domingo, 30 de agosto de 2009

Semana agitada (ou não).


Essa semana o mundo da música foi agitado por várias notícias (não necessariamente relacionada à música).

Teve o tal do sumiço do Belchior.
Legal que a família vem dizer AGORA que há 2 anos não fala com o cara. AGORA?
Se eu fico duas semanas sem conseguir manter contato com alguém que eu geralmente mantinha já vou ficar super preocupada.
Mas tudo indica que ele foi dar um rolê ao redor do mundo.
Já que deixou o carro no estacionamento do aeroporto e fãs já tiraram fotos com ele em lugares como o Chile, por exemplo.
Já fez até show...!
Só deus sabe o que motivou ele a sair assim, sem avisar... Mas cada um com seu cada um né?

Ficou provado que o médico do Michael o matou.
Tá, sério... Alguém tem dúvida que o Michael pagava o cara pra dar doses a mais do remédio?
Ele era viciado, ora bolas!
Agora o infeliz será eternamente marcado como o assassino do MJ.

Teve o fim da parcerio dos irmãos attention whores Gallagher.
Noel escreveu no site da banda que era com tristeza e grande alívio que deixava o Oasis e que não aguentava mais o Liam.
Meu, algum dia ele aguentou? Ele se odeiam desde sempre e acho sinceramente que durou foi muito essa banda do tanto que um reclama do outro.
Isso se não foi um baita golpe de marketing, já que eles adoram transformar tudo que fazem num grande evento através de discussões, xingamentos e afins.
Não dúvido que eles estavam afim de dar um tempo e resolveram inventar essa palhaçada.
De qualquer forma, pra mim não é uma grande perda e acho que o tanto que eles podiam contribuir na música já foi feito.
Só espero que o Oasis não tenha a pachorra de tentar seguir sem o Noel, nem faz sentido uma coisa dessas.

Agora que mais chacoalhou e agitou o mundo(ou pelo menos o meu twitter) foi a polêmica sobre a Revolta de Acaju.
A banda Móveis Coloniais de Acaju dizia que tinha esse nome por causa dessa tal revolta. Contavam toda uma história rica em detalhes, mas quando recentemente historiadores foram consultados... ninguém sabe nada disso.
O que você pensa?
Que trote bem feito! Ninguém nunca tinha parado pra se perguntar se era verdade ou não e simplesmente ficou a história.
Você ía rir e bola pra frente, certo?
É, mas a revista Época não.
Deu uma de criança quando fica bravinha porque caiu numa piada e fez uma matéria "atacando" a banda e mostrando completa falta de bom humor.
Dizendo que a revista acreditou de boa fé na banda e não foi confirmar os fatos, que era uma falta de respeito criar um boato assim...
Tudo que eu via enquanto lia era uma criança fazendo bico.
A banda fez um post muito bom no seu site, onde lembravam todas as lendas relacionadas a bandas e cantores (Ozzy comendo morcego, Paul McCartney já morreu,...), coisas que ninguém nunca se revoltou contra e mostrando o quanto era sem razão a tal matéria.
A verdadeira revolução se fez no twitter com todo mundo postando '#revoltadoacaju #euacredito'.
Melhor pro Móveis, que ganhou uma baita divulgação.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

20 Anos Depois...

"A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal."
Raul Seixas


Dizem que, nos seus últimos meses de vida, Raul tomava um copo de vodka com suco de laranja logo ao acordar. E só Deus sabe o quanto ele bebia durante o dia. Tudo isso resultou para que seu coração parasse no dia 21 de agosto de 1989.
Raul Seixas morreu sozinho, deitado em sua cama, abraçado a um disco do seu ídolo Elvis Presley.

Eu já tive minha fase Raul Seixas, lá pelos 12 anos.
Muitas pessoas ainda o subestimam, como já acontecia na sua própria época. Mas basta escutar algumas poucas músicas para perceber toda a genialidade do artista, seja misturando rockabilly e baião em clássicos como no genial amálgama "Blue Moon of Blue Moon Of Kentucky/Asa Branca", seja com letras inspiradas e autobiográficas, seja nas célebres parcerias com Paulo Coelho, Marcelo Nova e vários outros, ou seja divulgando o conceito da Sociedade Alternativa.
Todas as dúvidas quanto ao talento do músico caem ao se escutar pérolas como "Ouro de Tolo", "Metamorfose Ambulante", "A Maçã", "Gita", "Medo da Chuva", "Tente Outra Vez", "Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás", "Metrô Linha 743", "Tu És O M.D.C. Da Minha Vida"... músicas que conseguem fazer rir ao mesmo tempo que fazem pensar, a maioria cantada em um tom confessional auto-biográfico tão forte que é impossivel pensar que aquilo tudo não aconteceu com ele.

Independente do gosto, quem diz que não conhece Raul Seixas apenas confessa que não conhece o rock nacional.
Ele é um dos nossos artistas mais importantes, e seu legado se mantém forte até hoje, em um nível que provavelmente nem mesmo ele já imaginou alcançar.
Raul saiu da vida para se tornar um dos nosso maiores ícones, permanecendo vivo no imaginário de todo um país por meio de suas músicas e suas idéias, sua criatividade e sua repulsa em ser alguém normal.

O maluco beleza, a metamorfose ambulante, o canceriano sem lar, a mosca que pousou na sua sopa, o místico, o bruxo, o cowboy fora da lei, o carimbador maluco, o Judas, a dona de casa, o filho que ainda não veio, o início, o fim e o meio...

Toca, Raul...!

sábado, 22 de agosto de 2009

A música do lado de fora dos fones.


Essa semana eu usei meu trajeto casa-trabalho-casa para ouvir uma música diferente.
A música das ruas.

Não estou falando de músicos de rua, não... Estou falando dos sons da cidade.
O barulho dos carros, as (odiosas e incansáveis) buzinas, as conversas ouvidas pela metade (ao vivo ou por telefone), assovios, os toques de celular, a chuva, os passos dos apressados e os dos lentos também, o tilintar de copos e pratos, as televisões do bares, os elevadores, as portas, as risadas, choros e até a música funk ou rap dos sem noção que acham que todo mundo no ônibus quer ouvir as merdas que eles escutam.

Tudo isso formando a sinfonia da cidade.
Uma sinfonia sem maestro.
Uma sinfonia que nunca é igual, o som de hoje não é o de ontem e nem será o de amanhã... mesmo que sempre compostos pelos mesmos elementos, é tudo sempre diferente.
Uma sinfonia que nunca para, como se alguém tivesse esquecido o "repeat" ligado. Logo quando você acha que a música vai acabar, que tudo acalma e que o som diminui... começa tudo de novo.

Tudo isso criando os sons da vida. Os sons que esquecemos de escutar, aliás... que muitas vezes fazemos questão de esquecer que estão lá.

Eu amo meus fones de ouvido e o que eles me trazem, mas sempre é bom tirar um tempo para ver como anda o mundo lá fora.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Flashback Musical


Vou confessar, o post da Renatinha me inspirou a fazer o meu próprio "flashback-musical"!!
Por mais constrangedor que seja...
(ah, e sem links pras músicas. vcs lerem sobre isso já é constrangedor, não vou fazer vcs escutarem também!)

Uma das minhas memórias mais antigas (tirando coisas como Balão Mágico e Trem da Alegria) é escutar no carro, indo pra escola, uma fita cassete de músicas sertanejas que minha mãe teimava em enfiar goela abaixo em mim e no meu irmão (e a gente adorava, lógico!). E tenho uma vaga lembrança da trilha sonora da novela Sassaricando, de uma fita cassete da Daniela Mercury, e de alguma coisa do Chico Buarque...
Eclético? Pode apostar!!

Depois dessa fase, a coisa mais antiga que eu lembro ter gostado por conta própria foi do álbum de estréia do Gabriel, O Pensador, em 1993! Eu passava horas decorando coisas como Hoje Eu to Feliz (Matei o Presidente), ou Retrato de um Playboy, ou LôraBúrra...
Pra mim, esse cara foi o maioral pelo menos até o terceiro álbum dele, Quebra-Cabeça, lá por 98. Depois disso, só escutei algumas músicas aleatórias aqui e ali.

Em 1994, meu irmão me gravou um cassete com o álbum que mudaria a minha vida pra sempre.
Era o Dookie, do Green Day, que por muito tempo foi minha banda internacional favorita!!!
Eu lembro que o auge pra mim eram as paradas no meio das músicas, tipo "Welcome to Paradise" e "When I Come Around". Caceta, aquilo tudo era muito legal, principalmente pra um garoto de 7 pra 8 anos que nunca tinha escutado rock.

Em 95 começou a minha fase Raimundos, depois de escutar o Lavô Tá Novo, segundo álbum deles. Minha primeira lembrança disso foi meu melhor amigo Raphael me mostrando o CD na sala de aula e a gente repetindo "ela gosta de saco grande pq quando balança enche o cu de terra, opa, peraí, caceta..." durante dotas as manhãs.
Daí eu descobri ainda que meu irmão tinha o primeiro CD da banda. Escutei, viciei, sai de loja em loja procurando o segundo pra comprar e foi assim que o Raimundos virou A banda, pra mim.
Pelo menos até o ano seguinte...
(Aliás, foi também em 95 que eu comprei duas fitas-cassetes que mudaram a minha vida por alguns meses: Mamonas Assassinas e Rap Brasil!!!)

Em 96, morreu o Renato Russo.
E foi quando eu realmente descobri a Legião Urbana!!
Quer dizer, lógico que eu já tinha escutado uma porrada de músicas deles, mas foi nesse ano que eu realmente me interessei pela banda, e comecei a comprar tudo sobre ela. Álbuns oficiais, coletâneas, CDs ao vivo... tudo!!!
Músicas como "Faroeste Caboclo", "Indios" e "Eduardo e Mônica" eram as que eu mais cantava (gritava) no chuveiro.
E mesmo que hoje eu perceba que eu superestimava bastante a banda, eu sempre vou lembrar que foi com ela que eu comecei a prestar uma atenção mais cuidadosa nas letras de música.

1997 foi a minha Era-Hanson.
Não acho que eu precise falar muito mais que isso, sabe...

Enfim, depois disso eu não tenho mais muita noção cronológica quanto ao que foi aparecendo.
Lembro de que "My Heart Will Go On", da Celine Dion, foi a primeira música em inglês que eu decorei, aos 11 anos (caceta, que vergonha que deu escrever isso), seguida de "Fly Away From Here", do Aerosmith.
Lembro que meu irmão acabou me apresentando coisas como Nirvana, Sublime, Kiss, Silverchair, Matchbox Twenty, No Doubt...
Sim, eu posso dizer que meu irmão moldou meu gosto musical internacional.

E daí cheguei aos anos 2000.
Logo em 2001, eu conheci o Weezer.
E dai sim eu posso dizer que minha vida não foi mais a mesma!
Seja pelas letras geniais, pelas melodias grudentas ou simplesmente pela aparência nerd incomum na maioria das bandas, o Weezer me hipnotizou de um jeito que nenhuma outra banda tinha feito comigo.

Foi em 2001 também que eu dei uma chance ao segundo álbum do Los Hermanos, o Bloco do Eu Sozinho.
Se com Legião eu aprendi a prestar atenção nas letras, com Los Hermanos eu aprendi a ama-las de verdade, como se cada uma delas de algum jeito fosse sobre mim mesmo.
E foi isso que acabou me levando a coisas como Chico Buarque (além da ajuda de uma professora de português que me emprestou vários CDs dele) e MPB em geral.
(Aliás, vale dizer que o que primeiro me atraiu no Bloco foi o fato de várias músicas se parecerem bastante com... o Weezer! Então devo isso também aos nerds californianos)

Foi também em 2001 que eu conheci (e me viciei em) Strokes.
Era impressionante o fato que TODAS as músicas daquele primeiro CD deles fossem tão perfeitas.
E se Los Hermanos expandiu minha cabeça para a música brasileira em geral, Strokes acabou me levando a coisas como Libertines, que por sua vez me mostrou todo o cenário indie.
Arctic Monkeys, por exemplo, eu comecei a escutar para preencher o espaço que o Libs deixou depois do seu fim.
E tudo isso acabou criando o que eu sou hoje.

É engraçado, isso.
De certo modo, mesmo nossos gostos mais constrangedores do passado acabaram moldando nosso gosto atual (que, no caso de algumas pessoas, continua sendo constrangedor).
Então eu agradeço pelas músicas sertanejas, pelo Sassaricando, pelo Hanson, pela morte do Renato Russo, pela LôraBúrra, pelo Titanic e pelo "opa, peraí, caceta"!
Do ridículo ao sublime, eu não estaria escrevendo para esse blog se não fosse tudo isso.

Para o bem ou para o mal.

sábado, 15 de agosto de 2009

These are my heart songs...


Foi ouvindo música no meu caminho 'trabalho-casa' (ou teria sido 'casa-trabalho'?), eu tive a idéia desse post. Na verdade, tive a ideia de refletir sobre algo e depois resolvi transformar em post.

A música que me inspirou foi Heart songs, do último álbum do Weezer. Nela Rivers fala sobre as músicas que marcaram toda sua vida em... bom, forma de música. Resultou numa música adorável e te faz sempre pensar: E as minhas 'heartsongs'?

Provalvemente tudo começou com Trem da Alegria, sério... Acho que a primeira vez que me peguei cantando músicas com o coração foi com "Pra ver se cola". Juninho Bill foi meu maior ídolo infantil.

Daí teve meu cd da Patricia Marx, siiiiiiiiim... chocou-se? Não me pergunte porque eu tive um, não me lembro... Deve ter sido porque ela já foi do Trem, minha mãe deve ter achado que eu iria gostar e bom, de fato gostei. Eu escutava bastante o cd. Minha preferia era "Gostava tanto de você", naquela época eu não fazia idéia que a música era do Tim Maia.

Bom, eu poderia omitir o seguinte e você nunca saberia... nunca teria noçããããão de que fui até a loja comprar esse cd, mas nemligoó!
Foi, senhores e senhoras... Ricky Martin. A medio Vivir era o nome do cd... meu deus, eu me esbaldava cantando em espanhol, é sério. Eu sempre achei muito bonito cantar em espanhol, junta com o fato de que o Ricky foi, é e sempre será um dos caras mais lindos do mundo (na minha opinião) e ainda por cima lembre-se que eu tinha 8 anos. É difícil escolher minha favorita nesse cd, tem desde as românticas até as engraçadinhas! Tá, acho que vou escolher "Volverás" (já aviso, é eeeeeextra brega, mas fazer o que?).

Daí teve a fase em que minha vida se resumiu em ouvir as músicas que já tinham lá em casa. Daí vieram o Bee Gees, poutz... "How Deep is Your Love" é genial. Teva ouvia as coisas que meu irmão escutava, tinha o Metallica, mas esses nunca me animaram muito... Mas "American Jesus" do Bad Religion, se tem uma música que vai começar a tocar e vai me lembrar meu irmão é essa, então de certa forma ela está no meu coração porque meu irmão também está, tipo... tendel? xD

Lá por 96 veio a época em que tudo que eu mais queria era ter o cabelo ruivo com mechas loiras na frente e meu sonho de consumo era um vestido cuja estampa era a bandeira do Reino Unido. Associou? Sim, como toda garota da minha época tive a Spice Fever! Cantei, dancei, decorei coreografia, comprei chiclete e pirulito. Todo aquele Girl Power me fez virar uma garota, digamos... mais forte, acho. Ter orgulho de ser garota sabe? Então um pouco da atitude girl power delas com "Who do you think you are?".

E foi numa contra capa de um livro das Spice que conheci ELES, aqueles que eu não escondo de ninguém que passei pelo menos 5 anos me considerando uma fã de verdade, que sei cantar 99% das músicas (incluindo b-sides!): os Backstreet Boys.
Pode rir, mas como diria o Antônio de Apenas o Fim "eles eram os Beatles das boysband".
Foi paixão a primeira vista e eles significaram muita coisa na minha vida, tenho uma melhor amiga há 11 anos e um dos nossos primeiros assuntos que gerou afinidade foram eles. As duas meio que descobrindo eles aos poucos, dividindo paixões, letras... Por falar em letras eu falo inglês hoje praticamente por causa deles, eu queria saber o que significavam as músicas... precisava aprender, daí ficava traduzindo com o dicionário, ouvindo as músicas pra aprender a pronunciar direito. Eles levaram muito dinheiro meu embora, afinal foram revistas e mais revistas, sem contar os cds (sorte que naquela época cd caro era 22 reais).
Acho que eu não seria quem eu sou hoje sem a passagem dos BSB pela minha vida.
Agora vem a parte difícil, decidir qual música deles colocar aqui, acreditem quase todas até o 'Black and Blue' eu adorava (ou adoro, sei lá). Vou ficar com a primeira que escutei vai... "As long as you love". Aliás, foram eles que me ensinaram a mandar se foder as pessoas que falavam mal do que eu escuto (não que eles já tenham dito isso em alguma música, mas eu sempre escutei gracinhas e, bom... você entenderam!).
Ainda acho que eles eram muito bons, que em música pop foram o top. Claro que não souberam que tava na hora de parar ou pelo menos se renovar, só o Kevin mostrou porque sempre foi meu favorito, além de lindo teve bom senso de sair da banda! =D
[Ó para fazer meu coração feliz, escuta "Quit playin' games" também. Aproveita e ri do clipe brega!]

Nessa onde veio 'NSync, Five e Westlife, gostei de todas. Mas a melhor desse trio era o Five, pelamor... eu e a Carol nos matavamos de alegria ouvindo Five, acho que devia ser o fato deles serem mais "badboys"... hahahaha, sei lá! Deles eu também não sei escolher, mas vou ficar com a música do clipe que fez "revelação" para Carol [/piada interna mode on]: "When the lights go out". (o video é cortado antes do fim da música, mas precisaaaaaava ser esse clipe então vou deixar assim mesmo)

Depois que eu entrei na fase boyband, virei uma apaixonada por música, devorava tudo. Ganhei meu primeiro cd de uma banda de rock, o cd era Blood Sugar Sex Magik do Red Hot, "Under the bridge" deve ter sido uma das campeãs do meu repeat.

Teve 3 Doors Down, Papa Roach, Linkin Park (que até no show fui), Foo Fighters, Green Day, Blink 182, Matchbox 20, Incubus... Todas ganharam sua parcela do meu coração.

Mas em 2001 tiveram eles, os que me levaram para o lado indie rock da força: The Strokes.
Eu fiquei louca quando escutei "Last Nite" pela primeira vez. É indescritível a sensação que tive.
Não eram mais músicas que tratavam da questão de amar alguém, de odiar o mundo, que querer fugir... The Strokes trazia (e ainda traz) todos meus sentimentos mais complexos à tona.

A partir deles, você já conhecem (graças ao blog) minhas novas 'heart songs' e vão continuar conhecendo por muito tempo, porque prometo que sempre que uma banda me agarrar e fizer meu coração bater mais rápido, segunda-feira ela vai estar estampando esse humilde blog.

Esse foi um post muito nostálgico, melhor que isso só se eu estivesse na minha casa em Itanhaém usando o mesmo pijama que tenho há uns 10 anos (e que fica guardado lá).

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pseudo-Críticas


Esse artigo deveria ter sido postado na quinta-feira da semana passada.
Porém, por fatores que eu não quero (e nem consigo) explicar por aqui, meu texto - que já estava escrito, revisado e bonitinho - foi apagado sem dó do meu computador.

Mas como o Two Cold Fingers tarda, mas num falha (ou melhor, até falha... mas corrige na medida do possível), posto agora as fantásticas, as intrigantes e muito bem escritaaaas....


Pseudo-críticas de CDs escutados em uma viagem à Campos do Jordão:


BELLE AND SEBASTIAN
If You're Feeling Sinister

É impressionante como é impossível cansar de ouvir este CD.
Com uma mistura que une Simon & Garfunkel, The Smiths e até Bob Dylan, a banda escocesa cria um pop tão perfeito que a vontade de repetir cada música chega a ser incontrolável.
Neste álbum, o segundo e mais elogiado do grupo, essa perfeição está em faixas como "Seeing Other People", "If You're Feeling Sinister", "Like Dylan In The Movies" e naquela que, na minha opinião, é a melhor do CD: "Get Me Away From Here, I'm Dying".
Unindo melancolia com letras divertidas (ou até letras melancólicas em músicas alegres), o Belle and Sebastian consegue criar músicas complexas e simples ao mesmo tempo, sabendo onde colocar cada instrumento, cada segunda voz, cada repetição.
E mesmo tendo lançado ótimos álbuns no decorrer dos anos, inclusive o sensacional o Dear Catastrophe Waitress, de 2003, este continua sendo o meu preferido!!


LITTLE JOY

Uma das minhas prováveis maiores frustrações desse fim de ano será não poder ir ao show do Little Joy aqui em São Paulo.
A banda, que conseguiu um sucesso considerável lá fora, provou que os estrangeiros não gostam só de porcarias como CSS e Bonde do Rolê. A música brasileira pode sim ser levada a sério!!
O álbum é tão curto que vc não vê o tempo passar, e quando da por si, já está escutandpo todas as músicas pela terceira vez.
Faixas como "Brand New Start", "Keep Me In Mind" e "How To Hang A Warhol" são tão simples quanto divertidas, e é aí que mora o trunfo da banda.
Diferente do Strokes ou do Los Hermanos, o Little Joy não tinha a obrigação (nem a pretensão) de alcançar alguma expectativa, ou de fazer um sucesso imediato. Apesar dos nomes famosos, era uma chance de recomeçar do zero uma banda, e talvez more aí o prazer visível do Amarante e do Moretti em continuar com o Little Joy.
Prazer que transparece em cada uma das (breves) 11 faixas.


ARCTIC MONKEYS
Humbug

Acho que não tem muito mais o que falar desse álbum novo além do que já foi falado no post da Renatinha.
O Humbug só conseguiu me agarrar mesmo lá pela terceira audição... mas é aí que vc percebe o quão sensacional é cada música!!!
"Crying Lightning", por exemplo, mostra um crescente que da todo o charme da música. "Fire and the Thud" me lembra, tanto na música quanto nos vocais do Alex Turner, algo do Pete Doherty. "Pretty Visitors" até relembra um pouco o Arctic Monkeys do passado, apenas para que o refrão prove que a banda nunca mais será a mesma.
As letras perderam a simplicidade do início da banda e agora são mais complexas, mais subliminares, mais abstratas, até. A única coisa que mantém em comum com as do primeiro álbum são que continuam geniais!!
O Alex prova aqui que ele é sim um dos melhores letristas da "nova" geração. Cada palavra encaixa perfeitamente na música, na melodia, na instrumentação.
E lógico, ele também prova ter a gigantesca sorte de estar numa banda tão boa, que transforma em ouro cada música criada por ele. Eu nunca consigo NÃO me surpreender com a bateria da banda...


LILY ALLEN
It's Not Me, It's You

Taí, essa vai ser a minha outra frustração desse final de ano.
Queria muito assistir ao show do álbum novo da Lily. Depois de um ótimo e divertido primeiro álbum (e de um show completamente bêbado aqui no Brasil, no Festival Planeta Terra), ela surgiu com esse segundo CD, menos divertido, talvez mais pop, mas nem por isso menos do que ótimo.
As letras continuam rindo da sua própria vida, envoltas por melodias fofinhas e gostosas. Mas o álbum anterior parecia ter um certo frescor, uma originalidade que ela não repete aqui (proposital ou não).
Ainda assim, é impossível escutar coisas como "Fuck You", "Not Fair", "22" ou "Chinese" (com uma forte influência da banda Keane) e não ficar com cada melodia presa na cabeça.
Portanto, menos original ou não, nada vai tira-la do posto de futura senhora Brancatelli.
Ela só precisa ser avisada disso.
(alfinetada do dia: percebam como a melodia de "I Could Say" é idêntica à do refrão do primeiro single, "The Fear"... bom, ninguém pode culpá-la de auto-plágio)


ERASMO CARLOS
Rock 'N' Roll

Adoro aqueles momentos em que vc não da nada por alguma coisa e é logo surpreendido, como uma marretada na cabeça!!
O novo álbum do Tremendão é divertidíssimo, Brasil!!!
Mesmo sendo (injustamente) considerado muitas vezes como coadjuvante do Roberto Carlos, o compositor mostra ao mesmo tempo não se intimidar e não ter que provar nada a ninguém, criando uma obra não-nostálgica e extremamente atual.
No meio de 12 faixas excelentes, destacam-se a antenada "Olhar de Mangá", a sensual e soturna "A Guitarra é uma Mulher", a pegajosa "Um Beijo é um Tiro" e a rockeira e até meio jovenguardista "Mar Vermelho".
Recomendo que todos engulam os próprios preconceitos e tirem suas próprias conclusões...


Porque, na música, nada é melhor que engolir os próprios preconceitos..!

domingo, 9 de agosto de 2009

E o projeto solo do Julian hein?



[TCF informa: Brancatelli, como bom analfabeto digital, teve problemas com seu post de quinta (insira seu trocadilho aqui:__________), então além de ficar sem sobremesa por 5 dias, ele está condenado a ter um post a menos que eu. MUHAUAHUA!]


Eu assumo: não fazia a menor ideia do que escrever aqui até 5 segundos atrás.

Vamos combinar que nessa semana não aconteceu nada muito incrível no mundo da música. Eu poderia fazer um longo texto sobre minha revolta com os preços dos shows que estão para acontecer nas terras tupiniquins, sabe... porque uma pessoa que pagou QUARENTA reais para ver The Hives acha um absurdo pagar DUZENTOOOOS para ver The Killers e CEEEEEEM para ver Little Joy (ainda mais levando em conta que eu já paguei TRINTINHA para vê-los).
Mas aí você poderia comentar dizendo "Renata, você tá reclamando do que hein? Você já viu as duas bandas...".

Tem também uma tal de uma música da Pitty que o Brancatelli (sim, ele é o encarregado do twitter mais legal do Brasil: @twocoldfingers) está fazendo questão de twittar para ninguém escutar porque é um lixo... Mas como eu segui o conselho dele e nem ouvi, não tenho muito o que declarar além do fato de que para mim 99,9% das coisas que a Pitty faz são um lixo.

A essa altura eu já corria em círculos pedindo aos céus que me desse uma luz, um assunto, uma coisinha que rendesse uns 2 parágrafinhos pelo menos...
Eis então que me dei conta que eu tinha sim um assunto!
Como assim eu não tinha vindo comentar isso aqui?
Logo com vocês, meus amados leitores...

COMO EU NÃO TINHA FEITO UM TEXTO SOBRE O PROJETO SOLO DO JULIAN CASABLANCAS???
Gente... Antes que vocês estranhem esse caps todo... Julian é o principal letrista e vocalista do Strokes e essa é minha banda favorita do universo.
Eu nunca escrevi aqui sobre eles porque me soa bem bobo "recomendar" Strokes já que você pode gostar ou não, mas com certeza você já ouviu alguma coisa deles (ou não, talvez você more numa caverna com wi-fi, sei lá). Então estou esperando um momento em especial (lançamento do novo cd, oi) para fazer um texto sobre os nova-iorquinos do meu coração.

Você já ouviu músicas e teve a sensação de que aquelas letras estão saindo de dentro de sua cabeça? Pois é, é assim que me sinto com as letras do Julian.
Somos de mundos absurdamente diferentes, mas as frases dele fazem tanto sentido pra mim... Sei lá, surreal sabe?
Bom a questão é que... veio o hiatus do Strokes.
Vieram todos os projetos paralelos dos outros integrantes, até do baixista caladão Nikolai.
E o Julian? Nada.
Fez comercial, abriu restaurante,... mas nada de projeto solo.

O que me deixou mais ansiosa foi o fato de que Julian afirmou que após o último cd estava sóbrio e que se manteria assim pra sempre, entenda que isso significa muito... Julian passava quase o tempo todo bêbado.
E isso me causou uma leve curiosidade, e até medo, de como isso refletiria nas letras dele.

Esse ano fora anunciada a tão esperada gravação do quarto cd da banda e quando todos descartaram algum projeto solo do rapaz...
TA-DAAAAAA!

Surgiu do nada o Phrazes For The Young.
Sim, é assim que se chama o álbum do Julian.
Porque logo agora? Porque quase grudado nas gravações do cd?
Ninguém sabe.

Minha expectativas?
Só tenho a sensação de que não irei me decepcionar.
Julian diz que o legal de trabalhar solo é poder correr atrás de por em prática qualquer ideia maluca que lhe der na telha... Bom, eu deveria ter medo das ideias malucas dele não?
Acho que não.
Nos primeiros cds do Strokes, mesmo com os outros integrantes, todos dizem que quem apitava mesmo era o Jules... Então sinto que posso confiar no que vem por aí.
Curiosa?
DEMAIS.
No site oficial do Julian (pode clicar, campeão!) temos uma prévia de uma música e ela me deixa otimista em relação o que vem.
Em setembro (ou antes se vazar) teremos a confirmação ou não dessa fé que estou botando no Julingus.

Mas o Julian não precisa se preocupar, mesmo que o cd seja uma porcaria, nosso casamento continua confirmado. =P

sábado, 1 de agosto de 2009

Humbug.


Permitam-me rir um momento da seguinte afirmação:
"Bom, acho que é esperar pra ver.
O Humbug será lançado dia 24 de agosto.
E podem ter certeza que a equipe Two Cold Fingers sairá na mão pra saber quem escreverá sobre ele!!! =P"


HAHAHAHAHAHA
Ele achou mesmo que tinha ALGUMA chance de ganhar de mim nessa briga? Aliás, se não fosse por mim, ele não teria no carro dele nesse momento um cd com o Humbug gravado.
Pois é, meus caros... Vazou.
Pois é... e eu? E eu desencanei de esperar o cd ser lançado oficialmente e já ouvi o mesmo umas... ahn... 300 mil vezes?

Preciso ser sincera, eu estava tremendo nas bases esperando o lançamento desse cd. Depois do novo do Strokes, esse era o lançamento que mais me deixava curiosa e insegura.
Não que eu achasse que os rapazes de Sheffield fossem incapazes de produzir um bom álbum, loooooooooonge disso. Mas temos que lembrar que eles vinham de uma fase de pausas, onde o Alex namorou fez um projeto com Miles Kane (aquele Last Shadow Puppets lá...) e Matt Helders resolveu atacar de DJ, além também da notícia de que Josh Home (do Queens of the Stone Age) produziria o disco.

O que esperar, meu deus? O QUEEEEEEEEEE?
A espera acabou.
E aí? Valeu a pena esperar?

Temos que começar "decepcionando" meu companheiro de blog logo de cara, não tem nenhuma "Fluorescent Adolescent". E isso é ruim, Renata?
Não. Bom, claro que no cd falta uma música que se destaque das outras, como Fluorescent foi no segundo, mas nada que torne o cd ruim... Só o faz deixar de ser foda.
Logo de cara você também sente falta de elementos... sente falta daquela rapidez nas guitarras e da bateria bem marcada que fazia o seu coração bater junto com a música (bom, pelo menos fazia o meu), você sente falta das letras mais descompromissadas de garotos deslocados em Sheffield e depois de garotos deslocados no mundo da música, e assistindo-os ao vivo (O que? Você perdeu a webtransmission de um show com as músicas novas? Desculpaí, mas não tem no youtube não) você pergunta a si mesmo se vai se acostumar a ver o Alex Turner sem uma guitarra nas mãos e sem chacoalhar a cabeça ao som dos solinhos acelerados.
Pois é... tá parecendo uma visão bem triste, mas não é!

O Humbug é muito bom, mas é como gostar de uma nova banda. Uma amiga disse que o som é "um filhote de Arctic Monkeys com Queens of the Stone Age" (eu ri) e é bem por aí. Claro que ainda tem as letras (cada vez mais, fenomenais) do Alex. O próprio Josh afirmou que só aceitou produzir o álbum quando viu as letras, disse que eram geniais demais. Mas se você você tem a cabeça um pouco fechada, se prepare para não gostar muito do álbum.
Eu pessoalmente acredito que não poderiamos ficar esperando que eles fossem "os garotos de Sheffield" pra sempre, agora eles são os "homens do mundo". Eles não são mais adolescentes no começo de carreira e, graças a deus, se deram conta disso e resolveram não investir na antiga fórmula... Seguiram um novo caminho e o fizeram com uma qualidade que só se poderia esperar de uma grande banda.
O cd é mais pesado e mais sombrio. E quase todas as músicas, mesmo as que falam de amor ou o que quer que seja, são cinzas. De cara você vai achar todas meio parecidas, mas conforme escuta vai vendo os elementos que se destacam em cada canção.
Para mim, o maior defeito do Humbug é só ter 10 músicas... Quando acaba você tá "Ué? Cadê? Cabô?", além do mais falta uma música de efeito para fazer um gran finale.

O cd não é nem de longe o meu favorito deles, mas a qualidade é inegável.
A questão é que, ao contrário do que me aconteceu com Strokes (apesar de achar o Is this it insuperável, tenho fases onde escuto mais o Room on fire ou o First Impressions of the Earth...), acho que o novo dos macacos não me conquista a ponto de eu chegar a ter uma fase Humbug.

Acho que é um cd que vale a pena, acho que o AM não perdeu qualidade, acho que a cada vez que eu escuto gosto mais... e acho que já falei demais e você deveria parar de ler esse texto e ir escutar as músicas.
Dica da Renatinha: Além da já comentada Crying Lightning, recomendo My propeller, Pretty Visitors e minha segunda favorita do cd Cornerstone.