tag:blogger.com,1999:blog-75700719113625569652024-02-06T21:49:41.909-08:00Two Cold FingersBrancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.comBlogger321125tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-87071706920083886162012-06-20T05:19:00.004-07:002012-06-20T05:19:43.458-07:00Quack!<i>Por Renatinha.</i>
O pato roxo vai embora.
Agradeço a todos que nesse tempo todo perderam alguns minutos da sua vida lendo meus textos.
Significou muito para mim, juro.
Quack!Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-84393597214701252432012-06-14T05:16:00.003-07:002012-06-14T05:20:10.861-07:00A ausência da internet<i>Por Renatinha</i><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Oi. Meu nome é Renata e eu cheguei as 7h30 no trabalho.</div>
<div class="MsoNormal">
Não tinha internet.</div>
<div class="MsoNormal">
Meu 3G não pegava.</div>
<br>
<div class="MsoNormal">
Eu abri o Word e estou escrevendo esse texto inútil para
passar o tempo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Agora eu gosto de futebol, mas ainda não gosto de azeitonas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Está frio, mas não quero colocar o suéter porque gosto da
minha camiseta (é do Nightmare Before Christmas).</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Tomei café com leite, mas queria tomar todinho.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Descobri que tenho o ombro torto e isso está desviando minha
coluna, mas a natação vai me ajudar a consertar isso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Minhas unhas estão verdes, mas eu queria na verdade ser
ridícula e ter pintado elas com as cores da Alemanha.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
O jogo foi bom, mas só consegui ver o primeiro tempo da
reprise.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Eu sorrio vendo vídeos do Bastian Schweinsteiger, mas não
entendo uma palavra do que é dito.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Estou ouvindo The Format (que é a ex banda dos caras da
Fun), mas não sei se gostei muito.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Olho para esse documento há 5 minutos, mas não sei mais o
que escrever.</div>
<br>
<div class="MsoNormal">
Vou contar uma história.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
Era uma vez um pato roxo.</div>
<div class="MsoNormal">
Esse pato roxo era um detetive de crimes patolísticos.</div>
<div class="MsoNormal">
O que são crimes patolísticos? Se você não sabe, não sou eu
que vou te contar.</div>
<div class="MsoNormal">
Ele era um ótimo detetive, não há crime que ele não descubra
tudo.</div>
<div class="MsoNormal">
O único problema é que ele nunca conseguia passar
despercebido. Ele é roxo, oras bolas!</div>
<div class="MsoNormal">
Para ser honesta não aconteciam muitos crimes patolísticos.</div>
<div class="MsoNormal">
Na verdade só ouve um, mas no fim ele descobriu que seu
cliente nem pato era.</div>
<div class="MsoNormal">
Era um ganso.</div>
<div class="MsoNormal">
Ganso malandro.</div>
<div class="MsoNormal">
Então eles ficaram melhores amigos e foram patinar juntos.</div>
<div class="MsoNormal">
O pato roxo e o ganso malandro.</div>
<div class="MsoNormal">
Fim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br>
<br>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tá, essa The Formar é média. Preciso ouvir mais vezes até
dar meu veredito.</div>
<div class="MsoNormal">
Tchau!</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-45262279577748180052012-05-18T07:00:00.000-07:002012-05-18T07:00:03.950-07:00A Bolha<br />
<div class="MsoNormal">
Por Brancatelli</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu queria enfiar todo mundo que eu amo numa bolha.</div>
<div class="MsoNormal">
Pra que nunca pudessem ser atingidos por nenhum mal.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Queria enfiar numa bolha todas as pessoas que eu amo, e as
pessoas que as pessoas que eu amo amam.</div>
<div class="MsoNormal">
Queria afastar delas qualquer pensamento ruim, qualquer
sensação ruim, qualquer sentimento ruim, qualquer situação ruim.</div>
<div class="MsoNormal">
Queria poder usar o meu corpo como barreira entre o mundo e
minha bolha, e canalizar tudo de ruim, e lidar com isso sozinho, do meu jeito.</div>
<div class="MsoNormal">
Queria poder ser um escudo, e atrair pra mim qualquer mal
que pudesse atingir minha bolha. </div>
<div class="MsoNormal">
E que todas as lágrimas fossem só minhas.</div>
<div class="MsoNormal">
E que todo o peso fosse só meu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E minha bolha flutuaria, solta. </div>
<div class="MsoNormal">
Livre de qualquer mal.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu queria enfiar todo mundo que eu amo numa bolha.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E proteger essa bolha com a minha própria vida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E fazer da sua tristeza a minha tristeza.</div>
<div class="MsoNormal">
E fazer da sua dor a minha dor.</div>
<div class="MsoNormal">
E fazer das suas lágrimas as minhas lágrimas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Minhas. E só minhas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
.</div>Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-37966722822739444992012-05-17T05:02:00.001-07:002012-05-17T05:02:41.012-07:00Pensamentos aleatórios e perdidos sobre um álbum do ano passado e para os quais ninguém mais deve dar a mínima<br />
<div class="MsoNormal">
por Brancatelli</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Véi.</div>
<div class="MsoNormal">
Na boa.</div>
<div class="MsoNormal">
Tipo assim, papo sério.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu descobri meu problema com o Angles, o último álbum
lançado pelos Strokes.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sei que ninguém me perguntou nada, mas eu venho tentando
organizar meus pensamentos sobre esse CD desde o lançamento, em março do ano
passado.</div>
<div class="MsoNormal">
Acho que finalmente consegui.</div>
<div class="MsoNormal">
Tipo assim.. acho.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Seguinte!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma banda tem todo o direito de dar uma pausa.</div>
<div class="MsoNormal">
Os integrantes têm o direito de enjoar da cara uns dos
outros.</div>
<div class="MsoNormal">
Entendo que fazer a mesma coisa, com as mesmas pessoas, ano
pós ano, show pós show, disco pós disco, deve cansar pra caceta.</div>
<div class="MsoNormal">
A pausa é necessária até para a própria sobrevivência da
banda.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Entendo, respeito, acho até bonito.</div>
<div class="MsoNormal">
Meu problema, rapá, é mais embaixo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É assim, não sou contra experimentações. Acho que elas devem
acontecer, e se uma banda de rock quiser fazer um disco de pagode, eu vou
apoiar 100%. Porra, Radiohead, Arctic Monkeys e Los Hermanos estão entre as
minhas bandas favoritas. Se o Weezer quiser fazer um disco de bolero, se o
Belle & Sebastian quiser fazer um CD de metal farofa, se o My Chemical
Romance quiser fazer um álbum só com covers do Justin Bieber e se o Móveis
Coloniais de Acaju resolver se aventurar no funk carioca proibidão, eu vou
ouvir com toda boa vontade que tenho (é pouca, mas é o que tem). </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O problema é uma banda parar por 5 anos e, de repente,
resolver lançar um conjunto de músicas que apenas em alguns poucos momentos
lembra o que a banda fazia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tivesse o Angles sido lançado dois ou três anos após o First
Impressions of Earth (cujo único pecado é ser longo demais), eu teria recebido
muito melhor do que recebi, e acredito que tivesse sido assim com boa parte do
público que se decepcionou com o álbum na época.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que me fode é que, 5 anos depois, quando um retorno da
banda ainda era uma incógnita e todo mundo já tinha aceitado a idéia de que teríamos
apenas os projetos individuais dos integrantes, o Strokes aparece com um álbum
que não se parece em nada com o que os fãs esperavam.</div>
<div class="MsoNormal">
Se você passa 5 anos sem dar noticias, véi, o mínimo que você
deve fazer é dar aos fãs o que os fãs querem. É praticamente um compromisso. Se
depois você quiser inventar, fazer algo diferente, ir por outros caminhos,
substituir todos os instrumentos pelo coral do asilo da sua cidade ou fazer um
CD inteiro só com barulhos de baleias (estilo Björk), ótimo. Mas o álbum de
retorno deve ser um álbum pros fãs.</div>
<div class="MsoNormal">
Eu, por exemplo, passei tanto tempo sem postar por aqui e to voltando com o que se espera de mim: reclamações desnecessárias e sem sentido sobre coisas as quais ninguém mais se importa.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Repetindo o pensamento principal:</div>
<div class="MsoNormal">
O álbum de retorno deve ser um álbum para os fãs!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cara, eu entendo que Angles seja o primeiro trabalho do
Strokes como banda, sem a unidade dada exclusivamente pelas composições do
Julian Casablancas, e nem é esse o problema. Se tivesse continuado assim, nas mãos
do Julian, esse álbum certamente teria uma cara mais voltada para o eletrônico,
como no CD solo dele, e seria a mesma situação. E tanto é que Under Cover of
Darkness, única faixa que lembra de maneira legitima o Strokes das antigas (e que
serve quase que de consolo da banda pros fãs) é atribuída ao grupo todo.</div>
<div class="MsoNormal">
Então, se eles criaram Under Cover, porra, custava nada
deixar as experimentações pra um disco seguinte né não?!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Lançar um álbum diferente não é errado. O único erro de uma
banda é lançar um álbum ruim.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas deixar seus fãs esperando sem noticias por tanto tempo,
criar toda a ansiedade de um novo lançamento e lançar um material diferente
daquilo que os fãs querem ouvir.. pra falar a verdade, acho que tem até um
pouco de egoísmo nisso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É isso, amiguinhos.</div>
<div class="MsoNormal">
Sei la se vocês entenderam o que eu quis dizer, e olha, to
me lixando pra isso.</div>
<div class="MsoNormal">
Não levem pro pessoal, mas to feliz por ter entendido o
motivo da minha birra com esse álbum. Minha opinião continua parecida com a que
eu escrevi na época do lançamento (se interessar, <a href="http://twocoldfingers.blogspot.com.br/2011/03/angles.html" target="_blank">clicaquí</a>!), mas agora eu sei
o porque dela.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E sabendo o porque, o Angles acaba ficando bem melhor do que
eu me lembrava.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
.</div>Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-86774856448828773782012-05-15T06:26:00.000-07:002012-05-15T10:34:41.959-07:00The ' i'm not so sure if it's ' amazing SpidermanPor Renatinha<br />
<br />
Acho interessante que, mesmo sendo um dos meus heróis favoritos nos quadrinhos, o Homem-Aranha dos filmes não costuma me ganhar muito.<br />
<br />
Demorei muito para me acostumar com o Tobey e agora estou tendo o mesmo problema com o Andrew. Nada contra ele, veja bem, eu o adoro e ele já me provou em "Não Me Abandone Jamais" que é um ótimo ator. Aliás, vejo nele muito do Aranha que eu via no Tobey.<br />
<br />
Meu problema com esse filme está sendo basicamente o plot. Não sei se essa busca pelo passado dos pais me anima muito... <br />
<br />
Eu vou assistir? Vou.<br />
Eu vou gostar? Não sei.<br />
Ficarei ainda mais apaixonada pelo Andrew Garfield depois de vê-lo usando roupa de Homem-Aranha? É claro!<br />
Vocês se importam? Acho que não.<br />
<br />
(Detalhe que isso era para ser um post no Facebook, mas acabei escrevendo tanto que resolvi postar aqui mesmo!)<br />
<br />
Veja o preview de 4 minutos do filme e tire suas próprias conclusões:<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/8OVh7qYcYb4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-76540139375213034822012-04-03T06:48:00.002-07:002012-04-05T13:31:09.729-07:00.Por Renatinha<br />
<br />
Eu queria fazer diferença.<br />
Tirar o folêgo de alguém.<br />
Deixar o mundo mais bonito.<br />
Aquecer o coração de alguém.<br />
<br />
Existir não me basta.<br />
Sobreviver não me satisfaz.<br />
Quero pintar o mundo com as minhas cores favoritas.<br />
<br />
<br />
Quero demais, faço de menos.<br />
<br />
.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-61761917648240399132012-03-01T22:09:00.001-08:002012-03-01T22:18:15.069-08:00Morte e renascimento de mim mesmoPor Brancatelli<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vou confessar uma coisa aqui.</div>
<div class="MsoNormal">
De uns tempos pra ca, minha cabeça não tem estado muito boa.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É engraçado, a gente sempre da a própria racionalidade como
algo seguro, constante, mas não vemos que a racionalidade é um algo
extremamente maleável.</div>
<div class="MsoNormal">
Achamos que nossa consciência de hoje será a mesma amanhã,
quando não poderíamos estar mais longe da realidade.</div>
<div class="MsoNormal">
Nos iludimos que nossa personalidade de hoje é a mesma de
ontem, e será igual até o dia da nossa morte.</div>
<div class="MsoNormal">
E estamos apenas nos enganando.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não estou falando de como mudamos gradativamente ao longo da
vida.</div>
<div class="MsoNormal">
Estou falando de mudanças bruscas, de uma hora pra outra.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como acontece conosco todo dia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E quando você começa a se acostumar com o seu “eu”, essa
mudança vem como um soco no estômago, e você se vê obrigado a deixar pra trás
aquilo que você era.</div>
<div class="MsoNormal">
E bate aquele medo, quando você tenta de qualquer maneira se
agarrar ao seu “eu” antigo.</div>
<div class="MsoNormal">
O medo de perceber que ele já está morto, enterrado, queira
você ou não.</div>
<div class="MsoNormal">
E ele está, e você não pode fugir disso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E você se percebe uma pessoa diferente. </div>
<div class="MsoNormal">
Igual, só que diferente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A confusão de você não pensar mais igual a como pensava
ontem, de perceber que as coisas te afetam de uma maneira diferente de como te
afetava, de não concordar com sua própria racionalidade.</div>
<div class="MsoNormal">
Não deve existir desespero maior que perceber seu cérebro
mudando sem poder fazer nada.</div>
<div class="MsoNormal">
De se perceber deixando de ser o que era.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É assim que eu me sinto.</div>
<div class="MsoNormal">
Pior que me sentir alguém diferente, essa mudança me reaproximou
de alguém que eu não gosto nenhum pouco.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Me senti próximo de um “eu” passado que eu preferia
esquecer.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nós sempre achamos que mudamos para melhor.</div>
<div class="MsoNormal">
Que evoluímos a medida que aprendemos com a vida, que
adquirimos experiências diferentes, que levantamos de cada queda. </div>
<div class="MsoNormal">
Cada lição, cada erro, cada tropeço, cada acerto.</div>
<div class="MsoNormal">
Gostamos de acreditar nisso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Então o que fazer quando percebemos que mudamos para pior?</div>
<div class="MsoNormal">
Quando acordamos com uma mentalidade diferente, uma
sensibilidade diferente.. e não gostamos nada dela?</div>
<div class="MsoNormal">
Podemos tentar mudar, voltar ao que era, exumar o que já foi
enterrado com a esperança de trazê-lo de volta à vida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ou você pode tentar entender aquilo que você se tornou.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Foi isso o que eu passei a semana tentando fazer.</div>
<div class="MsoNormal">
Completamente sozinho, isolado.</div>
<div class="MsoNormal">
Eu comigo mesmo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que eu tirei disso?</div>
<div class="MsoNormal">
Acho que ainda não sei ao certo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas eu percebi principalmente o que é importante na minha
vida.</div>
<div class="MsoNormal">
Porque é na solidão que você percebe a falta que faz um
abraço, uma conversa.</div>
<div class="MsoNormal">
A falta que faz outros olhos, outras vozes, outras vidas em
torno da sua, te rodeando, te complementando.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Te completando.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essa semana serviu pra me mostrar aqueles que são realmente
importantes na minha vida.</div>
<div class="MsoNormal">
E talvez melhor ainda.. serviu pra me mostrar que não são
poucos.</div>
<div class="MsoNormal">
Eu percebi que não importa o que esteja dentro da minha
cabeça, se eu for consciente o bastante para manter comigo cada uma dessas
pessoas, então eu estarei bem.</div>
<div class="MsoNormal">
Se eu conseguir “<i>racionalizar o emocional</i>”, eu não preciso
me afastar de mais ninguém, ou fazer com que se afastem de mim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A solidão continua sendo importante, claro.. mas como disse
um grande amigo meu, é melhor estar em boa companhia do que estar apenas com
seu pessimismo.</div>
<div class="MsoNormal">
E todas as risadas, abraços e beijos vão compensar essa
constante luta comigo mesmo.</div>
<div class="MsoNormal">
Disso eu tenho certeza.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sei que não vai ser fácil.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas vai valer a pena.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Afinal, de que adianta ser você mesmo sem a companhia dos outros?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
.</div>Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-18632274642508321212012-02-26T19:01:00.004-08:002012-02-26T19:53:37.521-08:00Howler<span><span style="font-size:100%;">Por Renatinha<br /><br /><br /><br />Olha, eu não sei como você passou o seu domingo... Só sei que eu tive um dos melhores domingos da minha vida.</span></span><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">Sabe aquele frio na barriga quando você conhece alguém especial, aquele arrepio de quando uma pessoa interessante entra na sua vida, aquela animação de estar ali? Pois é. Isso é o que eu sinto quando conheço uma banda nova que ganha meu coração.</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">E a banda da vez é o Howler.</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">Eu nem sabia quem eles eram até a Playbook anunciar a possível vinda deles ao Brasil. Bastou apenas um clipe para eu desembolsar 100 reais para comprar uma conta na vinda deles. Mas mesmo nesse momento, não tinha sido aqueeeele amor todo sabe? Eu achava boa e pronto.</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">"Os novos Strokes" é como a banda tem sido anunciada em 99% dos lugares. Eu, pessoalmente, acho muito BABACA chamar uma banda assim por 2 motivos:</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">1) The Strokes é uma banda única;</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">2) O Howler é uma banda única, que merece ser mais do que apenas uma nova versão de uma banda que já existe.</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">Bom, quem lê o blog sabe que banda com carisma no palco ganha meu coração em 2 tempos. E bom, o Howler talvez saiba disso também, porque foram uns fofos.</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">O vocalista (e futuro pai dos meus filhos) entrou no palco com uma postura toda cool, de óculos escuros, mas em 5 minutos era todos sorrisos, simpatia, piadinhas e fofura. Logo os outros membros da banda o acompanharam na postura e todos me ganharam ali, naquele palquinho do Beco cheio de fumaça, que o Jordan ~tô intima~ chamou de "mágica" (sim, em português mesmo), virando uma garrafa de Jack Daniels e quebrando suas guitarras (literalmente) que o Howler entrou para o meu hall da fama de bandas.</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; ">Bom, se você tá com vontade de uma banda nova na sua vida... Vem na minha ;)</div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /></div><div><span><iframe src="http://www.youtube.com/embed/lKkcBb4EFQs?fs=1" allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" width="480"></iframe></span></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><br /><div><br /></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-23772091670430032562012-02-10T12:15:00.000-08:002012-02-13T02:46:26.274-08:00LA GENTE ESTA MUY LOCAPor Renatinha<br />
<span style="font-style: italic;"><br /></span><br />
<span style="font-style: italic;">"Por 10 votos a 1, o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quinta-feira (9) que, a partir de agora, o Ministério Público pode denunciar o agressor nos casos de violência doméstica contra a mulher, mesmo que a mulher não apresente queixa contra quem a agrediu."</span><br />
É o que diz a notícia do G1: http://virou.gr/yMcLJj<br />
<br />
Estava eu burlando minha dieta e comprando um pacote de Trakinas para servir de almoço quando a moça na minha frente diz para a caixa:<br />
"Mas sério, tem mulher que pede para apanhar né?"<br />
<br />
Disse assim como se fosse normal ter aquela opinião e a caixa ainda concordou, não sei se puramente pelo conceito de "o cliente tem sempre razão" ou por ser outra pessoa retardada.<br />
<br />
Queria ser um pouco menos a mosca morta que sou, virar para ela e dizer "Por favor, exemplifique as situações nas quais você acha que a mulher está pedindo para apanhar.". Mas não, apenas fiz minha cara de 'WTF????'.<br />
<br />
Depois dessa pérola ela começou a dissertar sobre como não existe a lei João da Penha. Nesse ponto eu já estava puta porque queria comer minha Trakinas logo e porque OI AGRESSÃO É CRIME SEJA CONTRA HOMEM, MULHER, CACHORRO OU ÁRVORE!<br />
<br />
A cada opinião que leio, escuto, <s>psicografo</s> ou entro em contato, só há uma coisa que eu penso: <span style="font-size: 130%;"><span style="font-weight: bold;">LA GENTE ESTA MUY LOCA!</span></span><span style="font-style: italic;"><br /></span><br />
<span style="font-size: 130%;"><span style="font-weight: bold;"><br /></span></span><br />
<span style="font-size: 130%;">.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-66474892886087360272012-02-02T08:44:00.000-08:002012-02-02T13:30:12.075-08:00Minha mãePor Renatinha<br />
<br />
Tão pequena veio do Ceará com a família para essa que se tornou sua casa, sua alma.<br />
Tão pequena viveu desabores familiares e teve até data de morte estipulada por médicos.<br />
Tão jovem sofreu com corações partidos.<br />
Tão jovem já suava a camisa.<br />
Tão jovem se viu com 3 filhos no colo e nenhum ombro para se apoiar.<br />
Tão sozinha se viu por anos.<br />
Tão forte, superou tudo o que foi possível e continua a superar.<br />
Tanto orgulho que eu sinto da minha mãe.<br />
Tanta vontade de ser metade da mulher que ela é.<br />
Tanta alegria e sensação de dever cumprido quando sei que ja coloquei um sorriso no rosto dela.<br />
<br />
De todas as pessaos do mundo, não existe outra que me dê mais orgulho de ser parte da minha vida.<br />
Aliás, não apenas parte da minha vida.<br />
Minha vida inteira.<br />
<br />
Te amo, mãe.<br />
Feliz aniversário!<br />
<br />
.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-82007736492599155932012-01-31T23:03:00.000-08:002012-02-01T00:10:01.710-08:00Ensaio sobre a ignorância<br />
<div class="MsoNormal">
Por Brancatelli</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um cara e uma garota se deitam na mesma cama, num reality
show transmitido 24h. Ela dorme, ele faz alguns movimentos estranhos.</div>
<div class="MsoNormal">
No dia seguinte, as redes sociais estão abarrotadas de
pessoas pedindo a expulsão imediata do rapaz, o acusando de estupro e exigindo sua
cabeça numa bandeja.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma mulher é filmada chutando seu próprio cachorro.</div>
<div class="MsoNormal">
O vídeo se espalha pelo You Tube. Pessoas compartilham as
imagens passando o nome, endereço e todos os dados imagináveis da mulher.
Ameaças de morte pipocam a cada compartilhamento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O músico de uma banda de pop rock adolescente é perigosamente
atingido por uma pedra durante um show da sua própria banda.</div>
<div class="MsoNormal">
O vídeo vai parar na Internet. Os comentários vão desde
piadas ofensivas até desejos de que da próxima vez, a pedrada seja mais dolorosa.
Outros pedem para que as pessoas inclusive copiem o ato em outros músicos
populares.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um restaurante é acusado de expulsar um casal de
homossexuais por estar se beijando em um “ambiente familiar”.</div>
<div class="MsoNormal">
Diversas pessoas pela Internet combinam um boicote contra o
restaurante. Alguns comentários mais exaltados fazem menção a um ataque à bomba
contra o estabelecimento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um jogador de futebol supostamente homossexual é anunciado
como interesse de um grande time.</div>
<div class="MsoNormal">
Os torcedores se unem contra a contratação, ameaçando o
clube e o próprio jogador. Em alguns casos, até fisicamente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Manifestantes tentam agredir o prefeito de uma cidade e
furam os pneus do seu carro. Por conta disso, acontece um confronto com a PM. </div>
<div class="MsoNormal">
Uma foto mostrando os policiais prendendo os manifestantes é
postada. Todos acusam a PM de truculência e reafirmam a vergonha que é viver em
um pais como o Brasil, onde os policiais agridem as pessoas sem motivo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Durante seu show, uma cantora vê policiais abordarem um
grupo que fumava maconha. Ela grita palavras de ordem aos policiais, sem se
importar com o risco de incitar a violência em seu público, que a aplaude.
Grita xingamentos contra os policiais, que inicialmente apenas estão cumprindo
seu dever, e os desafia a prendê-la.</div>
<div class="MsoNormal">
No dia seguinte, o vídeo da cantora cai na rede. Ele não
mostra a ação da polícia, apenas a cantora. Ainda assim, o público fica do lado
dela, critica a ação policial e a clama como uma heroína.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na página de uma garota no Facebook, são postadas fotos de
uma aparente festa sexual, uma “suruba”.</div>
<div class="MsoNormal">
Mesmo com a própria garota afirmando que seu perfil pessoal
fora invadido, milhares de pessoas compartilharam o perfil e o álbum de fotos
em questão, chamando a garota de vagabunda, de sem-vergonha e de outros nomes
de baixo calão.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Todos os casos acima são reais, e ocorreram no intervalo de
pouco mais que um mês.</div>
<div class="MsoNormal">
Todos se resumem aos FATOS, não a opiniões pessoais ou
teorias e suposições.</div>
<div class="MsoNormal">
Todos se resumem exclusivamente à imparcialidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma imparcialidade cada vez mais rara.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vamos deixar uma coisa clara:</div>
<div class="MsoNormal">
Todo mundo tem o direito às suas próprias opiniões.</div>
<div class="MsoNormal">
Isso significa que você e eu temos o direito de criticar o
que quisermos, dentro dos devidos parâmetros sociais.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas para isso, existe algo essencial para a formação dessa
opinião própria..</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É necessário conhecer todos os fatos!</div>
<div class="MsoNormal">
Todos! Os! Fatos!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se eu quero expor meus argumentos, eu preciso conhecer todos
os lados de um acontecimento.</div>
<div class="MsoNormal">
Eu não posso afirmar que houve um crime como o estupro vendo
alguns “movimentos suspeitos” debaixo de um edredom. Posso, isso sim, exigir
uma investigação sobre o caso, mas não posso apontar o dedo e acusá-lo de algo
tão grave.</div>
<div class="MsoNormal">
Não posso também divulgar publicamente dados pessoais de uma
pessoa ou ameaçá-la de morte, independente do que ela tenha feito.</div>
<div class="MsoNormal">
Do mesmo jeito, não posso desejar a morte de um músico por não
gostar da música que ele faz. Não posso agredir alguém por termos gostos
diferentes.</div>
<div class="MsoNormal">
Eu não posso ameaçar um estabelecimento por conta de uma
acusação, especialmente acusações que não são comprovadas. Mal-entendidos,
acredite ou não, acontecem.</div>
<div class="MsoNormal">
Assim como não posso ameaçar ou agir contra um atleta por
conta da sua vida pessoal.</div>
<div class="MsoNormal">
Ou julgar toda uma corporação por conta de uma imagem ou
relatos na Internet.</div>
<div class="MsoNormal">
Nem julgar essa mesma corporação tomando como base o ponto
de vista de uma cantora. Seja você contra ou a favor das drogas, a maconha
ainda é uma droga ilícita.</div>
<div class="MsoNormal">
E se algo foi postado numa rede social, pode ter sido
postado por qualquer um. Não é porque o perfil é seu que ninguém mais pode
conseguir acesso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que fique bem claro que eu não estou defendendo ninguém.<br />
Não sei se ele estuprou, se a policia bateu, se a mulher matou, se o restaurante foi homofóbico ou se a garota publicou o que não devia.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas suas opiniões e gostos pessoais não podem interferir no
seu bom-senso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E eu não estou dizendo que todos os julgados são inocentes,
mas todos são sim inocentes até que se prove a culpa.</div>
<div class="MsoNormal">
E para se provar a culpa, deve haver provas. Fatos.</div>
<div class="MsoNormal">
Não “compartilhamentos” na Internet. Não é porque você leu
algo no Twitter, viu uma imagem no Facebook ou assistiu a um vídeo do You Tube
que aquilo é real, você deve ir atrás dos fatos antes de assumir um lado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Você deve ir atrás dos fatos antes de assumir um lado. </div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Me assusta essa justiça de Internet.</div>
<div class="MsoNormal">
As pessoas querem punir sem um julgamento.</div>
<div class="MsoNormal">
As redes sociais podem destruir uma vida, e ninguém parece
levar isso a sério.</div>
<div class="MsoNormal">
O que cai na rede consegue um alcance inimaginável, e todos
parecem levar isso na brincadeira. Não é brincadeira, estamos tratando da vida
real por aqui.</div>
<div class="MsoNormal">
É a vida real, como a minha e a sua.</div>
<div class="MsoNormal">
Real como você e eu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A ignorância só se espalha.</div>
<div class="MsoNormal">
Essa ignorância alimentada pela preguiça em ir atrás dos
fatos, pela falta de preocupação em se conhecer a verdade, por esse excesso de
confiança em tudo o que se escuta, vê ou lê.</div>
<div class="MsoNormal">
Todos parecem ter a necessidade de escolher um lado. </div>
<div class="MsoNormal">
De assumir uma posição.</div>
<div class="MsoNormal">
Custe o que custar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Polêmicas sempre vão acontecer.</div>
<div class="MsoNormal">
E quando acontecerem, elas estarão nas redes sociais, não há
como fugir.</div>
<div class="MsoNormal">
Nós temos ao alcance dos nossos dedos uma das maiores armas
sociais já criadas desde a invenção da imprensa.</div>
<div class="MsoNormal">
E sabendo usar essa arma, podemos mudar o mundo com um
clique no mouse, com um compartilhamento no Facebook, com um comentário no
Twitter, com um texto no blog.</div>
<div class="MsoNormal">
O conhecimento pode nos levar até onde nunca nem imaginamos
chegar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Agora nós só temos que escolher,</div>
<div class="MsoNormal">
Se queremos mudar o mundo para melhor.</div>
<div class="MsoNormal">
Ou para pior.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
.</div>Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-67676765604779483282012-01-17T07:35:00.000-08:002012-01-17T07:43:42.366-08:00RIPPor Brancatelli<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Algo morreu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sei porque eu sinto nos meus ossos, na minha pele.</div>
<div class="MsoNormal">
Eu sinto na minha cabeça, cansada.</div>
<div class="MsoNormal">
Sinto na minha alma.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sem causa e sem consequência.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem drama e sem barulho.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem nota no jornal.</div>
<div class="MsoNormal">
Sem lágrimas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Algo morreu.</div>
<div class="MsoNormal">
E ainda que eu tente, é impossível ignorar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Deitada em uma poça de sangue e tristeza, jaz minha infância.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Morreu em idade avançada, muito mais tempo do que qualquer
infância deveria sobreviver.</div>
<div class="MsoNormal">
Morreu esquecida, abandonada, empoeirada, castigada pelo desdém.</div>
<div class="MsoNormal">
Pode ter morrido faz tempo, mas eu só percebo agora.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas sei que, há pouco, ela ainda estava aqui.</div>
<div class="MsoNormal">
Agora não esta mais.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sei que esteve aqui, sim, pois ela me ensinou tudo o que eu
precisava saber.</div>
<div class="MsoNormal">
(não tudo o que eu SEI, mas tudo o que eu PRECISAVA saber)</div>
<div class="MsoNormal">
Sobre formigas, sobre cachorros, sobre pessoas.</div>
<div class="MsoNormal">
Sobre o mundo, sobre o universo.</div>
<div class="MsoNormal">
Sobre histórias.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sobre tudo aquilo que deveria ser esquecido, mas não foi.</div>
<div class="MsoNormal">
Que deveria dar lugar a outras coisas, mas não deu.</div>
<div class="MsoNormal">
Deveria morrer, mas não morreu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas ela morreu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta pelo tempo.</div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta pela idade.</div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta pela razão.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta pelo desleixo, pela distância, pelo querer e pelo
não-querer.</div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta pela vontade, pela necessidade, pela adversidade</div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta pelo desprendimento, morta pela pretensão.</div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta pelo acaso, e pelo descaso.</div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta pelo ser e pelo não ser.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta por todos vocês.</div>
<div class="MsoNormal">
Foi morta por mim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu matei minha infância.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não matei com uma pedrada.</div>
<div class="MsoNormal">
Matei pelo esquecimento.</div>
<div class="MsoNormal">
Esta sim a forma mais cruel.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas sei que, ainda que morta, ela não me abandona.</div>
<div class="MsoNormal">
Porque tudo o que ela me ensinou esta incrustado em mim.</div>
<div class="MsoNormal">
Marcado dolorosamente a ferro quente, como tatuagem, onde
ninguém pode roubar, ninguém pode alcançar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ninguém além de mim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E é para la que eu vou.</div>
<div class="MsoNormal">
Sempre que eu pensar em formigas, em cachorros, em pessoas.</div>
<div class="MsoNormal">
Sempre que eu pensar no mundo, no universo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sempre que eu pensar em histórias.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É pra la que eu vou..<br />
<br />
.</div>Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-73694568859951174572011-12-31T03:42:00.000-08:002012-01-02T07:49:35.041-08:002011Por Renatinha<br />
<br />
Da última vez que eu tentei sentar aqui para escrever um texto levemente otimista sobre 2011, entrei em depressão, já que não achei mais do que duas linhas felizes para escrever sobre ele.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Agora estou aqui, em uma internet mais lenta que minha vida amorosa e com um teclado mais duro que minha vida financeira, escrevendo sobre essa MERDA desse ano.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Ok, tiveram bons momentos, é inegável.</div>
<div>
Em 2011, eu conheci o grande amor da minha vida: a Irlanda.</div>
<div>
Ela veio, como quem não quer nada, apenas como uma passagem obrigatória nos meus planos de conhecer o Reino Unido inteiro. Quietinha, veio chegando e BANG! Sambou na cara da Inglaterra, ganhando meu coração e me fazendo sentir tanta saudade que dá até uma amargura.</div>
<div>
Minha vida profissional, que passou o ano me amargurando, no fim deu uma guinada e voltou a me dar vontade de viver. Tudo graças à chefe (e amiga também, flw) mais linda do universo, Joice G.</div>
<div>
E uma notícia lá em Goiânia que vinha deixando meu coração apertado também teve um desfecho feliz.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas 2011 me arrancou lágrimas, me arrancou vontade de viver, me arrancou gosto pelas coisas.. e, principalmente, me arrancou pessoas amadas. Não daquele jeito que você pensa "foi tarde" ou mesmo dá uma stalkada para ver o que ela anda fazendo. 2011 levou embora para sempre dois pedaços de mim, um sangue do meu sangue e outro pedaço da minha alma, que cuidou de mim quando aquele que, por laços genéticos, deveria ter feito, mas escolheu outra vida.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas esse texto não é um balanço do ano.</div>
<div>
É um agradecimento a todos que estiveram ao meu lado em 2011.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Todos que me apoiaram, que xingaram o universo comigo, que me deram bronca quando mereci, que encheram a cara comigo, que dançaram (seja com dois pés ou um só), os que fizeram gordice e os que fizeram dieta comigo, os que passaram horas no tumblr fazendo piadas ou ficaram falando besteira no facebook, os que trabalharam comigo, os que me fizeram rir e os que me fizeram chorar, os que stalkearam comigo e os que stalkeei, os que me fizeram feliz apenas existindo e os que me agradeceram por existir.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
2011, you're tacky and I hate you.</div>
<div>
Pessoas da minha vida, obrigada.<br />
<br />
E que venha 2012.<br />
<br />
.</div>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-59222981761577437172011-10-21T10:29:00.001-07:002011-10-21T10:40:55.263-07:00Me dá licença de gostar do que eu quiser?Sério.<br />Você acha que querer julgar alguém pelo gosto musical é muito diferente de julgar pela cor da pele ou orientação sexual?<br />Você acha que é superior porque a banda que você escuta faz riffs de guitarras elaborados? Você acha que todo mundo que não gosta do que você gosta é idiota?<br />Não preciso nem dizer quem é o idiota aí né?<br />Eu estou cansada de gente dizendo que a geração atual é patética porque gosta de Justin Bieber. Por que? Eu não gosto dele, mas NADA me dá o direito de classificar como patético alguém que gosta dele. Eu não tenho uma coroa de dona da verdade e nem você!<br /><br />Não gostar de uma banda é uma questão pessoal. As bandas que você ama hoje já foram classificadas como ridículas por alguém. É, pois é. Um idiota como VOCÊ também já se achou no direito de classificar as bandas e as pessoas de acordo com o gosto pessoal dele.<br /><br />Isso não vale só para música, vale para QUALQUER coisa.<br /><br />As pessoas deviam passar menos tempo odiando as coisas e se dedicando ao que amam.<br />Ou pelo menos deviam passar mais tempo lavando louça.<br /><br />Aí sim o mundo seria um lugar menos babaca de se viver.Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-81440534168948837852011-10-07T11:11:00.000-07:002011-10-07T12:08:34.472-07:00Sobre não ter nada a dizerPor Brancatelli<br /><br /><br />Ok, eu confesso..<br />Eu não consigo pensar em nenhum tema pra este texto.<br /><br />Não tenho nenhuma introdução bacana que desperte minimamente a sua curiosidade.<br />Absolutamente nada que possa fazer com que você se interesse o bastante para adiar qualquer outro afazer, ou que te convença de que passar alguns minutos lendo estas palavras é melhor que passar esses mesmos minutos lendo alguma outra coisa. Algo que te faça se perguntar "hmm onde será que ele quer chegar com tudo isso?". E afinal, onde será?<br />Eu devia escrever alguma coisa inteligente por aqui, mas não consigo.<br />Queria conseguir atrair sua atenção, mas não sei como.<br /><br /><br />Também não sei exatamente sobre o que escrever.<br />Nenhum assunto bom o bastante pra encher essas linhas, nenhuma pauta que consiga render um post interessante, nada que realmente valha a pena.<br />Rock in Rio? Steve Jobs? Fotos de alguma celebridade pelada? Um filme bom que eu vi no cinema? Ou um filme ruim? Hm, não, nada que me empolgue.<br />Não existe nada neste exato momento que eu queira falar sobre.<br /><br /><br />Aqui eu deveria desenvolver o assunto, mostrar o porque de estar escrevendo sobre ele. Mas é impossível.<br />Como desenvolver a falta de assunto? Como mostrar a você que eu realmente não tenho nada a dizer, nada digno de nota, nada que va mudar a sua vida. Ou a minha própria vida. Nada criativo, nada sequer promissor. Porque é exatamente isso que eu tenho em mãos. Nada.<br />E pior, este deveria ser o momento mais longo do texto. Aquele em que eu deveria enrolar um pouco, fixar bem tudo o que eu disse, antes de partir para as linhas finais deste post. Mas de novo, se ja é difícil desenvolver a falta de assunto, como esticar ainda mais este assunto (ou a falta dele)??<br /><br />Talvez criando parágrafos inúteis.<br /><br />Que só sirvam para encher mais este espaço.<br /><br />Mas que pareçam importantes, afinal, são parágrafos, independentes do resto do texto. Eles devem significar alguma coisa, o segredo para entender este texto.<br /><br />Uhhhh, que importantes hã.<br /><br />O quem sabe eu precise apelar para frases poéticas, com o intuito de preencher o espaço vazio, espaço este que jamais, jamais será preenchido. Espaço que, sob pena de estar sendo piegas demais, ja preenche o vazio do meu próprio ser, ainda que defasado pela ausência de.. de que?<br />De que?<br />Que?<br />?<br /><br /><br />Neste ponto, eu deveria criar a ponte para o final. Concluir todas as idéias acima, abrindo caminho para a conclusão de tudo o que foi dito. <br />E de repente até incluindo um pequeno "twist".<br />Porque talvez o problema maior não seja a falta de assunto, e sim a completa falta de estímulo.<br />Estímulo para escrever, estímulo para pensar, estímulo para viver.<br />Talvez o problema não seja a falta de assunto, mas sim a falta de coragem de olhar um espaço em branco. O medo de se perceber completamente sem idéias. O medo de, de repente, perceber que ninguém está lendo essas palavras. <br />O medo de falhar.<br /><br /><br />O final pode vir rápido, mas hoje deve demorar um pouco mais.<br />Criar as frases de efeito perfeitas, aquelas que vão fazer este texto ficar na sua cabeça, as que vão te fazer pensar, mais que qualquer outra linha aí em cima.<br />Normalmente elas vêm no ritmo do texto, prontas para serem usadas. De qualquer outro jeito, podem soar forçadas. <br />Mas hoje não. Afinal, como criar um ritmo da falta de assunto, da falta de estímulo, da falta de coragem?<br /><br />Mas ainda assim, preciso tentar.<br />Pois é aí que está a coragem.<br />A coragem em falhar.<br /><br />Ainda que eu não tenha assunto, ainda que eu não tenha motivos, coragem, estímulo, ritmo, ainda que eu não tenha leitores, linhas, parágrafos, poesia, começo, meio e fim.<br /><br />Ainda que eu não tenha nada a dizer.<br /><br /><br />Eu preciso tentar.<br /><br /><br /><br />.Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-12875893680094256092011-09-19T07:19:00.001-07:002011-09-19T10:06:49.109-07:00Simples é o difícilPor Renatinha<br /><br />O difícil vem fácil, e o fácil, quase nunca vem.<br />E quando vem, logo vai... não sei, nunca vi o fácil.<br />Quer moleza, senta no pudim.<br />Mas o que tem de moleza nisso? Você sabe tirar mancha de pudim, por acaso?<br /><br />Tá nervoso? Arranca as calças e pisa em cima. Essa eu nunca entendi, junto com a de bater a bunda no rio quando se tem frio.<br />A menos que esse rio seja na Pousada do Rio Quente, acho incoerente.<br /><br />Deixa eu ir, que estou falando mais do que o homem da cobra.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://capinaremos.com/files/2009/10/encantando.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 520px; height: 455px;" src="http://capinaremos.com/files/2009/10/encantando.jpg" alt="" border="0" /></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-85074583609969248392011-09-14T13:17:00.000-07:002011-09-14T13:36:38.560-07:00Última Volta<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixRbZxjPOHCAVf8H6lm07klkUBUx6cPoZTYWwhA2c8auCAY9IEL6Vu5g0UUL5cspIi1gq9mEtAtWysPrRsJf4iYVbyCcr_cUMXtgF1AZOYXWI2FjwDpPj_OTZrZxWOMekvX9-Unn4NaA8/s1600/ecosfalsospost.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 268px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixRbZxjPOHCAVf8H6lm07klkUBUx6cPoZTYWwhA2c8auCAY9IEL6Vu5g0UUL5cspIi1gq9mEtAtWysPrRsJf4iYVbyCcr_cUMXtgF1AZOYXWI2FjwDpPj_OTZrZxWOMekvX9-Unn4NaA8/s400/ecosfalsospost.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652316396129604482" /></a><br />Por Brancatelli<br /><br />Alguns finais são mais tristes que outros.<br /><br />Conheci o Ecos Falsos la em 2006, num programa da MTV chamado <a href="http://www.youtube.com/watch?v=tBCzGrVwboU">Banda Antes</a>, que mostrava bandas ainda relativamente desconhecidas, apresentado pelo Rafael Losso. Lembro de achar os integrantes divertidos, as músicas originais. Existia uma química diferente dentro daquela banda, um bom-humor e um entusiasmo sincero misturado a uma despretensão quase casual. Muito diferente de tudo o que eu ouvia naquela época. Procurei quando ia ser a reprise daquele Banda Antes pra poder rever depois (em tempos pré-YouTube, esse era o jeito). E meio que me esqueci daquilo tudo..<br />Daí, ainda em 2006, lembro do show no Outs. Lembro de ouvir pela primeira vez aquela frase que mudaria tudo: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=c9-4lS-W4qA">“Eu só sou sentimental quando eu me fodo!”</a><br />Me peguei berrando o refrão de uma música que eu escutava pela primeira vez como se já fosse a minha música favorita.<br />E daí eu já estava conquistado.<br /><br />Daí veio o primeiro CD, o Descartável Longa Vida, vários shows, mais uma porção de shows, a mudança na formação, o show no Jô Soares, o segundo CD, o Quase, e daí.. <br />O fim.<br /><br />Sábado passado aconteceu o último show oficial do Ecos Falsos.<br />Na platéia os fãs sempre fiéis à banda, no palco aqueles caras que eu não só tinha acompanhado de perto pelos últimos 5 anos, mas que <a href="http://twocoldfingers.blogspot.com/2008/08/orgulho-em-ser-careta.html">tinham criado uma amizade real com o público</a>.<br />Isso por si só já tornava tudo tão triste.<br />Mas não só isso.<br /><br />O Ecos Falsos foi importante pra mim no sentido de me incentivar a escrever coisas novas, com um outro tom, não só em músicas mas em qualquer texto que eu escrevesse.<br />Me mostraram que ainda existia criatividade e originalidade num cenário habitado pelo mais do mesmo.<br />Descartável Longa Vida é, na minha opinião, um dos melhores discos nacionais lançados. Não, não só um dos meus favoritos, mas genuinamente um dos melhores.<br />E mesmo com aclamação da crítica, apoio de artistas como Tom Zé e Fernanda Takai, mesmo com os fãs fiéis e <a href="http://twocoldfingers.blogspot.com/2009/07/criatividade-passe-adiante.html">criando barulho na Internet</a>, mesmo tendo tudo para o reconhecimento e para o sucesso.. <br /><br />O Ecos Falsos é a prova viva de que competência, qualidade e esforço não bastam.<br /><br />Não quero acreditar que o público procura pela mediocridade.<br />Talvez a sorte seja fator essencial. Talvez fosse necessário abandonar a cara underground a qual a banda nunca abandonou, tornar-se mais “adequada” a um certo padrão. Talvez..<br /><br />Talvez simplesmente não haja um motivo.<br />Como a própria banda define, a distância entre o "quase" e o "nada" é quase nada.<br /><br />Alguns finais são mais tristes que outros.<br />Quando uma banda boa acaba no auge, tendo tido sua cota de sucesso, conseguido atingir o grande público, não é motivo de tristeza.<br />Mas quando uma banda boa acaba sem conseguir a consagração merecida, sem nem ao menos ter tido a chance de fazer sucesso.. bom, isso é simplesmente injusto.<br /><br />Era daí que vinha a tristeza daquele último show.<br />Ver como as letras representavam aquele momento, ver a melancolia e o cansaço nos olhos de cada um deles. Ver a tristeza enorme da banda durante a última música, Reveillon, contrastando com a alegria e o entusiasmo daquele show 5 anos atrás.<br />Perceber que nenhum deles queria que fosse esse o fim.<br /><br />Tudo o que eu posso fazer é agradecer ao Ecos Falsos por esse tempo que ele fez parte da minha vida.<br />Dizer que eu acho incrivelmente heróico eles terem mantido a banda por tanto tempo, mesmo quando nada parecia estar dando certo, mesmo com tudo que desanimaria qualquer pessoa normal.<br />E principalmente pedir pra que eles nunca duvidem que fizeram sim a diferença pra tantas pessoas diferentes.<br />Tanto com música quanto com atitude.<br /><br />Porque Ecos Falsos é foda demais!<br /><br />Agora chega de ser tão piegas.<br />Afinal, de drama no mundo já chega.<br />E sem esquecer, claro, louvado seja o Bom Amigo Inibié!<br /><br />Sempre..<br /><br />.Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-1439027823454170392011-08-21T12:52:00.000-07:002011-08-21T21:47:03.477-07:00Sobre o futuro.Thiago Brancatelli é um velho triste de 60 anos, que mora sozinho em um minúsculo apartamento aos pedaços em um endereço que ninguém nunca se importou em anotar.
<br />Sua maior alegria é gritar com as crianças que brincam na rua e com os pássaros que teimam em lhe tirar de seu sono a cada manhã.
<br />Thiago Brancatelli odeia risada, bom-humor lhe embrulha o estômago e sorrisos fazem doer um ponto específico bem entre seus olhos.
<br />
<br />Um de seus raros prazeres é sentar em uma mureta da Av. Paulista nos dias cinzentos e chuviscosos, bebendo um copo de café preto e sem gosto do Starbucks e assistindo seu pombo de estimação saltar pela calçada. Seu pombo de estimação, seu único e melhor amigo. Thiago Brancatelli o leva para passear a cada 3 semanas e meia, sempre usando uma coleira e munido de um chicote.
<br />Sente falta dos seus amigos, mas sabe que estão melhor sem ele.
<br />
<br />Thiago Brancatelli nunca teve emprego ou namorada.
<br />Nunca teve futuro, odeia o presente e se esforça pra esquecer o passado.
<br />
<br />Adora cortar sua barba com lâminas cegas e água fria, adora o som que um inseto faz ao ser esmagado com o dedão contra a parede do banheiro, adora comer comida congelada sem esquentar. Se diverte demais colocando números aleatórios nos Sudokus do jornal do dia anterior e criando palavras sem sentido nas palavras-cruzadas.
<br />Thiago Bracatelli ri sozinho forçando e riscando a ponta do garfo no prato de comida quando janta sentado no chão de sua cozinha.
<br />Gosta de passar horas olhando seu reflexo no espelho à procura de uma ruga nova, acha hilário quando finge conversar com sua própria dentadura e quando assiste ao canal do tempo.
<br />
<br />Passa o tempo arrastando barulhentamente seus móveis sem motivo nenhum durante suas madrugadas insones. Quando cansado o bastante, se encolhe em posição fetal no centro do seu quarto, fecha os olhos e murmura alguma canção triste do seu tempo, até pegar no sono.
<br />E nos seus sonhos, Thiago Brancatelli não é Thiago Brancatelli.
<br />Nunca.
<br />E nunca cometeu os erros que cometeu, e não carrega os arrependimentos que carrega. Não sendo Thiago Brancatelli, Thiago Brancatelli torna-se alguém.
<br />Nos seus sonhos, Thiago Brancatelli nunca sonha em não ser Thiago Brancatelli.
<br />Mas os pássaros o trazem de volta ao seu próprio corpo a cada manhã.
<br />Sempre..
<br />
<br />E ao passo que o fim se aproxima, mais Thiago Brancatelli entende que morrerá como sempre viveu, sendo quem sempre foi.
<br />E, quase que comicamente, isso coloca um sorriso em seu rosto.
<br />
<br />
<br />Thiago Brancatelli é um garoto de 25 anos.
<br />Com os melhores amigos, a melhor família que uma pessoa pode ter.
<br />
<br />E com todo um futuro pela frente..
<br />
<br />.
<br />Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-75825774401580683382011-08-10T12:53:00.000-07:002011-08-10T14:48:40.941-07:00Chico<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHysvCqE7L1P85cEYEEWUKusKRZC2WFRZ86VXOMdzrGhDu_iSLlwXMBWGCLyRkCNtF0QUE_RtsVkBSLvZeGm5aGH1RoNasFxH37rexNV8VTCcU5TCTnuLktX-CbNav9G8YD1RWL-b5r4g/s1600/chico+cd.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 356px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHysvCqE7L1P85cEYEEWUKusKRZC2WFRZ86VXOMdzrGhDu_iSLlwXMBWGCLyRkCNtF0QUE_RtsVkBSLvZeGm5aGH1RoNasFxH37rexNV8VTCcU5TCTnuLktX-CbNav9G8YD1RWL-b5r4g/s400/chico+cd.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5639345345476723490" /></a>
<br />Por Brancatelli
<br />
<br />Expectativas altas, boatos, opiniões intelectualóides, críticas abalizadas, comparações com o passado, notícias em todos os jornais, revistas e sites..
<br />
<br />Um novo lançamento musical do Chico Buarque nunca é apenas um lançamento.
<br />É um verdadeiro evento nacional.
<br />
<br />E agora, 5 anos após o lançamento do álbum <span style="font-weight:bold;">Carioca</span>, ocupados pela criação do seu quarto romance - o festejado Leite Derramado - e pelo completo desprendimento musical, o compositor lança seu novo e breve disco, o primeiro de sua carreira a se chamar apenas <span style="font-weight:bold;">Chico</span>.
<br />Com toda a pompa descrita la em cima, como não podia deixar de ser.
<br />
<br />O disco é minimalista em seu nome, músicas, instrumentação e duração (pouco mais de 30 minutos).
<br />Mas conta com canções que podem perfeitamente ser incluídas entre as melhores do músico. Um verdadeiro apanhado de todas suas fases, desde os primeiros sambas até as músicas mais difíceis dos últimos trabalhos.
<br />Um passeio por toda sua carreira.
<br />
<br /><span style="font-weight:bold;">Chico</span> parece ter alguns temas centrais.
<br />Primeiro é óbvia a influência do seu romance com a cantora Thais Gulin, 36 anos mais nova. A relação entre um homem mais velho e uma garota mais nova é o foco de duas das melhores músicas do disco, o blues "Essa Pequena" e a faixa "Tipo um Baião", que é, tipo assim, um baião. O tema é percebido em "Se Eu Soubesse", com participação da própria Thais Gulin. E o peso da idade também está presente na bem-humorada e nostálgica "Barafunda".
<br />Outro tema, como apontado pelo próprio Chico no <a href="http://www.youtube.com/watch?v=1MPebkuuEjo&feature=related">making of</a> do álbum (clica la, vale muito a pena), é a própria música. "Rubato" é uma brincadeira sobre uma composição roubada por outros músicos, que colocam a letra que mais lhes convém. "Nina" é uma valsa russa falando da própria valsa russa, assim como a ja citada "Tipo um Baião", com um dos mais lindos versos criados pelo Chico: <span style="font-style:italic;">"Meu coração / Que você sem pensar / Ora brinca de inflar / Ora esmaga / Igual que nem / Fole de acordeão / Tipo assim num baião / Do Gonzaga"</span>.
<br />Restam ainda a melancólica "Querido Diário", a triste sequência da música de Tom Jobim "Sem Você nº2", a literária e trágica "Sinhá" e o divertidíssimo samba "Sou Eu", gafieira com a participação de Wilson das Neves.
<br />
<br />Vale celebrar a parte instrumental de <span style="font-weight:bold;">Chico</span>.
<br />No melhor da filosofia "menos é mais", o que é encontrado são instrumentos muito bem pensados e colocados na música. Impressiona esse cuidado em faixas como "Essa Pequena", por exemplo. Grande parte do mérito deste lançamento se deve a isso.
<br />
<br />No final de "Sinhá", última faixa do álbum, Chico canta algo que se parece com seu próprio epitáfio musical:
<br />
<br /><span style="font-style:italic;">E assim vai se encerrar
<br />O conto de um cantor
<br />Com voz do pelourinho
<br />E ares de senhor</span>
<br />
<br />Com <span style="font-weight:bold;">Chico</span>, o compositor nos apresenta sua mais acessível (e talvez sua melhor) coleção de músicas em muito tempo, mostrando que ainda tem muito o que mostrar, calando a boca dos que o davam como acabado e mostrando por que é sim nosso maior compositor.
<br />Esperamos que o conto deste cantor, com voz do pelourinho e ares de senhor, ainda esteja longe, muito longe de acabar.
<br />
<br />Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-46941578454073065072011-07-31T16:20:00.000-07:002011-08-01T01:46:36.382-07:00AdeusPor Renatinha<br /><br />Perder alguém não é fácil.<br />Eu já tinha perdido algumas pessoas, mas nunca as vi partir assim, na minha frente.<br /><br />Não existe nada que apague essa sensação.<br /><br />Estou aqui apenas para agradecer aquele que partiu por ter sido meu pai, meu amigo, meu porto seguro e até minha fonte de briguinhas sem sentido.<br /><br />Quando eu já tinha aprendido a viver sem um pai, você apareceu na minha vida, dando mais significado para a frase de que pai é quem cria e não quem gera.<br /><br />Eu não achei que fosse te perder tão cedo.<br /><br />Agradeço ao destino, a Deus, o que seja, por ter permitido que eu tenha segurado sua mão nos seus últimos minutos aqui na Terra.<br /><br />Passei minha vida me referindo a você como padrasto, mas só agora vejo como isso foi uma burrice. Você é e sempre será meu pai.<br /><br />Obrigada por tudo.<br />Vou sentir sua falta.<br />Te amo.<br /><br />.Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-60731070746724234822011-07-11T01:10:00.000-07:002011-07-11T01:19:24.399-07:00Maus<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRR5K1LRx7D9sBzY5O41pcsr3MeQFq-TgpYEnQYhRo5hFH8bf484f5sFtxOSU2436xhnmEgXhuPbtc2-B2kHqy4pgleRRrZWef5N_MIoPmX8Bay_kjr3Hs4xgOR1dIzfM3Dnogs5tj7Xc/s1600/maus.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRR5K1LRx7D9sBzY5O41pcsr3MeQFq-TgpYEnQYhRo5hFH8bf484f5sFtxOSU2436xhnmEgXhuPbtc2-B2kHqy4pgleRRrZWef5N_MIoPmX8Bay_kjr3Hs4xgOR1dIzfM3Dnogs5tj7Xc/s400/maus.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5628005972240091330" /></a><br />Por Brancatelli.<br /><br />"Toda palavra é como uma mácula desnecessária no silêncio e no nada."<br /><br />A frase, do escritor irlandês Samuel Beckett, é citada em uma conversa entre o desenhista Art Spiegelman e seu psiquiatra, cena real presente na sua HQ biográfica <strong>Maus</strong> ("ratos", em alemão), publicada em 1991. <br /><br />A obra, inicialmente criada para contar a história de como seu pai, Vladek Spiegelman, sobreviveu aos horrores da Segunda Guerra e ao campo de Auschwitz, acabou se transformando num relato do difícil relacionamento entre pai e filho. <br />Mais que isso, em um acerto de contas do autor consigo mesmo e com seu passado conturbado.<br /><br />Mesmo retratando os judeus como ratos e os alemães como gatos, Spiegelman humaniza seus personagens de uma maneira extremamente sóbria. Do soldado nazista ao povo polonês (retratado como porcos), dos informantes traidores até seu próprio pai, o estereótipo do judeu mesquinho, pão-duro e racista. <br />Não existem heróis perfeitos, o que existe são seres-humanos, tão imperfeitos e cheios de falhas que é impossível não reconhecermos a nós mesmos.<br /><br />Em <strong>Maus</strong> não existe a idealização.<br />Apenas a realidade.<br /><br />Alternando a história de seu pai à sua própria, Art tenta justificar a difícil figura do pai, moldada pela Guerra, pela perseguição, pelas perdas e pelo suicídio de sua esposa.<br />Desse modo, Art acaba tentando justificar suas próprias ações. Em certo momento, o autor percebe que, no fundo, ele sempre competia com a lembrança de seu irmão, morto na Guerra antes mesmo de seu nascimento, e que tudo o que ele carregava disso era culpa. Culpa por não ter passado pelo que seus pais passaram, culpa por ter sobrevivido ao seu irmão, culpa por não conseguir entender o sofrimento de se estar preso em um campo de concentração, de passar fome e estar às portas da morte, culpa por se sentir explorando a tragédia do Holocausto em sua obra, culpa pelo seu próprio sucesso.<br />Enquanto relata a história de seu pai, Art liberta todos seus traumas psicológicos.<br /><br />"Toda palavra é como uma mácula desnecessária no silêncio e no nada."<br /><br />Tentar definir o horror do Holocausto nazista é uma tarefa impossível, mesmo para quem sentiu suas marcas na própria pele. Pior ainda seria tentar entendê-lo.<br />Na conversa onde essa frase é citada, Art é questionado por seu psiquiatra do porque de existir tantas obras sobre o Holocausto, se ainda assim as pessoas não mudaram. <br /><strong>Maus</strong> não tenta explicar o que aconteceu, e tão pouco justificar. A obra apenas mostra, em uma leitura pesada e perturbadora, as profundas cicatrizes que tudo aquilo deixou em seus sobreviventes, seja nos diretos quanto nos indiretos.<br />Não importa os culpados, apenas as vítimas.<br /><br />A ilimitada maldade humana não é algo compreensível.<br />E qualquer tentativa de representá-la acaba sendo apenas uma mácula desnecessária no silêncio, que por si só já diz muito mais.<br /><br />Mas conseguir transformá-la em arte?<br />Isso sim é admirável.<br /><br />.Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-6183367462753864252011-06-22T11:46:00.000-07:002011-06-22T12:20:11.747-07:00#vitorvieiraday<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcb4E_DYmo1elEb6bV0DvgIdO9SYV3c2qZKu-mNIgW3AuMaK2-tva53HlUnBm2KOFThOgbRRcI2HOqpMIAbfe3z308FtzoWvXxLQwJpQNSpQMEtw_UjxjGIbM3xy5EKxrlBhJ-6APZ_qs/s1600/vitinho.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcb4E_DYmo1elEb6bV0DvgIdO9SYV3c2qZKu-mNIgW3AuMaK2-tva53HlUnBm2KOFThOgbRRcI2HOqpMIAbfe3z308FtzoWvXxLQwJpQNSpQMEtw_UjxjGIbM3xy5EKxrlBhJ-6APZ_qs/s400/vitinho.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5621120899136801778" border="0" /></a><br />Por Renatinha<br /><br />Entendam, sou eu reclamona de mão cheia.<br />Tenho PhD em reclamar da vida.<br /><br />Mas tem uma coisa que nem minha avançada capacidade me permite reclamar: meus amigos.<br /><br />Tenho amizades fortes e duradouras.<br />Tenho aqueles amigos para se rir e chorar.<br /><br />Hoje é aniversário de um deles.<br />Essa não é só uma celebração de mais um ano de vida dele, para mim, é a celebração do nascimento dele que por consequência e pelos tortuosos caminhos da vida, trouxeram ele até uma sala do 6º andar da Faculdade Cásper Líbero batendo na porta, jogando sua franja e levando embora uma das únicas pessoas que ainda fazia alguma coisa naqueles benditos trabalhos.<br /><br />Vi ele passar de um garoto punk para um malandro sambista, vi ele sofrer de amor e partir corações, vi ele de pijama e na sua mais fina estica (/soumalandra), estava lá quando uma Ice bastava e quando doses de vodca eram tomadas repetidamente, até quando ele desafiou Iemanjá, eu estava lá para temer pela vida dele...<br /><br />Sobrevivemos à Cásper, a JUCAs, a Ferpps, a viagens para Australia, a todas brigas possíveis que esse grupo já enfrentou e espero sobreviver a muito mais coisas, boas e ruins (já que sabemos que elas virão).<br /><br />Ele não tem noção do tanto que eu o admiro. Acho-o excelente em tudo que faz, gosto da postura dele em 99% das coisas (menos em relação às músicas que eu gosto haha), respeito suas opiniões e gosto de vê-lo falar sobre os assuntos da vida.<br /><br />Estou ficando sem palavras para declamar meu amor, então terei que encerrar com a frase mais bonita que ele já me ensinou e que resume nossa amizade:<br /><br /><br />"Só quem é".<br /><br /><br />Te amo, Vitinho.<br /><br />.Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-90002252919685250302011-06-08T06:25:00.000-07:002011-06-08T08:05:18.770-07:00Suck It And See<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKR4RDQ5myT4X8GXWUx0bwoeNOnjRA4CFtN5_tKV4qnl9aR9Nv8GRc6B3VH2Z4rkmsUCztc4XDdf2z-5BptrZ3x2EOuMM-NDYbTxzsx_1ilqg-tnSdG42x0b1e6nS5q-KZybJzdR5KW38/s1600/arctic-monkeys-suck-it-and-see.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKR4RDQ5myT4X8GXWUx0bwoeNOnjRA4CFtN5_tKV4qnl9aR9Nv8GRc6B3VH2Z4rkmsUCztc4XDdf2z-5BptrZ3x2EOuMM-NDYbTxzsx_1ilqg-tnSdG42x0b1e6nS5q-KZybJzdR5KW38/s400/arctic-monkeys-suck-it-and-see.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5615864041986821458" /></a><br />Por Brancatelli<br /><br />Tudo começou com a incapacidade de 4 adolescentes de Sheffield em colocar suas próprias músicas na Internet.<br /><br />O barulho criado em torno do Arctic Monkeys já era alto em meados de 2004 quando, buscando preencher o vazio deixado pelo fim do Libertines, a Inglaterra voltou seus olhos à procura do futuro do rock britânico.<br />O "futuro" em questão, sem saber como colocar suas próprias músicas na Internet, contou com a ajuda dos fãs, a partir de demos distribuídas durante algumas apresentações. Não demorou para que o perfil criado no MySpace (sem o conhecimento da banda) começasse a levar cada vez mais gente aos shows e, claro, atraísse a atenção da crítica musical especializada.<br /><br />O resto é história..<br /><br /><br />Agora, 5 anos após o lançamento do álbum de estréia - Whatever People Say I Am, That's What I'm Not - o Arctic Monkeys lança seu quarto disco, chamado sutilmente <span style="font-weight:bold;">Suck It and See</span> (uma expressão comum na Inglaterra, que significa algo como "dê uma chance").<br />E enquanto eu engolia em seco esperando (ou seria "temendo") uma continuação do álbum anterior, o Humbug, quem imaginaria que a banda iria por um caminho completamente diferente?!<br /><br />Quem esperaria?<br />Bom, eu já devia esperar.<br />Acostumados em surpreender a cada música lançada, Alex Turner e companhia deixaram de lado os acordes sombrios e o clima arenoso do Humbug e criaram faixas cheias de "shalalalas" e "iéiéiés".<br /><br />Não me levem a mal, o Humbug é um ótimo CD.<br />Mas não era, nem de longe, o CD que eu esperava do Arctic Monkeys.<br />Com forte influência do co-produtor Josh Homme e do clima desértico da Califórnia, onde foi gravado, o álbum tinha um clima carregado demais, sombrio demais, pesado, escuro. <br />Sempre que eu falava sobre ele, os elogios vinham acompanhados de um "mas".<br />Ótimo álbum, com ótimas músicas, mas.. <br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Suck It and See</span> é o CD que eu esperava do Arctic Monkeys.<br /><br /><br />Mais leve, mais pop, mais "acessível".<br />As letras de Turner marcam, em certos momentos, um retorno ao seu "estilo observador" dos dois primeiros álbuns, só que mais refinado. <br />Os riffs e as guitarras rápidas deram lugar a algo mais bem pensado, por assim dizer. Se a banda perdeu parte da energia que vinha a partir disso, ela acabou ganhando em harmonia. Cada instrumento parece ter um lugar exato em cada faixa.<br />Vemos então uma coleção de músicas que vai do rock à balada. Da experiência rítmica esquizofrênica à faixa final de apenas dois acordes. Do romance à ironia. De Sundance Kid a modelos topless.<br /><br /><br />Em seu quarto álbum, o Arctic Monkeys criou o meio termo perfeito entre os dois primeiros e o terceiro trabalho.<br />Se tivesse sido lançado entre eles, talvez tivesse tornado o Humbug um tanto mais facilmente "digestível".<br />Do jeito que aconteceu, a banda se aproxima de uma década de existência confirmando todas as apostas feitas quando suas músicas não passavam de uma demo distribuída nos shows.<br /><br />Talvez até superando-as.<br /><br />A expressão britânica "suck it and see" é como um convite. Arrisque. Experimente algo novo. Faça algo novo.<br />Alex Turner não fala mais sobre garotas em pistas de dança e questões adolescentes.<br />Suas composições cresceram e amadureceram tanto quanto os 4 garotos de Sheffield, que há pouco tempo não sabiam nem colocar suas próprias músicas na Internet.<br /><br />Ao que parece, ele ainda tem muito o que falar.<br /><br />Dê uma chance.<br /><br />Arrisque.<br /><br />.Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-77626190649338176692011-05-30T10:28:00.000-07:002011-05-30T13:47:43.345-07:00Patrick F**** Stump<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigzzUhjNlR5vcleUqgYjlRvpyXMLXOuaosbgRofpjy1KKpb1ERsyGkIdy1BFVOjL5NkckEzxC25oln7ODfWRWy0Y7tKxmpqiO622mht7Up1j3e61iCEYE-wYzAea-uZ_nHHuB2EgjwBus/s1600/tumblr_llz5nt9RCp1qcc858o1_500.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigzzUhjNlR5vcleUqgYjlRvpyXMLXOuaosbgRofpjy1KKpb1ERsyGkIdy1BFVOjL5NkckEzxC25oln7ODfWRWy0Y7tKxmpqiO622mht7Up1j3e61iCEYE-wYzAea-uZ_nHHuB2EgjwBus/s400/tumblr_llz5nt9RCp1qcc858o1_500.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5612573166525904354" border="0" /></a><br />Por Renatinha<br /><br />Se existe um músico subestimado, esse alguém é o Patrick Stump.<br /><br />Patrick, para quem não lembra, era o vocalista do Fall Out Boy e sim, fazia toda a diferença na banda.<br /><br />O problema de ser subestimado começou com o próprio Patrick, que não se achava capaz de sair de trás da bateria (pois é, ele era baterista antes) e assumir os microfones.<br />Foi graças ao seu amigo e ex-companheiro de banda Pete Wentz que Patrick se descobriu como vocalista.<br /><br />Sorte deles e sorte nossa.<br /><br />No meu post sobre FOB, eu já destacava que achava que um dos pontos mais fortes da banda eram os vocais e comentei também que no começo Patrick não sabia usar sua voz da forma correta, e que conforme ele foi aprendendo o que era capaz de fazer a banda foi ficando melhor.<br /><br />Agora, o Patrick não se subestima mais... ao contrário, sabe do seu valor e quer mostrá-lo para o mundo.<br /><br />Depois do fim da banda, ele resolveu que a sombra de Pete Wentz o encobriu por tempo demais (isso sou eu que digo e não ele) e que ía lançar um álbum solo.<br /><br />Solo no sentido bem literal da coisa.<br />Ele gravou em seu estúdio caseiro, todos os arranjos das músicas do seu EP <span style="font-weight: bold;">Truant Wave</span>. Pois é, veja bem você que ele não é só um baterista-vocalista, Patrick Stump é um artista completo.<br />Porque até a atitude timída no palco mudou e ele ensaia até passos de danças em suas apresentações, isso sem contar os inúmeros vídeos que fazia de suas peripércias em estúdio. Esse trabalho de interagir com o público em seu tempo de FOB ficava nas mãos de Wentz, liberando Patrick para ser mais apagado... Mas agora não tem mais jeito.<br /><br />*medo começou a tocar FOB no meu shuffle*<br /><br />Ele enrolou, enrolou e enrolou, mas esse EP saiu e saiu muito bom.<br />Não tem nenhuma semelhança com nada feito pelo FOB e essa é a parte mais positiva do álbum, outra coisa muito importante é que ele continua descobrindo o quanto consegue fazer com sua voz e tem tirado vantagem disso. Se antes sua voz e a atitude de Pete dividiam o <span style="font-style: italic;">spotlight</span>, agora ela reina no centro das atenções.<br /><br />E é exatamente <span style="font-weight: bold;">Spotlight</span> o nome da principal música de trabalho desse EP. Antes do lançamento ele pediu para que os fãs na sua página de Facebook escolhessem a versão da música que gostavam mais e a escolhida iria ser a lançada.<br />No <a href="http://www.youtube.com/patrickstump">canal do moço no Youtube</a> (clica, bocoió!), você pode ver os vídeos dele em estúdo, as versões das músicas e o lindo clipe da versão escolhida de <span style="font-weight: bold;">Spotlight</span>.<br /><br />Mesmo que a mídia e muita gente não dê o valor que o Patrick merece, não seja bobo e pare para escutá-lo.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7570071911362556965.post-60190308310829202342011-05-18T12:49:00.000-07:002011-05-18T16:16:59.904-07:00Toque Dela<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg644eX6smeVhsXiwy8CbLcRgMIJA7UmISW1t5QjqdLclO7rmQC8MFcbAPWxBqRBZzEN65LC_lWbIBJmL5bDHMxpy5ZQLOsA0XqvZcrkxM3eXGSe3LNqDXo8I-3zb3qheqGqTlY6LQcR7M/s1600/toque+dela.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 363px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg644eX6smeVhsXiwy8CbLcRgMIJA7UmISW1t5QjqdLclO7rmQC8MFcbAPWxBqRBZzEN65LC_lWbIBJmL5bDHMxpy5ZQLOsA0XqvZcrkxM3eXGSe3LNqDXo8I-3zb3qheqGqTlY6LQcR7M/s400/toque+dela.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5608157591448972930" /></a><br />Por Brancatelli<br /><br />Sim, o novo álbum do Marcelo Camelo, <span style="font-weight:bold;">Toque Dela</span>, foi lançado há mais de dois meses, e só agora ele aparece por aqui no blog.<br />Mas confesso, esse foi o tempo que eu precisei para começar a simpatizar com ele.<br /><br />A primeira música lançada, <span style="font-style:italic;">"Ôô"</span>, já tinha se mostrado meio chatinha. Não era necessariamente ruim, mas simplesmente não dava vontade de ouvir de novo, falha fatal em qualquer música. Foi com essa cabeça que eu escutei o CD, no conforto do meu carro, e precisei parar na metade sob risco de dormir ao volante. Saí falando para quem quisesse ouvir que o CD era chatíssimo, um verdadeiro porre.<br />Dei outra chance alguns dias depois. Algumas músicas já começaram a soar melhor, e dessa vez fui até o final. Foi suportável, mas nada que me impulsionasse a ouvir de novo. E ele voltou ao meu porta-luvas.<br />A terceira chance foi bem melhor. Percebi algumas músicas bem boas, que inclusive dava vontade de ouvir de novo, e de novo, e de novo. Conseguia encontrar momentos bacanas inclusive nas músicas mais fracas.<br /><br />E pronto.<br />Pouco a pouco, fui conquistado.<br /><br />Não duvido também que essa tenha sido a intenção do músico.<br />Um álbum que não pede por uma ou duas audições, mas exige um esforço por parte do ouvinte, como já se acostumou qualquer um dos seus fãs, desde a época do Los Hermanos.<br />Você precisa se afeiçoar às músicas para entende-las e, assim, aceita-las.<br /><br />Sorte que a banda Hurtmold repete aqui a parceria do primeiro CD, conseguindo elevar mesmo a composição mais simples do Camelo, fazendo cada música ao menos valer a pena pelo instrumental. <br />Ela é simplesmente perfeita, em todas as 10 faixas.<br /><br />O mesmo não pode ser dito das 10 faixas em si.<br /><span style="font-style:italic;">"A Noite"</span> e <span style="font-style:italic;">"Ôô"</span>, que abrem o disco, são bem descartáveis. <span style="font-style:italic;">"Pretinha"</span> é daquelas que você precisa aguentar os constrangedores versos iniciais para chegar na parte boa.<br /><br />Apesar disso, as outras se provam bem bacanas!<br /><span style="font-style:italic;">"Tudo Que Você Quiser"</span> começa arrastada, e precisa ser ouvida com atenção para poder ser apreciada. <span style="font-style:italic;">"Vermelho"</span> consegue empolgar, e <span style="font-style:italic;">"Meu Amor É Teu"</span> foi uma ótima escolha para fechar o disco, apesar de repetitiva demais. Até <span style="font-style:italic;">"Despedida"</span> consegue aqui uma versão muito melhor que a gravada pela cantora Maria Rita. E tem <span style="font-style:italic;">"Pra Te Acalmar"</span>, que poderia estar calmamente no quarto - e último - álbum do Los Hermanos (consigo inclusive imaginar a voz do Rodrigo Amarante cantando a música, se não com os Hermanos, com seu outro projeto, a Orquestra Imperial)).<br />E <span style="font-weight:bold;">Toque Dela</span> apresenta pelo menos duas músicas fantásticas: a deliciosa <span style="font-style:italic;">"Acostumar"</span> e a épica <span style="font-style:italic;">"Três Dias"</span>, parceria com André Dahmer, criador das tiras e do site <a href="http://www.malvados.com.br/">Malvados</a>.<br /><br />Com um material melhor e principalmente menos cansativo que seu álbum de estréia, <span style="font-weight:bold;">Sou</span>, Marcelo Camelo aparece aqui mais solto, mais à vontade, menos melancólico, coisa que inclusive se reflete em sua voz, melhor que nunca. <br />Deixando de lado as letras estruturadas dos seus velhos tempos, ele parte para a escrita intuitiva, favorecendo os sons das palavras acima do que significam, acertando em alguns momentos e errando em outros.. mas arriscando.<br />Se o CD anterior tinha o trunfo de algumas músicas já conhecidas, como <span style="font-style:italic;">"Liberdade"</span> e <span style="font-style:italic;">"Santa Chuva"</span>, este faz jus ao talento criativo e melódico do compositor.<br />Sem contar os lindos arranjos de cada música, que por si só já garantem o disco.<br /><br />Não é o tipo de trabalho que vai mudar a opinião dos que o detestam.<br />Mas certamente vai manter sua legião de fãs.<br />Da qual eu, orgulhosamente, faço parte.<br /><br />Ainda que com algum esforço.<br /><br />.Brancatellihttp://www.blogger.com/profile/17239547965482788009noreply@blogger.com1