E daí bate o desânimo.
A falta de tesão em fazer qualquer coisa que seja.
A incapacidade de arranjar forças para se levantar da cama a cada manhã.
A idéia fixa de que você nunca será ninguém, não por falta de capacidade, mas por pura preguiça.
E a falta de inspiração, de vontade, de... tudo.
Nos últimos tempos eu tenho passado um pouco por isso.
Não é depressão nem nada preocupante... é só um certo desânimo, um falta de tesão, um falta de forças.
Pela minha cabeça, a toda hora passa a mesma questão, como num ciclo infinito... qual o sentido em ter um conta no Orkut, um perfil no Facebook? De que adianta ter um porção de "amigos" virtuais quando as reais amizades são aquelas que estão à distância de um telefonema e de um copo de cerveja?
Qual o sentido de ter algum talento quando as chances de você realmente conseguir fazer proveito dele são minúsculas? Pra que se preocupar em deixar o seu nome na história quando não conseguimos nem ao menos aproveitar o presente?
Qual o sentido em ter um blog? Ou um monte de seguidores no Twitter? De que adianta tudo isso se nada é tão momentâneo quanto a popularidade, e nada tem tão pouco significado hoje em dia?
Sim, acho que estou na fase de procurar sentido nas coisas.
Num fase em que questionar o sentido apenas exalta ainda mais a falta de sentido.
Escrevo isso por aqui por ter a certeza de que tem muita gente passando pela mesma coisa, empregado ou desempregado, independente da condição que esteja.
Porque questionar tudo isso não é necessariamente ruim.
Talvez seja este o melhor jeito em se descobrir o que realmente vale a pena na vida.
Talvez não seja uma questão de "drama", talvez seja apenas, digamos assim... seleção natural.
E, ao invéz de lutar contra esse desânimo, de repente devemos aceitá-lo e usá-lo.
Sentido é aquilo que procuramos enquanto deveríamos estar vivendo.
De repente é a falta de sentido que torna o nosso tempo por aqui tão precioso e tão irrelevante.
E, exista ou não, talvez seja a busca por sentido que da sentido a tudo o que fazemos.
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2 comentários:
eu assino embaixo. Ando na mesma vibe.
Sei lá, acho que há um desânimo geral no mundo. Pelo menos no meu mundo há.
"E, exista ou não, talvez seja a busca por sentido que da sentido a tudo o que fazemos."
exatamente, maninho! até porque o sentido das coisas muda conforme você muda, é ou não é? existir é mais essencial que atribuir sentidos às coisas. existir não depende da atribuição de sentidos, mas o contrário não é verdadeiro: primeiro se existe, depois se dá sentido às coisas. desanima não!
abraços (:
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