Ontem eu assisti Juno pela segunda vez. O bom de assistir um filme mais de uma vez é poder dar mais atenção a outros detalhes, aqueles que passaram meio despercebidos... aquela piadinha que você não pegou direito, aquele cara fazendo algo nada a ver no fundo da cena... No caso de Juno, eu acabei prestando atenção na trilha sonora. (Arrá...te peguei...achou que seria um post sobre o filme hein?hein?)
Eu sinceramente nunca dei muita bola para trilhas sonoras, nunca fico prestando muita atenção nelas durante um filme... na verdade, uma vez li uma entrevista (não me lembro de quem, sorry.) em que a pessoa tal dizia que quando o espectador nota muito a trilha sonora durante o filme é porque ela não foi bem feita... significa que você (que a fez) não conseguiu integrá-la direito a história. Ela acaba se destacando mais que o filme em si e não é bem essa a intenção.
Juno traz na sua trilha músicas que têm a mesma fórmula que seus personagens... a primeira vista você estranha, vai se acostumando até parecer que são suas velhas conhecidas e quando menos percebe você se enxerga nelas.
Para mim foi tão surpreendente gostar das músicas quanto do filme. É simplesmente um tipo de música (e filme) que eu não estou muito acostumada a querer ouvir (ver) mais de uma vez.
Umas das principais responsáveis pela escolha da trilha sonora acabou sendo Ellen Page (a atriz que interpreta Juno), num certo momento o diretor lhe perguntou o que ela achava que seu personagem escutava e ela respondeu: Moldy Peaches... Assim que ela colocou uma música para tocar ele achou que eram perfeitas. Logo depois de discutir o assunto com a roteirista, ligou para Kimya Dawson, a parte feminina da banda, e ela lhe enviou algumas coisas de seu trabalho solo. Kimya acabou sendo peça chave da trilha... ela aparece com 5 músicas solo, duas do seu trabalho no Antsy Pants e uma do Moldy Peaches.
As músicas solo de Kimya parecem sair de dentro de Juno, letras profundas, cheias de complexidades e com uma certa acidez cantadas com uma voz quase adolescente transformam a personagem principal do filme
Nas 4 músicas de apresentação temos a música de abertura do filme: 'All I want is you' (do Barry Louis Polistar)... que eu já vou avisando, assim que você assistir Juno... nunca mais vai conseguir ouvir essa música sem visualizar uma garota de casaco vermelho carregando uma grande garrafa de suco de laranja andando pela cidade. A segunda é 'Rollercoaster', a primeira música de Kimya que aparece no cd e representa a montanha-russa em que a garota se vê depois de descobrir que está grávida... Depois vem a apresentação do personagem de Michael Cera, Paulie Bleeker, a canção escolhida foi 'A well respected man' do The Kinks, música melhor para falar sobre o personagem viciado em tic tac de laranja não poderia ter. Fechando a apresentação temos Buddy Holly com a declaração de amor em 'Dearest', música poderia muito bem ser do Bleeker para Juno.
O outro responsável pela trilha é Matt Messina, que já tinha trabalhado com o diretor em Obrigado por fumar, ele acrescentou alguns elementos ás músicas de Kimya e compôs uma música para o cd: 'Up the spout'. Uma melodia curta, que parece representar um momento de reflexão da personagem... Uma transição...
Enquanto as 4 primeiras músicas apresentam os personagens e a situação, as que tem após a música de Matt desenvolvem a história.
No desenvolvimento musical da história temos, além das músicas de Kimya...
Sonic Youth com uma versão de uma música do Carpenters: Superstar. A música é citada no filme por Mark (futuro pai adotivo do filho de Juno). Então a música vem no cd ilustrar o relacionamento dos dois, que acabam criando um laço forte na história.
Temos os FOFOS do Belle & Sebastian com duas músicas: 'Piazza, New York Catcher' e 'Expatations'. Na primeira eles propõem uma fuga... que é justo o que Juno precisa para se 'livrar' de seu problema e acaba encontrando na adoção essa 'fuga'. Na segunda basicamente fala sobre situações conturbadas na escola, como as que a garota enfrenta ao desfilar com seu barrigão pelos corredores...
"All the young dudes' do Mott the Hoople fala sobre...ahn...All the young dudes? É só um retrato desses caras jovens, dessa galerinha jovem sabe? (desce uma rodada de suco ae pra galera!)
Cat Power, que entrou na trilha como indicação da Ellen Page também mas teve um pouco de relutância do diretor do filme. A declaração parece caber no momento
Antsy Pants aparece pela primeira vez no cd com 'Tree Huger', a letra fala sobre sempre querer ser algo diferente, mas com uma inocência e delicadeza. Um pensamento que qualquer adolescente normal já teve...
Seguindo vem o Velvet Underground com 'I'm sticking with you', que pra mim ilustra perfeitamente o momento de Juno e Bleeker no hospital... onde ele a abraça como se dissesse "I'm sticking with you..."
Finalmente temos o Moldy Peaches e a música escolhida foi "Anyone else but you' e é o tema do casal Juno e Bleeker, uma letra sem declarações melosas e ao mesmo tempo extremamente romântica... assim como os dois. Não tem como não se apaixonar pelos dois, pela música e pelo Michael Cera...
A outra do Antsy Pants é a 'Vampire', que tem uma sonoridade completamente infantil, no filme ela aparece só nos créditos... tenho a impressão que ela vem com a mensagem de que por mais coisas que ela tenha passado, por mais afiada que seja sua língua e por mais despreocupada que ela goste de parecer, Juno não passa de uma criança.
O cd fecha com chave de ouro trazendo a versão feita pelos personagens da música do Moldy Peaches, que é adoráááááável!!
Concorde, discorde, ignore, xingue (lembre-se que xingar a mãe não vale!)... O importante é que gostando de Juno ou não, você deve gastar uns minutinhos apreciando sua trilha sonora.
domingo, 29 de junho de 2008
Um filme contado em músicas...
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Móveis o quê??? Da onde???
Em primeiro lugar, a cerveja do Coppola Music é MAIS que 5 reais. Depois, a primeira banda da noite (que eu prefiro não citar o nome) empolgou um pouco apenas numa versão xinfrim de O Vencedor, e passou o resto do show escutando o público gritando "toca Pierrot!!!". Somando isso ao fato de eu não ter comido nada o dia todo e de termos ficado mais de duas horas e meia de pé em um frio bizonhamente doloroso, esperando as portas do Coppola se abrirem 2 horas depois do horário anunciado no ingresso... bem, nós não estavamos muito felizes.
Tudo bem, podem me chamar de chato, de cri-cri, de sem-graça...
"Ah, mas esse Brancatelli é muito fresco, jesuis!"...
Mas tudo isso é só pra mostrar a surpresa que eu tive no segundo e principal show da noite.
Eis que surgem no palco 9 caras...
Sim, eu disse 9 CARAS... em um palco até humilde.
Tocando uma mistura de rock, ska, samba, funk, salsa... com os 9 malucos que formavam a banda Móveis Coloniais de Acaju dançando e correndo pelo palco como se estivessem possuídos pelo ritmo.
E eu estava lá embaixo, olhando aquele caos generalizados, e me sentindo completamente contagiado por tudo aquilo.
Apesar do pequeno espaço e da música cheia de metais e outras coisas que devem entrar de maneira sincronizadíssima (são dois sax, uma flauta, um teclado, uma guitarra, uma bateria, um baixo, um trombone e um vocalista), eles não tocavam parados, limitados cada um ao seu quadrado. O palco era de todos, numa confusão que contrastava com a música perfeitamente executada.
E que música! Seja indo de Los Hermanos (Do Mesmo Ar) a Ray Charles (Swing Hum e Meio) ou de Froid (Seria o Rolex) a Kafka (Gregório), a banda conseguia NÃO se perder no meio de tantas influências, criando letras inteligentes e bem-humoradas unidas com ritmos divertidos e empolgantes.
E a felicidade deles enquanto tocavam... impressionante como é perceptível quando essa "felicidade" é mecânica e quando ela é sincera. E a sinceridade do Móveis é algo quase palpável, seja na felicidade em tocar em um palco minúsculo mesmo depois de já ter tocado em festivais prestigiados ao lado de bandas como Weezer, Ultrage a Rigor, Magic Numbers e outras, seja no amor que sentem pelas suas músicas que eles já vêm tocando incansávelmente desde 1998, ainda que tenham lançado apenas em 2005 seu único CD (chamado Idem) e que teve, em seus primeiros 10 dias, 2 mil cópias vendidas, ou seja na interação com seu público. Como disse minha amiga Renatinha, uma das melhores coisas do show era o sorriso do vocalista André Gonzáles.
Saindo do Coppola naquela madrugada congelante, cansado, com fome e tendo gasto 20 reais em duas míseras cervejas, eu só conseguia me sentir extremamente satisfeito.
Satisfeito por ter assistido um show sensacional.
Satisfeito por ter gasto meus últimos 15 reais no CD do Móveis Coloniais de Acaju.
Satisfeito por ter um assunto bem bacana sobre o qual escrever aqui no Two Cold Fingers.
Mas principalmente satisfeito por lembrar que existem sim bandas que não tocam com a cabeça no dinheiro, e sim com a música no coração.
No meu post anterior, a minha amiga Mary West comentou que anda realmente sem vontade de conhecer bandas nacionais.
Nesse aqui, eu peço encarecidamente que ela encontre essa força de vontade.
Porque tem muita coisa boa que merece uma chance, e o principal vilão da música popular brasileira de qualidade é o próprio público brasileiro...
domingo, 22 de junho de 2008
O ano em que a Renatinha faliu.
Sério...acho que vou ter um treco antes do fim do ano com tantos boatos de bandas fodas vindo pra cá...!E estou tentada acreditar na maioria delas desde que ficaram comentando mil anos sobre a vinda do Muse e aí está...confirmado! Em julho os fãs de Muse terão oportunidade de ver a banda que é considerada uma das melhores ao vivo.
Falando em bandas boas ao vivo, no blog da Ilustrada saiu uma matéria falando de um novo festival que terá
Franz Ferdinand parece ser presença quase confirmada no TIM, já que a data que eles estarão no Chile bate com a do evento, e a banda já tocou aqui em parece ter gostado muito. Para o mesmo evento temos a confirmação de Gogol Bordello e os boatos de Amy Winehouse e Beirut. Acredito que o festival que ano passado trouxe atrações absurdamente fodas (ainda suspiro lembrando do show do Arctic Monkeys...) não vai me decepcionar esse ano na questão atrações... Sem contar o boato de que vem o MGMT, que é uma das minhas novas paixões...
Pro Festival Indie Rock saíram alguns nomes que até onde tenho informações estão praticamente confirmados: Broken Social Scene, The Futureheads e Vampire Weekend. (Futureheads confirmadissimo no sites oficial deles... e as outras bandas com datas vagas no período do festival...). Sinceramente não conheço muito as duas primeiras mas digo que Vampire vale a pena viu?! Com um som bem diferente e divertido eles vem tomando conta da cabeça dos britânicos, estão nas paradas e em toda edição da NME alguma coisa sobre eles é mencionada...tem gente que diz que é muito hype pra pouca banda...mas sinceramente, recomendo.
Daí ainda temos o Planeta Terra... que corre na boca pequena... Kaiser Chiefs praticamente confirmado e Kooks com muitas possibilidades de dar as caras... que eu realmente espero que seja verdade (ambas as bandas). Sabemos que entra as atrações nacionais temos o fenômeno Mallu Magallhães, com seu folk meiguinho e Marcelo Camelo (do Los Hemanos) com seu cd solo.
Estou adorando esses festivais que estão rolando no Brasil, mais legal ainda surgirem mais... Daí rola uma competição...um querendo trazer bandas mais legais que o outro, um querendo fazer a organização melhor que o outro (espero que o TIM melhore esse ano, a organização ano passado era RIDÍCULA! Enquando dizem que o Terra chutou bundas nesse quesito...). Sem contar que tô me sentindo na Europa né?! Com aquele bando de festival, bando de banda foda, sorte que a aqui não precisamos ficar de galocha na lama durante os shows...
[Todos os nomes de bandas são links do myspace das mesmas, eu não ia deixar vocês na mão não é mesmo?!]
PS: Oi, alguém sabe de compradores do mercado negro de orgãos? Eu definitivamente precisarei vender todos os meus pra ir em todos esses shows...!quarta-feira, 18 de junho de 2008
Senhor D e a Independência!!!
terça-feira, 10 de junho de 2008
Todo Carnaval Tem Seu Fim...
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Ritmo Quente
Você é daqueles que odeia carnaval porque só tem gente pelada e putaria? Você acha desfile um saco, porque demora horrores?
Você já tentou observar direito o Carnaval? Já se deu ao trabalho (se é que podemos chamar de trabalho) de ir ao sambódromo ver de perto um desfile?
Eu já. Eu posso dizer que não me arrependo nem por um minuto! Foi uma das coisas mais lindas que já vi.
A batucada entrou na minha vida quando entrei na faculdade, grande parcela dos meus amigos entrou para a bateria da faculdade e eu me divertia indo nos meus sábados pós-aula os ver ensaiar no vão do Masp... Eu já achava divertido ver aquela bateria tocar, não sei explicar o motivo... nunca me interessei por nada disso antes. Vieram os jogos universitários no segundo ano e eu me apaixonei pela bateria da faculdade de vez, o ritmo completamente contagiante e que botava todo mundo pra pular e se esgoelar torcendo pelos times (péssimos) da faculdade.
Alguns dos meus amigos viraram freqüentadores de escola de samba, mais especificamente da Mocidade (que é a escola que toca com a nossa bateria) e eu fui convencida a ir à quadra num determinado domingo.
Domingo que me mudou. Domingo que botou abaixo alguns dos meus preconceitos musicais. Domingo que meu coração bateu no ritmo da batucada.
Foi divertidíssimo, ouvir uma bateria de escola de samba tocando pertinho de você é uma das coisas mais emocionantes que já passei. Ver todas as pessoas da comunidade ali na quadra, pessoas que fazem daquela escola sua razão de viver. Um momento único pra mim. Só que eu não sabia que passaria por emoções maiores...
Veio o carnaval seguinte e meus amigos sambistas me convidaram pra ir assistir os desfiles ao vivo, sem pensar duas vezes, eu topei. Alguns fins de semana antes, eles me levaram num ensaio técnico e eu... “desfilei” pela escola! Foi tão maravilhoso passar por aquela avenida cantando o samba, ali pertinho da bateria... Uma emoção que eu tenho certeza que não agüentaria se fosse pra valer.. .se eu olhasse em volta e visse as arquibancadas lotadas...
Lá fui eu no dia dos desfiles oficiais, achando que ia dormir durante as escolas, porque tipo...quando é na tv... na segunda eu já capotei no sofá. Mas lá...Não dá! Impossível... Você fica atordoado por cada detalhe dos carros, pelas fantasias, embasbacado pelo mestre sala e pela porta-bandeira... Claro, existem escolas maravilhosas e outras nem tanto...mas isso é normal em qualquer coisa.
E quando a bateria passa por você, e mais que isso... Faz suas manobras mirabolantes...tocando aquele ritmo que faz seu coração disparar de emoção... é lindo. Você sente orgulho do carnaval...!
Se você está aí achando que carnaval é só bunda e peito, olhe bem... veja que o carnaval é uma festa linda, que sim...tem bunda e peito, mas também tem muito amor e suor daqueles que fazem daquilo sua paixão! Tem muito trabalho pra criar um desfile que dê orgulho aos participantes da escola, tem muito ensaio de bateria, tem muita técnica...
Dê uma chance pra batucada, você não vai se arrepender...!
E olha que isso é só uma opinião de uma garota que viu tudo de fora, que não sabe o que é amar uma escola e que não sabe nem tocar um tamborim! (acredite, eu tentei...)
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Review - Red Album, do Weezer
Na época, eu tinha escutado as 8 músicas umas duas ou três vezes.
O disco foi lançado alguns dias atrás... isso é, além das 8 músicas vazadas, ainda tivemos a chance de escutar duas músicas "oficiais" e outras 4 lançadas na versão Delux do CD.
E agora que eu já escutei as músicas alguns milhões de vezes, acho que já estou pronto pra escrever um review honesto e imparcial...
E é com toda essa honestidade que eu me sinto capaz de dizer:
- A "prepotência" continua na faixa seguinte, devidamente chamada The Greatest Man That Ever Lived. A música, de quase 6 minutos, só pode ser definida com uma palavra: Épica! Parece que a cada 30 segundos a música ganha um andamento diferente, indo desde um gangsta-rap até um coral a capela no melhor estilo Beach Boys (contei 10 estilos diferentes). É sério, só conseguirá entender este parágrafo quem escutar a música. Algo que eu nunca imaginaria escutar na voz do senhor Cuomo. A letra perde um pouco do sarcasmo da faixa anterior e ganha mais crítica. Um Weezer crítico? Exatamente, como prova a próxima música...
- Pork and Beans é o primeiro single e também a terceira faixa do CD. Acho que tudo o que eu podia falar já foi falado nesse post aqui - http://twocoldfingers.blogspot.com/2008/04/volta-dos-nerds.html - mas preciso dizer outra coisa... meu Deus, essa música é perfeita!!! Rivers Cuomo abandona o personagem convencido das canções anteriores e cria um retrato sincero da industria musical de hoje. O resultado é uma crítica bem divertida aos produtores e às gravadoras que tentam moldar o artista até criar a imagem mais comercial possivel.
- Em seguida vem Heart Songs, onde Rivers canta como se estivesse refletindo sobre tudo o que formou o músico que ele é hoje. Desde suas influências até a gravação do primeiro album... e passando por uma homenagem ao Nevermind, do Nirvana, provando o quanto a banda grunge foi importante para o surgimento do Weezer. A melodia é bem simples, mas de uma beleza discreta que, quando notada, torna esta uma das melhores baladas já criadas pelo grupo. Vejo essa canção como uma continuação direta da música In The Garage, do primeiro album da banda.
- Muita gente disse que a quinta faixa, Everybody Get Dangerous, é uma tentativa do Weezer de ser um Red Hot Chili Peppers. Eu juro que não entendi essa afirmação. É uma música divertida, engraçada, que não foi feita para ser levada a sério (apesar do final humoristico-filosófico). Foi criada para o filme Quebrando a Banca, mas não foi incluida na trilha sonora. Lembra muito uma fase mais despretensiosa da banda, assim como a próxima música...
- Dreamin tem uma letra ingênua, como se fosse uma criança refletindo sobre a vida. A melodia já não segue esse caminho, principalmente a partir do momento que a voz do baixista Scott Shriner aparece na música, em sua parte mais calma. Na minha opinião, a melhor do CD!!!
- Though I Know é cantada pelo guitarrista Brian Bell (a música foi escrita por ele para seu projeto paralelo, o The Relationchip). É divertida, mas nada surpreendente...
- Assim como Cold Dark World, cantada por Scott Shriner. A música não decola em nenhum momento, a letra em certos momentos não encaixa muito bem na música... não é uma canção ruim, mas quebra demais o ritmo do album.
- A nona faixa é Automatic, simpática mas cansativa, cantada pelo baterista Pat Wilson. Mesmo assim, tem alguns riffs bacanas de guitarra e levantam o astral depois do desanimo causado pela música anterior.
- A última música do CD, como é de costume do Weezer, é uma balada. Mas ainda assim, é uma balada totalmente diferente de qualquer balada já criada pela banda. Ela começa extretamente calma e leve, apoiando-se durante boa parte de sua duração em uma mesma melodia, meio arrastada... mas acompanhada sempre por um "crescente" instrumental, que culmina em uma distorção final e um peso inimaginavel no começo da música.
- Agora só me expliquem uma coisa: como alguém consegue criar uma música tocante sobre... UM PORCO? A segunda faixa-bônus é exatamente sobre isso. A vida de um porco, dos tempos que ele brincava com seus amiguinhos na lama até seu leito de morte. E a música é boa! É muito boa!!
- Quanto à próxima faixa-bônus, The Spider... eu confesso, achei meio entediante. Mas não escutei muito essa música, então talvez eu apenas precise de mais tempo.
- O bônus da versão Deluxe fecha com a canção King, cantada de novo por Scott Shriner. Ela parece meio chatinha no começo, mas me pegou de jeito a partir da sua metade. E posso dizer que é sim uma ótima música! Fecha com chave de ouro essa versão do Red Album.
De 1994 pra cá, o Weezer criou uma máxima entre seus fãs:
Até mesmo quando o Weezer é ruim, ele é bom!
Depois de provar o rock de garagem no Blue Album, um album mais pessoal em Pinkerton, o pop simples no Green Album, o heavy metal no Maladroit e uma "volta às origens" no Make Belive, o Weezer agora se mostra uma banda mais complexa e completa, unindo tudo aquilo que aprendeu depois de 17 anos desde a sua formação em um único album.
Desde uma crítica ao mercado fonográfico até uma revisão de toda sua carreira...
Desde um amor por uma secretária até o amor por um anjo...
Desde o mundo sendo visto pelos olhos de um homem maduro até o mundo nos olhos de uma criança...
E até de um porco!
Rivers Cuomo não tem mais todo o controle criativo da banda; todos compuseram e todos cantaram no Red Album, com alguns resultados surpreendentes, outros nem tanto.
E é exatamente isso que queriamos ver no Weezer!
Eles se arriscaram, de um jeito que só haviam feito durante a passagem do primeiro para o segundo CD.
Do mesmo jeito que a crítica destruiu o album Pinkerton, ela não vem sendo muito favorável com esse sexto album da banda...
domingo, 1 de junho de 2008
They're gonna steal your skies...
Poucas vezes uma banda arrebatou meu coração com tanta rapidez e intensidade quanto The Kooks...
Bastou alguém indicar, eu carregar um vídeo no youtube e a paixão começar. Em menos de um mês eu tinha milhares de músicas deles no computador (sim, eles só tinham 1 cd, mas e as b-sides e os ao vivo?), milhares de vídeos, sabia a história de cór e banda ganhou posto no meu top 5 de bandas preferidas (e continua lá...firme e forte!).
Juro que não sei se foi o sotaque puxado nas músicas, a voz arrastada do vocalista Luke Pritchard, o baterista lindo ou as músicas mais leves do que o que as bandas britânicas vinham trazendo que causaram isso... Só sei que Kooks se tornou um vício... a melodia é contagiante e as letras ficam na cabeça! É uma das bandas que mais reúne ingredientes para o sucesso.
Eu tive medo...(já falei sobre meu medo de segundo cds né? Sempre tenho medo dos segundos cds das bandas que fazem muito sucesso, vai que elas perdem a mão e fica um lixo!?)
Demorei pra ouvir o cd decentemente (mais de uma vez, porque sempre preciso ouvir um cd mais de uma vez pra decidir minha opinião sobre o mesmo), prestando devida atenção e analisando.
A minha conclusão é de que "Eba! O cd é bom!", não posso negar que acho o primeiro melhor...ele consegue trazer uma seqüência incrível de músicas me fazendo desanimar apenas nas duas últimas... (o segundo não me decepciona nesse quesito, também não gosto da última...ê mania de enfiar reggae no cd!) mas o segundo traz músicas que me fazem lembrar da paixão do primeiro cd. Logo a primeira de trabalho, "Always where I need to Be" (que é uma velha conhecida minha, pois eles já vinham tocando ela em shows) é genial... o cd também conta conta com GAP, Do You Wanna e Down to the Market que me trazem a certeza de que eles tiveram mais que sorte de principiante, os garotos de Brighton tem talento!
Agora, a grande surpresa é que depois de um sucesso muito modesto no Brasil (mesmo tendo explodido já no primeiro cd nas paradas britânicas e norte-americanas), o Konk foi lançado em versão nacional! (o primeiro só importado...)
E não é só isso... TODAS as criticas que li do cd em revistas nacionais foram positivas... Bom sinal pra quem, como eu, espera um show deles por aqui...Os boatos da vinda deles pra algum dos festivais desse ano crescem cada dia mais. (Lucio Ribeiro disse que o Hugh, guitarrista da banda disse que eles vem pro Brasil esse ano, mas bom... sabe né?!O que ele fala não se escreve...)
Agora só me resta ficar no aguardo e economizar dinheiro! (porque se vierem metade das bandas que estão dizendo, estou ferrada!!)