quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sentido

E daí bate o desânimo.

A falta de tesão em fazer qualquer coisa que seja.

A incapacidade de arranjar forças para se levantar da cama a cada manhã.

A idéia fixa de que você nunca será ninguém, não por falta de capacidade, mas por pura preguiça.

E a falta de inspiração, de vontade, de... tudo.

Nos últimos tempos eu tenho passado um pouco por isso.
Não é depressão nem nada preocupante... é só um certo desânimo, um falta de tesão, um falta de forças.
Pela minha cabeça, a toda hora passa a mesma questão, como num ciclo infinito... qual o sentido em ter um conta no Orkut, um perfil no Facebook? De que adianta ter um porção de "amigos" virtuais quando as reais amizades são aquelas que estão à distância de um telefonema e de um copo de cerveja?
Qual o sentido de ter algum talento quando as chances de você realmente conseguir fazer proveito dele são minúsculas? Pra que se preocupar em deixar o seu nome na história quando não conseguimos nem ao menos aproveitar o presente?
Qual o sentido em ter um blog? Ou um monte de seguidores no Twitter? De que adianta tudo isso se nada é tão momentâneo quanto a popularidade, e nada tem tão pouco significado hoje em dia?

Sim, acho que estou na fase de procurar sentido nas coisas.
Num fase em que questionar o sentido apenas exalta ainda mais a falta de sentido.

Escrevo isso por aqui por ter a certeza de que tem muita gente passando pela mesma coisa, empregado ou desempregado, independente da condição que esteja.
Porque questionar tudo isso não é necessariamente ruim.
Talvez seja este o melhor jeito em se descobrir o que realmente vale a pena na vida.
Talvez não seja uma questão de "drama", talvez seja apenas, digamos assim... seleção natural.
E, ao invéz de lutar contra esse desânimo, de repente devemos aceitá-lo e usá-lo.

Sentido é aquilo que procuramos enquanto deveríamos estar vivendo.
De repente é a falta de sentido que torna o nosso tempo por aqui tão precioso e tão irrelevante.

E, exista ou não, talvez seja a busca por sentido que da sentido a tudo o que fazemos.

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2 comentários:

Vitor disse...

eu assino embaixo. Ando na mesma vibe.

Sei lá, acho que há um desânimo geral no mundo. Pelo menos no meu mundo há.

Anônimo disse...

"E, exista ou não, talvez seja a busca por sentido que da sentido a tudo o que fazemos."

exatamente, maninho! até porque o sentido das coisas muda conforme você muda, é ou não é? existir é mais essencial que atribuir sentidos às coisas. existir não depende da atribuição de sentidos, mas o contrário não é verdadeiro: primeiro se existe, depois se dá sentido às coisas. desanima não!


abraços (: