terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Não faz mal, não faz mal, limpa com jornal...

Feliz natal e um 2009 cheio de diversão e música!!!

A todos que frequentam o blog.
São os votos de toda a equipe Two Cold Fingers.
(sabe... esses dois malucos sorridentes das fotos aqui do lado.)

A gente se vê ano que vem, com as nossas listas dos melhores de 2008.
Um bjo nas crianças...

=]


domingo, 21 de dezembro de 2008

Preciso pensar duas vezes antes de aceitar convites...

Eu até ía fazer uma análise do novo cd do FOB mas eu meio que acabei de escrever sobre eles né?!
Então resolvi analisar minha sexta-feira...
Eu acordei às 7 horas... tomei um Toddynho...


rerererere BRINKS! =D

Eu fui convidada há um tempo por um amiga de um amigo (q/) pra ver a banda dela tocar num concurso de bandas. Entre "vamos ou não vamos..." rumamos pra lá na noite de sexta.
O lugar é uma espelunca, fato. Eu já tinha ido lá e minha opinião, que já era ruim, só piorou.
Além do mais estava vazio (Entrada a 15 reais e cerveja a 4 reais foram fatores que, na minha opinião, influenciaram esse fato), um cara na porta quase nos implorou pra entrarmos logo, fazer volume sabe?
Já que estava vazio e tinhamos um amigo com o pé quebrado rumamos pras cadeiras do mezanino.
A música que tocava antes das bandas entrarem foi o prenúncio da catastrofe que viria a seguir...
Meu senhor... a banda era terrível... terrível, meu senhor... No repetório regado a Darvin e CPM22 (segundo eles "a banda de hardcore nacional, yeah"), quase me mataram...

A segunda banda já foi a da amiga, meu deus... foi uma luz na minha noite, a banda destoava do público que estava ali (aqueles que gritaram loucamente ao som de CPM...), teve The Clash, Raconteurs, Love Machine (piadinha que só fã de Arctic Monkeys entende...), The Fratellis...

Depois disso não me lembro bem a ordem das coisas, meio que paramos de prestar atenção em tudo...
Tiveram os posers pride.
A música não era ruim... tocaram Rolling Stones e tal...
Mas meu deus... caretinhas em solos de guitarra, tocar de óculos escuro e sentar tocando guitarra pagando de foda NÃO ROLA! Foram 50 minutos de vergonha alheia...
Teve a banda que tocou Fall Out Boy (MUITO MAL), mas eu tinha prometido ir lá pra frente cantar se alguma banda tocasse e a mesma banda MATOU "I bet that you look good on the dancefloor", aliás MATOU duas vezes, resolveram fazer um bis sabe? Só pra me torturar mais...
Pra começar... se você não sabe a letra de uma música, não a toque num show... sério...!
E outras bandas que nem me lembro...

Uma banda famosinha chamada Soulstripper fechou o evento, não tenho uma opinião muito formada sobre ela, mas até que gostei vai...

Eu comecei a noite me perguntando "Por que ainda vou nessas coisas?", mas no fim das contas é divertido ver essas bandas começando e tal... e até que dei sorte que tinha uma banda pra me fazer dançar Fratellis...

PS: Eu sei que a foto é do Fresno tocando na Tribe, mas no fim das contas 90% das bandas de ontem se pareciam com eles.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Breves Considerações Sobre A Semana Que Passou...

Post rápido de alguém que está morrendo de sono e deixou para escrever minutos antes de postar por aqui...
Então, apresento algumas considerações feitas durante a semana:

- O novo CD do Fall Out Boy é beeeeeeeeeem bom! Talvez falte dois ou três hits para se comparar ao album anterior, o Infinity on High... mas, como bem concluiu minha colega de blog, é engraçado perceber que a banda não faz um album igual ao outro, e esse novo não foge à regra. Ainda assim, que nem nos CDs anteriores, o destaque fica com as letras divertidas e com o vocal fodíssimo do Patrick Stump (também conhecido como "o gordim da Renatinha").

- Kevin Smith é Deus!!! Sei que não tem nada a ver com música, mas... bom, eu precisava expressar isso por aqui!

- To desde ontem escutando o Alone II: The Home Recordings of Rivers Cuomo , continuação direta do Alone: The Home Recordings of Rivers Cuomo (dãã), que conta com gravações caseiras, primeiras composições e até covers feitas pelo líder do Weezer! Não consigo ainda saber se esse segundo volume é melhor que o primeiro, mas tem sérias chances de ser (principalmente pq, enquanto o primeiro volume tem covers do Gregg Alexander, do Dion e do Ice Cube, esse tem uma cover de Don't Worry, Baby... o que praticamente já garante o CD!). As melodias grudam na sua cabeça, algumas até mesmo na primeira audição. Afinal... na essência, o Weezer É o Rivers Cuomo! Não dava pra esperar menos.

- Cara... eu finalmente me dei conta que no dia 22 de março eu estarei assistindo o Radiohead AO FUCKIN VIVO!!! Quer dizer, eu... Thiago Brancatelli... estarei vendo o Radiohead... Thom Fuckin York, Jonny Greenwood e companhia... ao vivo... na minha frente, pessoalmente, em carne e osso!!! Na época do show, podem esperar um artigo especial sobre a banda por aqui... e se eu sobreviver ao show, podem esperar um artigo depois, também! (sim, sou groupie meeeeesmo!!!)

- Correm boatos que o Los Hermanos voltará em 2009, segundo o que o próprio Rodrigo Amarante disse para um fã num show do Little Joy. Ao que parece, os 4 vão se reunir para uma apresentação especial e logo depois entrarão em estúdio para produzir o quinto disco da banda. Pergunte-me se eu estou ansioso...!

- E falando no barbudo, o Little Joy já confirmou que estará no Clash Club, aqui em São Paulo, no dia 28 de janeiro. Não sei quanto a vcs, mas eu já to lá...


Com tudo isso, ainda fica a pergunta...
Quem foi que se passou por aqui durante a semana, mesmo...?
Madonna-quem???

Ah, não devia ser importante...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

I've heard it all before...


O show da Madonna está chegando, todo mundo falando dela e desse show sem parar, pessoas na fila há 10 dias, todo mundo eufórico... bom... quase todo mundo.

Ficam dizendo que grande artista que é a Madonna e falando da sua grande capacidade de se reinventar e de se manter nas paradas, eu juro que se alguém falasse isso antes eu até daria uma concordada e faria de conta que estava ouvindo, porque na realidade eu só conheço a Madonna de Like a Virgin e Material Girl, e acredite... eu ADORO aquela Madonna!

Mas toda esse overdose de notícias sobre ela me fez parar pra pensar um pouco no assunto... e cheguei a conclusão que minha opinião sobre a Madonna é exatamente oposta, pra mim tudo que ela fez ao longo dos anos foi se "desinventar".
Pensa comigo... ela passou de algo único, cheio de personalidade, algo polêmico e divertido para... uma cantora de músiquinha de balada.
É claro que uma música ou outra se destaca nessa fase dela, eu mesma gosto muito de algumas... Mas há muito tempo que a Madonna não faz nada que possa ser considerado genial ou que realmente se destaque...

Madonna virou mais uma, pior que isso até... é uma senhora (ok, você vai dizer que ela tá conservada, mas a verdade é que todos sabemos que ela é uma senhora) fazendo musica de buatchy, ela não evoluiu ou amadureceu... é só perdeu o brilho, só faz mais do mesmo.
O que diferencia ela de Lasgo (música de balada que se você nem deve conhecer por nome mas já deve ter ouvido algo em algum lugar que foi, até coloquei um link pra ajudar a memória de vocês)?
O nome: Madonna.
Na essência pra mim dá quase na mesma.

Ok, serei apedrejada, xingada ou qualquer coisa assim... mas a senhora Madonna perdeu a maior parte de sua graça quando deixou de ser assim:



Além do mais, sempre gostei mais de Cindy Lauper...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Lembra...?

Eu lembro que era 1999.
Eu lembro que eu tinha uns 11 anos.
Eu lembro de estar assistindo o Programa Livre, no SBT.
Eu lembro do Serginho Groisman anunciando que seria um programa especial dos Raimundos, que eu lembro que era minha banda favorita desde o lançamento do Lavô Tá Novo, segundo album da banda, em 95 (que eu lembro ser talvez o primeiro CD que eu fui atrás e comprei).
Eu lembro da banda no palco, tocando.

E eu lembro da minha decepção ao ver a decadência da maior banda de rock nacional da época...!

Com uma visível má-vontade, a banda (e principalmente o vocal, Rodolfo) parecia estar apenas cumprindo agenda. Respondiam as perguntas de cara fechada e tocaram (mal) pelo menos umas 3 ou 4 vezes a música de trabalho da época, Mulher de Fases.
Mais que decepcionado, eu fiquei bravo.
Afinal, a graça dos Raimundos estava no bom humos das letras e na empolgação das músicas.
A banda estava no auge do sucesso, e tudo o que eles faziam agora era AQUILO??

Dois anos depois o Rodolfo anunciou que estava saindo da banda.
Pra mim era óbvio que perder o frontman, principal letrista e vocalista é o fim para uma banda, e pouco me importei quando o Digão assumiu os vocais e levou a banda pra frente.
Afinal, Raimundos sem Rodolfo pra mim não era Raimundos.
Era uma banda morta-viva, que apenas não admitia que a última pá de terra fosse colocada em cima de seu caixão.
E eu acabei, assim como boa parte do Brasil, esquecendo aquela banda...


Eu lembro que foi dia 5 de dezembro de 2008.
Eu lembro de estar no Outs, com uma garrafa de cerveja na mão.
Eu lembro de olhar para o Digão e o Canisso em cima do palco e sentir um certo arrepio na espinha, como uma dose de esperança que brotava em mim.
Eu lembro de ouvir a banda começar o show sem muito papo, como se ela nunca tivesse se afastado do seu público.

E tudo o que eu lembro depois é de estar gritando músicas como Tora Tora, Eu Quero Ver o Oco, Esporrei na Manivela, O Pão da Minha Prima e Puteiro em João Pessoa enquanto pulava em cima dos outros malucos que tavam por lá.
E ver a banda tocar ao vivo todas aquelas músicas que eu cantava quase 10 anos atrás não foi apenas ter a alma lavada...
Foi uma das coisas mais emocionantes que eu já vivi.


Engraçado perceber que as pessoas ainda se recusam a aceitar os Raimundos sem o Rodolfo.
Lembro de contar sobre o show para alguns amigos e todos olharam incrédulos pra mim.
Mas convenhamos... o Rodolfo nunca foi um Fred Mercury, ou um Renato Russo, ou um Kurt Cobain. Ele não era o Raimundos, e é isso que as pessoas têm tanta dificuldade de entender.
E os Raimundos sem o Rodolfo não soam como uma banda cover de si mesma... muito pelo contrário!
Como disse meu amigo que estava lá comigo, o Digão merece minha completa admiração por ter mantido até hoje a banda respirando, por mais arriscado que fosse.
A banda brasileira mais original dos anos 90 (discorda? escute o primeiro CD dos caras...) não merecia um fim como o que aconteceu.
Pq o show do Outs me provou que manter a banda viva valeu a pena.
E muito!

Aos poucos os Raimundos vão voltando ao cenário musical brasileiro, com esses pequenos shows. Como se fosse uma banda nova, mas com alguns dos maiores clássicos do rock brazuca.
Mostrando que não quer ficar apenas na lembrança da década passada, e sim no presente de uma nova geração.
E devo ainda dizer que não acredito que ela recupere o mesmo destaque dos anos 90...

Ainda bem.

domingo, 7 de dezembro de 2008

"My name is Adam, I'm your biggest fan"


Eu sempre via vários fãs de Strokes comentando sobre um tal de Adam Green, parecia que todo mundo que gostava de Strokes também ouvia ele. Aí eu sempre fiquei curiosa pra baixar, mas minha memória (pra variar) me sabotava.
Então veio Juno e junto com o filme descobri o Moldy Peaches.
Aí quando fui pesquisar sobre a banda... ora, ora, ora... não é que o rapazote da banda era o Adam Green?
Aí você pensa: "Daí você baixou Adam Green né?!"
E eu respondo: Não. =/

Eu fiquei toda feliz (como sempre fico quando descubro essas coisinhas), falei pra todo mundo que se interessaria pela informação (ou seja, o Brancatelli) e... esqueci de baixar.
Foi num scrapchat de madrugada com um amigo do Rio que o nome do Adam surgiu de novo, mas mais do que isso... junto do nome dele vieram links para baixar todos os cds! Daí não tinha erro né?!
Me joguei no Adam...


E adorei!
Ele tem 5 cds solo... o mais recente, Sixes & Sevens, foi lançado em 2008.

A voz dele é bem grave e as músicas, eu diria que são mais faladas do que cantadas... mas as melodias são muito cativantes. O que mais diferencia o Adam é que as letras seguem o estilo do Moldy, são engraçadinhas, de temas variados (até música pra Jessica Simpson tem e eles nem se conhecem) e várias vezes não fazem muito sentido.

As músicas do Adam são daquela que consigo ouvir por horas e horas.
Minha indicação pra conhecer melhor é Emily. (e vamo combinar, no clipe ele canta com um gato no colo... impossível não gostar!)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A Ignorância da Cabeça Fechada

"Não me peça que eu lhe faça
Uma canção como se deve
Correta, branca, suave
Muito limpa, muito leve
Sons, palavras, são navalhas
E eu não posso cantar como convém
Sem querer ferir ninguém..."


Certeza que boa parte do pessoal que acessa o Two Cold Fingers desistiu de ler esse post só de ver a foto acima.
"Ah, não... mais um post sobre velharias que eu não tenho a mínima vontade de ouvir!?"
Mas eu posso falar em alto e bom som, sem a mínima vergonha:

EU SOU FÃ DO BELCHIOR!!!

É engraçado pensar que o mesmo cara que escreveu hinos como A Palo Seco e Como Nossos Pais, hoje é visto muitas vezes como motivo de piada, seja pelo seu bigode cultivado por mais de 30 anos, seja pelo seu jeito incomum de cantar.
É difícil nossa geração gostar de Belchior. Eu mesmo confesso que minha primeira impressão ao ouvir uma música dele foi "meu Deus, esse cara se leva a sério cantando??". Hoje em dia, o seu jeito de cantar já não é mais um defeito para mim, e sim um charme a mais das suas músicas. É simplesmente impossível imaginar Apenas um Rapaz Latino-Americano na voz de qualquer outra pessoa (e olha que não são poucos os que interpretam sua músicas, que vão desde Elis Regina até Roberto Carlos, de Jair Rodrigues até Los Hermanos).

Mais que músicas fantásticas, Belchior insere seu tempo em suas composições.
James Dean, Jonh Lennon, censura, sua infância, Alain Delon, Bob Dylan, Deus e o Diabo, Dante, Jorge Ben Jor, Coca Cola, sua própria aparência, seu jeito de cantar e de compor, seus fãs, sexo, drogas... tudo era agarrado e colocado habilmente em suas letras.

Quem prefere não dar uma chance ao senhor bigodudo por o achar ultrapassado são os mesmo que nunca entenderão suas ironias, seu sarcasmo, suas histórias, sua melancolia, sua tristeza muitas vezes bem-humorada...
Suas músicas não são de fácil assimilação, e essa é a graça de tudo.
Belchior, ao invés de receber o mesmo respeito dos grandes medalhões da MPB, muitas vezes é relegado a segundo plano pelas novas gerações.
Suas músicas escreveram a história do mundo e da música brasileira como poucas outras composições fizeram, influenciando nomes velhos e novos.
Um artista que merecia ser descoberto e redescoberto.

Já disse isso por aqui mais de uma vez e repetirei, quantas vezes eu precisar...
O preconceito musical leva apenas à ignorância musical!

E, desse jeito, muita coisa boa permanece desconhecida àqueles que têm cabeça fechada.