein?"
E eu acabo soltando aquela resposta ensaiada, sem pensar muito, apenas para fingir que eu entendo alguma coisa: "ah, tipo assim... porra... música é tudo, saca...!?" E acaba assim, com um certo mistério, com o resto do pessoal balançando a cabeça com os olhos semicerrados gruindo um hmmmmmmmmmm não muito satisfeito, mas compreensivo.

Em 23 anos de vida, eu finalmente refleti sobre isso!

Música é...
Tipo assim, porra, música é tudo!


Eu ando pela rua com uma canção na cabeça.
Tenho minha própria trilha-sonora mental, minha própria música-tema.
Crio melodias no ritmo dos meus passos, penso em músicas ainda não criadas, em letras nunca compostas.
Meu humor da o tom daquilo que eu me sinto à vontade de assoviar.

Eu entro no meu carro, e o som do motor é substituído pelo CD que eu escolher ouvir.
Crio a seleção que me der na telha, posso ouvir de Nirvana a Chico Buarque, de Beatles a Libertines, de Justin Timberlake à Regina Spektor...

Eu vou ao cinema e assisto a um documentário sobre o rei do pop, ou a um romance regado pela melhor trilha-sonora, ou a um sem-teto esquizofrênico ex-estudante da conceituada universidade Julliard e prodígio em música clássica.
Eu chego em casa e assisto aos Beatles tendo uma noite de um dia difícil, ou ao Woody Allen mostrando sua visão da Era do Rádio.

Eu entro na Internet e procuro notícias sobre músicas para colocar em um Twitter sobre música e coisas para comentar em um blog sobre música.
Entro no YouTube e posso assistir a centenas de vídeos de shows, clipes antigos e tudo o que possa envolver música... aliás, ouvi dizer que tem até gente que BAIXA música pela Internet!! O.O

Eu abro um livro e leio as citações musicais de um Nick Hornby ou de um John O'Farrell.
Eu abro uma HQ e leio uma das melhores histórias em quadrinhos que eu já pus as mãos, escrita pelo Gerard Way, vocalista do My Chemical Romance, na qual uma violinista pode destruir o mundo com alguns acordes.

Eu deito na minha cama, e tenho um novo segredo para matar minha insônia: eu fecho os olhos e repito mentalmente a mesma música, inúmeras e inúmeras vezes, até a letra e a melodia começarem a embaralhar. Quando embaralham, eu começo de novo, até que a música torne-se apenas como pano de fundo do meu sub-consciente... e eu apago.
Pelo menos funciona algumas vezes.


Quando eu digo que a música é tudo, quero dizer que ela não se limita àquilo que escutamos em um fone de ouvido.
Ela está nos nossos iPods, mas também nos filmes, nos livros, nas HQs, nas ruas, na TV e, principalmente, na nossa própria cabeça, para escuta-la quando bem quisermos.

Porque, por mais clichê que seja, a música está sim em todos os lugares...
Basta saber escuta-la.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Show dos Beach Boys


O começo do show do Beach Boys foi a mais pura falta de respeito.

Falta de respeito dos organizadores, que por conta do pouco público presente, resolveu juntar o público que tinha pago 80 reais com o que tinha pago 340 para criar a ilusão de que o Credicard Hall estava lotado.

Falta de respeito da lanchonete, que cobrava 10 reais por um saco de pipoca e 5 reais por uma Itaipava quente.

Falta de respeito do público, que permaneceu sentado pelo menos as 7 primeiras músicas, quando muito balançando a cabeça, e só levantou quando intimados pela própria banda.


Mas depois dessa timidez inicial, o que aconteceu foi uma festa digna dos garotos pseudo-surfistas!!


Sim, o único membro original é o Mike Love (além do Bruce Johnston, que entrou na banda no lugar do Brian Wilson em 1965), mas a simples presença dele já faz tudo valer a pena! Ainda que burocraticamente simpático, ver aquele cara em cima do palco é o que prova que aquela não é uma simples banda cover. A voz continua igual (não, vcs não entenderam... eu disse IGUAL!!!) ao que era meia década atrás!
É a presença dele que torna aquela banda digna do nome que gravou um dos melhores e mais influentes álbuns de todos os tempos. E escutar a voz dele em músicas como "Here Today", ou em "Wouldn't It Be Nice", ou em "Barbara Ann" é voltar aos anos 60!!!
Ao final do show, estranhamente o público parecia ter aumentado e enchido a pista (não, não é figura de linguagem... isso realmente aconteceu, e ainda não sei como!!), e em cada rosto era possível encontrar um sorriso satisfeito. Mesmo sem Brian Wilson e Al Jardine, os dois outros membros originais (e sobreviventes) da banda, a festa promovida pelo Beach Boys mostrou o quão real foi a frase do Mike Love em entrevista à Rolling Stone:

"Os anos 60 marcaram um período muito bom para a música pop, mas o que ficou nos coração das pessoas foram os Beatles, os sucessos da Motown e os Beach Boys. Não interessa quem as cante, estas canções vão ficar para sempre."

La no palco estava Mike Love, aos 68 anos, com sua voz de adolescente, cantando os maiores clássicos de uma das maiores bandas de todos os tempos.
E não importa o que digam, não importa as brigas e os processos pelo nome da banda...
Naquele momento, aqueles eram os Beach Boys!!


(ei, agora só falta eu assistir a um show do Jardine para eu ver todos os Beach Boys originais e ainda vivos ao vivo!! será...?)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Life in Film


Já adianto a vocês, caros leitores, que esse não vai ser um longo texto.
Não é nem por preguiça, é porque eu simplesmente não tenho muitas informações sobre essa banda... mas mesmo assim resolvi compartilhar.

O que eu sei dizer para vocês é que eles são britânicos, que são um quarteto, que os nomes deles são Samuel, Edward, Dominic e Micky e que eles tocaram no "Introducing" do Glastonbury desse ano, um palco para novas bandas.
Mas não é nada disso que vai convencê-los a ouví-los certo?

Uma amiga voltou de sua viagem à Inglaterra simpletamente apaixonada por eles e me mandou algumas músicas, corri para ouvir e não me arrependi.

Os vocais são MUITO parecidos com o do Kings of Leon, mas eu diria que um pouco menos exagerados e eu acho que as músicas conseguem ser diferentes umas das outras (algo que me irrita no KOL é que todas as músicas meio que se parecem, sei lá...).

Eu sei que não vai ser fácil para vocês encontrarem coisas deles por aí, mas acho que vale à pena ficar de olho nessa banda.

Ah, o vocal tem um sotaque adorável... caso isso faça diferença pra você! ;)


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Esse Tal Kevin Johansen


É isso aí, quem disse que só a Renatinha pode apresentar descobertas musicais por aqui???
Claro, ela é muito mais competente nisso que eu, lógico...
Mas também posso arriscar, certo!?

Bom, pra começar, eu não entendo bulhufas da música latina, fora a nossa MPB.
Não apenas não entendo como, que eu me lembre, nunca escutei nada na linha "latino-americana" que realmente me empolgasse...

Mas daí, eu escutei esse tal de Kevin Johansen!

Nascido de mãe argentina e pai americano no Alaska, passando sua infância em São Francisco, sua adolescência em Buenos Aires, sua juventude em Nova Iorque (tocando por anos no lendário clube CBGB) e depois voltando para a Argentina, esse tal Kevin Johansen aprendeu o melhor das duas música, misturando ritmos latinos com o pop norte-americano em doses perfeitas.
O resultado são músicas extremamente contagiantes, bem-humoradas e inteligentes. Cada música consegue ser uma surpresa, nenhuma se encaixar em um determinado estilo, como se cada uma tivesse sua identidade própria.
Mesmo suas letras alternam entre o espanhol e o inglês, como na simpática balada Everything Is (pode clicar e assistir ao clipe, eu recomendo!).

Acho que não adianta eu ficar aqui falando mais do cara.
Então eu deixo vcs com a minha música favorita desse tal Kevin Johansen.
É tudo muito bom, tanto música quanto letra quanto clipe!!! =]

Espero que vcs gostem!!



Como os vídeos ficam estranhos aqui no blog, recomendo que vcs assistam direto no YouTube clicando AQUI!!!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

The Killers no Brasil: Um Show Épico

É com grande prazer que o TCF posta seu primeiro texto escrito por um amigo convidado... Senhoras e senhores...




Por Denis Araujo



Energia. Essa é a palavra que define a apresentação da banda norte-americana The Killers neste último sábado, na Chácara do Jockey em São Paulo. Nem mesmo a chuva forte e toda aquela quantidade de lama formada nos impediram de assistir a um verdadeiro espetáculo musical e visual. Aliás, a chuva tornou-se parte dessa noite especial, fazendo parte da grande quantidade de efeitos especiais da banda.

Os portões se abriram às 15hs e duas horas depois estávamos lá. Às 19h30 tiraram a lona de cima dos instrumentos e da letra K, situada no centro do palco. O show estava marcado para as 20hs e o horário foi obedecido. A banda entrou em cena poucos minutos depois, logo após uma contagem regressiva, com a música Human, que comanda o show da turnê do álbum Day and Age. Com uma introdução inconfundível, Brandon Flowers entrou em cena, acompanhado por toda aquela multidão que, mesmo com o pé na lama (literalmente), cantou e gritou sem parar. “Oi! Nós somos The Killers e essa noite somos de vocês!”, disse o vocalista nesta abertura triunfal. Confesso que foi ali que percebi quão incrível era estar naquele show.

Preocupei-me com qual seria o set list do show, visto que nos demais países da América do Sul que tocaram faltava algumas músicas que queria ouvir. Mas a preocupação logo passou conforme foram colocando em cena os melhores sucessos da banda. Depois de Human e This Is Your Life, a platéia explodiu quando tocaram Somebody Told Me. (Aliás, fica aqui minha crítica para as pessoas que foram ao show e cantaram apenas esta canção e Mr. Brightside, que veio na parte final da noite.)

O show mesclou os ritmos, fez o público dançar, pular, se concentrar e se emocionar. The Killers consegue um feito que somente os bons artistas conseguem: o som produzido ao vivo é tão bom quanto ao gravado em estúdio, e consegue, muitas vezes, ser melhor. Um exemplo disso foi na música For Reasons Unknown, que apresentou uma versão um pouco diferente da original e ficou ótima. Quem esteve por lá, ouviu Bones e The World We Live In com grande qualidade. E todos dançaram ao som contagiante e animado de Joy Ride. Nem mesmo o pequeno deslize do vocalista enquanto tocava Human no piano tirou o brilho do show. Pelo contrário. Na apresentação da música Bling, Brandon Flowers mostrou o porquê é considerado um dos melhores vocalistas da atualidade, com suas coreografias e sua presença de palco incontestável.

Eis que o palco escurece e se mistura com a noite chuvosa. Ao fundo, luzes verdes piscavam. O baterista chamou o público para bater palmas quando a música Shadowplay se iniciou (uma versão - que até me arrisco a dizer - melhor que a canção original do Joy Division). E foi nesse clima musical que o piano começou a soar com leveza, com o solo de Smile Like You Mean It logo em seguida. Pra mim, foi o momento mais emocionante do show, sem sombra de dúvida.

E depois de tocar Spaceman e Dustland Fairytale (com efeitos especiais fantásticos), The Killers nos brindaram com o clássico Can’t Help Falling In Love, de Elvis Presley, tocado a meia luz. Foi a introdução mais inusitada para Read My Mind, que veio a seguir.

Mal o público parou de cantar, Mr. Brightside surgiu e todos foram ao delírio. E quando All These Things That I’ve Done começou, as palmas ditaram todo o compasso da platéia, que continuou cantando “I got soul but I’m not a soldier!” mesmo após o término da canção. A banda saiu de cena para a popular “despedida falsa” e após o breve descanso, The Killers encerrou a noite com Jenny Was a Friend of Mine e When You Were Young.

Com aproximadamente uma hora e meia de show, a banda agradeceu a presença de todos e foi embora junto com as luzes. O resultado do espetáculo foi um par de meias jogado fora, um tênis cheio de lama e um jeans completamente sujo. Em casa, mal tinha terminado de lavar minhas roupas, percebi que me sentia de alma lavada, depois de toda aquela chuva que tomei, e após ter presenciado um show tão fantástico, do tamanho da banda The Killers. Que voltem mais vezes, porque ‘meu corazón ainda tá batendo!’ – em resposta à pergunta do vocalista no meio do show.


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Denis Araujo
http://silenciocotidiano.blogspot.com/

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Falta de Crises Existenciais


Rivers Cuomo é um cara feliz!

Aos 39 anos, ele já não é mais o adolescente inseguro de antigamente.
Casado e com uma filha de 2 anos, suas crises amorosas são coisas do passado.
A onda "ser nerd é ser legal" o transformou de um garoto sem traquejo social dos anos 90 a um astro pop.
Se antes o Weezer era uma banda sem nenhuma imagem comercial, hoje ela é referência estética para qualquer grupo que quer ser chamado de "alternativo".
Enfim, faz um bom tempo que Rivers Cuomo abandonou todas suas crises existenciais.

E isso acaba ficando claro nas músicas que ele compõe!

No novo CD do Weezer, o Raditude, ele ainda escreve sobre amor, sobre romances... mas falta exatamente aquilo que fez dos dois primeiros álbuns da banda insuperáveis:

Sinceridade!!

O sentimento que Rivers colocava em todas as músicas do Weezer, mesmo naquelas sobre garagens ou querer ir para o trabalho em uma prancha de surf, simplesmente desapareceu.

Ouvir o Rivers Cuomo dizendo coisas como "I can't stop partying" é como imaginar o Marilyn Manson cantando músicas do padre Marcelo Rossi. Letras como a de "The Girl Got Hot" tem a profundidade de uma tábua de passar. A faixa "In The Mall", escrita pelo batera Pat Wilson e única não escrita pelo Rivers, poderia até fazer sentido para a nossa juventude dos anos 90 - quando passar o dia dentro de um shopping era a coisa mais legal do mundo e até criou uma tribo à parte, os Mallrats - mas hoje soa datada e patética.

Fica claro que a banda agora tenta dar muito mais destaque às músicas que às letras. Só isso pode explicar a inclusão de TRÊS músicas antigas e já lançadas nos álbuns Alone I e II, com gravações caseiras do Rivers. Repagnadas, elas até podem soar diferente, mas apenas mostram que a banda talvez não tenha mais nada a dizer. E dessas 3, não entendo a escolha de "I Don't Want to Let You Go" para fechar o disco. A música é idêntica a "Pig", lançada nos extras da versão Deluxe do CD anterior, o Red Album... só que PIOR!!!
Fechando os negativos do álbum, o Weezer conseguiu lançar sua PIOR música em 17 anos de banda, a inexplicável "Love Is The Answer"... diga-se de passagem, outra composição antiga do Rivers e muito melhor gravada pelo Sugar Ray!!!

Mas nem só de pontos negativos é feito este post.
Apesar de algumas letras não fazerem jus ao Weezer de antigamente, a atenção especial às melodias e às músicas acaba compensando.
Além disso, algumas faixas mostram que a banda ainda consegue sim ser criativa, como "Trippin' Down the Freeway" e a melhor música do álbum, a já clássica "(If You're Wondering If I Want You To) I Want You To" (aquela música que me lembra o porque do Weezer ainda ser minha banda preferida. Ah, e é só clicar nela e assistir ao genial clipe dirigido pelo Marc Webb, diretor do também genial filme 500 Dias Com Ela, que a equipe Two Cold Fingers recomenda!!).
E como já é tradição do Weezer, o bônus da versão Deluxe tem verdadeiras pérolas, como "Run Over by a Truck" e "The Underdogs".


É difícil imaginar o Weezer fazendo algo tão bom quanto seus dois primeiros álbuns. Nós, os fãs, sabemos disso.
O problema é que a própria banda resolveu aceitar esse fato, e parece ter simplesmente parado de tentar.
No Red Album, a banda já mostrava falta de assunto, já tentava assumir personagens, como nas músicas "Troublemaker" e "The Greatest Man That Ever Lived"... mas de um jeito muito melhor, mais sincero e criativo do que no Raditude. Enquanto que no CD anterior essas músicas eram claramente um deboche irônico, agora soa apenas como uma vontade frustrada de ser o que não se é.
Aquele som cru e sincero do começo da banda desapareceu quase que completamente, dando lugar a um som mais produzido e forçado.

O Raditude não é um álbum ruim, longe disso.
Mas como é frequente na carreira da banda, ao final do CD acaba ficando um certo gosto amargo e uma certeza:

Poderia ter sido muito melhor...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O dia em que eu vi um show do Cine.


Sabe quando te fazem uma boa proposta?
"Vamos lá... Vai ser uma festinha exclusiva de não sei o que, tenho covintes... Vamos..."
Você pensa: "Caraca, que chique! CLARO que eu quero."
Daí você esquece que sua vida é um EPIC fail e que isso na certa é uma cilada.
Mas né?
A princípio era uma final de um festivalzinho de bandas, vocês sabem que a gente do TCF gosta dessas coisas.
Daí sabe quando alguém vem com aquela informação bacana quando já é tarde demais para cancelar tudo?
Pois é.
Janelinha do msn pisca, eu abro.
"Ah, na festa... vai ter show da banda Cine."


Depois de pensa em 'n' formas de sair dessa BAZINGA, acabei indo.
Numa noite de quarta feira, na esperança de conseguir ir embora antes deles ou algo assim.
As companhias eram agradabilíssimas, apesar de uma delas cantar "uôuô... eu te completo,baby!" repetidamente.
Chegamos atrasados, mas a tempo de ver a primeira banda.
Ok, já não gostei. Sei lá... uma coisa meio filho de CPM 22 com Capital Inicial.
Fui caçar bebida de graça.
Adivinha.
BAZINGA!
Então, pensei cá com meus botões... Ah, tá bom... Vou beber uma Stela e ser feliz.
No cardápio tinha Stela, mas eles tinham Stela para servir?
- não.

E cheia de alegria no meu coração eu prossigo minha noite com outra cerveja que não me agrada muito.

Acaba banda, entra o DJ.
Ótimo, por sinal... É só para me dar a sensação de que as bandas são piores?

Segunda banda. Vocal feminino e outros integrantes se achando galãs.
Vocais femininos são arriscados, a menina tem que ter muita personalidade para não soar como o que já existe ou forçado.
É, ela não tinha.
Juro que não sei se ela queria ser Pitty, Avril Lavigne, Amy Lee ou Ivete Sangalo.
E amiga, pedir para a galera cantar sua músic é muito fail quando você não é ninguém na noite, beijos.

Sou agraciada com as presenças sempre agradáveis (ou não) dos caras do Fresno, do Mister Lúdico e do vocalista do Vanguart. E ah, depois descobri que o cara estranho que passei meia hora tentando descobrir se era o vocalista do Cine, era o vocalista duma tal de Restart.

Cabô a menina sem graça e veio do DJ.
Música para os meus ouvidos, literalmente.

Veio a terceira e última banda.
Ok, eles tinham certo estilo. Até por isso esperei mais personalidade na música deles, mas não era ruim... Só não era ótima. Mas dentre as que estavam lá, com certeza a vencedora.
Os jurados acharam a mesma coisa.

Mas eles anunciaram antes do Cine? Nããããão. Claro que não. E tinhamos que ficar lá até saber quem vencia.

Eles entraram. Não se não estavam num bom dia fashion, mas aquelas roupas bizarramente coloridas foram deixadas de lado naquela noite e o vocalista parecia um menino... um menino estranho, mas um menino.
Mas assim que eles começaram a falar alguma coisa, eu perdi boa parte do desrespeito que tinha por eles.
Não me leve a mal... Ainda acho a banda ruim... Por que , gente... rimar "minha" com "minha e "sério" com "sério", é algo que você só faz quando de fato não espera respeito de ninguém.
Mas eles tinham algo que nem NXZero e Fresno tem: humildade.
Aliás, eles eram mais humildes que algumas bandas que estavam concorrendo.
Eles entraram no palco como se aquele show só com gatos pingados fosse o show da vida deles, sorriso enorme estampado no rosto e a dando a nitída impressão de o que eles queria era tocar e se divertir, não se divertir depois... se divertir ali, naquele palco. E isso é algo que eu respeito muito numa banda, a capacidade de se divertir com o que faz.
Eles são simpáticos, são moleques que sabem que estão tendo a oportunidade da vida deles e não tem atitudes arrogantes com é o que me passa as outras bandas emo mais famosinhas.

Portanto o que penso de Cine mudou.
Ok, a música ainda é uma droga... mas eles são caras legais.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Arte de Falar Mal


Nós, do Two Cold Fingers, não somos críticos no sentido "profissional" da palavra.
Tudo o que fazemos por aqui é dar a nossa opinião sobre música, mas não queremos que as pessoas entendam nossas opiniões como verdades absolutas.
Queremos apenas desabafar um pouco e deixar que os leitores do blog criem suas próprias opiniões, independente do que escrevemos por aqui.

Mesmo assim, é engraçado eu estar nervoso em escrever este post.
Sabe quando aquele seu amigo aparece animado com um texto que ele escreveu, ou com uma música que ele compôs, ou com uma pintura que ele produziu ou qualquer coisa do tipo? E vc não sabe ao certo como dizer que vc achou tudo aquilo PÉSSIMO?
Depois de tanto tempo falando mal de um monte de gente que eu não conheço por aqui, chegou a hora de eu falar mal de gente que eu conheço, e que talvez até venha a ler este post.
E não sei ao certo como fazer isso...

Mas acho que não tenho escolha.

A banda Ecos Falsos lançou seu segundo álbum, o Quase.
E fazia tempo que eu não me frustrava tanto.

Depois de um sensacional álbum de estréia, o Descartável Longa Vida, o Ecos Falsos mudou bastante.
O guitarrista/baixista/vocalista Felipe saiu da banda, e acabou substituído por dois outros integrantes, acabando com um dos maiores charmes e diferenciais da banda: as trocas de instrumentos no palco. Além disso, boa parte da química e da dinâmica que existia no grupo - que era, provavelmente, um dos maiores trunfos do Ecos Falsos - simplesmente desapareceu com essa mudança.

Não sei o quanto isso tudo interferiu no álbum Quase, já liberado no site oficial do Ecos, mas são poucos os traços que lembram a banda que lançou um dos meus álbuns favoritos dos últimos anos. Parece que as melhores idéias foram gastas na divulgação e no lançamento do novo trabalho.
De 10 músicas, apenas 3 se salvam: a divertida Nós, a bacanuda Última Volta e a genial Spam do Amor, esta sendo a única que traz de volta a criatividade do álbum anterior. Escuta-la apenas torna ainda mais sentida a falta de canções fortes como Reveillon, O Bom Amigo Inibié, Última Palavra em Fashion e Sobre Ser Sentimental. Talvez a letra de A Revolta da Musa realmente tenha acontecido.
Mas o maior problema do álbum, até mais que as músicas fracas, provavelmente são os vocais. Músicas como Cafè La Petite Mort, Se Você Quer e O Segredo do Sucesso Para a Felicidade tornam-se insuportáveis de serem ouvidas. Quero dizer, REALMENTE insuportáveis!!
Outras, como O Boi e Quase, até são boas, mas não têm a cara da banda. Talvez funcionem melhor ao vivo.

É provável que a queda tenha sido maior por ser uma sequência de um álbum como o Descartável Longa Vida. O fato é que, independente disso, escutar a maior parte do álbum Quase é como escutar uma outra banda.
Já me cansei de elogiar o Ecos tanto aqui no blog quanto... no mundo real. Todas as mudanças na banda parecem ser calculadas para dar à banda uma aura mais "séria". Uma pena que isso acabou resultando em músicas que parecem ter saído de uma banda independente qualquer, e não dos Ecos Falsos.

Se eles resolverem continuar por esse caminho, é provável que a banda que eu gostava não volte mais.
Meu único consolo é que eu sempre posso encontrá-la naquele primeiro álbum.

E, bem... a esperança é a última que morre, certo!?


Ficou curioso?
Ecute o Quase no site www.ecosfalsos.com.br

domingo, 1 de novembro de 2009

We are Phoenix


Sabe, minha amiga Chris me deixou uma pérola de sabedoria antes de entrar de férias: "Escute Phoenix".

Confesso que de cara fiquei com um pé atrás, eu imaginava uma coisa bem eletrônica e vocês sabem que eu não sou muito chegada. Por fim a curiosidade venceu e eu escutei...
Carambolas! Adorei logo de cara, logo na primeira música do primeiro cd já achei interessante. Então fiz questão de dividir com vocês mais essa descoberta musical com meus amados três leitores.

Nossa, fica até feio usar a palavra "descoberta" para falar sobre essa banda francesa que existe desde 1999 e que lançou esse ano seu QUINTO cd, mas né? Atrasada que sou...

O Pheonix vem das mesma cena musical que produziu bandas como Air e Daft Punk, inclusive o guitarrista, Laurent Brancowitz, chegou a ter uma banda com os hoje integrantes do Daft Punk.

A música deles é beeeeem dançante mas o mesmo tempo gostosa de só se ouvir sabe? É daquele tipo perfeito para a balads no sábado à noite, mas também se encaixa perfeitamente num domingo de tarde... Achei versátil, coisa que eu ando achando raro nas bandas... Não que eu não escute Arctic Monkeys na balada e em casa, mas o Phoenix é diferente... O AM você dança mais porque gosta da música, o Phoenix não é só por isso sabe? É feita para se dançar. Não sei explicar...

Bom, como eu disse anteriormente... esse ano eles lançaram seu quinto álbum, o Wolfgang Amadeus Phoenix e do que eu ouvi, posso dizer que é muito bom... Mas a música que vou indicar para vocês conhecerem é lááááá do primeiro álbum, o United. Vou indicá-la porque simplesmente me apaixonei por ela e não consigo tirar do repeat (e de dançar no ponto de ônibus)! *__*

If I Ever Feel Better

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Então é isso.


Tentativa nº 1:

Dia 25 de setembro a equipe do Two Cold Fingers se uniu à equipe do Críticas Impagáveis e rumou para o shopping Frei Caneca, para assistir ao filme ao filme This Is It, documentário que revela os ensaios para aquele que seria o retorno triufal de Michael Jackson ao trono de Rei do Pop.
Compramos nossa pipoca, entramos no cinema, escolhemos ótimos lugares em uma sala praticamente vazia e, depois de assistir a cenas de sexo explícito na tela que erroneamente achávamos ser um trailler, percebemos que estávamos no filme errado... e no DIA errado, já que uma olhada mais cuidadosa no ingresso nos mostrou que a estréia do filme seria só em outubro...

Tentativa nº 2:

Dia 25 de outubro a equipe do Two Cold Fingers se uniu novamente à equipe do Críticas Impagáveis no shopping Frei Caneca para assistir ao filme This Is It.
Dessa vez nem chegamos a entrar no cinema para percebermos que nossa sessão seria apenas no dia 28...

Tentativa nº 3:

Dia certo, horário certo, cinema lotado!! o/

O filme começa com depoimentos emocionados dos dançarinos escolhidos para a turnê This Is It, que seria provavelmente a última turnê do MJ. Cada um diz o quão honrado se sentia apenas por se apresentar nos testes para alguém como o Michael Jackson em pessoa.
A impressão que passa é que o documentário apenas mistificará ainda mais a imagem já ultra-explorada do músico... impressão essa que se dissipa na primeira aparição do protagonista do filme. É então que você percebe que tudo o que está na sua frente é um dos maiores gênios da música de todos os tempos.

Em cerca de duas horas, o que vemos é um homem de um talento absurdo, lidando com seus músicos e dançarinos com delicadeza, se esforçando ao máximo para nunca ofender ninguém, sendo mimado sem rodeios por todos aqueles que o cercam e se divertindo mais que qualquer um daquela equipe.
É impressionante ver o quanto ele se envolve com o espetáculo, controlando o timing, a iluminação, a marcação, a produção. Definindo como deve soar cada instrumento com um perfeccionismo assombroso. Não é apenas um músico preparando seu show, é um performer preparando seu espetáculo, com a clara pretensão de ser o maior espetáculo já visto!!

É impossivel não sorrir ao ver o astro se divertir em uma grua como se fosse uma criança. Ou não sentir um nó na garganta ao ouvir seu discurso final à equipe. Ou conter algumas lágrimas ao assisti-lo interpretar clássicos como Beat It, Smooth Criminal, Black or White, Thriller, Earth Song e Man on the Mirror. E é impossível não se impressionar com o vocal perfeito (ainda que contido), como se ainda estivesse no auge. Durante todo o filme é surreal pensar que aquele homem que fez parte das nossas vidas e que aqui aparece tão cheio de vida e talento está morto. E você sabe que ele é insubstituível.
Ve-lo em sua roupa clássica, fazendo seus passos clássicos e cantando suas músicas clássicas é uma sensação intensa, e na sua cabeça tudo o que passa é "meu Deus, imagina ver isso ao vivo".
Independente de como seria se ele não tivesse morrido, esse filme é uma grande homenagem ao astro, aos seus fãs e principalmente à equipe dos shows, agora imortalizada.
O diretor Kenny Ortega faz milagre com o pouco tempo que tinha e amarra de forma perfeita um amontoado de imagens de making off.

O maior trunfo do filme é que, em menos de dois minutos, você acaba se esquecendo de todo o circo dos horrores montado em cima desse homem. Você esquece todas as esquisitices, todos os escândalos... Michael Jackson é talvez o personagem mais trágico do universo musical, mas não é isso que você vê na tela.


Em determinado momento, ele está parado ao fim de uma música, esperando as luzes diminuírem.
Pouco antes do escuro absoluto, a pouca luz ainda permite que vejamos seu rosto, sorrindo, como se fosse o rosto de uma criança.
Extremamente feliz por estar ali, de volta aos palcos, com todo o futuro pela frente.

E é assim que eu vou me lembrar do Michael Jackson.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

No! Why? Por que?


Uma notícia abalou o (meu) mundo essa semana: a matéria que saiu na Rolling Stone (que originalmente foi publicada no The Sun) sobre o novo álbum do Strokes.

Segundo a matéria, o Julian Casablancas teria dito que está havendo desacordo nas decisões sobre o cd e até teria dito a seguinte frase: "É estranho com a banda. Ter uma banda, na verdade, é uma ótima forma de estragar a amizade".

A matéria causou um leeeve frisson no mundo Strokiano, ninguém se abalou MUITO, na verdade. A maioria de nós sabe que o álbum já está em fase final e que o The Sun não tem lá muita credibilidade.

A parte do desacordo, na minha opinião, é plausível. Você coloca 5 caras diferentes, onde pelo menos 4 deles teve um projeto solo no hiatus da banda (aliás, 2 deles com projetos MUITO bem sucedidos e 1 deles prometendo muito sucesso) e manda eles gravarem juntos de novo... Levando em conta que antes as decisões da banda eram tomadas praticamente apenas pelo Julian. Como fica? Acha que ninguém vai querer dar pitaco, acha que todo mundo vai aceitar tudo quieto? Eu sinceramente acho que não existe um desacordo, mas que com certeza houveram discussões.

Já a segunda parte da história... Venhamos e convenhamos, quantas bandas existem por aí? E em todas elas será que ninguém é amigo de ninguém? Ok, conhecemos muitas histórias de brigas fenomenais entre membros de bandas (os Gallaghers não contam, eles brigam até com a própria sombra), mas muitas estão por aí há séculos e os integrantes são amigos.
Acho que o Strokes não se reuniria para fazer um cd se eles não fossem amigos, acho que eles não veriam propósito. Nenhum deles precisa disso. Albert estava ótimo sozinho, Fab estava indo muito com o Little Joy, Nikolai com um projeto elogiado, Julian com um álbum bacana a ser lançado e Nick... bom, o Nick estava feliz com sua mulher e seus filhos (e fazendo participações especiais).

O que nos resta é sentar e esperar, pelo visto bastante, porque o álbum do Julian não foi nem lançado ainda.
Ok, eu sei que vazou, mas vou esperar o meu chegar para comentar por aqui (ou não).

PS: Se você não entendeu o título do texto: http://www.youtube.com/watch?v=L5Z-RQ5a1cA

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Desabafo de um Velho


Eu estou velho demais para o mundo da música!!

Não sei se todos os leitores do Two cold Fingers sabem, mas... bom, eu sou um pseudo-músico!
Quer dizer, eu escrevo algumas músicas, toco alguns instrumentos, já tive uma banda que não deu muito certo e, claro, tenho o intuito de montar uma nova.
Mas é perturbador perceber que, quem sabe, eu já não esteja mais na idade disso!

Quer dizer, vejamos as bandas que estão por aí fazendo sucesso:

Bandas brasileiras como o Fresno, NxZero, Catch Side e Strike começaram com os integrantes ainda cursando o ensino médio, assim como o Arctic Monkeys.
Os membros do Strokes, do Kooks, do Los Hermanos e do Libertines formaram suas bandas com cerca de 20 anos.
Por Deus do céu, Alex Turner, Zach Condon, Lily Allen, Helio Flanders e Luke Pritchard têm a minha idade!

A MINHA IDADE!!!

Enfim, será que eu, com meus 23 anos, devo ainda manter as esperançar de ter uma banda e, com sorte, fazer disso a minha vida?
Sabe, a Hayley Williams (do Paramore) tem dois anos a menos que eu, e a Mallu Magalhães... nem vou falar da idade dela pra não me estressar mais ainda!!!
É frustrante ligar a televisão e assistir um clipe dos moleques de 12 anos da Banda Cine, ou fenômenos pops como Jonas Brothers, Mitchel Musso, Miley Cyrus e Demi Lovato.
Será que, pra fazer sucesso, é necessário começar cedo?
Quanto será que a qualidade realmente vale em um mercado que procura o jovem para jovens?

Bom, de um jeito ou de outro eu espero descobrir isso.
Daí eu conto por aqui.


(caceta, eu me sinto o Joey perguntando ao Chandler se as chances dele ser um bom ator diminuem por ele não ser tão alto quanto o cara do Meu Gigante Favorito... mas eu precisei desabafar um pouco, e como o post de hoje tava reservado pra crítica do filme Herbert de Perto - que eu não consegui assistir - me pareceu ser um bom espaço. mas prometo não encher mais o saco de vcs com minhas crises existenciais...!)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Alex e seu primeiro Gradiente.


Olha, estou pronta para dizer algo que achei que nunca diria...


Eu gosto de Legião Urbana.



BRINKS!!!!1111

É mais chocante ainda, na verdade.


Eu ADORO o novo clipe do Arctic Monkeys.

É, sério...
Acho que o único clipe do Arcitc Monkeys que eu não acho "ok, whatever..." é Teddy Picker, mas até aí são eles no estúdio e na rua, fim.

Foi engraçado porque esse clipe estava escondido no site e ninguém achava essa budega, daí eles resolveram lançar oficialmente, só que no computador lá da agência a bagaça não carregava nem com reza brava... Quando eu cheguei em casa, a galere já estava toda louca comentando.

Quando eu assisti entendi o motivo...
O clipe é, ao mesmo tempo, nada que você esperaria dos Monkeys e nada menos do que você esperaria deles.

Enquanto eu e meus amigos estávamos achando genial, rindo e assistindo sem parar, me deparei com um monte de gente falando muito mal. Gente achando que uma banda do nível deles fazer algo assim é palhaçada, teve gente que mencionou até desrespeito com os fãs.
Disseram que quem gosta desse clipe é groupie que gosta de qualquer coisa que eles fazem, mas tô aqui como a prova viva de que isso não existe.

Primeiro que o Arctic Monkeys é a banda que mais adora levar a piada a outro nível - afinal, se vestir dos personagens do Mágico de Oz e de Village People para ir receber um prêmio não é lá muito convencional.

Segundo que a maioria dos clipes deles só faz sentido para eles mesmo, são idéias non-sense que eles acharam genial e eles nem se dão ao trabalho de explicar, e bom... explicar pra que?

Terceiro, agora que a música deles tem uma cara mais "séria" e que todo mundo resolveu rotular o Alex Turner de gênio, ele simplesmente está mostrando o outro lado das coisas. Quando eles eram mais moleques e mais descompromissados, os clipe eram sérios e tudo mais... conforme eles foram amadurecendo, acho que eles perceberam que podiam ousar mais nos clipes.

Além do mais, uma pessoa achar um monte de palhaço se espancando genial e não gostar disso? Não faz o menor sentido para mim.

Bom, mas acho que deixei você curioso para a o SENSACIONAL clipe de Cornerstone (tá, mesmo que você não esteja, assista o vídeo porque a música é linda!)...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

As Melhores Músicas Brasileiras (para o Brancatelli)


... e quase que completamente recuperado da gripe suína que me acometeu na semana passada, queria agradecer a Renatinha por ter escrito um post tão rápido, tão bacana e tão em cima da hora na quinta-feira.
Mas ninguém vai me calaaaaaar!!! o/


Bom, acho que todo mundo já deve saber que a Rolling Stone fez uma lista das "100 Maiores Músicas Brasileiras" para sua edição de 3º aniversário.
E, como já era esperado (e até mesmo "obrigatório" em coisas desse tipo), a lista tem tantos acertos quanto erros!
Colocar Construção em primeiro lugar é algo aceitável... mas colocar coisas como Ovelha Negra e Você Não Soube Me Amar entre as 100 músicas é, no mínimo, questionável!!
Aliás, engraçado que a revista parece, no decorrer da lista, se confundir entre as "maiores" músicas e as "melhores" músicas.

Por isso, pra não deixar dúvidas no ar, coloco aqui o meu Top-10 das MELHORES músicas brasileiras, que eu particularmente gosto de chamar de:

AS 10 MELHORES MÚSICAS BRASILEIRAS PARA O BRANCATELLI!!!


Nº 10
Flor de Lis - Djavan


Vou ser bem sincero: eu não entendo bulhufas das letras do Djavan!! Dizem que ele cria toda a melodia para depois sacar seu dicionário de rimas e criar suas letras, o que faz com que eu me sinta menos burro.
O fato é que o sentido da letra é o que menos importa por aqui.
É um samba tão gostoso quanto doído, cos as palavras certas colocadas no lugar certo, como se as palavras nada mais fossem que um outro tipo de instrumentalização. Quer dizer, colocar "morto na beleza fria de Maria" não tem mais significado que o tecladinho colocado em diversas partes da música. Tudo preparando para a explosão que é o refrão.
A maior prova que uma música não precisa necessáriamente fazer sentido para tocar um sentimento.


Nº 9
Retrato em Branco e Preto - Elis e Tom


Acho impossível encontrar interpretação melhor para essa música do Chico Buarque com o Tom Jobim que a cantada pela Elis Regina.
É uma música dramática, e Elis entendeu isso. Em várias partes ela deixa de respirar, ganha uma aura obscura, aumenta a voz e solta as palavras como um desabafo interno. Ela se torna teatral, alternando calma e desespero em um nível que é impossível não arrepiar todos os pelos do corpo.
É, sem nenhuma dúvida, uma das músicas mais fortes que eu já ouvi.


Nº 8
Conversa de Botequim - Noel Rosa


Noel Rosa não é apenas um dos maiores sambistas que já passou por esse mundo.
No fundo, qualquer um consegue escrever algumas rimas e canta-las ao som de uma caixa de fósforo.
O que esse cara fazia era criar verdadeiras crônicas, falando sobre o próprio estilo boêmio, discutindo o significado da malandragem e cantando a rotina de milhões de pessoas.
E, na minha opinião, Conversa de Botequim é um dos melhores exemplos disso.
A narrativa é tão bem feita que você consegue visualizar o próprio Noel, sentado em uma mesa de bar que o próprio trata como seu "escritório", conversando com o garçom e pintando um retrato da própria vida.
Assombroso de tão simples.


Nº 7
A Flor - Los Hermanos


Em 1963, o DJ britânico Bob Wooler disse que Lennon e McCartney, ainda em começo de carreira, eram os únicos compositores talentosos o suficiente para levar algo novo à música. Dadas as suas devidas proporções, era exatamente isso que se falava sobre Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante na época do lançamento do segundo álbum do Los Hermanos. E basicamente foi o que aconteceu: olhando para trás, ninguém influenciou tanta gente na última década quanto esses dois.
A Flor é, provavelmente, a maior parceria da dupla, já que eles costumam compor mais solitariamente. E é essa a música que mostra o maior potencial da banda. Dividindo os vocais e se colocando como a base de um triângulo amoroso, os dois consolidaram também a mais importante dupla de compositores brasileiros dos últimos anos.


Nº 6
Faroeste Caboclo - Legião Urbana


Goste ou não de Legião ou de Renato Russo, é inegável a força dessa música.
Por cerca de 9 minutos, a música conta a história de João de Santo Cristo, nordestino problemático que viaja para Brasília, se torna traficante, se apaixona por Maria Lúcia e acaba morto por um traficante rival, Jeremias. Tudo tão bem contado, e de uma maneira tão simples, que é como se um filme passasse diante dos nossos olhos.
Mais que uma simples canção, Faroeste Caboclo conta toda uma vida em poucos minutos.


Nº 5
Sá Marina - Wilson Simonal


Aqui eu uso a minha carta "não sei por que gosto, só sei que gosto".
Seja pela melodia, pelo arranjo do César Camargo Mariano ou pela genial interpretação do Simonal...
Eu só sei que gosto!!!


Nº 4
Desafinado - João Gilberto


Meu Deus, toda essa letra é uma pérola!
Um verdadeiro hino para todos os desafinados do mundo, uma música que, mesmo com uma melodia difícil, pode ser cantada sem-culpa por qualquer um.
Aqui, a desafinada é mais que um charme. Desafinar cantando essa música é OBRIGATÓRIO. Se vc não desafinar, é porque não entendeu o significado dessa composição do Tom Jobim com o Newton Mendonça. É mais ou menos como aqueles personagens sem-jeito que tentam se declarar para o grande amor e se tornam ainda mais irresistíveis exatamente pela falta de jeito.
A prova de que não é preciso cantar bem para se cantar o amor.
Afinal, como conclui a letra, no peito de todo desafinado também bate um coração.


Nº 3
Construção - Chico Buarque


Como o próprio nome já revela, é na construção da letra que está a grandeza dessa música.
Primeiro, Chico canta sobre o operário que se despede da família, sai para trabalhar, sobre na construção, se emociona enquanto ergue as paredes, come sua marmita, bebe, tropeça e cai para a morte. Atrapalhando o tráfego, como diz a linha final. Tudo mostrado de um jeito sóbrio, como uma notícia de jornal.
Na segunda parte, o tom muda. Sai o ritmo "jornalístico", e a letra passa a traduzir o estado de espírito do trabalhador, que já se sente uma "máquina". Tudo contado, como diz a letra, em "um desenho lógico". O instrumental fica mais pesado, co uma orquestra ao fundo.
A terceira parte acontece como num sonho, de maneira rápida, sem tempo nem para respirar, mas o resultado acaba sendo ainda mais trágico. Ele ainda cai e morre, dessa vez "atrapalhando o sábado". Como se sua morte (assim como sua vida) na verdade não significasse nada no contexto geral.
No fim, tudo se funde a uma versão de Deus Lhe Pague, dando um tom ainda mais dramático à música.
Uma pequena ópera contestadora e corajosa.


Nº 2
Carinhoso - Pixinguinha/João de Barro


Difícil existir alguém que não conheça essa música, seja por ser uma das mais belas melodias já criadas (senão A mais bela) ou por... bem, por ter embalado os comerciais de Danoninho anos atrás.
A perfeição encarnada em música, em cada acorde, em cada frase.
Precisa de mais motivos?


Nº1
Brasil Pandeiro - Novos Baianos


Talvez seja a letra ao estilo "samba exaltação" de Assis Valente. Talvez seja a divisão entre os vocais de Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira, mostrando o charme exato de cada voz. Talvez seja o arranjo impressionante do Pepeu Gomes. Ou talvez seja a explosão de alegria do refrão, o clima de festa, onde é possível enxergar o Brasil inteiro pintado.
Não sei muito bem o que é, mas na minha opinião não existe música que melhor caracterize a música brasileira.
E se o Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada, como diz a letra, seria essa a música que eu lhe recomendaria.


Triste que, enquanto eu escrevo isso, passa Banda Cine na TV...
Cadê a gripe suína quando a gente precisa, hein??

domingo, 11 de outubro de 2009

Feliz dia das crianças!


[Só para constar, essa sou eu. Detalhe: olhem para a minha mão! ]


Hoje é dia das crianças.
Dia de ganhar doces de Cosme e Damião (que eu só descobri se tratarem de irmãos gêmeos depois de grande, sempre achei que fosse um nome composto Cosme Damião)! \o/

Numa busca por algum assunto interessante, acabei resolvendo falar de crianças... mas como fazer isso ter relação com o tema do blog?
Easy!
Crianças cantoras! Ta-dá!

Ok, na verdade eu resolvi falar de crianças cantoras por causa dessa garota aqui: Dionne Bromfield.
Ela é afilhada da Amy Winehouse e está sendo muito elogiada. De fato ela tem uma voz muito bonita, acho que vale a pena conhecer.
Achei legal ela cantar uma temática mais pré-adolescente, combina mais. Tem criança por aí cantando "My humps", por exemplo. Não faz sentido.

Mas aí eu penseeeeei "Hummm, por que falar só dela... vamos caçar mais coisas!"

Quando as pessoas mencionam crianças cantando a primeira que me vem na cabeça é: Jordy (aliás, esse clipe é a coisa mais adorável do mundo!)!

Temos também os clássicos brasileiros: Balão Mágico e Trem da Alegria.
Devo dizer que sempre fui muito mais fã do Trem (claro, Juninho Bill é o cara!).
Ah, claro! Sandy e Jr...! Meu deus, eu tinha todos os cds... cantava "Abre a porta Mariquinha" como se não houvesse amanhã. E eu só descobri a pérola que é esse clipe!

Temos também aquelas crianças que não são famosas, mas nem por isso menos talentosas...
Como Connie Talbot e Shaheen Jafargholi. Ambos participaram do Britains Got Talent (esse programa sempre me faz chorar, fikdik) e suas apresentações são adoráveis.

Tem também os que não precisam de tanto talento assim porque são absolutamente FOFOS!
Tipo o menino de 5 anos que toca Folsom Prison, tente não achar fofo um menino de 5 anos dizendo "When I was just a baby...".
E o japonês (tô chutando, flw) que canta Hey Jude ? Fofíssimo! O violão é maior que ele.
E a garotinha chinesa (não tô chutando, flw) canta com tanto sentimento... é "oun" demais.

Ok, mas em atitude é esse aqui: http://www.youtube.com/watch?v=G7YXn-lfHXc
Ele é estranho, ele não faz sentido, ele só está dublando... mas eu não consigo parar de assistir esse vídeo!!!

Então é isso.
Feliz dia das crianças.
Se vocês tiverem filhos lembrem-se de ensiná-los a gostar de coisas boas, hein?!


BÔNUS:

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Horchata


[First of all, desculpem a ausência Brancatellistica hoje. Eu sei que ele é a estrela do blog e vocês só ficam no aguardo de quinta-feira para apreciarem as palavras incrivelmente inspiradoras dele, mããããããs o garotchinho está doente e não pode escrever. Ou seja, vocês zefoderam e vão ter que aguentar mais um post meu. MWAUHAHAHAHAHA!]

Difícil tirar um assunto da cartola assim, nos 45 do segundo tempo.
Sorte a minha que essa semana teve um assunto "comentável":
O Vampire Weekend divulgou uma música do seu próximo cd!!! \o/
Se você conhece a gente um pouquitinho, sabe que eu e o Brancatelli somos apaixonados por essa banda... e bom, você sabem o quanto eu tenho medo dos segundos cds das bandas que eu gosto.
As chances de dar certo ou errado são equivalentes, é complicado. Ainda mais bandas como o Vampire que não usam uma receita batida de música, era diferentona... mas como manter o ritmo sem acabar soando exatamente igual ao primeiro cd?

Devo dizer que não são muitas as bandas que tem essa capacidade, mas se o resto do álbum tiver o mesmo nível que "Horchata" (que se você não captou é o nome da nova música), me dou por satisfeita com o segundo cd.

Engraçado é que geralmente eu tenho que ouvir uma música umas 4 vezes antes de decidir se gosto ou não e com essa, bastou escutar UMA vez e eu já adorei!

Legal foi que você entrava no site e tinha uma contagem regressiva que ninguém sabe para o que era e ao fim da contagem, você ouvia a música! =D
Ok, não foi nada SENSACIONAAAAAAL... mas é uma forma de chamar atenção válida.

O cd sai sóóóóó em janeiro de 2010, mas você já pode ouvir e BAIXAR (sim, amiguinhos) "Horchata" direto do site dos vampirinhos.

Depois me diz o que você achou! ;)

domingo, 4 de outubro de 2009

Jack FUCKING White


Jack White, na minha humilde opinião, é uma das figuras mais geniais da música hoje em dia.

Ele, que na vida real não é Jack e nem White, John Anthony Gillis consegue reuninr em uma só pessoa múltiplas personalidades musicais.
Ele vai desde o rock alternativo beirando o non sense do White Stripes até trilha sonora de James Bond!
Isso sem mencionar The Raconteurs, seu projeto com Brendan Benson, que faz um rock alternativo com mais cara de pop e seu duo com a vocalista do The Kills, Alison Mosshart, chamado Dead Wheather que traz guitarras com mais cara de White Stripes aliadas a voz de Alison.

A discografia completa de Jack é extensa: são 6 álbuns com o White Stripes, 2 com o The Raconteurs, 1 com o The Dead Wheather e 1 solo chamado "Fly Farm Blues".

Também não podemos deixar de lado a participação de Jack em álbuns de outros músicos como Beck e The Rolling Stones.

Além da música para a trilha de James Bond feita com Alicia Keys, Jack também fez parte da trilha de Cold Mountain que foi toda criada por Elvis Costelli e Sting. Aliás, Cold Mountain é um filme com a Renée Zellweger, com quem Jack já namorou.

Jack não é daqueles artistas que se limitam a fazer música, tocam e ponto (não que seja uma limitação fazer isso, só digo que acho legal existirem músicos que "pensam fora da caixa")... Todas as suas bandas tem uma cara diferente. O White Stripes só usa branco ou vermelho e o Raconteurs tem todo um visual antigo, por exemplo. Os clipes de suas bandas também são sempre bem produzidos.

E você acha que acabou?
Tsc!Tsc!

Jack também produziu diversos artistas, teve até aquele 'probleminha' com o vocalista de uma das bandas, o The Von Bondies... Ele e Jack se desentenderam (depois de Jack ter produzido a banda), o real motivo nunca foi completamente confirmado... mas vamos só dizer que Jack White além de tudo, é bom de briga (clica!).
[O Two Cold Fingers não incentiva a violência. Mas se o cara xingou a mãe do Jack, a gente perdoa.]

E ah, claro!
Jack White também atua. Ao todo são 8 filmes nos quais ele teve participação.

Você pode não ter sido convencido até agora, talvez você odeie todas as bandas do Jack White ou simplesmente ache que ele nem é tudo isso... Mas...

Em 2005 o White Stripes esteve no Brasil. Mais especificamente em Manaus. Sim, eu sei... mas são os White Stripes, NÃO espere nada muito racional.
Jack White aproveitou a ocasião para se casar com sua atual esposa, a top model Karen Elson.
"Ah, que belo... em que capela se casaram?"
Ei, vc leeeeeeeeeeu meu texto?

Você realmente acha que o Jack White se casou numa capela?
A cerimônia ocorreu num barco, na divisa das águas do Rio Negro e Solimões, e contou com a benção de um pajé.

Ok, se você eu não consegui fazer você gostar do Jack White AGORA, não sei o que mais faria.