quarta-feira, 29 de outubro de 2008

At The Apollo.

"Get on your dancing shoes..."

Eu estive lá no Tim Festival 2007, e vi eles apresentarem o melhor show da noite.
Calados, eles deixaram as músicas falarem por si mesmas.
E elas simplesmente GRITARAM!!!

Ontem de noite (na verdade, só umas horas atrás), eu estava sentado com um saco de pipoca e uma coca, com 2 amigos a tira-colo, junto a mais umas 10 pessoas espalhadas pelo cinema do shopping Market Place, um dos vários cinemas ao redor do mundo a passar o show "Arctic Monkeys at the Apollo", que será oficialmente lançado em DVD no dia 3 de novembro.
Mal o filme começou e já era impossível não voltar àquela noite de 2007.
Porque em ambas as noites, eu só conseguia pensar em uma coisa:

Simplesmente não existe nada igual ao Arctic Monkeys!!!

É engraçado perceber como esses caras de 20 e poucos anos têm a Inglaterra e todo o mundo da música aos seus pés!
Adorados pelo público e pela crítica, eles estão agora onde já estiveram bandas como o Libertines, o Oasis, o Clash, o Who e os Beatles!
Não é questão de sorte, ou de gostos duvidosos, ou de imagem... eles realmente são bons.
Eles não pulam, não gritam nem se jogam no público durante o show.
São de poucas palavras, poucas expressões.

E ainda assim, os caras sabem fazer um show!

Posso dizer que, como pretenso agressor de guitarra e rabiscador de músicas, é simplesmente DESANIMADOR assistir a um show desses e perceber que qualquer coisa que eu faça parece brincadeira de criança perto dos Arctic Monkeys!
E ao mesmo tempo, é uma experiencia inspiradora!

O DVD em si está fantástico.
Mesmo focando no Alex, o vídeo mostra a importância de toda a banda, provando que cada um está lá por um motivo (mesmo na participação especial do namorado clone amigão do Alex, Miles Kane).
Os momentos mais inpirados estão nas 3 músicas finais, seja por mostrar os bastidores e seja pelo final muito bem sacado.
A direção é do Richard Ayoade, que já dirigiu Fluorescent Adolescent, além de vídeos para o The Last Shadow Puppets e para o Vampire Weekend.

A banda nasceu na onda do novo brit-pop, lançou um single de sucesso, um primeiro album perfeito, outros singles de sucesso e, mesmo com as expectativas em alta, um elogiado e surpreendente segundo CD.
Mesmo dentre tantas bandas que surgem a cada ano na Inglaterra, eles conseguem se destacar.
Sem conversa, sem firulas, sem enrolação... apenas música e muito, muito talento.
Eles estão no topo, e parecem bem confortáveis com isso.

Afinal, eles merecem!

domingo, 26 de outubro de 2008

Péssimo.


Eu tinha algum texto para colocar aqui.
Alguma coisa sobre um tal Tim Festival, que na minha opinião não importa o quanto digam que é bom... se perdeu muito e acabou melhorando a organização, mas piorando de atrações e de preços.
Mas aí desencanei quando assisti um programa de tv hoje.

Eu estava desde as 14hrs fazendo TCC (NUM DOMINGO!!! E depois de um sábado fazendo TCC por mais de 12hrs), resolvemos ligar a televisão ver a quantas andava a eleição... acabamos deixando ligada... e foi lá pelas 20hrs que começou o tormento.

Gas Sound - Guaraná Antartica.
Eu já sabia que ele existia, é tipo um Ídolos... só que de bandas.

Você já sabe que não pode esperar muito de um programa quando ele é na Rede Tv. (Lembra que essa é a emissora que deu um programa diário para Luciana Gimenez)
Mas você não é nenhum chatão (ou não tem opção) e dá um chance pro negócio.
Começa... tem uma vinhetinha que toca Arctic Monkeys...hum bom sinal... aí entra o Toni Garrido.
FAIL.
O programa é na Rede Tv e é apresentado pelo Toni Garrido. Não achou ruim ainda?
Banca de jurados: saxofonista do Kid Abelha (que 9 entre 10 pessoas não devem saber o nome, inclusive eu), Supla, Japinha e Carioca do Pânico.
Tipo... WTF, né?!

Achou ruim? Mudaria de canal? É, eu não mudei.
Algo TÃO bizarro merecia mais atenção.

Começaram as bandas.
A primeira foi daquelas com um vocalista gritando loucamente e outro soltando algumas frases perdidas. Até tira uma letra na tela pra acompanhar... mas... nem rolava.

Só que chegou na hora dos jurados falarem... e eles elogiaram! =O
Tipo... que?
Foi terrível!

E simplesmente foi daí pra pior.
Uma banda pior que a outra e TODAS recebendo elogios.

Alguém me apresenta quem fez a pré-seleção desse negócio.
Foi o Rick Bonadio, só pode.
Foi alguma estratégia de marketing pra validar a declaração dele de que o mercado de bandas independentes brasileiras é ruim... só pode!

Eu sei que normalmente estou recomentando coisas por aqui, mas esse é um post NÃO recomendando esse programa e (posso estar sendo injusta, mas...) praticamente todas as bandas que ali tocaram.

Ufa. Me sinto mais leve agora.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Uma Chance Ao Desfile Emo...


"If life ain't just a joke
Then why are we laughing?"


Pois é, e lá vou eu bancar o advogado do diabo...

Sabe, é difícil começar um texto desses.
Porque se eu critico a MTV, eu sei que muitos se interessarão em ler. Se eu critico o Charlie Brown Jr eu sei que muitos se interessarão em ler. Se eu falo bem de um Arctic Monkeys, ou de um Fratellis, ou de um Libertines, eu sei que muitos se interessarão em ler.

Mas e se eu falar bem de algo tão maldito quanto uma banda emo?
Principalmente quando eu não faço idéia de como transformar em palavras tudo o que eu senti escutando tal banda.
Bom, então eu já preciso dizer o que eu acho logo no começo:

The Black Parade, terceiro álbum do My Chemical Romance, é sem dúvida uma das melhores coisas que eu já ouvi na vida!!!


. . .



Bom, se você continua por aqui, muito obrigado.
Sua audiência é muito importante para o Two Cold Fingers.

É engraçado ver que rotular um som é a mesma coisa que injetar um certo preconceito nas pessoas.
O fato é que é fácil discriminar uma banda sem ouvir, já tendo em mente que você não gosta do estilo dela.
Coisa diferente (e mais desafiadora) é dar uma chance à tal banda.
Coisa, aliás, que além de tudo ainda foi muito mais gratificante!

The Black Parade conta os últimos momentos da vida de um homem na fase terminal de um câncer. O disco passeia tanto pelas suas lembranças do passado quanto pelas suas conclusões do presente.
Mas ainda que deixe muitas vezes a melancolia tomar conta de suas músicas, o álbum trata de um assunto pesado e fúnebre com algo incomum, principalmente no selo “emo”:

Humor!

Apesar da tristeza sólida em músicas como “Cancer” ou “Famous Last Words”, Gerard Way e sua trupe destilam ironia e até mesmo alegria em boa parte das 14 faixas do álbum, como na dobradinha de abertura “The End” e “Dead!” (melhor faixa do album, na minha humilde opinião), ou na faixa bônus escondida “Blood”, por exemplo. Seja falando no Inferno, seja falando da guerra, seja falando da morte.
Além disso, a banda não se acomoda em seu som habitual. Apesar de manter uma certa fórmula em músicas como “I Don’t Love You”, The Black Parade mostra um My Chemical Romance corajoso, se arriscando e provando ter atingido um grau de maturidade do qual muita banda nunca provará.
As músicas trazem aquele amálgama perfeito entre letra e melodia. A carga poética do álbum é grande, tendo a morte retratada como a principal lembrança do moribundo... no caso, um desfile negro que assistiu quando era criança, ao lado do seu pai. Na turnê do álbum, o próprio My Chemical Romance se transformava nesse desfile, como um alter-ego. Uma espécie de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

A grandiosidade das músicas, baseada claramente na obra do Queen, não é apenas um capricho da banda.
A morte é, sem dúvida, o momento pelo qual todos nós vivemos. É quando finalmente somos as maiores estrelas da história, os verdadeiros protagonistas.
Nada mais justo que retrata-la em toda sua megalomania, seja pelo instrumental forte da banda, seja pela produção do Rob Cavallo (que já tinha "criado" o Green Day em Dookie e transformou-o em gente grande com o American Idiot), seja pelo vocal afetado e extremamente teatral do Gerard Way.

Como eu disse, quando se gosta tanto de algo, é difícil escrever sobre isso.

The Black Parade trata do fim de uma vida mostrando todo o medo, dúvidas, raiva, tristeza e alegria desse momento.
E por conseguir fazer algo tão complexo sem se levar tão a sério, o My Chemical Romance merece todo o meu respeito e admiração.

É emo.
É rock.
É música.

E é muito, muito bom!!!

.

domingo, 19 de outubro de 2008


Sabe o que é ter estado no show da banda que viria a ser uma das suas favoritas e não ter dado a mínima?

Pois é... Essa é minha história com The Killers.

Eu fui no Tim Festival do ano passado por um único motivo: Arctic Monkeys.
Eu até pensei "Ah, e também terá Killers...". Mas pra mim eles sempre foram a banda de Somebody Told Me e Mr. Brightside. Só. (Hunf... só...! Como se isso fosse "só"...)

Então aguentei tudo pra estar grande na hora do shows dos macacos e óbvio...assim que acabou eu PRECISAVA sair dali. Eu precisava sentar, respirar, descansar...

E foi sentada, respirando e descansando que eu "assisti" o show do Killers. Eu prestei atenção em tudo, menos na banda... O único momento me animei a curtir o show foi em... adivinha? Somebody Told Me.

E fui embora antes de acabar o show! ANTES DE ACABAR O SHOW!

Mas não deu uma semana...
Killers virou em pouquíssimo tempo uma das bandas de destaque no meu Top 5!

Imagina como me sinto?
É pior do que ter perdido o show do Strokes... porque nesse caso eu estava lá, só não liguei!

Eu ía escrever um texto sobre Killers... ponto. Mas além desse fato sempre me assombrar, eu não conseguiria colocar em palavras porque acho a banda tão boa...
Vocal perfeito, guitarras, baixo, bateria, uma pegada mais country aqui,uma pegada mais eletrônica ali...

Então escute Killers e descubra porque fico tão deprimida ao lembrar desse fato. E lembre-se do mandamento daquele texto do Brancatelli:
"Respeitarás também a voz de Brandon Flowers, pois nela está depositada a esperança de que o terceiro CD do Killers seja tão bom quanto o primeiro."

Ah, Brandon Flowers...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ensaio sobre a solidão (e músicas. e cappuccinos.)

Eu só tinha dormido uma hora durante aquela noite.
E quem tem problemas com sono sabe que dormir pouco é bem pior que não dormir nada.

Bom, o caso é que vários fatores me fizeram entrar no Starbucks, naquela quinta feira extremamente gelada, para matar o tempo antes de enfrentar a faculdade. Pedi educadamente um cappuccino (que, segundo o Wikipedia, se escreve assim mesmo, com dois “p”s), afanei um punhado de saquinhos de açúcar e fui me acomodar confortavelmente em uma das poltronas.
Uma coisa que eu sempre achei engraçado na solidão nesse tipo de lugar é o olhar de pena de cada pessoa acompanhada quando te percebe (tipo: “ohwnnn, pobrezinho... não deve ter nenhum amigo, coitado”) e o olhar de aceitação dos outros solitários (tipo: “é, cara... eu entendo o que você ta passando”). Enquanto alguns te vêem como um alienígena, outros te enxergam como uma alma-irmã, e você simplesmente não sabe qual olhar é o pior.
Portanto, me hospedei em uma poltrona entre um casal de meia idade e uma garota que provavelmente havia deixado para estudar toda a matéria de um ano alguns minutos antes da prova. Adocei meu cappuccino com uns 20 saches de açúcar e deixei meu corpo se jogar espalhafatosamente na poltrona, com o copo entre as duas mãos, me entretendo apenas com a música ambiente e meus próprios - e inúteis - pensamentos. Enquanto isso, o casal de meia idade conversava animadamente, a garota folheava uma gigantesca apostila e mais uma dúzia de pessoas viviam suas próprias vidas. Homens de negócio liam seus jornais, mulheres bem vestidas mexiam em seus laptops, senhores buscavam abrigo contra o frio e garotos riam alto de suas próprias piadas.

Eu mesmo já tava na metade do meu café da manhã quando uma música começou a tocar. Não me pergunte que música era porque eu não faço a menor idéia. Era simples, só uns 4 acordes no piano, mas era o crescente da música que importava. Sabe, eu sempre gostei do impacto que causa um crescente numa música. Uma melodia que começa calma, como quem não quer nada... começa a aumentar discretamente a intensidade, adicionando mais música, adicionando mais emoção... até que explode, deixando a ingenuidade do começo no passado.
Mas a parte técnica disso tudo é o que menos importa. O que importa é o que essa música te faz sentir, o que passa pela sua cabeça enquanto a sua emoção vai crescendo no mesmo compasso da a música. Porque naquele momento, sentado num Starbuks com pouco mais que uma dúzia de pessoas, tudo ao meu redor ficou em silêncio. Só me existia aquela música.
Não, não me entenda mal... o casal de meia idade continuava conversando. A garota continuava lendo sua imensa apostila. Os homens bem vestidos continuavam mexendo em seus laptops, as mulheres de negócio continuavam lendo seus jornais, os senhores ainda esfregavam as mãos contra o frio e os garotos ainda riam alto de suas piadas sem-graça. Mas todo som parecia mais baixo, como se eu tivesse diminuído o som na TV e aumentado o som do rádio. Como aquelas pessoas podiam continuar tão indiferentes àquela música? Como aquele momento podia estar sendo tão único apenas PARA MIM?
Quer dizer, tudo é tão imediatista, tão feito com a pressa de acabar. Nós comemos apenas por comer, nós bebemos apenas por beber. Lemos querendo chegar logo ao fim do livro, assistimos um filme apenas para saber o que acontece com o personagem principal. Nós começamos cada ação já salivando pelo seu final. Parecemos máquinas programadas apenas para a conclusão, o “durante” não importa mais. Ninguém mais aproveita o momento.

E foi aí que uma coisa me ocorreu. Cada pessoa sentada ao meu redor aproveitava o seu próprio momento, cada um à sua própria maneira. Enquanto a vida acontecia lá fora, para eles tudo o que existia eram seus cafés, suas conversas, seus jornais e seus laptops. E quer saber: quem poderia culpá-los?

Então a música acabou, assim como meu cappuccino.
Levantei, arrumei meu casaco amarrotado, caminhei até a porta e senti o vento gelado bater no meu rosto.
A música que acabara de tocar já fugia da minha memória, na certeza de que eu nunca mais a escutaria de novo, como aquela garota bonita que você vê no metrô e sabe que nunca mais encontrará.
E ainda assim eu sabia que não esqueceria aquela música tão cedo.

Enfiei as mãos no bolso, esqueci do frio, afastei o sono e continuei andando.
Afinal, eu tinha uma vida para viver...

sábado, 11 de outubro de 2008

Tales Of Girls, Boys And Marsupials


Quanto mais tempo eu demoro pra falar sobre essa banda aqui, mais culpada me sinto.

Se trata de uma banda cujo nome surgiu num sms perdido de madrugada e vindo do celular do meu amigo Brancatelli.

"escuta the wombats, acho q é isso"

Quando acordei, fui vasculhar... não foi fácil achar, eles não eram nada conhecidos quase.
Quando eu finalmente achei... MEU DEUS!
O que era aquilo?
Como podia ser tão divertido?
Como podia ser tão gostoso de ouvir?
Como pordia ser no mesmo estilo que várias bandas e ao mesmo tempo diferente?

Aquela era definitivamente uma das bandas que eu mais gostei de descobrir nos últimos ANOS!

Eu não sabia o que tinha de extraordinário ali, aliás...talvez até hoje eu não tenha muita certeza do que causou tal paixão.
Definitivamente, começar o cd com uma música a capella cantada pelos três integrantes da banda foi um ponto forte pra mim. Aliás, esses artificios vocais somados aos instrumentos, na minha opinião fazem toda diferença, afastando o Wombats de muita coisa parecida que tem por aí.

Além do mais, eles são divertidos... mesmo em letras tristes, mesmo falando de amor... todas as letras tem uma pitada de humor... que é outra marca forte da banda. Nada de atitude blasé, eles fazem show usando fantasias, postam videos no youtube em que fazem de conta que lutam até a morte uns com os outros pra decidir quantas músicas colocar no cd, bebem suas cervejas e distribuem sorrisos a quem passar!

O cd deles "A Guide to Love, Loss and Desperation" consegue ser daquele tipo em que eu não acho nenhuma música ruim, toda são fabulosas. Eles são o tipo de banda que merecia estar mais na mídia internacional, porque ele fazem algo bom e divertido.

Não sei muito como explicar o motivo de eu gostar tanto deles, é uma coisa de feeling mesmo... uma paixão que bateu e ficou!
Eles são coloridos, engraçados, tem um mascote fofinho...
São música para qualquer momento, especialmente para espantar momentos tristes e desanimados... Eles te ajudam a sacodir a poeira e apesar de tudo se divertir.
É essa a idéia que entoa o refrão da minha música favorita (agora sim!):

Let's Dance to Joy Division (sim! se você clicar aqui irá ser direcionado para o video no youtube)

"Let's dance to joy division,
and celebrate the irony.
Everything is going wrong,
but we're so happy!







[Não tem nada a ver, mas eu preciso comentar que neste dia 11 de outubro comemoramos o Centenário do Cartola! Sim, senhoras e senhores... o homem que mudou a cara do samba completaria 100 anos se cá estivesse ainda. Vamos comemorar e homenagear como pudermos o homem que foi um dos responsáveis pelo nascimento de uma das escolas de samba mais famosas do mundo, aquela que carrega o verde e rosa... a Mangueira.]

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Sublime e o Ridículo

Cara, durante a semana eu lí duas notícias bem diferentes entre sí, mas que me provaram que, ao mesmo tempo que a música ainda tem muito a oferecer, ela também serve de veículo pra muita gente idiota.
Enquanto que uma notícia mostrava genialidade, a outra apenas mostrava prepotência e arrogância.


A primeira fala que o Weezer (ok, vcs não devem mais aguentar ler sobre eles por aqui... mas vale a pena, fazer o que!?) deverá ser citado no próximo Guinness Book não por um recorde, não por dois recordes e nem por três recordes...
O Weezer provavelmente aparecerá com 5 RECORDES!!!
Todos eles completados em apenas um dia!!!
O responsável por isso é o clipe Troublemaker, do último album da banda (cuja crítica vc pode ler clicando bem aqui), que completou as seguintes marcas:

1) A maior partida de queimada - com dois times de 50 jogadores.
2) A maior guerra de tortas - com 120 malucos.
3) A maior concentração de pessoas fazendo air guitar - com 223 criaturas.
4) A maior maratona de Guitar Hero: World Tour - durante 10 horas, 12 minutos e 54 segundos.
5) A menor bateria do mundo, que foi tocada pelo batera da banda, Pat Wilson.

O Weezer, que sempre se mostrou criativo em seus clipes (como os clássicos Buddy Holly e Keep Fishing) tem se superado nos últimos meses. Vale lembrar do clipe de Pork and Beans, que foi feito inteiramente com base nos diversos virais da Internet (e sobre o qual vc pode ler clicando aqui).

Outra coisa bacana que a banda tem feito são shows fechados, onde o público pode levar seu próprio instrumento e literalmente TOCAR com a banda... o próprio Weezer ensina os acordes das músicas antes.
A estratégia da banda é insanamente boa, tanto para se aproximar dos fãs quanto para que quem nunca se interessou escute o som de Rivers Cuomo e companhia.

Afinal, ninguém mais espera um clipe passar na MTV para assiti-lo. A Internet se tornou a melhor ferramenta para a divulgação das bandas, e o Weezer está sabendo aproveitar isso muito bem, sendo procurado tanto pelos fãs quanto pelos não-fãs.
Afinal, quem não terá a curiosidade de dar uma espiada nesse novo clipe?
(pode clicar que isso aí é um link)

Mas ao mesmo tempo que vemos que ainda é possível sim inovar no campo musical, também percebemos que algumas pessoas simplesmente pararam no tempo.
Sabe, já teve um tempo em que eu realmente admirava a Madonna. Juro!
Ela fazia boa música pop, sabia ser polêmica, ser diferente, ser inovadora...
Mas é triste saber que essa mulher se perdeu em algum momento dos anos 90.

Só durante essa semana, a cantora deu duas bolas-fora.

Primeiro se sentiu no direito de criticar a Britney Spears.
Ok, a senhorita Spears não vem sendo nenhum modelo de comportamento nos últimos anos, mas ela não foi criticada por influenciar negativamente suas fãs, ou bater em jornalistas, ou arriscar a vida da filha, ou qualquer coisa de sua longa ficha criminal.
A Madonna apenas não perdoa que a pobre senhorita Spears tenha abandonado a Cabala.
Segundo uma fonte, a participação da Britney no show da Madonna foi cancelada pq, segundo a própria Madonna, elas não estão "no mesmo nível espiritual para cantarem juntas".
Poxa vida, quanto respeito pelas escolhas dos outros, né...
Um exemplo de tolerância, sem dúvida.

Não contente com isso, agora foi a vez dela dizer em um show que a candidata a vice-presidente, Sarah Palin, está proibida de assistir seu show.
Segundo suas palavras ao povo de Nova Jersey, "Sarah Palin não pode vir para minha festa. Não é nada pessoal, mas ela não poderá vir ao show".
Madonna sempre se disse adepta ao Partido Democrata americano, tendo inclusive alternado em vários shows imagens do candidato republicano John McCain e Adolf Hitler.

Sabe, eu adoro a liberdade de expressão (coisa que aliás eu uso bastante aqui no Two Cold Fingers)...
Mas liberdade de expressão é uma coisa.
Babaquice é outra.
Falar que não vai votar nos Republicanos é uma coisa...
Comparar um sobrevivente de guerra a um dos maiores assassinos que se tem notícia é outra.
E proibir alguém de ir ao seu show apenas por não ter as mesmas convicções políticas é simplesmente ridículo, assim como criticar alguém por não ter as mesmas convicções religiosas.

Exatamente como um certo alemão fazia...

domingo, 5 de outubro de 2008

Perda de tempo


Pois é...! Nessa semana que passou tivemos VMB.

Pois é...

Preciso dizer que achei uma droga?
Preciso explicar o motivo?

Precisar não precisa né?! Mas... não tô fazendo nada mesmo.

Vamos começar pela apresentação. Marcos Mion... eu juro que fico triste de ver que ele esqueceu como ser natural e com isso deixou de ser engraçado. Eu arrisco que no dia que o Mion descobriu que conseguia ser engraçado, ele deixou de ser. Ele tem toda uma pose de sou engraçadão que não emplaca. E olha que eu era fã de carteirinha dele na época dos Piores Clipes. (Mas não posso mentir, eu gostei da entrada dele.)

Nas categorias dava até tristeza sabe?! Desde que saiu a lista pra votação eu sabia que não vinha boa coisa... mas eu tive esperança... tinham categorias em que tinhamos Mallu, Vanguart e Cachorro Grande. E banda internacional tinhamos o MGMT e Radiohead. Parecia um suspiro de qualidade naquele mar de bizarrices...

Strike (uma mistura de Charlie Brown Jr. com NxZero) ganhou da Mallu e do Vanguart em Revelação. Fazer o que? Acho que estar na abertura da Malhação é sinônimo de qualidade. (NOT)

Show ao vivo... Pitty! Só Deus sabe o quanto eu não suporto essa mulher! Mas mesmo que não odiasse,... PELAMOR! Estavam concorrendo Titãs-Paralamas!!! Tinha até o Cachorro Grande, que era melhor que ela! (Eu diria que minha vó rouca canta melhor que a Pitty, mas aí é pura maldade minha).

Todas as outras categorias foram vencidas por uma banda emo ou coisa similar... Paramore ganhou de banda internacional... não preciso nem dizer que estou revoltada né?! Hello!! Tinha MGMT e Radiohead concorrendo!!!

Daí fica todo mundo criticando a MTV... Falando que ela fez uma premiação de bosta, que onde já se viu NxZero ganhar alguma coisa...
Mas peeeeeeeraí... os que entram nas categorias são escolhidos de acordo com o que o público tem pedido pra ver... ou seja, essas bandas. Quem vota nas categorias é o público, ou seja... quem ganha? Não tem o que discutir... O problema da música no Brasil não é o canal e sim o público!

Outra coisa que me irrita nessa premiações são aquelas piadinhas combinadas na hora de entregar os premios, juro...tenho vergonha alheia! Fica muito falso!

Falando em falso... e o Bloc Party hein!? Fizeram um playbackzinho safado, nem tentaram esconder... aliás, quiseram mesmo mostrar! Não entendi nada, ninguém entendeu nada... Todas as outas bandas foram ao vivo e o Bloc Party faz um bom show ao vivo... Taí... Só pode ter sido piada interna, mas que ficou feio ficou... saíram com vaias e tudo.

Mas feio mesmo é ter feito um show pior que o da galera do playback... A Nove Mil Anjo (WTF!?), banda do Júnior (ex-Sandy&Jr) e de mais uns negos que tavam desempregados, foi terrível!
TERRÍVEL!
Ficou no mesmo nível que a apresentação do Bonde do Rolê (que foi nojenta, deprimente,*insira aqui seu insulto*)! reflita.

Mas não é só de ódio que eu vivo né?! (ou é?!)
Achei MUITO boa a participação do Adnet! Aliás, por mim, ele que deveria ter apresentado! Teria sido muito melhor!

Gostei das novas regras do Banda dos Sonhos, finalmente o Japinha não seria mais escolhido o baterista. Nada contra, acho ótimo. Mas parece que só existe ele! Já a Pitty vocalista...hum... sabem minha opinião.
Mas tivemos Bi Ribeiro, João Baroni, D2 e... CHIMBINHA! hahahaha!
Tá, foi só pela piada...
Mas melhor que os outros!

Então, analisando o contexto geral, balanceando prós e contras...
Foi uma tremenda perda de tempo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Queda de Carl Barât

E o Dirty Pretty Things que acabou!?
Loucura, né...?
Oi?
Nunca ouviu falar?
Não tem idéia do que se trata?

O Two Cold Fingers explica bem rapidinho, então...


Em 2004, o Carl Barât expulsa seu companheiro/melhor amigo Pete Doherty da banda que os dois fundaram, o Libertines. Ele chama o guitarrista Anthony Rossomando para ocupar o espaço vaziu na banda.

Em 2005, depois de perceber que Libertines não era Libertines sem o Pete (e depois de um show beeem morno e broxante aqui no Brasil, no Tim Festival), Carl resolve por um fim na banda. Nisso o baixista Jonh Hassall resolveu montar sua própria banda, a extremamente sem graça Yeti.

Ainda em 2005, Carl anuncia sua "nova" banda, com Gary Powell (ex-Libertines) na bateria, Anthony Rossomando (ex-Libertines) na guitarra e Didz Hammond (ex-Cooper Temple Clause) no baixo. A essa banda, deu o nome de Libertines 2 Dirty Pretty Things.

Em 2006 o Dirty Pretty Things lança seu primeiro álbum, Waterloo to Anywhere, que pode ser visto como um "Libertines sem coração"... mas que inexplicavelmente acaba recebendo ótimas críticas.

- inexplicavelmente não... afinal, todos os críticos britânicos estavam loucos para verem o sucesso do "lado bonzinho" do Libertines e a queda do "lado negro". Afinal, Carl Barât não agredia fotógrafos, não jogava seu próprio sangue em jornalistas e não colecionava audiências em tribunais britânicos. A divisão de "heróis" e "vilões" feita pela crítica inglesa foi a maior responsável pelas boas notas dadas a um CD inexpressivo, de uma chatisse imensa, onde se salvam umas 3 músicas. Mesmo com uma recepção desempolgada pelo público.

Agora em 2008 o Dirty Pretty Things lançou seu segundo album, o Romance at Short Notice... e menos de 5 meses depois, anuncia à revista NME que está se separando.


Carl Barât tem uma grande maldição...
Ele sempre viverá à sombra de Pete Doherty!
Quer a prova? Procure "Carl Barât" no Google Imagens e vc verá "Pesquisas relacionadas: Pete Doherty".
Procure "Pete Doherty" no Google Imagens e não terá nem sinal de seu antigo parceiro.
Mesmo tendo criado uma das mais influentes bandas dos últimos anos, mesmo tendo composto ótimas músicas, mesmo tendo saído como o herói do Libertines... Carl sabe que, mesmo que sua banda ganhanhe ótimas críticas, Pete Doherty sempre será visto como o gênio da dupla.
Quando diz que o Dirty Pretty Things está se separando para que seus integrantes possam perseguir novos projetos musicais, o que ele realmente quer dizer é que quer tentar fazer algo que o torne tão reconhecido quanto era no início dos anos 2000.

Verdade seja dita, Carl Barât e Pete Doherty se completam.
Carl nunca será tão bom quanto pode ser sem o Pete ao seu lado, e Pete nunca será tão bom quanto pode ser sem o Carl ao seu lado.
Como toda parceria musical, desde Paul McCartney e John Lennon, individualmente os dois podem até ser bons... mas juntos eles são mágicos!
Ouça Death on the Stairs e comprove.
Pura mágica.

O fim do Dirty Pretty Things reacende nos fãs uma esperança que tinha sido afastada tempos atrás.
A parceria Doherty/Barât pode ainda ser refeita.
Os "bons velhos tempos" podem voltar.

Afinal, qualquer um está à distância de um simples telefonema.