quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mais um ano...


Refrigerante e bolo na mesinha do salão de festas.
O clima melancólico é por minha conta...


Bonanza
Moptop

Olho para frente não sei bem por que
Prossigo nesse longo caminhar
Ando mais um pouco
Penso em todo meu desgosto
Se um dia essa mágoa irá passar

Olho para trás e tento compreender
As causas da minha perdição
Sigo adiante
Penso em todas as amantes
Que dediquei-me pra afastar

Me mostre a conclusão
Ou traga-me algo pra animar
Meu pobre coração
Que nega-se a pulsar

Olho para frente não sei bem por que
Avanço na mesma direção
Rumo ao castigo
Penso em todos os inimigos
Que me esforcei pra conquistar

Olho para os lados e percebo que
Não tenho alguém pra me esquecer
Ando mais um pouco
Penso em quando era garoto
E havia tantos sonhos pra sonhar

Me mostre a conclusão
Escreve esse final
Me mostre a direção
Me dê algum sinal
Pois tem que haver
Tem que haver
Alguma redenção
Meu pobre coração
Que nega-se a pulsar...



Mas, diferente da música, eu tenho os melhores amigos que uma pessoa pode ter.
Não sei como me aguentam, e talvez seja melhor nem tentar entender.

Só sei que são eles que, a cada ano que passa, me mostram a direção.
E obrigam meu coração a pulsar.

Cada vez mais forte.

domingo, 27 de junho de 2010

Fuck Yeah Indio!


Venhamos e convenhamos... se o seu pai fosse uma pessoa incrivelmente famosa, você poderia escolher a profissão que lhe desse na telha, né?
Melhor que isso, nem precisaria ser bom no que faz. Era só escolher e pronto. Só por seu pai ser famoso você já seria famoso e teria uma boa visibilidade. Bom, tem gente aí que não tem talento e nem pai famoso, mas tem fama... vai entender.

Agora imagina se o seu pai fosse o Robert Downey Jr...

Pois é, Indio Downey já nasceu sob todos os holofotes possíveis e imagináveis.
O número de fotos desse garoto desde que nasceu até hoje que se pode encontrar em uma busca no Google é absurdo. Ainda mais quando ele era mais novo. Na época, acho que ele tinha o mesmo nível de "baby-fame" da Suri.

E também foi desde pequeno que ele mostrou tendências para o lado artístico, claro... filho de ator/músico com atriz/cantora, o que poderia dar?

Ele participou do CD "The Futurist" do seu pai, atuou no filme (muito legal) "Beijos e Tiros" e teve sua própria banda quando estava lá pelo seus 10/12 anos.

Agora a aposta é na banda Dead Henry.
Mas antes que você comece a pensar "Aff, esse Indio hein? Mais um querendo carona no sobrenome que tem..." acho melhor você parar 5 minutos e ver isso:



É... ele tem talento! A música é muito boa, diferente e cativante... Eu passei o dia inteiro cantando isso depois que vi este vídeo.

Acho que ser um Downey tem um efeito positivo no talento das pessoas.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Kick-Ass: A HQ


Sempre que lançam um filme de super-heróis, nós fãs de quadrinhos somos sempre castigados com adaptações porcas dos filmes para as HQs.
Foi assim com os filmes do Homem-Aranha, do Hulk, do Demolidor, dos filmes mais antigos do Batman, do X-Men...
E o resultado é sempre algo extremamente tosco, sem criatividade, apressado e sem carisma, ficando muito aquém dos filmes adaptados. Normalmente são duas horas sendo resumidas em 30 páginas. Os momentos "originais" geralmente acabam tornando o trabalho ainda pior.
Engraçado (e triste, principalmente) a industria de quadrinhos querer adaptar algo já adaptado da própria indústria de quadrinhos, mas o importante é aproveitar ao máximo a marca do filme, que acaba tendo muito mais público que uma revista do Superman ou de qualquer outro personagem.
Por isso, nem da pra esperar muito dessas "adaptações das adaptações", produtos feitos de má-vontade, movidos apenas pela falta de originalidade e desejo de raspar o pote de ouro criado por uma franquia qualquer.


A HQ de Kick-Ass (falei do filme no meu último post, lembra?!) se encaixaria naturalmente nesse segmento, se não fosse por um único detalhe:

É a HQ, e não o filme, o produto original!


Criada pelo roteirista Mark Millar e pelo desenhista John Romita Jr, Kick-Ass (a HQ) acaba sendo um desperdício de boas idéias.
Millar tem o grande mérito de enxergar suas histórias em quadrinhos já em um formato cinematográfico enquanto trabalha. Tanto é que a adaptação para os cinemas começou a ser produzida logo após o lançamento do primeiro número da mini-série em 8 edições, e quando as filmagens começaram só haviam 3 edições. Sempre com a supervisão de Millar e a colaboração do John Romita Jr.
Talvez seja por isso mesmo que Kick-Ass (o filme) seja tão melhor que o produto original.
Muito, muito, muito, muito, MUITO melhor!!!
Palavra-chave: originalidade.

As idéias originais do filme (que são muito mais do que se possa imaginar) superam de longe todas suas contrapartes na HQ.
Tentando claramente parecer uma espécie de Garth Ennis (roteirista de quadrinhos criador de séries como Preacher e The Boys, famoso pela violência e pelo humor negro), Mark Millar mostra um sentimento no mínimo sádico com seus personagens, que acaba incomodando negativamente. Diferente do filme, onde a violência é essencial, nos quadrinhos ela pretende apenas chocar.
E nem mesmo isso ela consegue.
Todo o pretenso humor acaba se perdendo em constrangimento.

Mas o pior de tudo é que o ponto alto do filme acaba sequer existindo nos quadrinhos: o carisma de seus personagens.
No filme, é isso que te mantém de olhos fixos na tela, esperando pelo que acontecerá depois. Vc genuinamente se importa com aqueles personagens no momento que eles aparecem pela primeira vez. Mesmo no caso dos vilões. Mérito dos atores e do desenvolvimento de cada um no filme.
Não espere por isso nos quadrinhos. Os personagens são extremamente chatos! Millar se foca exclusivamente no personagem principal, fazendo-o um perdedor sem a mínima simpatia! Sério, você nem se importa se ele vai viver ou morrer. Morrer, aliás, parece até uma boa opção, no caso dele.
E os personagens coadjuvantes, como a Hit-Girl, o Big Daddy e o Red Mist - algumas das melhores coisas do filme - não passam de meros secundários mal-desenvolvidos na HQ.
Tudo acontece muito rápido, principalmente a cena de ação final, tão mal-conduzida, forçada e pouco criativa que da até vergonha.

Sorte que Kick-Ass (a HQ) conta com os desenhos sempre geniais de John Romita Jr... o que garante ao menos um 6,5, talvez até um 7 a qualidade da obra. É o que torna a leitura da mini-série mais interessante e suportável.
Não fosse por eles, a nota não passaria da mediocridade de um 5.

Não contente com tudo isso, a série foi lançada por aqui pela editora Panini (com o desnecessário sub-título "Quebrando Tudo" usado no cinema) em um encadernado custando cerca de 60 REAIS!!!
Apenas por conta de uma desnecessária capa dura.
Bola fora da Panini, que desperdiçou a chance de atrair os leitores mais descompromissados.


Se Kick-Ass (a HQ) fosse apenas uma adaptação de um bom filme, seria apenas descartável.
Ser um produto original tão medíocre e sendo superado por sua própria adaptação, resta apenas uma palavra...

Humilhante!

domingo, 20 de junho de 2010

A paunocuzisse e a genialidade nos videoclipes


Várias bandas lançaram clipes recentemente, mas dois deles me chamaram atenção: um por ser genial e o outro por ser pau no cu.

Vamos começar com os pau no cu... A banda Strike.
A banda veio querer com sua música e clipe criticar o cenário musical... até aí...ok né? Espera. Ok? Ok se você é uma banda original que traz algo novo ou significativo para o cenário. Senão, é pura hipocrisia...
Eles zoam Luan Santana, Restart, Lady Gaga... Querendo dizer que essas pessoas só são o que são por imagem.
Vamos começar por um ponto simples: Strikes é ruim. Assim, mediano para baixo... Além de uma semelhança triste com Charlie Brown Jr.
Então não vem querer pagar de original musicalmente para cima da gente, não...

Ponto seguinte: O clipe é TOTALMENTE chupinhado de "All The Small Things" do Blink 182. Então, vamos lá... se vender só pela imagem não pode, mas copiar a imagem dos outros tá beleza?
Até a cena de aparecer pelado é completamente Blink!

Terceiro (e mais deprimente) ponto: O comercial é puro, não disfarçado, vergonhoso merchan da Chiclets! Sim, sabe o chiclete? Então... No clipe não falta close no pote cheio de Chiclets e imagem dos integrantes se deliciando com a iguaria...

Vamos recapitular então...
Ser famoso mais pela imagem do que pela música não pode, mas ser idêntico musicalmente a outra banda pode.
Ser famoso mais pela imagem do que pela música não pode, mas copiar descaradamente clipe de outras bandas pode.
Ser famoso mais pela imagem do que pela música não pode, mas ser vendido e fazer merchan no clipe pode.

Não acho que a mensagem em si está errada, mas eles não são ninguém para apontar o dedo.

O que esperar da banda que achou legal fazer um fã beber xixi deles?


Já o prêmio genialidade vai para a sempre genial no quesito clipes: OK GO
Você se lembra do fenômeno do clipe da esteira, certo? Antes e depois daquele clipe, o Ok Go (uma banda ótimo, que infelizmente é menos famosa do que merecia) fez outros milhares de clipes ótimos - e o novo não é diferente!
Mostrando que você não precisa de uma super produção (nem se vender para uma marca de chiclete), só de uma boa idéia e bom humor.
Utilizando de uma das minhas técnicas preferidas, o stop-motion, a banda diverte muito com seu clipe colorido em que a estrela é um ganso. É, um ganso.

Bom, tirem suas conclusões...

Pausnocu:


Gênios:

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Chuta Bundas!


No último sábado, a equipe do Two Cold Fingers, devido a sua influência no meio cultural e sua fama como formadora de opiniões (boas e ruins), foi convidada para comparecer à pré-estréia do filme Kick-Ass.
Como bons apreciadores de tudo o que é de graça (incluindo a pipoca e o refrigerante, lógico), fomos.
E não nos arrependemos!

Então, já que o filme só estréia na sexta-feira no Brasil, vou tentar não dar spoilers.
Prometo.

"Kick-Ass - Quebrando Tudo" (sub-título desnecessário mas inofensívo, criado num concurso do site Omelete) é uma adaptação extremamente competente da HQ criada pelo escritor Mark Millar e pelo desenhista John Romita Jr, dois dos maiores nomes dos quadrinhos atuais.
Na trama, um adolescente resolve por em prática a questão que todo fã de quadrinhos já se fez: o que aconteceria se alguém realmente usasse uma roupa extravagante e saísse pelas ruas bancando o super-herói? Para isso ele compra uma roupa de mergulho, cria um MySpace para sua nova identidade e se auto-intitula como Kick-Ass (Tenho esperanças de que, na versão dublada em DVD, ele se auto-intitule O CHUTA BUNDAS! Sonhar não custa nada, certo?!).

A trama tão simples acaba resultando em um filme extremamente criativo, divertido e... insanamente violento!!!

Violência essa que causou repulsa no público conservador norte-americano, principalmente por boa parte dela vir das mãos de uma garotinha adorável de 11 anos! Sim, uma verdadeira máquina de matar!! E um dos muitos pontos altos do filme...

O problema é que boa parte da crítica resolveu se focar apenas nisso.
E o filme é muito mais que pura violência!

É humor negro até a raiz da alma, te fazendo gargalhar com um cara preso num microondas! Ou com personagens sendo torturados! Ou com um maluco fantasiado apanhando no meio da rua!
E o melhor, não te deixa se sentindo culpado por rir disso tudo!!!

Também é o elenco perfeito!
Seja o elenco jovem, com nomes expressivos como Aaron Johnson, Christopher Mintz-Plasse, Chloë Grace Moretz e Clark Duke.
Seja o elenco mais experiente, com Mark Strong (que também marcará presença como o personagem Sinestro no filme do Lanterna Verde) e Nicolas Cage (fanático por HQs que, depois de interpretar o Motoqueiro Fantasma naquela merda de filme e quaaaaase ser o Superman em um filme dirigido pelo Tim Burton nos anos 90, finalmente consegue participar de uma adaptação decente de uma história em quadrinhos).
Todos perfeitos em seus personagens,

E também é, de certo modo, uma revolução!
Seu criador, Mark Millar, é um daqueles visionários que entendem que quadrinhos não devem se limitar às páginas impressas. Como um Alan Moore ou um Frank Miller moderno, ele cria suas histórias para que elas estejam no mesmo patamar de qualquer coisa contida na cultura pop. Música, cinema, video-game, arte... tudo junto ao mesmo tempo agora!!! Tanto é que, além de praticamente todas suas obras autorais estarem a caminho do cinema, o já-em-produção filme dos Vingadores será muito baseado em sua história para o título The Ultimates.
Para um mercado em crise, quem sabe essa seja uma boa opção para atingir um público muito maior. A própria editora Marvel conseguiu ganhar uma moral absurda ao criar a Marvel Studios e produzir seus próprios filmes, a ponto de atrair os olhares ambiciosos da toda-poderosa Disney...


Sem dúvida, Kick-Ass não é o tipo de filme para levar sua avó, ou seu filho pequeno. Não é um filme de super-herói, colorido, alegre, com a certeza de que o bem vence no final e todos vivem felizes.
É um filme que mostra, na medida do possível, a realidade.

A realidade não é colorida, alegre ou bonita.

E nem sempre tem um final feliz.

domingo, 13 de junho de 2010

Copa do Mundo


Pois é, senhoras e senhores... Começou o evento que mais afeta a vida dos brasileiros, acho que ele bate até o carnaval.

Tem escritórios que liberam os funcionários em dia de jogo, tem lugares que colocam projetores e compram bebidas e petiscos (é o caso da agência onde trabalho), tem médico que nem marca consulta e tem gente que você nem vê até o fim do campeonato.

Um país mobilizado por causa de um time.
É incrível esse poder que o futebol tem nas pessoas... não sou uma analfabeta futebolística e nem uma expert, mas gosto da Copa. Não gosto de esse ser o único assunto que as pessoas sabem falar sobre, não gosto que a vida de alguém pare por causa do evento ou até que pessoas chorem ou se matem por causa dela, mas não tem jeito... é a Seleção Brasileira pisar no campo, num jogo de Copa do Mundo, que eu vou ficar de olho, me empolgar e até roer umas unhas.

Claro que nunca vou curtir uma Copa tanto quanto curti em 94, era surreal... juntávamos todo mundo da rua para torcer, eu assistia aos jogos de todos os outros times, completava a tabela com os resultados.

Mas até aí, a seleção não é mais a mesmo. Nada de saudosismo, só uma constatação... Os jogadores parecem cada vez mais terem menos paixão pelo que fazem. Mas neste ano, o fenômeno que parecia ser uma característica que tinha se apoderado do time brasileiro parece ter atingido diversas outras seleções.

Tirando o que? Alemanha, que foi a única a golear. Acho não vi nenhuma seleção fazer uma partida digna de Copa. Está tudo muito sem sal, na minha humilde opinião.
Vamos aguardar até a terça e ver no que vai dar o jogo da seleção, os amistosos foram fracos e por isso estou esperando pouco deles.
Mas vai saber? Ficarei feliz de estar errada.

Bom, perdendo ou ganhando, pelo menos posso admirar os bofinhos.
Estou no aguardo de ver o Kaká sem camisa...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Eu Te Amo, Phillip Morris


Já que eu falei tão mal de Fúria de Titãs na semana passada, preciso pelo menos dar outra opção de cinema hoje, né não!

Então primeiro, esqueça o ridículo nome "O Golpista do Ano", com o qual este filme saiu aqui no Brasil.
Ele da a idéia de uma comédia pastelão e boba, que nada tem a ver com o filme.

I Love You Phillip Morris conta a história real (real MESMO!, como insiste o texto inicial do filme) de Steven Jay Russell (Jim Carrey), policial, pai de família perfeito, membro da igreja, que após um acidente de carro resolve finalmente... assumir que é gay!
Depois de abandonar sua antiga vida e começar a namorar o Rodrigo Santoro, ele passa a viver de golpes em seguradoras, até ser preso e conhecer o Phillip Morris do título (Ewan McGregor), que se torna, já à primeira vista, o grande amor da sua vida.

Vale dizer que este é um dos papéis mais fascinantes já interpretados pelo Jim Carrey.
Steven Jay Russell ficou famoso por conseguir escapar da cadeia inúmeras vezes, indo do rídiculo (como se vestir de médico e sair calmamente pela porta da frente) ao genial.
É um personagem tão engraçado quanto trágico. Se ele começa o filme como um cidadão exemplar, ele se torna um presidiário golpista homossexual. Se numa hora ele é um advogado, em outra ele trabalha em uma rede de fast food. Sem personalidade própria, não lhe resta outra alternativa senão sempre fingir ser quem não é e, consequentemente, acabar de volta à prisão de onde fugiu.
Será que tudo isso acontece por ele ter sido adotado? Ou será culpa do acidente que ele sofreu? Ou será culpa de sua ex-esposa religiosa? Será que ele realmente amava Phillip Morris, ou só precisava se agarrar em algo que lhe parecesse real?
Tão cômico quanto trágico.

Sim, é um filme polêmico.
Seja pelas cenas homossexuais (que, acredite ou não, ainda chocam boa parte do público, a ponto do filme ter penado para conseguir um distribuidor nos Estados Unidos), seja pela crítica política discreta no final ou seja simplesmente por saber que é uma história REAL. Aquilo aconteceu de verdade, em escala ainda maior do que o que é mostrado no filme. E é isso que torna o filme tão interessante.

Enfim, o grande mérito do filme é não querer encontrar uma explicação para o personagem. Ele é o que é, não precisa definir seus motivos. O filme se limita a contar sua história, e cada um entende como quiser.

Mas caso você saia do cinema enxergando nuvens na forma de pênis...
Não venha culpar o Two Cold Fingers.

domingo, 6 de junho de 2010

Não se fazem mais Madonnas


Qual o problema da Miley Cyrus?

Não tenho nada contra ela querer ir para o lado biscate de força, afinal Brit fez isso com maestria.
Meu problema é com a hipocrisia dessa menina.

"Oi, eu sou a Hannah Montana, mas falo que odeio Glee porque a série não retrata a realidade"
1) Não me importa que se você assumiu uma postura 'Odeio fazer a Hannah Montana e vou queimar a peruca quando acabar'. Tenha pelo menos vergonha na cara e assuma que sem esse papel idiota você não seria quem você é.
2) Não retrata a realidade? Você assiste documentário da Discovery então? Nada na TV ou cinema retrata a realidade. Nem mesmo reality show, amiga.
3) Vamos fazer de conta que nem notamos que criticar Glee, umas das séries mais populares no mundo, foi uma estratégia para aparecer, ok?

"Oi, eu não escuto pop".
Sério... Preciso argumentar?
1) Você está assumindo que faz um tipo de música pelo dinheiro e não porque gosta? É isso? Porque o mínimo que espero de uma pessoa que renega o tipo de música que fazia é que ela mude de estilo.
2) Mais uma vez, estamos fazendo de conta que não sabemos que é um comentário para chamar atenção e que ele é completamente falso.

"Beijei uma garota em uma apresentação e reclamo no meu site que as pessoas estão polemizando demais"
Querida, Miley. Você foi se apresentar no Britain's Got Talent e "beijou" uma dançarina. Se você não queria polêmica, não sei o que você queria. Não adianta escrever no seu blog que as pessoas deviam se preocupar com a paz mundial, se preocupe você com a paz mundial e pare de querer aparecer.
Aliás, vai é cuidar da sua irmã mais nova que já sai por aí feito uma puta! Ela não tem idade pra isso ainda.

Eu não tinha nada contra essa garota até essa história, juro... Mesmo achando ela meio estranha, achando que quando ela dá entrevistas parecia uma mistura entre o Tom Cruise na Oprah com a Mallu Magalhães brisando, eu não me importava. Não acho ela uma má artista pop também.
Sério, volta a tirar foto seminua e para de falar.

Mas nada no mundo me irrita mais do que uma pessoa fazer de conta que é algo que não é. A Britney no começo da carreira me irritava muito com todo a pose de namoradinha da América quando na verdade estava na cara que ela tinha fogo no rabo... e vamos combinar que a carreira dela deu muito mais certo quando ela resolveu assumir o tal fogo.

A Avril Lavigne é uma das cantoras que mais pateticamente tentam assumir uma imagem de algo que não são. "Olha como sou rebelde, faço rock, eu quebro tudo no shopping e critico a Britney Spears por ser boa moça". Ok, a Britney não era uma boa moça, mas nem a Avril é uma rebelde que odeia coisas de menininha.
As músicas dela são tão pop quanto as das outras cantoras que assumem pop e se bobear com bem menos qualidade.
Aí ela aparece toda cor de rosa e com aquele clipe de Girlfriend (não vou nem entrar no mérito da qualidade da música, porque né? Muito rebelde dizer "She is like, so whatever...", parece uma frase tirada diretamente da boca da Cher do As Patricinhas de Bervely Hills.), em um clipe com dançarinas e tudo cor de rosa.
Ok, a Britney também mudou... Porque estou criticando a Avril? Porque uma assumiu o discurso de biscate após assumir que não era boa moça, mas a rebelde Avril continua a querer manter a pose rockeira rebelde e isso me irrita litruz.

Outra na minha lista de "poupe-me está na cara que você está fazendo tipo" é a Ke$ha.
"Ai tô muito bêbada, causo muito e critico a Britney Spears por ser boa moça". Amiga, quando você raspar a cabeça e quebrar o carro de alguém com um guarda-chuva a gente conversa sobre o que é 'wild'.
Toda essa atitude de ser bêbada, causar muito na baladas, não ligar para o que os outros pensam não cola para mim. Acho que ficou na cara que a verdade é que ela não tem talento e que ninguém prestaria atenção a menos que ela cantasse que escova os dentes com Jack Daniels.
A Ke$ha não passa de um mash-up entre a Taylor Swift com roupas da coleção teen da Lady Gaga e fazendo que nem adolescente que vai em festa e bebe uma Smirnoff Ice e faz de conta que tá muito louco.

Por que as pessoas não param de fazer de conta que são vacas quando são boas moças e boas moças quando são vacas? Na minha opinião, é confiar muito pouco no seu talento.
Aliás, para que assumir uma imagem de uma coisa só quando nenhum ser humano é 100% uma coisa ou outra? Para que focar na imagem que você tem quando a música não devia se resumir a isso?

Crescam e apareçam... ou melhor, desapareçam. Porque o mundo da música não precisa de vocês.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Fúria do Brancatelli


Sabe quando você faz alguma coisa sabendo que vai ser ruim, e acaba sendo pior ainda?
Quando você vai dar aquela má notícia a alguém, terminar um namoro, tomar aquele remédio estranho, ficar de porre...
Pois é...

Passei por isso na última sexta.
No cinema.

Afinal, se fosse depender das críticas, eu definitivamente não teria gasto 20 reais para assistir Fúria de Titãs!!
Teria gasto em algum livro, usado pra jantar, doado aos pobres, usado como papel higiênico, queimado... qualquer uma dessas opções teria sido melhor.
Mas não. Resolvi arriscar a sorte naquela noite.
Quem sabe eu não me surpreenderia.

E me surpreendi!
Me surpreendi de tão ruim!

Vale dizer que o filme é uma refilmagem de um filme tosquíssimo do começo da década de 80, que se tornou um clássico extremamente divertido da Sessão da Tarde.
Ao assistir a refilmagem, a impressão é de que os produtores quiseram fazer alguma coisa TÃO TOSCA quanto o filme original.
Mas homenagem tem limite...

A história é a de Perseus, filho de Zeus com uma mortal, que se vê envolvido em uma revolta contra os Deuses ao mesmo tempo que tem que defender a cidade de Argos do terrível Kraken, monstro criado por Hades.

Certo, primeiro vamos dar uma lição de história aos roteiristas do filme.
Hades, o Deus do mundo dos mortos (e não do Inferno, ou da morte, ou coisa do tipo) nunca foi mais vilanizado pelos gregos que qualquer outro Deus. Ainda assim, o filme insiste em coloca-lo como vilão, uma espécie de Loki, uma espécie de Diabo. Nada mais longe da verdade. Assim como Zeus era o Deus do céu e da terra e Poseidon comandava os mares, Hades era soberano do mundo dos mortos, tão amado e temido quanto qualquer outro Deus.
E é necessário dizer que, ao contrário do que o filme vende, Hades nunca foi "traido" por Zeus. Bobagem (ou ignorância) das grandes.

Agora sim podemos falar de todas as falhas do filme! \o/

O roteiro é chato demais.
História entediante, diálogos patéticos, personagens sem carisma...
Qualquer cena que não tenha um mínimo de ação é um verdadeiro convite ao sono.

As atuações são tristes.
A direção de atores é de uma inexistência capaz de causar inveja ao George Lucas.
Ainda que tenha bons atores, o filme mais parece aquelas peças de teatro que alunos do primário organizam para o dia das mães, sabe...

As cenas entre os Deuses são constrangedoras.
Com suas armaduras brilhantes, reunidos em uma nuvem, eles mais se parecem com Cavaleiros do Zodíaco que com Deuses. Era possivel escutar risadas tímidas no cinema, como se as pessoas estivessem indecisas se aquilo era ou não era uma comédia.
Constrangedora também é a cena em que Zeus fica surpreso ao saber que tem um filho entre os mortais... PORRA, ZEUS TRAÇAVA QUALQUER COISA QUE SE MEXIA!!! Devia é estar surpreso pelo seu filho não latir!

Os efeitos especiais são dignos de pena.
Compare a luta com os escorpiões gigantes com qualquer coisa já feita na nova trilogia de Star Wars! Repare na maquiagem dos Djinn e em como parece que colocaram uma máscara do Megatron, dos Transformers, no pobre coitado do ator! Tente encontrar algum traço de naturalidade na Medusa, que mais parece saída de um jogo de video-game!
Em tempos de Avatar, os efeitos-especiais de Fúria de Titãs parecem tão ultrapassados quanto os do filme original.

Mas claro que nem tudo é ruim.
O filme até consegue empolgar no final.
Seu grande trunfo, sem dúvida nenhuma, é a cena do Kraken, que é tudo aquilo que você esperava... que dura cerca de 5 minutos e que já tinha revelado toda a graça no trailler! E no pôster!! É aquilo, e nada mais...
Quer dizer, até o melhor do filme consegue decepcionar!!!

O filme também foi convertido em 3D na pós-produção, por conta do sucesso de Avatar.
O resultado foi algo extremamente mal-feito, com falhas gigantescas, que tornam as cenas de ação confusas e acabam com as únicas coisas boas do filme.
Provavelmente os produtores pensaram "Vamos colocar tanto as cópias em 2D e 3D nos cinemas. Assim, quem sair do 2D vai achar que a versão 3D deve ser melhor, e quem sair do 3D vai achar que a versão 2D é melhor. Daí ninguém vai achar o filme ruim, vai apenas acreditar que... não assistiu a versão certa! Brilhante!!"
Não se engane. Se for pra assistir, assista a versão 2D.

Aliás, assista em casa, com os amigos.
O melhor de assistir a um filme ruim é poder comentá-lo.
E você ainda pode fazer piadas do tipo "ei, quando é que o Paulo Mikloes e o Branco Mello vão aparecer? Háháááááá!!"
Recomendo!



Podem até me chamar de exigente, e eu sou mesmo!

Depois de Avatar, todo o público se tornou mais exigente.
Os produtores de cinema também deviam se tornar...