sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Bolha


Por Brancatelli

Eu queria enfiar todo mundo que eu amo numa bolha.
Pra que nunca pudessem ser atingidos por nenhum mal.

Queria enfiar numa bolha todas as pessoas que eu amo, e as pessoas que as pessoas que eu amo amam.
Queria afastar delas qualquer pensamento ruim, qualquer sensação ruim, qualquer sentimento ruim, qualquer situação ruim.
Queria poder usar o meu corpo como barreira entre o mundo e minha bolha, e canalizar tudo de ruim, e lidar com isso sozinho, do meu jeito.
Queria poder ser um escudo, e atrair pra mim qualquer mal que pudesse atingir minha bolha.
E que todas as lágrimas fossem só minhas.
E que todo o peso fosse só meu.

E minha bolha flutuaria, solta.
Livre de qualquer mal.

Eu queria enfiar todo mundo que eu amo numa bolha.

E proteger essa bolha com a minha própria vida.

E fazer da sua tristeza a minha tristeza.
E fazer da sua dor a minha dor.
E fazer das suas lágrimas as minhas lágrimas.

Minhas. E só minhas.

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Pensamentos aleatórios e perdidos sobre um álbum do ano passado e para os quais ninguém mais deve dar a mínima


por Brancatelli


Véi.
Na boa.
Tipo assim, papo sério.

Eu descobri meu problema com o Angles, o último álbum lançado pelos Strokes.

Sei que ninguém me perguntou nada, mas eu venho tentando organizar meus pensamentos sobre esse CD desde o lançamento, em março do ano passado.
Acho que finalmente consegui.
Tipo assim.. acho.

Seguinte!

Uma banda tem todo o direito de dar uma pausa.
Os integrantes têm o direito de enjoar da cara uns dos outros.
Entendo que fazer a mesma coisa, com as mesmas pessoas, ano pós ano, show pós show, disco pós disco, deve cansar pra caceta.
A pausa é necessária até para a própria sobrevivência da banda.

Entendo, respeito, acho até bonito.
Meu problema, rapá, é mais embaixo.

É assim, não sou contra experimentações. Acho que elas devem acontecer, e se uma banda de rock quiser fazer um disco de pagode, eu vou apoiar 100%. Porra, Radiohead, Arctic Monkeys e Los Hermanos estão entre as minhas bandas favoritas. Se o Weezer quiser fazer um disco de bolero, se o Belle & Sebastian quiser fazer um CD de metal farofa, se o My Chemical Romance quiser fazer um álbum só com covers do Justin Bieber e se o Móveis Coloniais de Acaju resolver se aventurar no funk carioca proibidão, eu vou ouvir com toda boa vontade que tenho (é pouca, mas é o que tem).

O problema é uma banda parar por 5 anos e, de repente, resolver lançar um conjunto de músicas que apenas em alguns poucos momentos lembra o que a banda fazia.

Tivesse o Angles sido lançado dois ou três anos após o First Impressions of Earth (cujo único pecado é ser longo demais), eu teria recebido muito melhor do que recebi, e acredito que tivesse sido assim com boa parte do público que se decepcionou com o álbum na época.

O que me fode é que, 5 anos depois, quando um retorno da banda ainda era uma incógnita e todo mundo já tinha aceitado a idéia de que teríamos apenas os projetos individuais dos integrantes, o Strokes aparece com um álbum que não se parece em nada com o que os fãs esperavam.
Se você passa 5 anos sem dar noticias, véi, o mínimo que você deve fazer é dar aos fãs o que os fãs querem. É praticamente um compromisso. Se depois você quiser inventar, fazer algo diferente, ir por outros caminhos, substituir todos os instrumentos pelo coral do asilo da sua cidade ou fazer um CD inteiro só com barulhos de baleias (estilo Björk), ótimo. Mas o álbum de retorno deve ser um álbum pros fãs.
Eu, por exemplo, passei tanto tempo sem postar por aqui e to voltando com o que se espera de mim: reclamações desnecessárias e sem sentido sobre coisas as quais ninguém mais se importa.

Repetindo o pensamento principal:
O álbum de retorno deve ser um álbum para os fãs!

Cara, eu entendo que Angles seja o primeiro trabalho do Strokes como banda, sem a unidade dada exclusivamente pelas composições do Julian Casablancas, e nem é esse o problema. Se tivesse continuado assim, nas mãos do Julian, esse álbum certamente teria uma cara mais voltada para o eletrônico, como no CD solo dele, e seria a mesma situação. E tanto é que Under Cover of Darkness, única faixa que lembra de maneira legitima o Strokes das antigas (e que serve quase que de consolo da banda pros fãs) é atribuída ao grupo todo.
Então, se eles criaram Under Cover, porra, custava nada deixar as experimentações pra um disco seguinte né não?!

Lançar um álbum diferente não é errado. O único erro de uma banda é lançar um álbum ruim.
Mas deixar seus fãs esperando sem noticias por tanto tempo, criar toda a ansiedade de um novo lançamento e lançar um material diferente daquilo que os fãs querem ouvir.. pra falar a verdade, acho que tem até um pouco de egoísmo nisso.

É isso, amiguinhos.
Sei la se vocês entenderam o que eu quis dizer, e olha, to me lixando pra isso.
Não levem pro pessoal, mas to feliz por ter entendido o motivo da minha birra com esse álbum. Minha opinião continua parecida com a que eu escrevi na época do lançamento (se interessar, clicaquí!), mas agora eu sei o porque dela.

E sabendo o porque, o Angles acaba ficando bem melhor do que eu me lembrava.

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terça-feira, 15 de maio de 2012

The ' i'm not so sure if it's ' amazing Spiderman

Por Renatinha

Acho interessante que, mesmo sendo um dos meus heróis favoritos nos quadrinhos, o Homem-Aranha dos filmes não costuma me ganhar muito.

Demorei muito para me acostumar com o Tobey e agora estou tendo o mesmo problema com o Andrew. Nada contra ele, veja bem, eu o adoro e ele já me provou em "Não Me Abandone Jamais" que é um ótimo ator. Aliás, vejo nele muito do Aranha que eu via no Tobey.

Meu problema com esse filme está sendo basicamente o plot. Não sei se essa busca pelo passado dos pais me anima muito...

Eu vou assistir? Vou.
Eu vou gostar? Não sei.
Ficarei ainda mais apaixonada pelo Andrew Garfield depois de vê-lo usando roupa de Homem-Aranha? É claro!
Vocês se importam? Acho que não.

(Detalhe que isso era para ser um post no Facebook, mas acabei escrevendo tanto que resolvi postar aqui mesmo!)

Veja o preview de 4 minutos do filme e tire suas próprias conclusões:




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