segunda-feira, 28 de março de 2011

Casey


Ele ficou conhecido como “Gordinho Zangief”, por causa do personagem do jogo Street Fighter, mas seu nome verdadeiro é Casey Heynes.
Incomodado por um outro garoto, ele acaba perdendo o controle, vira o garoto de ponta cabeça e o joga no chão. Enquanto o garoto sai mancando, Casey se vira calmamente e vai embora.

O vídeo do episódio, colocado no YouTube logo depois, virou sensação da Internet.
Casey, de 15 anos, se tornou uma celebridade instantânea, do tipo que surge a cada semana na rede. Mas, ao invés de ser apenas motivo de piada e montagens mundo afora, Casey conheceu um outro tipo de fama..

A de um herói.

Vitima de gozações por toda sua vida, devido principalmente ao seu peso, ele finalmente revidou. Após engolir todos os tipos de provocações e agressões, ele não suportou mais e, no fim, acabou se tornando um exemplo a qualquer um em sua situação.
E, de um exemplo, tornou-se um herói.

É interessante ver a comoção causada pelo episódio.
O bulliyng, palavra que serve para denominar o tipo de agressão que Casey sofre diariamente, finalmente está se tornando foco de discussões. Livros, programas jornalísticos, séries de TV, filmes..
E tudo o que eu consigo pensar é:

Onde vocês estavam no MEU tempo?

Esse assunto se torna pessoal para mim porque eu sofri tudo isso nos meus tempos de colégio.
O garoto estranho e inseguro, que passava o intervalo lendo ou ouvindo música no fundo da sala, que não conseguia se relacionar direito com ninguém. Um alvo fácil pra qualquer um que quisesse se divertir com alguém mais fraco, qualquer um que quisesse se sentir melhor consigo mesmo às custas de outra pessoa.
Sim, eu era um alvo fácil.
Quem mandava eu ser como eu era, eu era o culpado por tudo aquilo que acontecia comigo.
Eu era o único culpado pelo que acontecia.

Confesso que isso era exatamente o que eu achava.

Entendam uma coisa, no bullyng o pior não é a humilhação, as surras, os insultos.
O que te mata por dentro é a sensação de se estar completamente indefeso, a vergonha, a submissão. Essa é a verdadeira humilhação. Ser agredido, física e psicologicamente, e não fazer nada, e se ODIAR por não fazer nada. É a sensação de que, por aceitar aquilo calado, você merece tudo aquilo. Afinal, você fez por merecer. Você é fraco, não é?! Você é estranho, não é?!
Então aceite.
Calado.

Vou contar uma coisa que eu não costumo contar.

Teve um dia, durante um intervalo entre as aulas, que eu estava sozinho na sala, sentado na minha mesa, lendo uma revista, como eu costumava fazer para me manter longe de problemas.
Eles então entram na sala, andam até a minha mesa e arrancam a revista das minhas mãos. Aí eles seguram meus braços, me arrastam pela sala, me levantam e, rindo, me colocam dentro da lixeira. Tudo isso numa fração de segundo. Enquanto tudo isso acontece, um grupo de garotas, reunidas no corredor, vê aquela cena e ri. Entre elas, uma garota que eu gostava, que eu considerava minha amiga. Quando eles vão embora, gargalhando e me xingando, eu faço exatamente o que eu podia fazer: levanto, limpo a sujeira e, silenciosamente, volto para a minha mesa. E a aula recomeça.
Só quem passa por isso entende a sensação que é ser tratado como lixo.
E só quem passa por isso pode entender o que isso faz com o espírito de uma pessoa.

Para a minha sorte, eu tinha a melhor família do mundo, e os melhores amigos do mundo.
Mesmo que eu não contasse isso pra ninguém, eles estavam la, me ajudando a me sentir melhor comigo mesmo, me ajudando a rir, de mim e do mundo.
E se eu passei por tudo isso com um pingo de sanidade, foi por ter aprendido a rir. Se eu sorrisse, mesmo no pior dos dias, então eu sabia que eu conseguiria passar por tudo aquilo. E, num passe de mágica, tudo ficava bem.
Então eu sorria.

E isso fez de mim a pessoa que eu sou hoje.

Acho que, no geral, tudo o que eu passei me tornou uma pessoa melhor.
Sei que muitos dos meus problemas têm origem naquela época, muita merda que eu faço é um reflexo da insegurança que o meu passado moldou em mim, mas ainda acho que eu sai no lucro.
Tem uma história que diz que dois prisioneiros estavam em um campo de concentração nazista. Fracos, magros, humilhados e indefesos. Então um deles começa a rezar. O outro pergunta “o que você está fazendo” e ele diz “eu estou agradecendo a Deus”. O outro então pergunta pelo que diabos ele pode estar agradecendo, e ele diz:
“Por eu não ser como eles”.

Independente do que eu passei, eu me sinto agradecido, por um simples motivo.

Por eu não ter sido como eles.

Foque nos dias bons, mantenha o queixo erguido e lembre-se que a escola não irá durar para sempre.
Segundo Casey, é isso que ele diria para os milhares de garotos que passam pelo mesmo que ele.
Eu acho que é exatamente o que eu diria.

Ah, e sorria.

Sempre.

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VIPs


O maior erro que alguém que assiste um filme baseado em fatos reais pode cometer é colocar a palavra "fatos" acima de "baseado".
A vida real necessita de uma certa "romantização" nessa passagem, diálogos mais marcantes, drama, conflitos. A vida real precisa de uma dose fictícia de glamour para tornar-se interessante o bastante pra tela grande.
A vida real, seca e crua, não da bilheteria.

É aí que mora o maior pecado do filme VIPs.
No ímpeto de tornar uma história real em algo mais.. digamos assim, comercial.. VIPs exagera e perde o tom.

A história real é a do golpista Marcelo Nascimento da Rocha que, após servir de piloto para traficantes paraguaios, em seu trambique mais famoso se faz passar pelo irmão do dono da empresa aérea Gol, aproveitando as devidas mordomias que seu papel lhe proporciona (leia mulheres, entrevistas e puxa-sacos).
Esse caso foi retratado no livro "VIPs - Histórias Reais de um Mentiroso", de Mariana Caltabiano, que serve como base para o filme.

E é a isso que se limita a história real.
Uma base.

Apesar do próprio Marcelo ter assumido que fazia o que fazia apenas pela diversão, o filme tenta criar um motivo psicológico para isso, como que na tentativa de justificar os atos do personagem. Para isso ele faz uso da figura do pai e da presença sufocante da mãe. Não contente, ainda lança mão do motivo mais clichê do mundo, o "garoto inteligente e rejeitado que não encontra seu lugar no mundo", e faz disso tudo um pretexto para a suposta crise de identidade do protagonista.
De um malandro tentando se divertir, Marcelo passa a um rapaz psicologicamente perturbado que precisa adotar outras identidades para se sentir completo.
Afinal, isso seria muito mais interessante.

Mas seria mesmo?

A escolha do elenco, da forçada Gisele Fróes ao ótimo Norival Rizzo (mãe e pai do Marcelo, respectivamente, claro) é uma montanha-russa, exemplificada na atuação do protagonista Wagner Moura. Hora fantástica, hora constrangedora.
Mas se o filme vale por alguma coisa, é pelo seu ator principal. Indepedente de alguns exageros (que aparentemente estão la para contrastar com alguns momentos mais sutis), Wagner Moura mostra por que é um dos melhores atores de sua geração, e de muitas outras. Principalmente quando comparamos seus diversos papéis ao longo de sua carreira e percebemos que cada personagem é um personagem completamente único.
Sabendo ser carismático, engraçado, charmoso e mentalmente perturbado, ele é o principal motivo para assistir ao filme.

. . . mas vale dizer que sua interpretação de Renato Russo cover soa mais um Sidney Magal gripado.

Ao ver boa parte do cinema sair achando que os fatos mostrados na tela são de fato os fatos reais, percebe-se que um aviso seria bem-vindo ao começo do filme.
Algo do tipo "apesar de se basear em uma história real, VIPs é uma obra de ficção, mostrando eventos que na verdade nunca aconteceram e moldando seus personagens de acordo com seu próprio interesse".
Isso já seria bem esclarecedor.

VIPs não é um filme ruim, mas também não é um filme ótimo.
Ele respeitavelmente tenta mostrar toda a existência patética do personagem principal (que é realmente um coitado), e até consegue em alguns momentos.
Mas no momento em que tenta maquiar demais a verdade, a própria verdade se torna seu ponto fraco. Talvez a história real funcionasse melhor.
Inclusive por, ao se focar em um golpe, acabar ignorando todos os outros, talvez tão (ou até mais) interessantes quanto o que é mostrado no filme.
Do jeito que foi, serve apenas como um entretenimento esquecível e passageiro.

A prova de que algumas histórias reais já se sustentam apenas pelo que são.

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A banda que não tem um nome muito legal, mas você precisa conhecer


Vocês se lembram quando me gabei contei sobre minha viagem para Londres?

Então... Vocês lembram que assisti ao show de uma banda chamada Somebody Still Loves You Boris Yeltsin? Ou não cheguei a mencionar? Bom, a verdade é que fui no show deles, uma banda semi-conhecida e muito divertida.

Esse foi um show bem divertido, com umas bandas de aberturas bem bacana. Tenha em mente que o SSLBY é uma banda pequena, logo as bandas que abriram o show eram menores ainda.

Pois é... ERAM!

Lá estava a aranha em seu lugar eu assistindo Skins, quando vejo a Chris comentando no Twitter que gostou da banda do encerramento do episódio.
Quando começa a cena em que eles tocam, eu penso "Eu conheço essa música...!", daí a Chris, toda engajada, posta o nome da banda: Dog is dead!

I KNEW IT!
Tipo, de verdade...
Era uma das bandas que tinham aberto o show do SSLBY! Eu sabia que o nome deles tinham "dog alguma coisa", quando abri a foto, reconheci na hora o ruivo meio estranho (não estou sendo maldosa, pode confirmar na foto) que tocava saxofone.
Eu tinha gostado bastante da música, mas não lembrava o nome da música para procurar.
Deu um orgulhinho sabe?
Ter conhecido a banda e ela ter ficado famosa, porque ela passou de um quase nada de ouvintes no Last FM, mas mais de 3.000 em questão de 1 ou 2 semanas e a música tem mais de 19 mil execuções do Myspace.
Todos citando a frase da música, que cabe bem com a temática da série: "We are a mess, we are failures and we love it!"

Clica aqui e escuta a música que mostra que de "failure" o Dog is dead não tem nada.

domingo, 27 de março de 2011

É vencer ou morrer.


Não tá fácil escrever nesse blog não... Pouca coisa interessante acontecendo, bom... tem! Mas a maioria é desgraça né?

Mas hoje farei uma breve recomendação literária-televisiva.
Game of Thrones.
Game of Thrones é o primeiro livro da série "A song of Ice and Fire" escrita por George R. R. Martin.
É um livro um tanto quanto recente, foi publicado em 1996 e ano passado, foi lançada sua primeira versão em português.

É um livro que fala sobre a luta pelo poder e é regado de todos os elementos que poderiam existir: violência, sexo, amor, vingança, traição,... uma pitada de tudo.
Ele é um livro bem cativante e serve bem para fãs de histórias medievais com pitadas fantasiosas.
Além de todos esses elementos apaixonantes, a construção dos personagens é bem humana... Fazendo com que nenhuma seja inteiramente mau ou inteiramente bom. Todos são capazes de ambas as atitudes, mas será inegável escolher um lado nessa luta.
Por enquanto, meu personagem favorito é Jon Snow, o filho bastardo do Ned Stark.
Quem é Ned Stark?
Toma vergonha e compra o livro! Ou espera o lançamento da série no Brasil...


Todo esse hype no livro começou a crescer agora que a HBO vai lançar uma série baseada nos livros. Uma super produção que está contando com a ajuda de especialistas de todas as areas no desenvolvimento da terra de Westeros e seus povos.
A série vai contar com grandes nomes e para os fãs mais xiitas, podem ficar tranquilos, que o escritos dos livros está acompanhando de perto toda a sua produção.

A série vai ser lançada nos Estados Unidos em abril e promete ser um dos maiores lançamentos do ano. Aqui no Brasil podemos aguardar essa estréia em maio! \o/

quarta-feira, 23 de março de 2011

My Angles


[Primeiro queria dizer que no dicionário do Brancatelli "comer poeira" deve significar "estar se dividindo entre trabalho, aulas de espanhol, tarefas de casa, atividades sociais e dormir". Não tá fácil, gente.]

O Brancatelli fez toda uma análise profuda sobre o Angles né? Eu até que nesse caso achei bom o texto dele vir antes, porque eu não tenho uma análise profunda para fazer... Eu só tenho como descrever a sensação ao ouvir o álbum e qual minha relação com ele.

Ao contrário de muitos álbuns, que me ganham com o tempo, Angles me perde com o tempo. Claro que o "me perder" nesse caso, seria não estar entre os meus CDs favoritos de todos os tempo. Mas mesmo assim...

A primeira vez que escutei foi "PORRACARALHOSTROKESJUNTOSDENOVOTÁMUITOBOMESSECDGRAÇASADEUS". Sério... Eu só estava MUITO feliz que o CD era bom. Escutei tudo... mas sempre com "aimeudeuselesvoltaram" na cabeça.
Só que a cada audição vai aumentando o número de "mas"... É um bom CD, "mas" não tem unidade. Essa é uma boa música, "mas" não gosto do rumo que ela pega. Gosto dessa guitarra, "mas" não tem a menor cara de Strokes.

Como disse o Brancatelli, o álbum está longe de ser ruim... Ao contrário, é um ÓTIMO álbum, que só uma banda incrível como Strokes, mesmo após tanto tempo, conseguiria fazer. Ele já se encontra entre as músicas do meu iPod.
A questão é um pouco essa... hoje, ele é mais um entre tantas músicas no meu iPod... E não deveria ser assim, um CD novo do Strokes deveria estar sendo tocado em looping no meu iPod desde que vazou! Mas não está... Algumas músicas até são passáveis, coisa inimaginável em alguns CDs anteriores para mim.

Eu acho que gostei mais desse CD do que o Brancatelli..., mas estou no aguardo do próximo já, tenho a impressão de que eles estão só aquecendo os motores para o grande retorno e que no próximo já teremos o bom e velho Strokes nos nossos ouvidos.

Senão, vou ter que começar a ouvir Rebecca Black...*brincadeira*
Fridaaaay, fridaaaay...

A verdade é que só de vê-los juntos, trabalhando nessa nítida tensão e fazendo músicas, talvez não tão parecidas quantos as de antes, mas com qualidade similar, já deixa meu coração cheio de alegria.

domingo, 20 de março de 2011

Angles


(Avisando que, como a Renatinha comeu poeira e não teve tempo de escrever o texto de hoje, a crítica do CD do Strokes fica por minha conta.. HÁ!)


Confesso, eu sinto saudade de quando o Arctic Monkeys era uma banda mais pop, menos sombria, cantando sobre garotas mimadas em pistas de danças e se divertindo com isso. Não que o Arctic Monkeys de hoje seja ruim.. ele é apenas um outro Arctic Monkeys.

Um amigo meu diz que ele gostava muito mais de Radiohead na época pré-Ok Computer. Ele entende que a banda evoluiu, procurou outros caminhos, atingiu uma certa maturidade criativa.. mas ele só prefere o Radiohead de antes.

Minha mãe gosta do Roberto Carlos. Mas principalmente da fase “Jovem Guarda”. A fase romântica é bacana, tem umas músicas lindas.. mas o que ela gosta mesmo é do Roberto roqueiro, dirigindo seu calhambeque, parando na contramão pra paquerar o broto displicente e levando tapas no cinema.


Esse é o espírito do novo álbum do Strokes.

Não é necessariamente ruim, tem umas músicas muitos boas..
Mas não é o Strokes que eu queria.


Há 5 anos atrás, depois de lançar seu 3º CD, o First Impressions of Earth, os integrantes da banda resolveram dar um tempo uns dos outros, por conta de um relacionamento já desgastado. Nas palavras do próprio Julian Casablancas, montar uma banda é a melhor maneira de acabar amizades. Assim, foi cada um pro seu lado.
O guitarrista Albert Hammond Jr. continuou seu elogiado projeto solo. O baterista Fabrizio Moretti juntou a namorada e o Rodrigo Amarante e formaram o Little Joy, banda que também teve participação do ex-companheiro de banda Nick Valensi, que por sua vez também gravou com Regina Spektor e Devendra Banhart. O baixista Nikolai Fraiture montou sua própria banda, o Nickel Eye, e o vocal Casablancas gravou seu ótimo álbum solo. E ficou claro que cada integrante quis manter uma certa distância musical do estilo Strokes em seus projetos.

O problema é que esse distanciamento não ficou apenas em seus projetos solos.

Neste novo álbum, Angles, a banda resolveu tirar das mãos de seu vocalista o monopólio criativo sobre as músicas e cada um contribuiu como bem queria. Daí o nome do álbum, mostrando que cada música mostraria um ângulo diferente dos Strokes.

E é aí que mora o maior problema do disco.

A visão do Julian criava uma certa unidade às músicas, unidade que simplesmente não existe mais. Não existe mais uma cara, uma identidade, o que existe são colagens, músicas que ficariam ótimas em um outro álbum que não um do Strokes.
"Machu Picchu" e "Two Kinds of Happiness" soam algo como um Phoenix (banda que sempre assumiu se inspirer no quinteto novaiorquino), enquanto que "Gratisfaction" bebe da fonte do Queen. "Call Me Back" tem um começo que mistura uma pegada Little Joy do Moretti com 11th Dimension, single solo do Casablancas. "You’re So Right" e "Metabolism" têm um peso incomum, enquanto que "Life is Simple in the Moonlight" é – pasme! - praticamente uma bossa-nova.
Ainda assim, Angles tem 3 legítimos momentos em que o Strokes não tenta ser nada além do Strokes. "Taken for a Fool" e "Games" poderiam se encaixar muito bem no 2º álbum do grupo, o Room on Fire. Isso sem falar na fantástica "Under Cover of Darkness", que reúne todos os elementos que fizeram do Strokes o que ele é, como se fosse uma colher de chá da banda aos fãs.

O único “retorno à fórmula” que Angles traz talvez seja o tempo de duração.
Diferente da pretensão dos 52 minutos do álbum anterior, o Strokes voltou aos 30 e poucos minutos dos dois primeiros álbuns, o que acaba sendo seu maior mérito. Desse jeito, o ouvinte sente vontade de repetir o álbum desde a primeira música e assim tem mais chances de se acostumar com essa nova cara da banda.

A gravação do álbum foi tensa, com várias mágoas ainda guardadas, cada um gravando sua parte no seu canto, uma experiência horrível segundo os próprios músicos, que eles não pretendem repetir no próximo álbum – que já está sendo devidamente planejado. Pelo menos, ao que parece, o prazer de tocar junto voltou à banda.
Em entrevista, o guitarrista Nick Valensi afirmou que ele sente que os Strokes ainda têm seu maior álbum guardado dentro deles, esperando para ser colocado para fora.
Eu, como fã, queria ver o Strokes do começo dos anos 2000 de volta. O Strokes despretensioso, com guitarras sujas, músicas simples e diretas e simplesmente divertidas.

Repito que Angles não é um álbum ruim.
Tem ótimas músicas, é corajoso no sentido de ir contra expectativas (para o bem ou para o mal) e sacia um pouco a sede por material inédito.
Mas a minha esperança é que o próximo álbum do Strokes seja, diferente de Angles, exatamente o que o nome diz:
Um álbum do Strokes.

É pedir demais?

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terça-feira, 15 de março de 2011

Three Hot Candles


Como o privilégio de falar primeiro sobre o novo álbum do Strokes é da Renatinha, vou guardar minha opinião pro meu próximo post..

Dito isso.. bom, acho que não tenho muito o que dizer agora.


. . .


Hmmm, na verdade eu tenho sim.
Algo que deveria ser dito apenas na semana que vem, mas vai agora mesmo.

Olha que bacana, gente.
Antes do recesso de carnaval, o Two Cold Fingers tava com uma média boa de acessos, la pelos 100 diários. Agora o número caiu pra uns 25! Huahahahahahaha
Mas o que a gente aprendeu nesses 3 anos (é isso mesmo?) de blog é que.. esses números significam para nós o mesmo que uma temporada na rehab significa pro Charlie Sheen: um grande NADA!

Quer dizer, no dia 18 de fevereiro, o blog atingiu a marca de 156 acessos.
O que isso significa? Bom, isso significa que 156 computadores diferentes ao redor do mundo visitaram o blog. Bacana, né?
Mas tudo o que esse número prova se limita a isso. Foram 156 visitas. Isso não significa que 156 pessoas leram minha crítica sobre o álbum do Marcelo Jeneci, escrito e postado no dia anterior. Ou qualquer outro post, novo ou antigo. Esse número apenas entrou no blog, mas quem pode provar que foi para LER alguma coisa?
A média de permanência de uma pessoa no Two Cold Fingers é de 1 minuto e 20 segundos, às vezes nem isso. Então aparentemente boa parte deste número de visitantes entra no blog direcionado por alguma palavra-chave, le o título de algum post, olha a imagem, e.. fecha a janela. Puf.
Então de que vale um número como esse?
O que significa um número que, no fundo, não significa nada?

Que fique bem claro, eu não falo isso com rancor.
É apenas uma constatação pessoal.

O Two Cold Fingers nasceu da simples vontade de escrever.
Mais que isso, da necessidade de ter um prazo a ser cumprido, um incentivo, uma obrigação.
No lucro disso tudo, conseguimos alguns leitores, conhecidos e desconhecidos, amigos ou não. Um número bem menor do que aquelas 100 visitas diárias, mas que nos orgulha como se fosse um milhão de acessos.

Continuamos escrevendo para nós mesmos, mas saber que uma única pessoa está lendo essas bobagens que colocamos aqui é mais do que nós realmente esperávamos.
Saber que você está do outro lado do monitor, interessado no que temos a dizer, é o que da a graça pra isso tudo.
Senão, bom, bastava ter um diário..

Então este post é um agradecimento a cada um que le o Two Cold Fingers, seja toda segunda e quinta, seja aleatoriamente. Seja eu mesmo ou seja a Renatinha. Sejam quantos forem. Gostem ou não.

Ah, sim.
Feliz aniversário, Two Cold Fingers.
E obrigado por dar mais sentido à minha vida nos últimos anos.

Três velas quentes pros dois dedos gelados, pessoal.

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domingo, 13 de março de 2011

A pocket full of subjects


Nossa... esse blog ficou cheio de confusão e textos do Brancatelli, né?
Vim salvar vocês da monotonia de textos bem escritos.

Depois de passar uma semana na lindíssima Irlanda e ter dois dias corridos de trabalho+aula de espanhol, tive um fim-de-semana onde dormi 60% do tempo, não saí da cama em 30% e saí de casa em 10%.

Mas nesses últimos tempos aconteceram muita coisa, eu dei uma chance para a tal de Jessie J... que é "menos pior" do que imaginava. Ela tem uma boa voz, algumas músicas são super toscas, mas outras tem potencial.
Também comecei a ouvir Janelle Monáe, que é SENSACIONAL! Recomendo do fundo do meu coração.
Fora a linda da Adele, que eu ouvia em todos os lugares em Dublim, né? A Adele foi minha melhor descoberta recente.

Musicalmente falando tem o novo álbum do The Strokes, que acabou de vazar. Eu ainda não ouvi, o download acabou agora. Mas devo dizer que das músicas que foram liberadas, achei bastante promissor. Acho que estou livre do medo de uma decepção. Mas prefiro ouvir todas as músicas antes de um parecer final. Aguardam até segunda que vem.

Eu ando vendo muitas séries, muitas mesmo.
As de sempre como Supernatural, How I Met Your Mother, Modern Family,... Todas que eu recomendo e se vocês não assistem é porque são bestas. =P
Comecei faz um tempo a ver Being Human versão americana. Eu tentei ver a versão britânica antes e achei os personagens pouco carismáticos, o que é consertado na versão US, na minha opinião. Recomendo ver o primeiro ep das duas e comparar.
Também comecei a ver Secret Diary of a Call Girl, com a Billie Piper (ex-namorada do Richie do Five e ex-companheira do Dr. Who). São eps curtos, divertidinhos, com pitadas de drama. Muito bom. Se você gosta de uma boa adaptação de uma história real combinada com episódios lotados das paisagem londrinas, go for it.
A nova temporada de Skins está bem fraca, com uma vibe mais Malhação e menos sexo,drogas e roquenrou, mas tem mais personagens cativantes que a edição anterior. Recomendo se você tem tempo livre.
Tem também a nova série do Matthew Perry, Mr. Sunshine. It ain't no Friends, claro... mas é beeeem bacaninha. Devo dizer que infinitamente melhor que a do Matt Le Blanc. Vale a pena conhecer e passar do primeiro ep, que ela vai ficando melhor.
E siiiiiiim, saiu o primeiro ep da Camelot... Hummm... o que dizer sobre essa série. Não consegui muito definir... Não é ruim, mas preciso de mais episódios para dar minha opinião. Mas entre o primeiro ep dela e Merlin... Merlin ganha num piscar de olhos. Ok, são duas vibes diferentes, mas mesmo assim...

By the way, nessa foto do post vocês podem ver os Cliffs of Moher.

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Três Dias Pra Sorrir

Post enche-linguiça de carnaval com música do Elton Medeiros.
Sim, porque a gente merece.


SEM ILUSÃO
Elton Medeiros

No carnaval
Não vou querer me fantasiar
Não vou querer me vestir de rei
Não quero mais colorir a dor
E se alguém quiser me aplaudir
Vai ter que ser assim como eu sou
Não quer dizer que não vou nem brincar
Só não quero é enganar o meu coração

No carnaval não vou mais sair fingindo
Que passo a minha vida inteira a cantar
Eu vou me divertir
Na certa eu vou sambar
Mas dessa vez a ilusão não vai me pegar

No carnaval eu sempre saí sorrindo
Me divertindo só pra desabafar
Três dias pra sorrir
Um ano pra chorar
Mas dessa vez a ilusão não vai me pegar


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Mas o espírito continua sendo o deste post aqui!

"Eu me sinto bem, é carnaval nessa cidade
Todo mundo transbordando de felicidade
Mesmo que digam que o mundo acaba amanhã..
"

Amanhã tudo volta ao normal.
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar.

Ah, o carnaval.

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