domingo, 18 de julho de 2010

Toy Story 3


(To escrevendo este post no lugar da Renatinha, que resolveu dormir até mais tarde e deixou o texto de hoje nas minhas mãos... ou seria o texto de ontem, caso vc esteja lendo em uma terça... ou de anteontem se for numa quarta. Ta? Então ta!)

Finalmente, depois de exatamente um mês do filme ter estreiado aqui pelo Brasil, a equipe Two Cold Fingers conseguiu assistir ao Toy Story 3.
E mesmo depois de ter escutado tantos elogios sobre o filme, tanta gente dizendo que era emocionante, engraçado, ainda melhor que os dois filmes anteriores e o final perfeito para a série, posso dizer sem sombra de dúvidas que... NADA disso era exagero!!!

Toy Story 3 realmente é tudo aquilo que disseram!!!

Não apenas mais uma obra de arte criada pela Pixar, não apenas mais uma animação divertidíssima, Toy Story é um filme sobre finais.
É o final da saga criada em 1995, mostrando um final digno e até realista ao xerife Woody, ao aventureiro espacial Buzz e a todos os outros brinquedos.
É o final da infância do Andy, agora já um jovem a caminho da faculdade, que precisa aprender a se desprender da própria infência.
E é o final da franquia que praticamente criou a animação computadorizada.

E ao mesmo tempo que é impossível segurar a risada, também é impossível ignorar o nó na garganta.
Provavelmente o filme acaba sendo muito mais emocionante para aqueles que, como eu, assistiram impressionados ao primeiro filme nos cinemas 15 anos atrás. Eu tinha o que? 9 anos de idade... e eu lembro de me apaixonar por aquele filme. Era exatamente daquele jeito que eu imaginava meus próprios brinquedos, e Toy Story tornava real a minha imaginação. Aqueles brinquedos, aqueles personagens, eles eram bem reais pra mim... e continuam sendo.
Por isso talvez esse final tenha um sabor muito mais melancólico para quem acompanhou a saga nesses 15 anos.
Se no primeiro filme o garoto Andy tem 6 anos e o segundo passa-se apenas um ano depois, agora ele já tem 17 anos, e precisa decidir o que fazer com seus brinquedos, que são a maior lembrança da sua própria infância. E por mais que precisemos nos desapegar do passado, ainda é extremamente difícil e doloroso perceber que essa fase da vida chegou ao fim.
Qualquer pessoa que já tenha passado por isso (quer dizer, qualquer um com mais de 18 anos) consegue se identificar com a situação.

Toy Story 3 é o final perfeito para a série, divertido e melancólico na medida certa.
Chega a ser até triste pensar que hoje em dia as crianças são muito diferentes das de 15 anos atrás. Elas estão mais preocupadas em navegar pela Internet ou parecer com seus ídolos pops. Os brinquedos deram lugar a uma noção deturpada de maturidade, um peso muito maior que qualquer criança deveria carregar. A imaginação deu lugar a uma realidade menos ingênua, onde as crianças se obrigam a parecer muito mais maduras do que são.
Uma mentalidade que nunca entenderemos.
Já somos velhos demais.

E do mesmo jeito que brinquedos são passados de geração para geração, a Pixar coloca um ponto final nessa infância já ultrapassada, tornando-a agora parte da nostalgia do passado, e abrindo caminho para uma nova geração.

A mensagem do filme, se é que tem uma, talvez seja a de que mudanças são necessárias.
Por isso, mesmo não sendo necessariamente um filme triste, Toy Story 3 deixa um gosto agridoce no final.

O gosto de que os "finais felizes" reais nem sempre são aqueles que a gente espera.

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2 comentários:

Carlos EJT Vázquez disse...

Já fui assistir 2 vezes!
A primeira dublada em 2D e a segunda legendada em 3D.
Foda d+

Renatinha disse...

Acordar 6 da manhã agora é dormir até tarde? Paliasso!


Eu nem vi o 2 e fiquei emocionada com o filme. Mas achei que era mais triste de tanto que falvam... Achei o fim bem bonito.