segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Ensaio Sobre... Refúgios?

Sabe o que dizem...
Você só aprende a dar valor àquilo que você perde.

Eu passei cerca de dois meses sem poder escutar meus CDs no carro.

Deixa eu explicar... sei que a grande maioria das pessoas com um mínimo de cérebro hoje em dia baixam músicas nos seus computadores e as escutam em seus iPods, mas o que eu posso dizer?
Sou um garoto burro das antigas!
Prefiro muito mais ter o CD em mãos, e escutá-lo no meu disc-player ou no toca-cds do meu carro.
Aliás, devo ser uma das poucas pessoas a usar palavras como disc-player e toca-cds nos tempos atuais. Ou no século atual.

Mas meu toca-cds simplesmente pifou 2 meses atrás.
E passando o dia inteiro na faculdade discutindo trabalho com meu grupo de tcc, ficava impossível escutar um CD com atenção. Não sou mais daqueles que colocam seus fones e se esquecem do mundo ao seu redor (sim, eu já fui assim).
Agora eu prefiro interagir com as pessoas, conversar, rir, mesmo enquanto eu preciso corrigir 80 páginas de texto corrido ou escrever o texto perfeito para um tópico do trabalho.
Um trabalho no qual passamos um bom tempo perguntando às pessoas qual o nível de importância da música nas suas vidas...

Esquecer do mundo é algo que deve ser feito com moderação.
Afinal, o mundo ao seu redor é muito mais interessante que você imagina...

Meu toca-cds do carro era meu refúgio.
Ainda que eu não pudesse esquecer o mundo ao meu redor (sob pena de criar um outro amassado para a coleção do meu humilde e já deveras destruído Celta), aquele era um momento meu.
Era como se o inferno de um engarrafamento pudesse se transformar em uma benção, apenas pelo fato de eu poder escutar algum dos meus CDs no caminho para a faculdade.
Tire o refúgio de um homem e o que lhe sobra?
O que lhe sobra???

(muita coisa, mas me deixem ser dramático, por Deus do céu!)

O fato é que eu apenas quero compartilhar com vocês que meu refúgio está de volta!!
Agora eu conto as horas para entrar no meu carro, manter as janelas fechadas e passar algumas boas e doces horas em um trânsito infernal.
Esse é o nível de importância da música na minha vida.
Ainda que eu enfrente o inferno, se tiver música por lá eu o enfrentarei com um sorriso no rosto.

Sim, esse é um texto dramático, mas e daí?
Eu finalmente me sinto completo novamente, e é só isso que importa.

Eu tenho o meu refúgio.

6 comentários:

Renatinha disse...

Fui testemunha das pancadas que seu rádio tomava e dos sorrisos que você dava quando ele resolvia funcionar durante uns 10 minutos.

Também me sinto feliz com a volta dele... Afinal, não tenho mais que conversar com você o caminho todo! =P

Vitor disse...

vocês, emos, são assim mesmo...melodramáticos...

mas a minha relação com o meu rádio é quase a mesma...a diferença é que eu interajo com as pessoas ao meu redor pois estou sempre com a janela aberta provocando admiração nas pessoas ao meu redor que vêm a batucada pegando fogo no carro de um branquelo hahahahahaha

Alessandra Castro disse...

Eu naum acho que seja um texto dramático. Emo talvez. :D

Anônimo disse...

eu acho que o senhor é um velho ultrapassado!





(mas que eu gostaria de ter um carro pra ouvir minhas músicas sozinho e sem incomodo, não posso negar)

Douglas Funny disse...

eu acho q vcs perderam o meu depoimento de proposito, só pq eu falei palavras super bonitas e tal... até ia gravar um dvd só com a minha fala...

quanto ao seu carro, acho q 30% do meu conhecimento musical se deve ao som daquele Celta envenenado... pena q eu nunca sei quem está tocando e esqueço de perguntar... então esses momentos se tornam raros na minha vida... como se aquela musica nunca mais fosse tocada para os meus ouvidos.

bjo nos pimpolhos.

Bonie disse...

Brancatelli, vc precisa de um iPod!