quarta-feira, 1 de abril de 2009

Menina-Gênio?

Mallu Magalhães? Putz...
Sério que agora, mais de um ano depois da garota ter surgido e meio ano depois dela ter lançado seu álbum de estréia, o Brancatelli resolveu falar o que acha dela?
A garota já apareceu do nada, já fez sucesso, já foi a nova salvação da música brasileira, já teve sua música em comercial na TV, já causou polêmica com sua vida particular, já lançou CD, já lançou DVD, já gravou participações especiais, já gravou clipes, já teve sua imagem super-exposta, já foi no Faustão... e só agora esse garoto resolveu falar dela por aqui?

Sim, é isso mesmo.
O Two Cold Fingers prova que pontualidade é com a gente mesmo e finalmente responde a pergunta:

Afinal, qual é a dessa garota?


É engraçado pensar no fenômeno que essa garota de 16 anos criou.
Em alguns meses ela já viveu o que muita gente não conseguiu em anos de carreira.
Lançada por meio do seu perfil no site de relacionamentos MySpace, ela surpreendeu esnobando o que os jovens da sua idade escutavam e indo na direção mais inusitada (e talvez mais arriscada, também) possível... o folk.
Influenciada por coisas como Bob Dylan e Johny Cash, com letras em um inglês simples e músicas cheias de personalidade, Mallu Magalhães acabou despertando a atenção nacional pela sua precocidade e pelo seu óbvio talento natural.
Adotada pela MTV (sedenta por se mostrar mais "alternativa"), foi impossível alguém ter passado o ano de 2008 sem ter ouvido, lido ou fofocado sobre a garota.

Em outubro ela passou por sua prova de fogo, lançando seu primeiro álbum.
E é sobre ele que eu queria falar por aqui.

Depois de ser lançado apenas para clientes da operadora de celular Vivo, gravado na memória dos seus aparelhos, o disco chegou ao grande público sob a expectativa de consolidar um talento... ou destruir uma carreira ainda mal-iniciada.
Aparentemente, cumpriu-se a primeira hipótese.
Ainda que cansativo em alguns momentos, o álbum tem trunfos como as já pops Tchubaruba e J1, sucessos da sua fase MySpace, além de ótimas composições como Her Day Will Come, Don't You Look Back e a talvez melhor faixa do CD, a surpreendente Vanguart.
Com melodias simples e eficazes, letras bem amarradas (e com forte influência de Marcelo Camelo na faixa em português O Preço da Flor) e personalidade própria, o álbum cumpre bem o seu principal papel - o de apresentar um certo frescor musical num cenário dominado por coisas como... ah, deixa pra lá... prometi pra mim mesmo não ser crítico-chato nesse post.


Sim, ela é uma garota estranha.
Seja pela sua idade, suas respostas monossílabas, seu jeito "indie" de ser ou sua, hããã, lerdeza de espírito (embora eu e a Renatinha tenhamos chegado à conclusão de que tudo isso é milimetricamente calculado por ela), Mallu Magalhães trouxe um certo charme a mais à música. Um charme estranho e exótico mas, ainda assim, um charme a mais.
E, ame ou odeie, uma coisa é certa...

É impossível ficar indiferente.

Um comentário:

Douglas Funny disse...

num sou tão fã... tbm num odeio, pq ela deu uma cara nova e tal.

mas acho q eu to mais pro indiferente.